AERONAUTAS E AEROVIÁRIOS SUSPENDEM TEMPORARIAMENTE AS PARALISAÇÕES NOS AEROPORTOS

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A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT) avaliou o resultado do movimento grevista como “excelente”. Audiência entre a Federação e o TST acontece na sexta (22)

A continuidade da paralisação, organizada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), nesta quinta-feira (22) em todos os aeroportos do Brasil, está por enquanto suspensa.  

A decisão foi aprovada em assembleias dos aeronautas e em consultas a maioria dos aeroviários, na tarde desta quinta-feira.  

A razão da suspensão “temporária da greve” é a retomada das negociações da Campanha Salarial das categorias, nesta sexta-feira (23), às 14 h, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, entre o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), a Fentac/CUT e os sindicatos filiados.  

O presidente da Fentac/CUT, Sergio Dias, disse que as paralisações iniciadas das 6h às 7h e os protestos nos aeroportos em todo o País chamaram a atenção das empresas aéreas e da sociedade sobre as condições reais dos profissionais na aviação civil que trabalham em jornadas estressantes, más condições de trabalho e com salários sem ganhos reais há anos. 

“A paralisação foi excelente, pois contou com a adesão maciça dos trabalhadores de todos os aeroportos do País. O resultado foi surpreendente em todas as bases da Federação”, salienta Sérgio.

Sérgio foi enfático sobre a nota da Abear, que afirma que o movimento impactou mais de 20% da operação prevista, não garantindo um efetivo mínimo de 80% dos profissionais, estabelecido pelo judiciário, e que tomará medidas judiciais cabíveis. “Caberá a Abear comprovar o fato”, disse.

Reivindicações

As negociações da Campanha Salarial da Fentac/CUT iniciaram em outubro de 2014 e até agora houve sete rodadas de negociações, que terminaram sem avanço. 

De um lado, os aeronautas e aeroviários lutam por um reajuste decente nos salários de 8,5% com ganho real, a aplicação deste índice nos Vale Refeição e Alimentação, melhores condições de trabalho, criação de um piso para agente de check-in (para os aeroviários), fornecimento de maquiagem para as aeroviários ou auxílio específico para este fim,  bem como escalas que gerenciem a fadiga da tripulação e garantam a segurança de voo de todos. 

Já o SNEA, que representa a TAM, Gol, Avianca e Azul, ofereceu na última rodada de negociação, em 19 de janeiro, apenas 6,5% de aumento nos salários e 8% nos benefícios. “A nossa luta não é só  por ganho real nos salários, mas  por qualidade de vida e melhores condições de trabalho. Esperamos que as aéreas atendam às nossas reivindicações”, disse o presidente da Fentac, o aeronauta, comissário de voo na Gol, Sergio Dias.

Dias enfatiza que caso as aéreas não avancem novamente, assembleias serão convocadas nas bases e o movimento grevista poderá ser intensificado em todos os Aeroportos.

Brasília, 19h00