CNT diz que investimento anunciado pelo governo federal para rodovias não é nada

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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse hoje que o governo prevê contratar R$ 100 bilhões de investimentos em rodovias para próximos 30 anos. “Com esse anúncio pífio, o governo frustra a todos nós, transportadores e sociedade em geral. Sem fortes investimentos em infraestrutura de transporte, o Brasil não cresce”, avalia o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade

O cálculo do ministro corresponde a um investimento anual de cerca de R$ 3,3 bilhões. É praticamente metade do que foi investido em 2018 (R$ 7,4 bilhões), montante que está muito distante das necessidades do país. Segundo Clésio Andrade, só para fazer as obras mais urgentes, como reconstrução, restauração e readequação das vias desgastas são necessários R$ 48 bilhões em investimentos imediatos.

A Pesquisa CNT de Rodovias 2018 atesta que 61,8% das rodovias pavimentadas brasileiras estão em más condições, classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Vale ressaltar que apenas 12% da malha rodoviária do país são pavimentadas.

A Confederação calcula que, para recuperar e tirar o setor rodoviário de um atraso de mais de 40 anos, é necessário investir R$ 566,6 bilhões em 981 projetos de infraestrutura rodoviária de integração nacional e mais 234 projetos urbanos.

Quando se trata de infraestrutura de transporte em todos os modais (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos) a necessidade de investimentos chega a R$ 1,7 trilhão, de acordo com levantamento da CNT.

“O governo sozinho não tem condição de fazer frente a esse volume de investimentos. Por isso, é importante conhecer as reais necessidades e abrir o setor para a participação maciça da iniciativa privada”, ressalta o presidente da CNT, Clésio Andrade.

TRABALHADORES DOS CORREIOS REFUTAM DÉFICIT BILIONÁRIO ANUNCIADO PELA ECT

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Empresa ameaça falta de verba para pagamento em 2016. Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) reúne sindicatos filiados para estudar a real situação financeira da ECT

 

A ECT, de acordo com a federação, tem divulgado deficit de R$ 1,3 bilhões na empresa, além de ameaçar não ter verba para o pagamento dos empregados após o mês de setembro de 2016. Os trabalhadores e trabalhadoras, no entanto, não pactuam com a informação repassada pela empresa, informou. Por isso, a direção da Fentect está reunida ontem e hoje para uma avaliação prévia e construção do material que será apresentado, em seguida, amanhã, durante o Conselho de Sindicatos (XVI Consin), em Brasília, a partir das 9 horas.

O Consin conta com a participação de 31 representantes de sindicatos filiados à federação, entre diretores da Fentect, convidados e observadores. O principal objetivo será contrapor os argumentos da administração central dos Correios a cerca de um suposto “colapso financeiro”. Na pauta estão assuntos como a reestruturação, o plano de saúde Postal Saúde, o fundo de pensão Postalis, demissões e perseguições e a Entrega pela Manhã. Haverá palestra com o economista do Dieese, Clóvis Scherer, e com o gestor da informação, Hálisson Tenório, e, em seguida, espaço para o debate com os participantes.

A ECT destaca adequação financeira, destacou a Fentect, com provisionamentos de recursos para o pós-emprego. “Para a categoria dos ecetistas, está claro que trata-se de uma “poupança” para os Correios. A empresa fala em perdas, mas não cita o faturamento no período de novembro a dezembro, bem como sugere caixa zero, ainda que com 30% de retorno por trabalhador, como retorno financeiro, no acumulado dos anos de 2014 e 2015”, destaca a federação.

Com o Consin, a Fentect fará um dossiê com cerca de 130 páginas contendo a real saúde financeira da ECT, que será amplamente divulgado. O estudo conterá observações de profissionais das áreas de Economia, Administração, Ciências Contábeis e Ciências da Informação. Todos dispostos a contribuir com as necessidades da classe dos trabalhadores dos Correios.

Cobrança devida

A Fentect encaminhou pedido formal de prestação de contas à ECT, no dia 7 de janeiro, que contenha toda documentação e informações necessárias, para que seja apresentada a realidade financeira dos Correios. O documento expedido pela federação pede transparência e cobra, em caráter de urgência, a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a prévia do Balanço da ECT 2015, os critérios estabelecidos para provisionamento do pós-emprego e se esse tem sido realizado em “espécie” ou em “patrimônio”, gastos futuros e qual legislação obriga os provisionamentos, em especial, o pós-emprego, para que uma análise criteriosa da Fentect seja promovida e, dessa maneira, a direção, os sindicatos filiados e toda a categoria sejam subsidiados de fatos a cerca da realidade da empresa.

A ECT tem até 15 dias para enviar as informações solicitadas pela federação, mas, até o momento, não se pronunciou sobre o pedido.

Serviço

Conselho de Sindicatos (XVI CONSIN)

Data: 20/01/2016

Horário: 9 horas

Local: Hotal Laguna – Praça Central, Projeção 7 – Núcleo Bandeirante, DF