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Thiago Amaral cai na dança como o Wesley de Amor sem igual

Publicado em Novela

Thiago Amaral une as paixões pela atuação e pela dança em Amor sem igual, novela na qual vive o professor Wesley. Leia entrevista com ele!

A paixão pela dança une o ator Thiago Amaral e o personagem que ele interpreta na novela Amor sem igual, Wesley. Está certo que cada um deles tem a própria maneira de lidar com o hobby: Thiago é mais das coreografias marcadas, da diversão mesmo, como nos anos 1990; e Wesley é professor de dança de salão, especialmente de alunos da terceira idade.

“Sempre gostei de dançar. Os anos 1990 foram um prato cheio, via vídeos de shows e clipes de Michael Jackson para pegar as coreografias. Rolavam até competições em aniversários meus e de amigos! Mas com a dança de salão não tinha experiência nenhuma até o início da preparação para o Wesley. Na novela já passamos por zumba, gafieira e bolero… está sendo um barato aprender estilos tão diferentes”, conta Thiago, em entrevista ao Próximo Capítulo.

As turmas de Wesley em Amor sem igual são animados idosos. Ao contracenar com colegas mais experientes, Thiago Amaral troca experiência com quem tem muito a que dizer e ainda leva ao público de casa uma importante reflexão: “Daqui a 30 anos seremos o sexto país do mundo em número idosos e nós não temos uma política pública eficaz voltada para terceira idade e capaz de proporcionar um envelhecimento saudável.”

O ator ainda frisa que o cuidado com a terceira idade não pode depender apenas do governo e deve começar com cada um de nós. “Acho também que cuidar do corpo e da mente hoje faz com que não paguemos um preço alto na velhice. Alimentação saudável, exercícios físicos e meditação são meus três pilares pensando no presente e no futuro”, ensina Thiago.

Na entrevista a seguir, Thiago Amaral fala mais sobre Amor sem igual, lembra o início da carreira nos palcos de Porto Alegre e ainda adianta o próximo projeto dele no cinema. Confira!

Entrevista// Thiago Amaral

Ator Thiago Amaral
Foto: Ricardo Penna/Divulgação. Thiago Amaral: ”Daqui a 30 anos seremos o sexto país do mundo em número idosos e nós não temos uma política pública eficaz voltada para terceira idade”

Wesley é professor de dança de salão. A dança entrou na sua vida apenas para a novela ou você já dançava antes?
Sempre gostei de dançar. Os anos 1990 foram um prato cheio, via vídeos de shows e clipes de Michael Jackson para pegar as coreografias. Rolavam até competições em aniversários meus e de amigos! Mas com a dança de salão não tinha experiência nenhuma até o início da preparação para o Wesley. Na novela já passamos por zumba, gafieira e bolero… está sendo um barato aprender estilos tão diferentes.

Na época da novela Rebelde chegou a participar de números musicais?
Não fiz números musicais em Rebelde. Miguel era um vilão soturno. A diversão dele era jogar RPG e explorar o universo vampiresco.

Seu personagem em Amor sem igual tem uma ligação forte com a terceira idade. A expectativa de vida no Brasil está aumentando e a longevidade também. Estamos preparados para lidar com nossos idosos?
Não estamos. Daqui a 30 anos seremos o sexto país do mundo em número idosos e nós não temos uma política pública eficaz voltada para terceira idade e capaz de proporcionar um envelhecimento saudável. Quando recebi a sinopse do Wesley achei genial a ideia de ter alunos idosos cheios vitalidade e vontade de dançar. Com certeza estamos inspirando muitos idosos a fazerem o mesmo! Acho também que cuidar do corpo e da mente hoje faz com que não paguemos um preço alto na velhice. Alimentação saudável, exercícios físicos e meditação são meus três pilares pensando no presente e no futuro.

E eles? Estão preparados para essa troca entre as gerações. Como é essa relação nos estúdios de Amor sem igual?
Estão. Acho super saudável essa troca de experiências. Nossa relação nos bastidores é uma extensão do que vemos nas cenas. Sempre divertida, leve e de cumplicidade. É uma alegria tê-los em cena comigo e nos bastidores poder ouvir histórias da carreira de um cada deles.

O cinema no Rio Grande do Sul, estado em que você nasceu, é muito forte. Isso influenciou na sua trajetória profissional?
Pouco. Fiz pouquíssimo cinema no Rio Grande do Sul. Minha maior influência é a do teatro gaúcho. Principalmente da época em que fiz faculdade de Artes Cênicas na UFRGS. Formamos um grupo de atores e atrizes muito engajado com a cena gaúcha. Foi uma geração talentosa que hoje está fazendo bonito em Porto Alegre!

Você estará no filme Eu sou mais eu. O que pode adiantar sobre o projeto?
É um filme de guerrilha, todo filmado em São Paulo, com roteiro e direção do Fábio Zanoni. Eu interpreto Fábio, um traficante que é espancado após tentar sequestrar a família de Nobre (Diego Machado). Ainda não vi nada do filme, estou curioso.

Em sua trajetória na televisão você tem passagem por várias emissoras, formatos e gêneros. Essa versatilidade é a grande busca do seu trabalho?
Uma das minhas grandes buscas. Me inspira ter desafios diferentes em cada projeto. Trabalhar com estilos e formatos variados me estimula a desenvolver ferramentas novas. Em televisão a construção é feita aos poucos, é uma obra aberta, vamos conhecendo o personagem enquanto estamos fazendo. Estamos sempre na beira do abismo. É um exercício incrível!