Cena da primeira temporada de Glow
Crédito: Erica Parise/Divulgação

O que esperar de Glow, nova série das criadores de Orange is the new black

Publicado em Séries

Jenji Kohan e Tara Herrmann são os nomes por trás de Glow, produção que estreia nesta sexta-feira (23/6), na Netflix

Veredito: Bom

Donas da série “original Netflix” mais assistida no serviço de streaming (Orange is the new black apareceu em sexto lugar no ranking feito pelo 7Park Data sobre audiência nos Estados Unidos), Jenji Kohan e Tara Herrmann pretendem manter o sucesso com uma nova produção Glow, que está disponível a partir desta sexta-feira (23) na plataforma.

O seriado tem uma premissa um pouco louca: acompanhar os bastidores da gravação de um série televisiva sobre wrestling (ou luta livre, como é conhecida no Brasil), um tipo de luta profissional caracterizada pela dramaticidade e teatralidade. Tudo isso é contado por meio da história de Ruth (Alison Brie), uma jovem atriz em busca de empregos nos anos 1980 em Hollywood. Há bastante tempo no mercado, Ruth tem dificuldade de ser escalada para bons papéis e, já cansada dessa procura, fala que está aceitando qualquer coisa. Assim surge o convite para uma audição ao seriado Glow, sigla para Gorgeous ladies of wrestling (Lindas mulheres do wrestling, em português).

Apesar de não encantar o diretor, ela acaba conseguindo o papel, tudo porque ela serve de inspiração para Sam (Marc Maron) após ser atacada pela melhor amiga, Debbie (Betty Gilpin), uma atriz, até certo ponto famosa por fazer uma novela, que vai até o local da audição quando descobre que Ruth estava dormindo com o seu marido. E as duas acabam no elenco da série, mesmo se odiando.

Crítica de Glow

Ruth e Carmen em cena de Glow
Crédito: Erica Parise/Divulgação. Personagens Ruth e Carmen em cena de Glow

Glow é o tipo de série que deve bombar no catálogo da Netflix, principalmente, porque segue alguns moldes de sucesso de Orange is the new black. Tem um elenco vasto e diversificado feminino, mostra mulheres em busca de empoderamento e faz uma junção entre drama e comédia — que a gente ama!

A protagonista Ruth também segue um modelo do serviço de streaming, sendo carismática e cansativa, tudo isso ao mesmo tempo — ao melhor estilo Piper Chapman (Orange is the new black), Sophia Amoruso (Girlboss) e até Anne (Anne with an E). Apesar disso é preciso destacar a boa atuação de Alison Brien, que convence no papel da atriz.

Assim como Jenji e Tara fazem em Orange is the new black, Glow não foca apenas na trama das protagonistas Ruth e Debbie, mas abre espaço para as outras personagens na trama, como Cherry (Sydelle Noel), Carmen (Britney Young) — essa rouba a cena demais! — e Jenny (Ellen Wong), outras “atrizes” do elenco da série produzida por Sam. E é aí um dos defeitos do seriado: a produção peca em não aprofundar histórias de personagens tão interessantes. Quem sabe em uma segunda temporada?

Cena de Glow
Crédito: Erica Parise/Divulgação

Outro ponto da série que pode agradar é o fato de se passar nos anos 1980. Isso faz com que Glow tenha um visual bastante colorido e nos leve de volta para aquele período, com muitos collants e cabelos esvoaçantes.

SERVIÇO
Glow
A primeira temporada tem 10 episódios e está completa na Netflix.