MAIS DE MIL PROCURADORES ENTREGAM RECUSA DE VIAJAR A TRABALHO A PGFN E AGU

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Procuradores dizem que querem a estruturação da carreira para melhorar a arrecadação, o combate à corrupção e à sonegação de impostos

Mais de 1,1 mil procuradores da Fazenda Nacional aderiram à campanha de recusa para viajar com as diárias atualmente pagas aos servidores de carreira da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).  O número representa quase 60% do quadro de procuradores da Fazenda Nacional (PFNs). O presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, Heráclio Camargo, protocolou, no final da tarde desta quarta-feira (15), 1.133 declarações de recusa de diárias na Advocacia-Geral da União (AGU) e na Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional, (PGFN). Na avaliação do líder dos procuradores, a recusa em viajar com diárias que atualmente representam o menor valor pago a qualquer carreira do Judiciário integra uma série de ações programadas para as próximas semanas.

“Essa não é uma campanha que busca mudanças conjunturais como são as campanhas salariais que nós vemos todos os anos. Visamos uma mudança definitiva e estrutural na Advocacia- Geral da União”, afirma o presidente do Sinprofaz, Heráclio Camargo. A expectativas da carreira é de que o governo sinalize uma recomposição do valor. Hoje a diária dos advogados públicos é inferior a 25% da diária de um magistrado brasileiro. A isonomia entre as carreiras das funções essenciais à justiça é um pleito significativo da carreira.

“Queremos a estruturação da carreira para melhorar a arrecadação, o combate à corrupção e à sonegação de impostos”, completou o procurador.  Além dessa ação da campanha, os procuradores já sinalizaram que, nos próximos dias, deixarão também de fazer tarefas que não sejam atribuições de advogados públicos da União. Atualmente os procuradores contam com ½ (meio) servidor de apoio, situação que obriga os PGFNs a desempenharem o trabalho dos servidores de apoio.

“Como por exemplo consultas ao sistema de informação, levantamentos de gráficos para fins de arrecadação e isso vai causar um impacto muito grande porque não temos carreira de apoio. Vamos fazer o que der, o que não der, vamos avisar que não foi feito por causa de estrutura”, pontua Camargo. 

Brasília, 11h24min