Equilíbrio emocional x Concursos: Saiba como identificar sinais de depressão nos estudos

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O equilíbrio emocional é uma das características primordiais no processo de quem se dedica aos concursos públicos. Antes de estar com o cronograma de estudos em dia, é preciso manter uma mente saudável. Mas e se bater aquela tristeza de repente? É normal não estarmos bem todos dias, mas é importante que essa tristeza tenha motivos claros e que não seja um sentimento duradouro. A tristeza constante é sinal de que algo não vai bem. E, pode ser sinal de depressão!

A depressão é uma doença que não deve ser banalizada ou ignorada e, muitas vezes, está relacionada à perda de prazer pelas atividades ou interesses que antes eram considerados agradáveis. A psicóloga Juliana Gebrim alerta para o fato de que o transtorno afeta significativamente o dia a dia das pessoas. “A concatenação entre a manhã, tarde e noite ficam extremamente abaladas. Por outro lado, a depressão também pode ser causada por uma mudança positiva, como por exemplo, a realização de ter sido aprovado num concurso público”, afirma.

Por vezes, é comum se sentir cansado e desmotivado, no entanto, é preciso estar atento aos sinais da doença. Em geral, a depressão é um transtorno marcado por uma tristeza intensa e duradoura. “A tristeza é um sentimento momentâneo com duração de, no máximo, dois meses. Ela sempre tem uma causa específica e muitas vezes se torna uma ferramenta valiosa para uma reestruturação de metas na vida”, Gebrim afirma que as pessoas tendem a crer que o oposto do estado depressivo é a alegria, no entanto, é a vitalidade. Ou seja, a capacidade de viver, ou de se desenvolver na vida.

Ela explica que é importante que o concurseiro tenha hábitos organizados, se possível, concilie sua rotina de estudos com momentos de qualidade consigo mesmo. O autocuidado é a melhor saída para a prevenção da depressão. “Tenha uma rotina bem estabelecida. Tente dormir e acordar sempre no mesmo horário e evite bebidas alcoólicas. O álcool é extremamente depressor, ele faz com que você tenha os sintomas muito mais acentuados no dia seguinte”, alerta Gebrim.

A psicóloga também explica que é importante que se crie pequenas rotinas no início do dia, incluindo bons hábitos na sua alimentação, praticando atividade física, respeitando seu sono ou até mesmo um banho frio pela manhã. “Esses hábitos irão evitar estados estressores que estimulem o paciente a fumar, por exemplo, e comece a prejudicar seu organismo”, aconselha.

Ao todo, cerca de 10% da população mundial sofre desse mal. Segundo Juliana, após a primeira crise de depressão, as chances do paciente ter pela segunda vez, é de 50%. “Nos últimos anos houve um aumento de 20% dos casos de depressão, mas nem todas as pessoas buscam o tratamento, muitas vezes, por falta de informação”, informa.

Para ajudar a identificar os sintomas da doença, a psicóloga Juliana Gebrim listou alguns sinais do transtorno.

Sentimento de culpa;
Falta de esperança perante a vida;
Pensamentos ruins;
Sentimentos de inutilidade;
Perda de interesse em atividades que eram agradáveis;
Sensibilidade para a dor;
Perda da capacidade de sentir alegria;
Aumento ou redução do apetite;
Alterações do sono;
Pensamentos de morte;
Problemas digestivo;
Alterações no peso;
Taiva, inquietação e irritabilidade;
Fadiga constante;
Autocrítica exagerada;
Agitação, comportamento imprudentes ou destrutivos;
Sentimentos de desespero;
Dificuldade em se concentrar;
Diminuição da líbido, vazio;
Pensamentos negativos;
Dificuldade em tarefas do dia a dia;
Tomada de decisões, memória e concentração.

Como ajudar alguém com depressão?

Acolha: acolher é entender que cada um tem o seu tempo. E não se coloque como o centro da situação. Se você reagiu assim perante essa situação e aquela pessoa não, não compare. A depressão tem diferentes formas de se manifestar nas diferentes pessoas.

Estimule que a pessoa procure ajuda com profissionais habilitados. Medicação e psicoterapia são excelentes aliados. Como ela pode estar fraca e sem atitude, você pode acompanhá-la inicialmente no tratamento. Depois dê independência.

Relacionamentos sociais são muito importantes, visto que a pessoa deprimida tende a se isolar. O isolamento desde a época das cavernas mata. O homem que ficava acuado pelas feras nas cavernas foi exterminado, já aquele que caçava e se socializava foi se perpetuando.

Álcool e drogas atrapalham e muito a recuperação.

Escute a pessoa e responda de acordo com aquilo que ela fala. Não minimize aquilo que ela sente. Escute. Escutar é diferente de ouvir. Muitas frases pioram o estado das pessoas depressivas, como “saia disso” (ela sabe que tem que sair, só não tem vontade), “tem muita gente pior”, “você tem tudo”, “todo mundo tem problema”, “vamos sair e beber”, ‘você é muito sensível” ou “se esforce mais”. Elas são desserviços para quadros depressivos.

O foco são pequenos passos, pois a pessoa irá melhorar gradativamente. O tempo dela não é o seu tempo. Tenha paciência.

20 formas de evitar a ansiedade durante os estudos para concursos públicos

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Para psicóloga especialista em concursos públicos, detectar os medos e enfrentá-los é o primeiro passo para lidar com a ansiedade

 

Ansiedade é a base de todos os processos psicológicos, especialmente para quem está na carreira de concursos públicos. Não é fácil lidar com incertezas das data das provas, com as cobranças de si mesmo e da família, muito menos com a falta de recursos, que é padrão entre os que decidem prestar concurso.

 

Nessa trajetória de estudos, é importante conhecer os sentimentos, ressignificar sensações ruins e respeitar os limites de cada um em diferentes momentos são as principais orientações dos especialistas que conhecem a longa trajetória enfrentada pelos candidatos. Segundo a psicóloga e neuropsicóloga Juliana Gebrim, a ansiedade é fruto de algum medo, geralmente associado a alguma questão do indivíduo na sua vida. Para a especialista, detectar os medos e enfrentá-los é o primeiro passo para lidar com a ansiedade.

 

“Uma visão de vida ligada ao passado nos traz a depressão. Uma visão centrada no futuro traz uma ansiedade exacerbada. Viver no presente traz um sentimento que não tem preço: a paz,” ressalta.

 

Quando não tratada de forma correta, ela pode desencadear  várias doenças, como o pânico, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e depressão. Por outro lado, de acordo com a psicóloga, quando a ansiedade acontece de forma equilibrada, ela pode funcionar como uma mola propulsora, especialmente na hora da preparação para a um exame. “O indivíduo deve ter uma certa dose de ansiedade para organização, planejamento e execução dos estudos”, explica.

 

A seguir, Gebrim separou 20 dicas simples para ajudar os concurseiros a controlar e diminuir de forma considerável a ansiedade. Confira:

 

1) Não busque a linearidade

A pessoa quando tem linearidade é ruim. Algo que aumenta a nossa ansiedade é a gente querer ser linear. Nós não somos perfeitos.

 

2) Não identificar as  desistências 

Muitas vezes já desistimos de planejamentos ou projetos e não queremos assumir. Tome decisões e a ansiedade poderá diminuir muito.

 

3) Faça respiração diafragmática

A respiração diafragmática é aquela realizada pela barriga. Ela é muito importante para equalizar a troca de gases. Essa respiração tranquiliza as pessoas e ajuda a regular o organismo e o sistema nervoso. Por isso, parar e respirar profundamente é de fundamental importância para baixar a ansiedade. Em 2017, pesquisadores norte-americanos descobriram que um grupo de neurônios, ao qual chamaram de complexo de preBötzinger, regula o equilíbrio entre a respiração e a atividade cerebral relacionada à calma e ao estresse.

 

4) Investigue as causas da ansiedade 

A ansiedade sempre terá 3 fatores de origem: genética, história de vida e o momento atual. Investigue as causas para tratar de forma séria.

 

5) Acione o córtex correto

Emocional: enxerga respostas imediatas provocando ansiedade. A gente acha que só tem uma resposta;

Adaptativo: as pessoas conseguem enxergar outras respostas. As melhores formas para acioná-lo e respirando e parando de reclamar.

 

6) Evite pensamentos negativos

É normal ter pensamentos negativos. Isso faz parte da pessoa humana porque fomos treinados a ter pensamentos negativos para gente se adaptar. Não tem como evitar os pensamentos negativos, mas podemos deixar que você entre em diálogo entre si.

 

7) Consuma alimentos à base de triptofano (banana, peixe, grão de bico, tomate e mel)
Esses alimentos ajudam no combate e na prevenção de estados de ansiedade, depressão, estresse e até distúrbios do sono.

 

8) Desenvolva congruência

Procure equilibrar o pensamento com a emoção e gerenciá-lo com a ação. Busque o equilíbrio entre o que você quer e o que faz pode contribuir para a harmonia da sua rotina de estudos.

 

9) Faça a técnica de zorro

É uma poderosa metáfora de como podemos atingir metas mais ambiciosas na vida pessoal e no trabalho, partindo de pequenas conquistas. Todo dia um pouco, nem um dia sem um pouco. Quando o estresse e a carga de trabalho se acumulam mais do que a nossa capacidade de suportá-los, perdemos o nosso sentimento de controle, e tendemos a desistir de lutar por elevados ideais ou objetivos.

 

10) Faça a higiene do seu sono

É preciso se preparar antes de dormir. Sem isso, é impossível dormir bem e se organizar para enfrentar o dia seguinte. Por isso, minha orientação é para que as pessoas ponham um freio mental nos seus pensamentos na hora que deitarem na cama, desliguem o celular duas horas antes de dormir e tente suavizar as suas atividades. Se você não trata a ansiedade de forma adequada, as chances para evoluir para uma depressão são muito grandes.

 

11) Faça pausas necessárias

As pausas são muito importantes para as pessoas. Pode ser uma pausa para tomar água, para ir ao banheiro, para fazer um lanche, para respirar. O importante é você se desconectar um pouco das redes sociais e dos celulares. Com as pausas, você une o cuidado com a sua saúde mental e com a sua saúde física. Por isso, comece a criar o hábito de desligar o celular e olhar para o céu.

 

12) Pratique atividade física

Por mais que você não goste, saiba que é a melhor coisa que você pode fazer. Inclua a atividade física na sua rotina de estudos. Evite alimentos pesados antes e dormir.

 

13) Ouça música

Já não é mais novidade os benefícios da música para os estudos. Diversos estudos já  revelaram que as pessoas que estudam ouvindo música clássica têm um desempenho superior do que aqueles sem algum tipo de estímulo musical. Uma dica é ouvir música bineural estimula os dois lados do cérebro. Ativa a nossa memória a longo prazo e potencializa os estudos.

 

14) Faça mindfulness

Além de aliviar dores, medo, raiva, ansiedade, insônia e estresse, o mindfulness ajuda o candidato a ter mais foco, atenção e memória; autoconhecimento emocional; gentileza consigo e maior energia corporal e mental. Os resultados da técnica começam a ser observados desde a primeira experiência, mas estudos mostram que em oito semanas já é possível ver as mudanças estruturais no cérebro de quem inclui mindfulness em sua rotina. A verdade é que só há benefícios em conhecer e adotar essa prática. Não é preciso muito tempo e pode ser feita no horário que estiver disponível. Os minutinhos dedicados ao autocuidado serão ganhos no decorrer da sua jornada, aliviando as tensões e ganhando mais disposição.

 

15) Faça relaxamento progressivo de Jacobson

É uma técnica de relaxamento muscular gradual. Ela pode pode ser aplicada localmente, em um determinado grupo muscular, ou ao corpo inteiro. É a tensão das extremidades seguida do relaxamento, alternados em diferentes grupos musculares

 

16) Afaste-se  de pessoas tóxicas 

Elas drenam a nossa energia e aumentam a nossa ansiedade .

 

17) Envolva os pensamentos negativos como se fossem bolhas e estoure 

 

18) Faça escrituração

Escrever tudo o que você está sentindo é uma forma muito simples de minimizar os efeitos da ansiedade nos candidatos.

 

19) Faça a técnica do EMDR positivo

É uma técnica desenvolvida para ativar mecanismos de criatividade do cérebro, ajudando a enfrentar distintos problemas e sintomas. Fazer toques nos dois lados do cérebro através da estimulação dos dois hemisférios do cérebro (do inglês, Eye Movement Desensitization and Reprocessing). É você fechar os olhos e alternar estímulos bilaterais em qualquer lugar do corpo e com os olhos fechados você começa a pensar em cenas positivas. A técnica tem um poder imenso de tirar traumas.

 

20) Cuide da sua alimentação

O ansioso come mal e aumenta a ansiedade, assim como comer alugues alimentos pode te deixar mais ansioso. É uma via de mão dupla.

 

Equilíbrio emocional: você conhece quais são os piores inimigos do concurseiro?

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Vida de concurseiro não é fácil. Muito estudo, abdicações, gastos. São sacrifícios que às vezes pesam mais pra uns do que para outros. Mas, para continuar na luta pela aprovação, é preciso estar com a cabeça em ordem. Por isso o equilíbrio emocional é tão importante quanto a aprendizagem do conteúdo. Afinal, de nada adianta saber todo o edital se você está desmotivado, ou tem uma crise de ansiedade durante a prova, não é mesmo?

Alguns sintomas são específicos desse público, como ansiedade, depressão, baixa auto estima e procrastinação. Sem falar no fato de que a maioria se sente só, seja porque precisa se isolar para estudar e não sabe lidar com a privação social, ou porque não sente que tem apoio para continuar.

Para conseguir seguir nessa jornada, nada melhor do que procurar por quem passa pelos mesmos problemas que você, tanto para compartilhar as experiências, como para se incentivar mutuamente, certo?

Para quem se encontra nessa situação, o grupo Divã dos concurseiros 2.0, no Facebook, pode ser um alento. Nele, 46,7 mil membros estão juntos com o objetivo comum de se ajudar. Muitos pedem conselhos sobre a rotina de estudos, dão dicas de como seguir em frente, outros só querem mesmo desabafar sobre dificuldades, compartilhar conteúdo motivacional. Enfim, se você está precisando de um ombro amigo concurseiro esse é o lugar. (Trata-se de um grupo fechado, que necessita de autorização ao administrador para ingresso) Acesse! 

Dicas

Para dar uma luz sobre o assunto, conversamos com Juliana Gebrim, psicóloga brasiliense especializada em trabalhar com estudantes de concursos públicos.

Foto: Arquivo pessoal 

– Quais são os piores inimigos do concurseiro em termos de equilíbrio emocional?

São vários fatores: é o quadro de ansiedade, que muitas pessoas têm e não sabem; quadros depressivos; pessoas com problemas familiares e que se deixam influenciar atrapalhando o foco nos estudos, a concentração, o aprendizado do conteúdo. Outra questão que atrapalha o estudante é não ter um método de estudo adequado, quando ele ainda não encontrou a sua forma individual de estudar, que varia de cada aluno. Além do fato de que o concurseiro não ter uma resiliência, sabendo que esse caminho dos concursos vai reprovar várias vezes antes da aprovação e, na nossa sociedade imedidatista, em que tudo tem que ser rápido, muitas vezes a aprovação no concurso vem depois de muitas reprovações. Então a pessoa não entender isso pode comprometer a sua trajetória.

– Como identificar que sintomas como ansiedade, depressão, baixa auto estima, entre outros, estão sendo desenvolvidos por causa dos estudos para concurso?

Em primeiro lugar esses sintomas devem ser avaliados, identificados sempre por um especialista na área de saúde mental, no caso um psicólogo, um médico – acrescentar à lista a procrastinação também, assim como problemas de memória e concentração. Há pessoas que começam a ter ataques de pânico que é o auge de ansiedade, com muita tristeza a ponto de não conseguir andar por causa das reprovações, que é efeito da depressão. Sobre a baixo auto estima, a pessoa precisa entender que mesmo não conseguindo passar ela continua tendo seu valor, continua tendo força para conquistar seus objetivos. O que atrapalha muito ainda é a falta de consciência de que atualmente há necessidade de se estudar muito e cada vez mais, por que as notas de corte estão cada vez maiores, as pessoas estão praticamente gabaritando as provas. Então a falta de consciência dessas questões emocionais e práticas do concurseiro também podem levar à mais reprovações.

A ansiedade é muito perigosa. Ela faz com que a gente comece a enxergar o mundo de uma outra forma, como se as ameaças fossem maiores do que realmente são, e a ansiedade faz com que a gente ache que não tem mais recurso para lidar com aquilo. Então esses sintomas são importantes para que o concurseiro procure ajuda médica, por menores que sejam, pois se ela começar e for tratada no início, as chances da pessoa não ter outro episódio são enormes, assim como a depressão. A recidiva nesses casos vem de uma forma abrupta, ansiedade a gente não controla que horas ela vai aparecer, ela é um sistema necessário às vezes para que a gente fique em estágio de vigilância e alerta, mas quando vem não avisa. Você não fala para uma pessoa que está com a perna quebrada para continuar andando, a ansiedade é a mesma coisa, a pessoa está sentido aquilo e não sabe como lidar. Aí é só uma ajuda profissional para classificar, nomear e indicar as técnicas adequadas para cada caso, já que cada ansioso se manifesta de uma forma diferente, tem gente que roe unha, que come muito, que dá “branco”, que não consegue se concentrar.

– A privação de convívio social é o maior fator desencadeador desses desequilíbrios?

Não. Até um isolamento, feito de forma saudável, é muitas vezes necessário para que o concurseiro alcance seu objetivo. Chamo isso de teoria da bolha, que a pessoa fica em uma “bolha” para delimitar seu espaço em relação ao ambiente, e dessa forma ela saberia dizer não para determinadas questões, sem culpa e sem medo de ser rejeitado, que são as duas emoções associadas a esse processo de não saber dizer não, e muitas vezes o dizer não para estas questões sociais é necessário. Envolver-se em problemas que não se pode resolver, de amigos e familiares, isso pode ocasionar os sinais e sintomas de uma quadro de ansiedade, depressão e baixa auto estima.

– Existem técnicas que podem ser aplicadas para atenuar esses problemas? Existem técnicas que podem ser feitas nas vésperas da provas e até no dia dos testes para ajudar?

Muitas técnicas são usadas para atenuar esses efeitos. Mas a principal delas é a respiração mesmo. Porque quando a pessoa está muito ansiosa, ela hiperventila. O que acontece, ela exala muito CO2 e o sangue fica com menos gás carbônico, e daí várias reações ocorrem, como o coração palpitar, as maõs ficarem geladas e trêmulas, dores na cabeça, muitas vezes a pressão aumenta. Então a questão dessa troca de gases na respiração, a respiração disfragmática, é a primeira coisa que o estudante deve fazer para lidar com essas emoções, ela é essencial.

– Como lidar com o luto pós-reprovação?

O concurseiro tem que entender que o luto percorre por cinco fases. A fase da negação, que ele não acredita que aquilo conteceu com ele, que ele não corrigiu os erros cometidos. A fase da raiva, que ele fica revoltado, e pensa em desistir. É quando começa a fase da depressão e ele começa a ter muito medo. A fase da barganham que começa a zerar processos que foram prejudiciais e a negociar com ele mesmo os novos processos que vão acontecer naquele período. A fase da aceitação, que normalmente é uma etapa um pouco mais tranquila, ele aceita a reprovação. O concurseiro pode ficar por alguma delas, não necessariamente essas fases seguem uma ordem. E le tendo consciência que ele está passando por essas fases e que são passageiras já é um grande passo para superar o luto pós-reprovação.

– Você recomenda atividades físicas, uso de enérgeticos e/ou medicamentos para sanar esses problemas?

Toda medicação, se for administrada por um médico, é bem vinda, mas é importante sempre procurar um profisisonal da área de saúde. Não adianta você procurar uma pessoa que não tenha formação, porque isso pode prejudicar a sua saúde mental e até piorar o quadro. Recomendo muito atividades físicas, elas são fundamentais, até para o processo de assimilação e memorização do conteúdo, além de diminuírem os sintomas da ansiedade e depressão. Já o uso de energéticos e do café de forma exarcebada pode aumentar os sintomas de ansiedade, é bom ter cuidado.

 

*Juliana Gebrim apresenta quinzenalmente o programa Divã do Concurseiro, gratuitamente no Youtube, e responde ao vivo aos questionamentos dos concurseiros.