Rede da primeira infância alerta para uso de telas na pandemia Por Ana Luísa Santos* Na manhã desta quinta-feira (14/5), a Rede Nacional da Primeira Infância (RNPI) promoveu um webinar sobre a saúde física e psicológica das crianças neste momento de distanciamento social. A RNPI alerta também para o uso excessivo de telas e a internet por crianças durante a pandemia de covid-19. [caption id="attachment_1156" align="aligncenter" width="1171"] Webinar promovido pela RNPI sobre a saúde das crianças em tempos de covid-19[/caption] A médica pediatra e clínica de adolescentes Evelyn Eisenstein explica que o uso de tablets, smartphones e o acesso à internet por crianças de até 3 não deve ser incentivado. “O tempo da tela está sendo compartilhado com o pai ou com a mãe? Ou é um tempo de abandono afetivo? É muito importante essa diferenciação”, pontua. Evelyn também é professora associada e aposentada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), diretora da Clínica de Adolescentes e coordenadora da Rede ESSE Mundo Digital. Durante o webinar, foi apresentado levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre os principais problemas médicos e alertas de saúde das crianças e adolescentes na era digital, principalmente neste momento de isolamento social. Entre os transtornos causados pelo uso excessivo dessas tecnologias estão: problemas de saúde mental, como irritabilidade, ansiedade e depressão, déficit de atenção, distúrbios de fala, sono e alimentação. Escuta atenta ajuda crianças A mestra em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) Maria Tereza Maldonado evidencia que é essencial a compreensão de pais e mães com relação às emoções das crianças, principalmente no cenário atual. “É necessário uma escuta atenta ao sentimento expresso pelas crianças, uma escuta acolhedora, colocando os limites necessários depois de sintonizar com o que a criança está sentindo. Essa é uma ferramenta essencial para preservar a saúde emocional”, explica. Prevenção de covid-19 deve começar cedo A médica e endocrinologista pediátrica e professora do departamento de pediatria da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) Cristiane Kopacek afirma, que apesar de as crianças, geralmente, não terem evolução grave da covid-19, é necessário ensiná-las como se prevenir da doença. “Crianças tendem a ter menos inflamações crônicas no comparativo com adultos, por estarem no começo da vida”, esclarece. Ela destaca que é necessário que pais, mães e responsáveis deem o exemplo em relação às questões de higiene para evitar a transmissão do novo coronavírus. “Ensinar as crianças a usarem o cotovelo ou toalha de papel ao espirrar ou tossir é muito importante”, afirma. Mais orientações sobre como lidar com as crianças durante a pandemia do novo coronavírus estão dispostas na cartilha elaborada pela Sociedade Brasileira de Pediatria no site da instituição. *Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa

Anup e OEI lançam Desafio Universitário pela Primeira Infância

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Com a missão de impulsionar o envolvimento das instituições de ensino superior (IES) do Brasil com a temática da primeira infância, a fim de promover melhor desenvolvimento infantil por meio de cidades mais sustentáveis e amigas das crianças e relações de parentalidade mais saudáveis, a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), em parceria com a fundação holandesa Bernard van Leer e com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), lança o Desafio Universitário pela Primeira Infância.

Desafio Universitário pela Primeira Infância/Reprodução
A missão é impulsionar o envolvimento das Instituições de Ensino Superior com o tema da primeira infância, a fim de promover melhor desenvolvimento infantil

Grupos formados por, pelo menos, dois alunos de qualquer graduação e um docente de instituições de ensino superior, particulares e públicas, de todo o país, podem participar e contar ainda com um programa de aceleração durante todo o processo de seleção.

Para se inscrever, basta preencher um formulário on-line, na página do Desafio Universitário pela Primeira Infância, explicando como a iniciativa vai incluir a temática em uma determinada disciplina, curso de bacharelado, licenciatura ou tecnológico em um departamento ou na IES como um todo.

Ao fim, serão escolhidas até três propostas, que receberão o valor de R$ 10 mil cada, como recurso para colocar a iniciativa em prática em 2021. As iniciativas vencedoras ganharão certificado, além de divulgação em canais organizadores e parceiros. Também será oferecida mentoria com os consultores durante o processo de implementação da iniciativa.

As inscrições são gratuitas e vão até 16 de agosto. Durante este período, serão promovidos webinars sobre a temática do desafio, abertos a todos os interessados. As informações estão disponíveis no site do Desafio.