CBPFOT180920190067 (1) Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. 25 anos da série Friends. Na Foto Daniela Gontijo Macedo, professora.

No dia em que Friends completa 25 anos, fãs tentam explicar o sucesso

Publicado em Séries

Sitcom Friends comemora 25 anos da estreia e continua em alta. Fãs brasilienses tentam explicar o motivo do sucesso da comédia

Há exatos 25 anos, a televisão norte-americana via estrear o que viria a ser um dos maiores fenômenos da história da tevê. Uma comédia estrelada por, até então, seis atores não muito conhecidos, interpretando seis amigos moradores de Manhattan, famoso bairro novaiorquino, onde dão os primeiros passos na vida adulta. Tudo tem início quando Rachel (Jennifer Aniston), após abandonar o noivo no altar, chega até a cafeteria Central Perk, reencontra a amiga de infância Monica (Courteney Cox) e decide ir morar com ela. A partir daí, a patricinha passa a integrar o grupo de amigos de Monica, que tem Phoebe (Lisa Kudrow), Ross (David Schwimmer), Joey (Matt LeBlanc) e Chandler (Matthew Perry).

Essa é a premissa de Friends, sitcom criada por David Crane e Marta Kauffman, que estreou em 22 de setembro de 1994 nos Estados Unidos arrebatando o coração dos fãs e colocando o time de atores protagonistas entre os mais bem pagos da televisão da época. O sexteto chegou a receber US$ 1 milhão por episódio nas últimas temporadas. Em 10 anos, Friends exibiu 10 temporadas, que continuam a ser destaque até hoje, seja nas reprises da televisão paga — aqui no Brasil veiculadas pela Warner Channel —, seja no serviço de streaming Netflix, onde Friends nasceu para um novo público, ao mesmo tempo que fidelizou mais ainda os fãs antigos que adoram rever a trama. Segundo dados do TV Time, o seriado foi o mais revisto de 2018, superando How I met you mother e Grey’s anatomy.

Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia. Daniela Gontijo Macedo, professora.

A professora de inglês Daniela Gontijo Macedo, 32 anos, é uma das fãs responsáveis por esse número atingido por Friends no ano passado. Ela conta que adora reassistir ao seriado. Às vezes, episódios aleatórios, em outros momentos, temporada por temporada. Não importa como, mas Daniela nunca larga Friends. “Acho que o que me motiva a continuar assistindo é porque eu sinto que Friends é parte da minha vida. É aconchegante. Só de ouvir a voz deles (dos atores) já me dá uma descansada. É algo familiar”, analisa.

Daniela faz parte dos fãs que descobriu a paixão após o fim da série na tevê. Quando criança, ela assistia na casa de colegas. Mas, como não tinha tevê paga, não podia acompanhar em casa. O fascínio pelo seriado veio quatro anos após a exibição do último episódio da comédia, em 2008, quando se mudou para Londres para fazer um intercâmbio. Ela via nas horas vagas, o que ajudou no aprendizado avançado da língua a qual hoje dá aula, o inglês. “Como eu tinha tempo livre, ficava assistindo e viciei mesmo. Foi um modo de me ajudar a melhorar meu inglês”, define.

Hoje, a professora costuma dizer que tudo em sua vida lembra a série. “Tudo que acontece na minha vida eu remeto a Friends. Tudo da minha vida “tem um episódio de Friends…”. Acho que o que encanta é o fato de a gente poder se identificar com o que os personagens estão vivendo em algum nível”, afirma. Daniela revela que consegue se identificar com cada um dos protagonistas dependendo do momento da vida, mas elege como preferidos Ross, “é um que sofre muitas coisas engraçadas durante a série, dou muita risada com ele”; Chandler, “porque gosto muito de humor sarcástico e inteligente”; e Rachel, “gosto da evolução dela na série, de uma mimadinha se transformando em uma executiva”. “Mas tem dia que amo a Monica, a Phoebe ou o Joey”, completa.

Todo dia

Crédito: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press. Brasil. Murillo Justino.

O estudante Murilo Justino da Silva, 23 anos, é outro viciado em Friends. Ele começou a assistir à série em 2009 pela televisão mesmo. Porém, apenas em 2012 conseguiu acompanhar intensamente e foi nesse momento que se tornou mais um fã da trama. “No início, comecei para praticar meu inglês e acabei amando todo o enredo da série e a amizade entre aquelas pessoas”, explica. O casal Chandler e Monica é o preferido de Murilo. “Amo Chandler justamente por suas piadinhas, que são bem divertidas. Também amo a Monica, por ser uma pessoa sensata, mas também divertida”, escolhe.

Não existe um dia em que o estudante não assista a Friends. É hábito chegar em casa, preparar um lanche para comer enquanto vê mais um episódio da comédia. “Vejo e revejo as 10 temporadas umas sete ou oito vezes por ano. Sempre vejo de três a quatro episódios por dia”, diz. Esse amor por Friends levará o brasiliense até São Paulo para visitar o projeto Casa Warner, que celebra os 25 anos da sitcom. “Acredito que Friends é minha maneira de dar uma fugidinha de todas as minhas obrigações. Consigo descarregar as energias negativas apenas assistindo à série”, analisa.

Também é buscando relaxamento que a radialista Helena Cusinato Santos, 27 anos, procura por Friends. “Assisto até hoje, mas só quando quero relaxar, me sentir em casa, ou até para dormir. Já vi todos os episódios milhões de vezes, então não tem muita novidade, mas tem algo como ‘voltar para casa’ quando coloco um episódio de Friends que sei todas as falas de cabeça”, conta.

Isso porque Helena começou a ver bem novinha, quando ainda tinha 8 anos. Essa era uma forma de a menina se aproximar das primas que, mais velhas, assistiam ao seriado. “Eu não entendia quase nada, mas assistia porque era uma coisa quase familiar para a gente. Na minha família, todo mundo sempre gostou muito de Friends”, revela.

Para a radialista, o motivo do sucesso de Friends é simples: a série é relacionável. “Acho que a cumplicidade daqueles amigos e vê-los vivendo situações quase cotidianas com uma certa leveza, sem se levar muito a sério e sempre tendo um ao outro de apoio, é o que mais encanta na série. De alguma forma, a gente fica íntimo dos personagens, sente que os conhece como se fôssemos nossos amigos mesmo”, defende ela, que escolhe Rachel como sua preferida. “Acho que por ser muito marcante a coragem dela de jogar tudo para o alto e recomeçar. Também pelos figurinos que mais me marcaram na série”.

236
Quantidade de episódios em 10 temporadas

US$ 1 milhão
Salário recebido pelos protagonistas

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