Duio Botta Crédito: Rafael Aguiar/Divulgação

‘Ele vai se rebelar durante a novela’, anuncia Duio Botta sobre o mordomo Jardel, de A dona do pedaço

Publicado em Entrevista

Sites especializados em folhetins garantem que o mordomo deve ser vítima da vilã Josiane. Mas Duio Botta diz: ‘A Josiane que se cuide. Ele tá de olho nela’

O ator matogrossense Duio Botta se firmou na carreira primeiro como dublador. A voz do artista foi emprestada para os principais personagens de novelas mexicanas e de séries internacionais. No currículo, ele tem dublagens em produções como Os Simpsons, Orange is the new black, Mr. Robot e Grace and Frankie. Entre as produções do México, a que mais o tocou foi em Que pobres tão ricos, quando emprestou sua voz e interpretação vocal a Diego Armando, o primeiro personagem que vivia um romance homossexual a ter história exibida no SBT sem cortes. ” Foi lindo, me emocionei muito”, lembra.

À frente da telinha, ele esteve na novela de Walcyr Carrasco Êta mundo bom! e volta a fazer dobradinha com o autor em A dona do pedaço. Agora, Duio interpreta o mordomo Jardel. Ele é um dos integrantes do núcleo de Juliana Paes, que vive a protagonista Maria da Paz. As principais cenas dele são ao lado de Juliana e também de Rosane Gofman e Agatha Moreira, que vivem Ellen (a governanta) e Josiane (filha de Maria da Paz), respectivamente.

Nos últimos capítulos, o ator viu o personagem crescer. Isso porque ele pode ter um papel importante para desmascarar a vilã Josiane. “O Jardel está bem quieto, mas ele é o maior fofoqueiro daquela casa. Ele está atento a tudo e a todos. Tem uma força muito grande e vai se rebelar durante a novela. A Josiane que se cuide. Ele tá de olho nela”, garante.

Em entrevista ao Próximo Capítulo, Duio Botta falou da experiência de dublagem e de como tem sido viver Jardel. Confira!

Entrevista / Duio Botta

Você ficou conhecido na televisão como dublador de personagens das novelas mexicanas. Como isso acabou surgindo na sua vida? E como é essa experiência?
Surgiu quando comecei a trabalhar na administração de um estúdio de dublagem. Como eu já era ator, me deram a oportunidade de fazer o curso de dublagem para aprender a técnica. Tive e tenho a honra de aprender e trabalhar com a atriz Isis Koschdoski, que deixou a tevê para se dedicar à dublagem. A experiência é única. Para mim como ator, é uma das formas de atuar mais difíceis de se fazer.

Entre essas dublagens, tem alguma que você considera especial ou marcante?
Foi muito importante ter dublado o Diego Armando (em Que pobres tão ricos), que compôs o primeiro casal gay de novelas mexicanas que o SBT exibiu sem cortes, sem transformar os personagens em heterossexuais como já aconteceu antes. Foi lindo, me emocionei

Como você se preparou para viver o mordomo Jardel em A dona do pedaço?
Eu me preparei com a ajuda da preparadora de elenco da novela, Paloma Riani; Vinícius Meneguzzi, preparador corporal; e também com minha amiga atriz Isabela Quadros. Eu uso muitos elementos de pessoas com quem convivo.

Seu personagem tem uma relação de proximidade com a Maria da Paz, personagem de Juliana Paes. Como tem sido atuar lado a lado com ela e outros grandes nomes da televisão?
A Juliana é muito presente e generosa em cena, ela sabe TUDO. Eu fico bobo olhando pra ela. Sempre muito feliz, atenciosa. É como se o próprio Sol brilhasse dentro dela e desse essa energia toda. Fora minha deusa Rosane Gofman, minha mentora, ela é tudo pra mim, dispenso comentários.

Ellen (Rosane Gofman) e
Jardel (Duio Botta).
Crédito: João Miguel Júnior/Divulgação

O que podemos esperar do arco do Jardel? Quais são os principais conflitos do personagem?
O Jardel está bem quieto, mas ele é o maior fofoqueiro daquela casa. Ele está atento a tudo e a todos. Tem uma força muito grande e vai se rebelar durante a novela. A Josiane que se cuide. Ele tá de olho nela.

Seu personagem tem um certo ar cômico. Como foi construir isso? Você se inspirou em alguém?
Eu me inspiro nas pessoas que convivem comigo, eu copio os trejeitos, as caras e bocas, o Jardel é um caricato real porque realmente existem pessoas assim. Também me inspirei no Crô, personagem do Marcelo Serrado, me inspirei no Cleiton, personagem do Caíke Luna no Zorra total e também no filme francês Gaiola das loucas.