Tevê por assinatura e streaming apostam em programas de namoro com diferentes dinâmicas e formatos
O ano de 2020 começou com o sucesso repentino e surpreendente do reality show Casamento às cegas, da Netflix. Durante semanas, só se falou sobre o programa que colocava participantes em busca do amor em uma experiência social inusitada: ficarem noivos sem nunca terem se visto pessoalmente. O boom de Casamento às cegas abriu espaço para novos realities e a consolidação e popularização de outros já existentes.
O canal Lifetime, por exemplo, exibe, desde o mês passado, a sexta temporada de Casamento à primeira vista. A atração tem uma dinâmica bastante parecida com o de Casamento às cegas. O programa acompanha um grupo de casais formados a partir de um teste de compatibilidade do reality. Os seis pares compatíveis só se conhecem no momento da cerimônia de casamento. A partir daí, a série acompanha os novos casais por cinco semanas de convivência, que incluem no dia a dia, conhecer familiares e amigos. Ao final, as duplas decidem se ficam juntas ou não.
A temporada atual se passa em Boston, nos Estados Unidos, e é formada por Shawnice Jackson, 29 anos, cosmetóloga, e Jephte Pierre, 26, professor; Molly Duff, 25, agente de seguros comerciais, e Jonathan Francetic, 28, associado financeiro; e Jaclyn Schwartzberg, 29, representante técnica de vendas, e Ryan Buckley, 29, bombeiro. O programa é exibido às terças, às 18h30.
Primeiros passos
Se Casamento à primeira vista já coloca os participantes na “prova final”, há realities em que o romance começa realmente do início. É o caso de Namoro, amizade ou adeus? (Dating around, no título original), da Netflix, que conta com uma temporada no streaming e terá uma sequência em breve, com estreia prevista para 12 de junho.
No reality, a cada episódio, um novo participante solteiro é apresentado e acompanhado em cinco encontros diferentes. O objetivo é mostrar como cada um deles se desenvolve, para, então, o participante decidir se segue para um segundo encontro com algum dos pretendentes ou se permanece apenas no território da amizade. A primeira temporada tem seis episódios e acompanha Luke, Gurki, Lex, Leonard, Sarah e Mila.
Em busca de conexão
Recém-lançado na Netflix, Brincando com fogo (Too hot to handle, no título original) tem como missão “consertar” os solteiros. À primeira vista, o programa pode parecer uma atração só de pegação, mas é o contrário. Todos os participantes reunidos na mansão estão, na verdade, num retiro para encontrar conexões profundas. Só que eles apenas descobrem isso dentro do confinamento, onde não podem beijar ou fazer sexo, se não perdem um prêmio em dinheiro.
Com oito episódios, o programa acompanha a rotina de 14 participantes que se definem como pessoas com dificuldade de manter um relacionamento sério. Com ajuda da inteligência artificial Lana e narração de Desiree Burch, os participantes são colocados à prova diariamente na casa paradisíaca em Narayit, no México. No elenco, jovens de 20 a 30 anos de diferentes locais, entre eles, Reino Unido, Canadá, Austrália e Estados Unidos. A cada infração o prêmio de US$ 100 mil é diminuído.
Lidando com o passado
Sucesso absoluto da MTV, De férias com o ex Brasil estreou há duas semanas a sexta temporada. A atração é conhecida por colocar jovens em uma mansão passando férias que são perturbadas com a chegada de exs. A ideia é que eles se resolvam. “O reality serve como psicólogo. Voltar me ajudou a me construir real como ser humano. Voltar foi basicamente isso, além de eu gostar de uma brincadeirinha”, conta Matheus Crivella, o Novinho, participante que retornou na sexta temporada após uma participação na quarta edição.
A nova temporada será formada por 12 episódios com exibição sempre às quintas às 22h na MTV e na Amazon Prime Vídeo. O elenco é formado por dez participantes: Matheus Crivella, Rafael Vieira, Bárbara Morais, Flávia Caroline, Jéssica Marisol, Mayara Cardoso, Mina Winkel, Caio Cabral, João Hadad e Igor Adamovich, que ficam confinados numa casa em Jericoacoara, no Ceará, à espera dos convidados indesejados.
“Realmente a gente quer dar as melhores férias da vida deles, independente de ser um programa de tevê. A gente quer as melhores festas, baladas, rolê. A gente escolhe a casa onde vão ficar, os passeios, para realmente serem inesquecíveis. A melhor prova disso é o tanto de ex-participante que quer voltar”, comenta Bettina Hanna, diretora-geral do De férias com o ex Brasil.
