PRF ainda não pode dar continuidade ao concurso com 750 vagas

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  Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb   Embora o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) tenha concluído que o concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com 750 vagas não deve ser anulado, o órgão ainda não pode dar continuidade ao processo seletivo. A PRF informou nesta quarta-feira (5/5) que a Funrio – empresa organizadora que teve o contrato com a PRF rescindido por ter quebrado cláusulas do documento – ainda não devolveu à União o dinheiro e o banco de dados referentes ao concurso.   No dia 28 de abril, a Justiça determinou que a Funrio devolva à União R$ 3,7 milhões. O valor refere-se às despesas que seriam realizadas com a contratação de professores para o curso de formação. No mesmo mês, a Justiça decidiu que a Funrio tem de devolver mais R$ 2,3 milhões a União. A multa corresponde a 5% do valor estimado arrecadado nas inscrições, além de R$ 16 por cadastro, que seriam a parte que a Funrio deveria repassar à União por candidato.   Além disso, a Justiça chegou ao consenso de que a Funrio deve apresentar todos os relatórios de arrecadação referentes às inscrições. Com isso, seria possível saber o valor exato devido pela Fundação. Os recursos devolvidos serão utilizados para a contratação uma nova empresa organizadora.   Entramos em contato com a Funrio na tarde desta quarta-feira (5/5), mas a empresa disse que não possui assessor de imprensa e que o responsável pela área de concursos só poderia dar entrevista na manhã da quinta-feira (6/5).   Entenda o caso Na segunda-feira (3/4), o MPF/RJ divulgou a conclusão segundo a qual não há indícios suficientes de que os cadernos de provas e os gabaritos preliminares do processo seletivo tenham sido violados. Portanto, o concurso não deverá ser anulado. Desde novembro de 2009, o MPF investigava se esses documentos haviam sido desviados, pois alguns candidatos que fizeram avaliações em salas extras tiveram alta pontuação.   O concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi suspenso no dia 24 de novembro de 2009, em caráter liminar, pela 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro. A medida considerou as suspeitas de fraude na elaboração da prova do concurso, a realização de avaliações em salas extras e a dificuldade enfrentada pelos candidatos do Rio de Janeiro, que tiveram de fazer os exames no Instituto Celso Lisboa, localizado na zona de conflito entre policiais e traficantes.   Em 5 de janeiro de 2010, o contrato entre os dois órgãos foi rescindido. No dia 4 de fevereiro, a PRF suspendeu o processo seletivo por mais 60 dias para permitir o término das investigações. Já em 9 de abril, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF/RJ) processou o presidente da Funrio, José Cortines Linares por improbidade administrativa.   Saiba mais:   MPF conclui que concurso da Polícia Rodoviária Federal não deve ser anulado

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