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Lucas Vasconcelos, o Dragão de Malhação, se divide entre o cinema e a tevê

Publicado em Entrevista

Lucas Vasconcelos estreia na tevê como o Dragão de Malhação – Toda forma de amar e se prepara para dirigir o primeiro longa

O ator (atualmente mais diretor do que ator) Pedro Vasconcelos e a atriz Daniela Pessoa (hoje advogada) se conheceram quando, em 1997, fizeram Malhação. Os dois se relacionaram e tiveram um filho, Lucas Vasconcelos, que é ator e cineasta e estreia na televisão justamente em Malhação.

Na temporada Toda forma de amar, o rapaz dá vida a Dragão, vilão que vem para bagunçar o romance de Nanda (Gabriela Mustafá) e Camelo (Ronald Sotto). Em cima do palco como o personagem, Lucas se sente à vontade porque também teve uma banda na adolescência, influenciada pelos Beatles.

Na entrevista a seguir, Lucas se desvia do rótulo de galã, fala sobre música, cinema e muito mais. Confira!

Leia entrevista com Lucas Vasconcelos

Ator Lucas Vasconcelos
Lucas Vasconcelos ama atuar, mas prefere dirigir’

O Dragão tem uma banda. Como é a sua relação com a música? Você também tem ou já teve uma banda?
Eu sempre fui muito ligado à música, desde pequeno sempre fui mega fã dos Beatles, e isso me incentivou a fazer uma banda na época de escola. Subir no palco para fazer o Dragão me relembra essa época e está sendo uma delícia me sentir estrela de rock.

Você tem pinta de galã e está numa trama juvenil. Tem medo desse rótulo?
Tenho? (risos) Sempre me achei com mais pinta de diretor de cinema, mas adorei o elogio! Se me rotularem de galã de uma trama juvenil me passa o contato da pessoa para eu agradecer? (risos)

Como o Dragão vai atrapalhar o namoro de Nanda e do Camelo?
Não posso dar spoiler da trama, mas certamente o Dragão vai dar vários motivos para o Camelo morrer de ciúmes da aproximação dele com a Nanda.

Ser filho de um ator e diretor influenciou na escolha de sua profissão, já que você também trabalha nas duas frentes?
Influenciou certamente na área de direção, até por que eu desde pequeno via meu pai nos sets de filmagem dirigindo cenas, decupando textos e estando atrás das câmeras. A direção me levou para a atuação, já que é muito importante para o diretor saber lidar com o ator, trabalhar com o ator… Hoje em dia uma parcela de diretores se preocupa somente se a câmera é boa ou se a fotografia está linda. Um diretor que passa pelo processo de atuar sabe dirigir um ator.

Dá para escolher entre o ator e o diretor?
Dá! Eu adoro atuar se não adorasse não faria, mas dirigir… é outra coisa, é amor forte mesmo! A Fernanda Montenegro diz que para saber se você realmente gosta de algo você deve experimentar se afastar daquilo. Se sentir falta, se não aguentar viver por não fazer aquilo que mais gosta é por que você ama o que faz, e eu amo dirigir!

Você já fez cinco curta-metragens. Falta incentivo para o formato no Brasil?
Nosso país infelizmente tem uma falta de incentivo em diversas áreas artísticas, (não só artísticas, mas enfim papo para outro dia), porém sinto que agora estamos vivendo uma revolução no audiovisual, com a chegada dos streamings e da demanda de produções originais. Claro que pode sempre avançar muito mais, com mais filmes nacionais em produção e em cartaz. Mas fico feliz de ver que mais pessoas estão fazendo filmes e produzindo empregos.

Com Bem-vindo de volta você participou do Los Angeles Brazilian Film Festival. Como foi essa experiência?
Foi ótimo estar nos Estados Unidos com meu filme, você pegar um Uber para ver seu filme no cinema e sem querer dar de cara com o letreiro de Hollywood deixa o negócio tão especial (risos)

Você já tem ideia para o primeiro longa?
Tenho. Estou na pós-produção do meu último curta, que fiz com meu amigo Pedro Nercessian, Nada de bom acontece depois dos 30 – título bem sugestivo, né? É um universo distópico em que as pessoas morrem aos 30 anos de idade, mas um homem vai contra esse ideal. A ideia é transformar esse curta em um longa até o final do ano, e quem sabe uma Netflix? Só jogando aqui mesmo… (risos)