A última conferida

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“Para o cemitério, só vou se for levado – e na horizontal”, me diz um amigo, pragmático, depois de ter sido constrangido por outro camarada com o pior tipo de pergunta que se pode fazer, aquela que traz, antes da interrogação, uma afirmação. É de perder o rebolado. “Não te vi no cemitério, a que horas você esteve lá?”. Ele […]

Mãos de defunto

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Eu nunca havia entendido porque o cemitério de Brasília se chama Campo da Esperança. O dicionário ensina que esperança é a crença em que alguma coisa muito desejada vai acontecer e acho que posso falar pela maioria: embora seja inevitável, ninguém espera morar ali. Pelo menos não tão cedo. O Zé Natal, que trouxe o primeiro ovo de seriema para […]

O preço da lágrima

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Evito cemitérios. Não chega a ser uma coimetrofobia como a de Jorge Amado, que nem depois de morto entrou em um deles, já que pediu para ser cremado. Mas há uma certa repulsa pelos chamados campos santos e compromissos fúnebres. No campo da esperança é ainda pior, porque é preciso se desviar das covas que são marcadas apenas por uma […]