The politician 1 Crédito: Netflix/Divulgação

The politician, de Ryan Murphy, é uma sátira da corrida presidencial com ares de Glee

Publicado em Séries

A série The politician estreia na sexta-feira (27/9) na Netflix. O Próximo Capítulo assistiu e te conta o que esperar!

The politician é a primeira produção de Ryan Murphy feita para a Netflix, um movimento da plataforma que tem a ver com o sucesso de atrações como Glee e American crime story no catálogo do serviço. A série, que estreia na sexta-feira (27/9) na plataforma, gira em torno de Payton Hobart (Ben Platt), um adolescente que está no ensino médio e sonha em se tornar presidente dos Estados Unidos.

Mais do que um desejo, o protagonista tem convicção de que uma vai virar o governante mais importante do país. Para atingir a aspiração política, ele começa a seguir os principais passos dos ex-presidentes dos EUA. A primeira meta que ele quer atingir é a de conquistar a eleição da presidência do grêmio da escola Saint Sebastian, em Santa Barbara, na qual ele estuda. No entanto, ele tem um concorrente e tanto: River (David Corenswet), o garoto mais popular do colégio, que namora com a arqui-inimiga de Payton, Astrid (Lucy Boynton). Assim que River lança a candidatura, Payton vê a primeira meta da lista começar a sair de suas mãos.

Crédito: Netflix/Divulgação

A partir desse cenário, The politician começa a mostrar o que cada candidato faz para se manter na corrida presidencial do grêmio, desde a busca por vices que possam chamar atenção, como a jovem com câncer Infinity Jackson (Zoey Deutch) e a negra lésbica Skye (Rahne Jones), até a revelação de vídeos comprometedores dos concorrentes. Algo exagerado, mas ao melhor estilo das disputas eleitorais da vida real.

Crítica de The politician

Payton é um protagonista a cara de Ryan Murphy. Ele é arrogante, competitivo e tem um objetivo certo na vida: a presidência dos EUA. A determinação desenfreada do personagem e a falta de trato com as pessoas logo lembram outra protagonista de Murphy: Rachel Berry (Lea Michelle), de Glee. A dupla ainda tem em comum a habilidade de cantar, algo que a série explora com uma cena musical linda do personagem e momentos em que ele está à frente do piano pensando sobre a vida. Além disso, é desse jeito todo estranho de Payton que vem a empatia do personagem, assim como acontecia com Rachel.

A série ainda tem outros ótimos personagens. River é cativante. Astrid faz parte do núcleo com um “quê” de Meninas malvadas, espaço que também é ocupado pelos três melhores amigos de Payton e estrategistas “masters” da campanha do garoto: Alice (Julia Schlaepfer), namorada dele, James (Theo Germaine) e McAfee (Laura Dreyfuss). Ainda há a estranha e engraçada família de Payton formada pela mãe Georgina (Gwyneth Paltrow); os gêmeos Martin (Trevor Eason) e Luther (Trey Eason); e o pai interpretado por Bob Balaban. Sem falar em Dusty Jackson (Jessica Lange), avó de Infinity, outra personagem que vale a atenção.

Crédito: Netflix/Divulgação

Como todo produto de Murphy, a série tem a assinatura óbvia dele. É possível perceber muitas similares com Glee — como já foi dito –, além de aqui e ali beber da fonte de Scream queens (nos absurdos) e até de American crime story (quando se trata da segunda temporada antologia, por conta do visual da casa de Payton que lembra a de Gianni Versace na série). Ainda como Glee, a série diverte, entretém e discute temas importantes para a juventude — o que faz, inclusive, com que tenha um aviso de gatilhos antes do primeiro episódio.

Talvez os maiores pecados da trama estejam em algumas obviedades e em trazer para o enredo uma história paralela de um fato real que foi retratado recentemente na telinha. Mesmo assim, tem tudo para agradar ao público jovem com uma história engraçada, que se utiliza do absurdo para brincar com que acontece na vida real em uma tema super atual: política. A primeira temporada é formada por oito episódios.