Professores vítimas de agressões poderão ter atendimento prioritário em serviços de saúde mental

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De acordo com o autor do projeto de lei, o deputado Rogério Morro da Cruz (sem partido), o DF tem, em média, cinco casos de violência por dia nas escolas

Professores que forem vítimas de agressões no ambiente escolar poderão ter atendimento prioritário em serviços de saúde mental. O projeto de lei 182/2023, aprovado na Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), da Câmara Legislativa, por unanimidade, em reunião realizada na última segunda-feira (19/6), busca garantir esse direito.

Segundo o deputado Rogério Morro da Cruz (sem partido), autor da proposta, no Distrito Federal acontece, em média, cinco casos de violência por dia nas escolas. Em decorrência deste cenário, os educadores podem desenvolver sérios problemas psicológicos, como a depressão, síndrome do pânico e ansiedade, além de dificuldades no desenvolvimento da relação ensino-aprendizagem e na convivência com a comunidade escolar.

Para a relatora da matéria, deputada Dayne Amarilio (PSB), a implementação do projeto de lei possui como objetivo principal proteger os professores e garantir-lhes atendimento, especialmente diante do histórico de ataques às escolas.

Já o deputado Thiago Manzoni (PL) avalia que o ponto principal é a inversão dos valores sociais, que permite o afrontamento das figuras de autoridade. “Crianças e adolescentes que não aprendem dentro de casa a lidar com limites têm dificuldades em lidar com figuras de autoridade, e os professores sofrem com isso”, disse.

O PL agora passará pela análise das comissões de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) e Constituição e Justiça (CCJ).

Com informações da Agência CLDF

Projeto desenvolvido no Brasil usará Inteligência Artificial para guiar ações de gestores públicos

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Tecnologia desenvolvida por empresa brasileira poderá apresentar soluções para a gestão e otimizar gastos públicos

Uma tecnologia desenvolvida pela IPM Sistemas, empresa de Santa Catarina, usará inteligência artificial (IA) para guiar ações do governo. Dara, a IA desenvolvida pela empresa, tem aplicação abrangente nas diferentes áreas da gestão pública e consegue apoiar no planejamento da infraestrutura das cidades e mobilidade urbana, prever a demanda pelo serviço público. Além disso, ela é capaz de antecipar o prognóstico de doenças, como a diabetes.

A novidade foi apresentada pela IPM no dia 10 de maio, no 38º Congresso Mineiro de Municípios. Desenvolvida integralmente no Brasil, a Dara cruza milhões de dados em poucos segundos, encontrando padrões que fogem ao olhar humano.

Ana Mees, líder de inteligência artificial da IPM e formada em engenharia biomédica e eletrônica pela Duke University, afirma que a ferramenta representa resultados com confiabilidade superior a 95% em municípios atendidos pela empresa, nos campos da saúde e da educação.

“Anos antes de realmente precisar abrir um posto de saúde ou creche em determinado bairro, a Dara já consegue prever isso e definir qual o local ideal para construção, guiando o gestor público. Mesmo em casos de desastres, forçando o fechamento de uma unidade de educação, por exemplo, a Dara consegue rapidamente criar um plano B e ajudar a reorganizar os serviços”, explica.

“Com as projeções da Dara, conseguimos antecipar mudanças e necessidades e apoiar o gestor público nas decisões de investimento, pensando com anos de antecedência e com foco na qualidade de vida da população. Tudo isso com uma IA que aprende e melhora ainda mais com o tempo”, explica Lúcia Mees, gerente de tecnologia e inovação na IPM e também formada em engenharia pela Duke University.

A ferramenta foi desenvolvida com apoio de médicos, professores, engenheiros e gestores públicos. A IA também é baseada em machine learning para planejamento, previsão e solução de problemas, considerando mais de 1 milhão de parâmetros para um município de médio porte, por exemplo.

Dara cruza essas informações em poucos segundos para encontrar padrões e traçar planos de ação mesmo em situações inéditas. A ferramenta não exige a inserção de novos dados, mas permite personalizações de acordo com as necessidades da cidade e dispensa investimentos adicionais em infraestrutura tecnológica local por estar em nuvem.

Ana Mees explica que os dados estão disponíveis e são coletados diariamente nos pontos de contato do município com os cidadãos, como postos de saúde e escolas. “Com um volume intenso de atendimento nos serviços essenciais, por exemplo, não seria possível para uma pessoa identificar e compreender todas as variáveis que influenciam os resultados, e é aí que a Dara muda o jogo”, ressalta.

“A decisão final sempre será do gestor público. Mas ele não vai ter que escolher entre um caminho ou outro às cegas, e vai contar com informações e indicações de que caminho seguir e como, para ter o melhor resultado para a população com o investimento mais eficiente”, finaliza.

 

 

Funcionalismo se une e investe contra discurso oficial de defesa da reforma administrativa

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Ao longo do mês de outubro, o Fonacate recolheu recursos de associados e investiu cerca de R$ 1 milhão com o objetivo de intensificar a mobilização contra a PEC 32. O dinheiro foi aplciado nos atos de protesto em 16 Estados (aeroportos e locais estratégicos da base dos deputados favoráveis à reforma administrativa ou indecisos – cerca de 170), e, em Brasília, diante da Câmara dos Deputados

Parte dos recursos foi para a militância digital, com material de esclarecimento à sociedade. “Somente na mídia, foram mais de 500 inserções. Mostramos, ainda, que o calote dos precatórios prejudicaria mais de 100 mil servidores”, conta Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate).

O líder sindical reforça que, como o governo não conseguiu antecipar a PEC 23/2021 (dos precatórios) – passou na Câmara, mas encontra dificuldades no Senados -, pelos corredores do Congresso, os comentários são de que a equipe econômica virá com toda força na próxima semana. “E vai insistir na PEC 32, para reduzir de qualquer jeito os custos com a folha de pagamento. Como tem pressa, achamos que a pressão do governo vai aumentar, ainda esse mês. Até agora, tivemos uma vitória parcial. Mas não vamos nos descuidar. Foram 14 meses de trabalho intenso que para esse texto que só traz retrocesso não prosperasse”, promete.

O deputado Tiago Mitraud (Novo-PR), presidente da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa, que defende mudanças na administração, admite que o texto que saiu da comissão especial da Câmara não é o ideal. “No entanto, é a reforma que, com muitos avanços e alguns retrocessos, conseguirá trazer melhorias. Se, de um lado, categorias que concentram privilégios ainda tenham ficado de fora; de outro, os avanços nas regras de gestão de pessoas são diversos, muito importantes e fazem a PEC valer à pena. O próximo passo é enfrentar os pontos negativos e trabalhar para aprimorar o texto”, diz.

Agentes do mercado financeiro sinalizam “um incômodo generalizado” com o comportamento de Arthur Lira. Fontes que não quiseram se identificar dizem que o presidente da Câmara, sutilmente, concretiza os desejos nem sempre revelados de Jair Bolsonaro. “Muita gente já esqueceu, mas Bolsonaro disse no passado que não queria a reforma administrativa”, lembra um especialista. O economista Cesar Bergo, sócio-consultor da Corretora OpenInvest, acha que “é possível que Lira esteja mesmo contra a reforma administrativa; mas, pressionado, levou à votação mesmo sabendo dos entraves lá na frente”.

Mas Bergo enxerga também outra artimanha ainda mais complexa. Ele conta que a Lei de Licitações (8.666/1993) foi modificada e substituída pela Projeto de Lei 4.253/2020 – que entra em vigor, plenamente, em 2022. O dispositivo muda consideravelmente o processo licitatório e entre os pontos trata da contratação pelo poder público. “Há muita pressão para que sejam incluídos, nessa lei, procedimentos de avaliação do servidor. Como a lei ainda será sancionada, a intenção é aproveitar e lançar nela pontos controversos da PEC 32. Assim, se diminui a pressão do momento e se mantém alguns dos objetivos da equipe econômica”, conta Bergo.

Sem esforço

A reforma administrativa estava em banho-maria. Voltou ao radar do governo com as recentes declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, dando nova satisfação ao mercado, de que resultaria em economia aos cofres públicos de R$ 300 bilhões.

Os R$ 300 bilhões “são duvidosos, porque o governo nunca apresentou um cálculo”, diz uma fonte. Seja como for, essa suposta poupança não vai, dizem os críticos, para o endereço declarado: os mais vulneráveis. Seria para bancar o desespero pela reeleição, garantem, já que a estratégia montada para apressar a aprovação da PEC dos Precatórios (redução do montante da dívida judicial da União) libera recursos para o Auxílio Brasil, mas principalmente para distribuição de emendas parlamentares não impositivas.

O funcionalismo descobriu a jogada da compra de votos, atrapalhou os planos dos aliados de Jair Bolsonaro e promete muito barulho. O assunto é delicado. A trama somente é identificada pelos que conhecem os bastidores do Congresso. “O governo se mexeu em relação à PEC 32/2020, porque havia colocado todas as suas fichas na PEC 23/2021 (dos precatórios) e achava que a vitória era certa”, informa o deputado Professor Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público (Servir Brasil).

“Nós trabalhamos muito e alertamos a base do governo sobre os riscos de um calote e a repercussão para os investidores, como insegurança jurídica e fuga de recursos do país. A reação foi firme. Conversei com cada um dos parlamentares. Muitos se indignaram pelas redes sociais”, diz. Então, explica Israel Batista, “como uma espécie de vingança”, as atenções do governo se voltaram à PEC 32 (reforma administrativa), para desviar o foco – com ajuda de aliados ávidos por recursos públicos”, conta o deputado”

O parlamentar explica que essa “é a nova tecnologia de compra do Congresso”. “Estamos em alerta. A semana  vai pegar fogo, porque os servidores se organizaram”, reforça Batista. Rudinei Marques, presidente do Fonacate, lembra que, de imediato, o relatório do deputado Arthur Lira (DEM-BA) à PEC 32 recebeu críticas de servidores, empresários, agentes do mercado financeiro e parlamentares.

A repercussão contra a reforma administrativa vem se propagando. Rudinei Marques conta que, no final de outubro, se reuniu com executivos do Centro de Lideranças Pública (CLP) e do Movimento Pessoas à Frente (MPaF). “José Henrique (Nascimento, gerente de Causas) disse que o CLP não apoia o atual substitutivo da PEC 32, melhor, que é totalmente contra o relatório aprovado na comissão especial. Da mesma forma se manifestou Renata Vilhena, do MPaF. Ambos querem de fato aprimorar o serviço público, mas dizem que a PEC 32 não entrega isso”, aponta.

 

 

Dois anos de reforma da Previdência e pouco a comemorar

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VERA BATISTA

FERNANDA STRICKLAND

A reforma da Previdência completou dois anos em 12 de novembro. Para o governo e apoiadores das alterações nas aposentadorias e pensões, a aprovação do texto foi uma vitória. Estava prevista inicialmente economia aos cofres públicos de mais de R$ 1 trilhão, em 10 anos, depois, caiu para R$ 855 bilhões. Os números oscilam, mas são sempre ressaltados os benefícios para o país, como a contribuição para o ajuste fiscal e a ampliação dos investimentos. Os críticos, no entanto, lembram que números robustos dizem pouco. O cidadão não se resume a um CPF e vive realidade diversa em um país como o nosso, de expansão continental.

O Ministério do Trabalho e Previdência entende que a Nova Previdência (EC nº 103) representou avanços significativos, sustentabilidade e equidade do sistema. A fixação de idade mínima, de contribuições por faixas de salário e a convergência de regras entre regimes são importantes conquistas e aproximam as regras brasileiras do resto do mundo, informa a nota do órgão. “Mesmo com os avanços, a despesa com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) deverá saltar de cerca de 8,6% do PIB, em 2022, para 13,9%, em 2060. Antes as estimativas eram de 16,4% do PIB em 2060”, confirma.

O aumento da idade média de aposentadorias por tempo de contribuição subiu de 55,3 anos para 55,85 anos entre 2019 e 2020, além de redução significativa na taxa de crescimento da despesa, apesar do forte impacto da pandemia de covid-19, aponta. “O resultado do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União, por exemplo, caiu de um déficit de R$ 53 bilhões, em 2019, para R$ 48,5 bilhões em 2020”. Em relação aos estados, 19 já fizeram reformas previdenciárias amplas (AC, AL, BA, CE, ES, GO, MG, MT, PA, PB, PI, PR, RJ, RN, RO, RS, SC, SE, SP), contabiliza o órgão.

Mas mesmo entre os que defendem as novas regras, há quem aponte pontos frágeis, Washington Barbosa, diretor de Relações Governamentais do Instituto de Estudos Previdenciários, Trabalhistas e Tributários (Ieprev), assinala que os mais pobres não foram prejudicados. E os impactos da reforma serão sentidos daqui para frente, “para a classe média”. Quem se aposentaria aos 55 anos, por exemplo, terá que adiar para os 62 anos ou mais. “Sentiu imediatamente no bolso quem recebeu (após a reforma) a pensão por morte. Os dependentes de quem morreu em 14 de novembro de 2019 já tiveram o valor reduzido”, diz. A a queda no orçamento foi brutal.

Se o falecido estava na ativa, o montante da pensão vai ser calculado com base na aposentadoria por incapacidade e os herdeiros vão receber menos da metade que for definido como “cota família”. “Ou seja, se recebia mensalmente R$ 4 mil, a cota corresponderá a R$ 2,480 mil. Com o abatimento previsto nas regras, de 50%, cai para R$ 1,240 mil. Se tinha um filho, acrescenta-se 10% (sobe para R$ 1,488 mil), se dois, serão 20% (R$ 1,984 mil). Ou seja, saiu de um valor mensal de R$ 4 mil para R$ 1,984. E não tem regra de transição”, explica Washington Barbosa. Essa regra era válida na década de 1970. “Foi um retrocesso”, admite.

Fabrício Silvestre, economista pleno do TC investimentos, assinala que a principal justificativa para a reforma foi de que a trajetória da despesa colocava em risco o orçamento público – resultaria no direcionamento de todo o orçamento para despesas obrigatórias. “Sob esta perspectiva, observamos que a quantidade anual de benefícios concedidos diminuiu em 6,2% em 2020 e 0,9% de outubro de 2020 a setembro de 2021”, afirma. Ele acha que o prazo ainda é curto para avaliar os impactos.

“Mas as questões sobre os precatórios e o teto de gastos sugerem que as reformas são necessárias para manter a saúde financeira das contas públicas, para permitir que o Estado faça os investimentos necessários em saúde, educação e infraestrutura”, considera Silvestre.

Pobres financiam ricos

João Badari, especialista em direito previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, ressalta que a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e de 62 para mulheres, imposta pela reforma, fará com que um grande número de pessoas, principalmente as mais pobres, contribuam com o financiamento de um sistema que não terão acesso. A população de periferias urbanas ou das zonas rurais precisa entrar no mercado de trabalho mais cedo e vive em situação precária, o que diminui a expectativa de vida. “Por outro lado, moradores de bairros nobres de grandes cidades, em melhores condições de renda, vivem cerca de 80 anos e contam com o benefício por mais tempo, com a contribuição dos mais necessitados”, diz.

Essa conclusão ficou clara, diz Badari, na edição de 2021 do Mapa da Desigualdade, da Rede Nossa São Paulo, e expôs como as novas regras colocaram uma boa parcela dos trabalhadores em um limbo previdenciário. “Segundo o documento, os moradores de 15 dos 96 distritos da capital paulista têm expectativa média de vida inferior a 63 anos. Na comparação entre extremos, o morador do bairro periférico Cidade Tiradentes, na zona leste, tem a menor idade média ao morrer, com 58,3 anos. Já no rico bairro paulistano Alto Pinheiros, a expectativa média de vida da população é de 80,9 anos, o que significa praticamente 16 anos de aposentadoria”, aponta Badari.

Thais Riedel, presidente do Instituto Brasiliense de Direito Previdenciário e da Associação Confederativa Brasileira da Advocacia Previdenciária (Acbrap), destaca que a reforma era necessária, em razão do envelhecimento da população e da inversão da pirâmide etária. Mas, infelizmente, centrou todas as discussões no aspecto econômico, sem um estudo atuarial prévio. “No entanto, quando se trata de direito social, fator que mexe na dignidade da pessoa, as mudanças não podem ser feitas tão somente com base na economia monetária. É preciso avaliar o impacto dessas medidas na vida do segurado”, alerta.

Alguns pontos mereciam mais melhor reflexão, diz Thais, como, por exemplo, o cálculo da pensão por morte, da aposentadoria por incapacidade, a idade mínima, a diferenciação entre a metodologia de cálculo da mulher servidora pública e da mulher segurada do regime geral, a imunidade tributária da contribuição dos aposentados e pensionistas portadores de doenças incapacitantes, a própria aposentadoria por incapacidade quando decorrente de doença grave, incurável ou contagiosa que não tem mais o cálculo diferenciado, aponta Thais.

“Os impactos para os servidores foram mais acentuados, em especial para o sexo feminino. Além da elevação da idade mínima, tempo de contribuição e da alíquota de contribuição previdenciária, perderam a possibilidade de cumulação integral de pensão e aposentadoria e por fim poderão arcar com contribuição extraordinária no futuro”, alerta Thais Riedel.

A advogada, Amanda Caroline, especialista em direito previdenciário diz que, passados dois anos, há pouco o que se comemorar. “A reforma representou um endurecimento criterioso das regras e o retrocesso de alguns direitos para quem sonha em se aposentar”. A especialista destaca que, “até o momento, não foram observadas melhorias, tampouco, vantagens para os contribuintes, que passaram a acreditar que o direito à aposentadoria é algo intangível”, comentou.

Previdência privada

De acordo com pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprev), mais de 13 milhões de brasileiros tem previdência privada no Brasil. O cálculo indica que 6,5% da população brasileira fizeram esse tipo de plano. O economista Marcos Holanda explica que a covid-19 mudou o hábito econômico do brasileiro e trouxe a consciência da necessidade de planejamento do futuro. “Entre 2020 e 2021, a procura e contratação pelo serviço privado cresceu 16% em todo o Brasil”, diz Holanda.

Thais Riedel aponta que os fundos de pensão, embora tenham reduzido o montante de captação recentemente, não estão exatamente registrando perdas. “Na verdade, estão registrando custo de oportunidade. Importante registrar que a Taxa Básica de Juros (Selic) está subindo, o que melhora a rentabilidade dos títulos públicos, onde a maioria dos fundos tem aporte. Os fundos de uma forma geral têm alcançado a meta de investimento que são traçadas de forma conservadora. E mais, os investimentos dos fundos são feitos a longuíssimo prazo, logo referidas perdas podem ser recuperadas. Não há motivo para desespero”, informa.

Ministério da Economia lança edital para modernizar serviços de transporte administrativo

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A expectativa do órgão é de que o novo modelo vá revolucionar o transporte de autoridades, servidores, documentos e cargas de toda a administração pública federal, a partir de março de 2022. O Ministério da Economia não divulgou no edital sobre o tamanho do investimento previsto para a contratação

Ministério da Economia
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

O Ministério da Economia (ME) informou que “vai modernizar o transporte de autoridades, servidores, documentos e cargas de toda a administração pública federal”. Para tal, divulgou, hoje (11), um edital para a contratação de empresa que ofereça um sistema que centralize a gestão dos serviços de transporte administrativo. A iniciativa é considerada “uma evolução do TáxiGov”. A solução tecnológica servirá tanto como um integrador de fornecedores de transporte, por meio de APIs, quanto como uma ferramenta de gestão de frotas próprias e locadas.

“Estamos levando o TáxiGov para todo o Brasil, uma experiência de sucesso desde 2017. Agora, chegou a vez de contratar uma solução que facilite a gestão do transporte como um todo, tanto da frota própria quanto locada”, explica o secretário de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do ME, Cristiano Heckert. “Este novo serviço revolucionará o transporte administrativo de todo o governo federal; será um único sistema, que também funcionará em dispositivos móveis, para a gestão das diversas formas de transporte terrestre”, complementa Heckert.

A proposta do ministério é modernizar a experiência para o usuário de transporte administrativo  e a gestão. De acordo com o secretário, a realidade atual, com poucas informações consolidadas, dificulta a transparência e a gestão eficiente do transporte administrativo, o que será transformado pela geração de dados confiáveis e precisos.

TáxiGov
O trabalho de modernizar o serviço de transporte administrativo começou em 2017 com o TáxiGov. Até o momento, esse modelo já está presente em 212 órgãos e entidades. A implantação do programa já gerou uma economia de mais de R$ 32 milhões aos cofres públicos.

Outra vantagem do TáxiGov é a possibilidade de leilão de veículos. Desde o início do programa, 137 veículos já foram leiloados, o que resultou numa arrecadação de R$ 1,9 milhão. A partir da iniciativa, também houve a digitalização do serviço na administração pública, com redução de 22% no tempo médio de atendimento.

A expectativa do ministério é de iniciar a implantação do novo serviço a partir de março de 2022.

Mais informações:
https://www.gov.br/compras/edital/201057-5-00032-2021

União terá que apresentar laudos de condições de trabalho de peritos médicos federais

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Associação pede adicional de insalubridade em grau máximo para peritos que atuam em regime presencial nas agências da Previdência Social. A a juíza federal Maria Cândida Carvalho Monteiro de Almeida entende que, apesar de ferramentas que permitem perícias sem contato com os segurados, é importante haver laudo técnico para comprovar a exposição dos profissionais ao perigo de contágio do coronavírus

A Justiça Federal no DF determinou que a União entregue, em 20 dias, laudos ambientais que atestem as condições de trabalho individual ou por grupos homogêneos de exposição, avaliando o grau de insalubridade a que médicos peritos passaram a ser expostos com a pandemia da covid-19. A decisão foi em resposta a ação da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), que pede a fixação de adicional e insalubridade em grau máximo (20%) aos peritos que atuam no trabalho presencial nas agências da Previdência Social de todo o país.

“Considerando que a pandemia de covid-19 impôs novo cenário a todos os locais de trabalho, e principalmente aos profissionais de saúde que exercem suas funções mais expostos a contágio, tenho por atendido o requisito estabelecido pela norma para a produção de novo laudo técnico de condições de trabalho”, destacou a juíza federal Maria Cândida Carvalho Monteiro de Almeida.

“Ressalto, ainda, que a despeito de a administração ter criado ferramentas para viabilizar a realização de perícias médicas, sem o contato com os segurados da Previdência Social, a produção de laudo técnico faz-se necessária, inclusive, para esclarecimento da efetividade dessas práticas, além de estabelecer em quais casos os peritos estiveram expostos ou não a maior perigo de contágio ao coronavírus”, complementa a magistrada.

Para o advogado que atua no processo pela Associação, Paulo Lipocaci, sócio do escritório Paulo Liporaci Advogados, a decisão da Justiça Federal deixa muito claro que a administração “não pode tapar os olhos” para a real e grave situação à qual os profissionais da saúde, como os Peritos Médicos Federais, passaram a ser diariamente expostos em razão da pandemia do novo coronavírus.

“Os servidores públicos dedicados ao atendimento presencial da população devem ser recompensados pelo elevado risco de (re)infecção ao qual têm sido submetidos. O poder público não pode tratar servidores em regime de trabalho remoto e em atendimento presencial de modo idêntico, sob pena de prejudicar aqueles que se arriscam em prol da resolução direta dos problemas enfrentados pelos brasileiros”, destaca o advogado.

App evita desperdício de alimento

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Appétit Delivery é o primeiro app do Brasil que evita desperdício de alimento. Plataforma vai aumentar a visibilidade dos estabelecimentos que colocarem seus produtos com preço mais acessível e daqueles que tiverem avisos de valores diferenciados. Em outra ponta, o governo federal decidiu lançar o programa Comida no Prato, que facilita doações de alimentos por empresas com isenção de ICMS

Segundo dados da World Resources Institute, o Brasil desperdiça 41 mil toneladas de alimentos anualmente e os restaurantes são responsáveis por 15% deste total. Na outra ponta, estão milhares de pessoas que dormem com fome diariamente. Lutar contra o desperdício de alimento é uma das ações mais importantes para solucionar o problema, além de contribuir para o equilíbrio ambiental. Consciente de que estabelecimentos gastronômicos podem realmente fazer a diferença, a franquia Appétit Delivery traz um modelo simples, digital e inovador.

Conforme o CEO e um dos sócios da franquia, Juliano Matias, a ideia é “destacar”, na tela do app, para que os estabelecimentos anunciem seus produtos com preço mais acessível em determinados horários e façam alertas aos usuários de promoções. “Conversando com os donos de estabelecimentos, percebemos que, em geral, há esse percentual de perda, pois muitas vezes os proprietários dimensionam a produção baseados em um histórico ou média de vendas, mas nem sempre estas atingem a projeção e, em casos de alimentos preparados para consumo imediato, não há como reaproveitar (como marmitarias, por exemplo). Então, muitas vezes, o que não é vendido, acaba sendo perdido”, explica.

O que o Appétit Delivery se propõe a fazer é digitalizar uma prática já comum em ambientes físicos. Alguns locais, por exemplo, alteram os valores do seu buffet após um determinado horário para vender o que possivelmente sobraria. Na versão digital, a prática é inédita. “Importante dizer que isso em nada muda a qualidade do produto: ele é exatamente o mesmo que era vendido no preço normal, porém, quanto mais o tempo passa, maior a chance de perder. Por isso vale a pena para o estabelecimento colocar um preço menor para que isso não se perca, além de possibilitar a compra por parte dos clientes por um preço mais acessível ainda”, diz Juliano.

A pandemia da covid-19, que estimulou muito o consumo de comida pronta e servida no delivery, também trouxe aos empreendedores desse nicho a responsabilidade de criarem soluções para a comida em excesso. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2020, entre 2010 e 2019, a geração de Resíduos Sólidos Urbanos no país passou de 67 para 79 milhões de toneladas por ano. Ainda assim, iniciativas como da Appétit Delivery mostram que é possível ser consciente e sustentável na era do delivery. “Atitudes sustentáveis começam antes mesmo do pedido chegar em casa. Por isso, é importante escolher aplicativos que se preocupem com o meio ambiente e estabelecimentos que tenham o mesmo conceito”, destaca o CEO.

Governo federal lança o Comida no Prato, programa que facilita doações de alimentos por empresas com isenção de ICMS

O lançamento oficial será amanhã (11), às 11h, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). De acordo com o governo, o programa pretende conectar empresas interessadas em doar alimentos e instituições habilitadas a recebê-los. Um dos pontos da iniciativa é modernizar o acesso e dar visibilidade à possibilidade de isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para doações de empresas.

Sobre a Appétit Delivery

Ela nasceu em Cascavel, no Paraná, desenvolvida pela Rhede Sistemas, empresa de tecnologia da informação (TI) paranaense com 27 anos de experiência. A Appétit Delivery é uma das franquias que mais cresce no Brasil: presente em 13 estados brasileiros, espera fechar o ano atendendo 150 cidades. O aplicativo tem 3.400 estabelecimentos cadastrados e mais de 1,5 mil entregadores em operação.

Centrais sindicais articulam estratégias contra a reforma administrativa em 13 de novembro

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As centrais sindicais convocam todos os trabalhadores e trabalhadoras para a Plenária Nacional contra a PEC 32, que ocorrerá no sábado (13), das 8h30 às 13h, pela plataforma Zoom. As inscrições para a atividade podem ser realizadas pelo site bit.ly/inscricao_plenaria

“As mobilizações contra a Reforma Administrativa continuam por todo Brasil. Temos que intensificar a luta contra a Proposta que é um ataque frontal aos serviços públicos, como saúde e educação, e que vai atingir sobretudo os mais pobres”, orientam.

Concentrados no Anexo II da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (10), os servidores saíram em marcha até a Procuradoria-Geral da República (PGR) para cobrar o desengavetamento da CPI da Pandemia (fotos). À tarde, a partir das 14h, a mobilização continuou na vigília permanente em frente ao Anexo II.

Inscreva-se, vagas limitadas
bit.ly/inscricao_plenaria

Prova de vida para servidores federais até 31 de dezembro

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Servidores públicos federais aposentados, pensionistas e anistiados políticos civis do Executivo federal que não fizeram a prova de vida entre janeiro de 2020 a setembro de 2021 devem se apressar. Prazo vai até o último dia de 2021

O Ministério da Economia deu prazo até 31 de dezembro de 2021 para os servidores públicos federais aposentados, pensionistas e anistiados políticos civis do Executivo Federal que não fizeram a comprovação entre janeiro de 2020 a setembro de 2021 ter tempo de provarem que estão vivos. Quem não cumprir com a obrigação até o final do ano terá o pagamento do benefício ou provento suspenso.

A prova de vida é um procedimento previsto em lei para evitar fraudes e pagamentos indevidos e deve ser feita uma vez por ano, no mês do aniversário do beneficiário. Para a prova de vida, os beneficiários podem escolher uma das seguintes alternativas:

– Comparecer presencialmente a uma agência do banco onde recebe o pagamento, com documento de identificação com foto.

– Realizar a Prova de Vida pelo celular, se tiver a biometria (identificação digital) cadastrada no TSE ou no Denatran. Neste caso, é necessário ter os aplicativos SouGov.br e GOV.BR instalados no dispositivo móvel.

Para orientar os beneficiários do Executivo Federal, a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia divulgou um calendário para a realização da Prova de Vida. Confira:

Independentemente do canal em que realizou a prova de vida, o aposentado, pensionista ou anistiado pode consultar sua situação pelo aplicativo SouGov.br, disponível nas lojas Google Play e App Store, ou pelo computador, acessando www.gov.br/sougov . No SouGov.br também é possível obter o comprovante e receber notificações para lembrar o prazo da realização da prova de vida.

Saiba mais sobre a prova de vida para servidores públicos federais aposentados, pensionistas e anistiados civis do Poder Executivo Federal.