manoel carlos2 Nova minissérie de Manoel Carlos deve ser sobre o amor entre jovens de Florianópolis e do Rio de Janeiro

Manoel Carlos faz 85 anos. Viva o cronista do Leblon!

Publicado em Novela

Novelista de sucessos como Por amor e Sol de verão, Manoel Carlos comemora 85 anos se preparando para escrever uma minissérie. Relembre trabalhos marcantes do autor!

Em 1950, a televisão foi inaugurada no Brasil. E lá estava Manoel Carlos, nome oriundo do rádio e do teatro que estrelaria teleteatros na TV Tupi. No início da tevê, Maneco dirigia e atuava, mas foi mesmo como autor que ele ganhou o Brasil inteiro.

Confesso que Manoel Carlos está entre meus autores preferidos de novelas. Títulos como Por amor e Laços de família não saem da minha memória, assim como os folhetins Água viva e Sol de verão entraram para a história das novelas nacionais.

E o que falar das Helenas, tão bem defendidas por Regina Duarte (História de amor, Por amor e Páginas da vida), Christiane Torloni (Mulheres apaixonadas), Taís Araújo (Viver a vida), Lilian Lemmertz (Baila comigo), Maitê Proença (Felicidade), Vera Fischer (Laços de família) e Julia Lemmertz (Em família)? Uma mais encantadora do que a outra, sendo sempre mulheres fortes, determinadas.

Muitos comparam Manoel Carlos a um cronista e não é à toa. Muitas vezes assuntos saem das páginas de jornal direto para a tela, o que, às vezes, acarreta atrasos na entrega dos capítulos para os atores e gera reclamações. Ao mesmo tempo garante frescor a cenas como os famosos cafés da manhã em que se discute desde a cura gay até bala perdida, passando por adoção e tratamentos revolucionários para o câncer.

Manoel Carlos já nos deixou desolado com dois anúncios de aposentadoria. O primeiro foi quebrado com a minissérie Presença de Anita, que, em 2001, apresentou ao público a atriz Mel Lisboa. O segundo está prestes a ser revogado, pois foi noticiado que o autor prepara uma minissérie para este ano, cujo título provisório é Castelo de areia. Ansiedade define!

Confira cinco bons momentos de Manoel Carlos na tevê!

Água viva (1980)

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Na verdade, Manoel Carlos é co-autor de Água viva, escrita ao lado de outro mestre: Gilberto Braga. Na trama, Miguel Fragonard (Raul Cortez) vive às turras com o irmão Nelson (Reginaldo Faria), um bon vivant que nunca trabalhou e vive de renda. Quando fica viúvo, Miguel se apaixona por Lígia (Betty Faria) sem saber que ela e Nelson são namorados. Foi em Água viva a famosa cena em que a atriz Tônia Carrero, morta recentemente, causou frisson ao fazer um top less em plena praia de Ipanema. A gravação da cena, que também envolvia Maria Padilha, Maria Zilda e Gloria Pires, foi acompanhada por protetos. O expediente acabou tendo que ser transferido para a praia de São Conrado.
Sol de verão (1982)

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A novela, um grande sucesso da década de 1980, trouxe Irene Ravache como Rachel, uma mulher que decide se separar do marido, o empresário Virgílio (Cécil Thiré), e vai morar no Rio de Janeiro, com a filha Clara (Débora Bloch). Vinda de família rica, Rachel acaba se apaixonando pelo mecânico Heitor (Jardel Filho), para desespero da mãe dela, Laura (Beatriz Segall). Rachel vai ter que lutar pelo amor de Heitor contra o preconceito. Uma tragédia da vida real acabou marcando Sol de verão: o ator Jardel Filho morreu de ataque cardíaco em 19 de fevereiro de 1983, antes do desfecho da trama. Com isso, o destino de Rachel passa a ser entre viver com o professor Horácio (Paulo Figueiredo) ou voltar para Virgílio, mesmo estando grávida de Heitor. A opção seguida por ela é a segunda.
Por amor (1997)

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A trama principal da novela é o que você seria capaz de fazer por amor. Para Helena (Regina Duarte) poucos são os limites. Vale inclusive trocar o próprio bebê na maternidade e dá-lo à filha, Maria Eduarda (Gabriela Duarte), cujo bebê morreu logo após o parto no mesmo dia e no mesmo hospital. Isso sem que os pais das crianças, Atílio (Antônio Fagundes) e Marcelo (Fabio Assunção), soubessem de nada. Em torno desse segredo e das questões do coração é que giram os dramas de Por amor. A cena da troca dos bebês, em que o médico César (Marcelo Serrado) também é envolvido, entrou para o rol dos grandes momentos da tevê brasileira.
Laços de família (2000)

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Mais uma vez mãe e filha estão no cerne da questão. Desta vez Helena (Vera Fischer) e Camila (Carolina Dieckman). No início da novela, elas eram unha e carne, até que Camila e o namorado de Helena, Edu (Reynaldo Gianecchini) se apaixonam. Como é uma novela de Manoel Carlos, Helena abre mão do grande amor em favor da filha. O drama começa mesmo quando Camila descobre que tem câncer e a busca por um doador de medula é grande. Só não é maior do que o sucesso que a cena em que Camila raspa o cabelo por causa da doença. Vale lembrar que Marieta Severo marcou época como Alma, tia de Edu e grande vilã da novela.

Maysa – Quando fala o coração (2009)

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Quem acompanha o trabalho de Manoel Carlos com atenção já percebeu que a MPB é uma grande paixão dele. Talvez por isso, a escolha de Manoel Carlos para uma biografia de Maysa não tenha sido surpresa. A trajetória da nossa rainha da fossa foi contada de maneira brilhante, com atuação inspirada de Larissa Maciel e estreia promissora de Jayme Matarazzo, neto de Maysa.