Sandra de Sá, Silvero Pessoa e Helga Nemeczyk no Show dos famosos
show Sandra de Sá, Silvero Pereira e Helga Nemeczyk no Show dos famosos Sandra de Sá, Silvero Pessoa e Helga Nemeczyk no Show dos famosos

Show dos famosos é homenagem ou imitação?

Publicado em Sem categoria

Quadro do Domingão do Faustão soa mais como imitação do que como homenagem, como preferem os artistas e o apresentador. Mas homenagem pode ser ruim?

Olhe bem a foto acima e diga a verdade. Com quem se parece? Somente com muita abstração (e se você não assistiu ao Domingão do Faustão de 8 de abril) a resposta será com o tenor italiano Luciano Pavarotti. A imagem é da atriz Helga Nemeczyk (leia entrevista com a atriz) imitando o cantor na estreia dela na segunda temporada do quadro Show dos famosos (leia crítica da primeira temporada do quadro).

Na verdade, a produção do programa não gosta muito do verbo “imitar” que usei no parágrafo anterior. Eles preferem “homenagear”. Mas me recuso a usar verbo tão nobre para um quadro tão insosso. Não dá! Cheguei a me perguntar se homenagem poderia ser algo ruim e, socorrido pelo dicionário, percebi que não. Tem que ser exaltação.

Mais uma vez vem uma pergunta: mas exaltação do quê, Deus meu? Do mau gosto? Só se for. Helga conquistou os jurados da atração. Os atores Cláudia Raia e Miguel Falabella e o diretor Boninho elogiaram a atriz, especialmente por ela estar cantando em região que não é a mais confortável para ela. O intuito: parecer-se cada vez mais com Pavarotti. Ué? Isso não é imitação?

Elenco da temporada do Show dos famosos
Elenco da temporada do Show dos famosos

O resultado do quadro como um todo é um amontoado de atores, cantores e esportistas imitando ídolos da música. Sandra de Sá veio de Maria Alcina. Silvero Pereira de Pabllo Vittar ー mais uma chance para Fausto se confundir com o artigo antes do nome da cantora. Outros artistas se apresentaram, todos caracterizados como o ídolo ー do figurino até a expressão facial, conseguida por meio de maquiagem pesada. Muitos, além de Helga, ouviram que o registro vocal estava mais difícil. Diz aí: é imitação, sim!

Homenagem seria Sandra mostrar o potencial que o Brasil inteiro já conhece soltando a voz (dela) no repertório de Maria Alcina. Ou mesmo do histriônico Tiago Abravanel atacando de I will survive, de Gloria Gaynor, sem aquela indumentária toda. Sendo ele mesmo. Difícil será sobreviver a mais dois ou três meses de imitações. Ops! Quer dizer, homenagens…