Do frio a uma presença especial: 5 diferenças entre posses de Obama e Trump

Publicado em

Por FERNANDO JORDÃO

O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assumiu oficialmente o cargo nesta sexta-feira (20/1). Os eventos de posse do magnata, no entanto, chamaram a atenção pela, digamos, falta de apelo popular. E isso fica mais evidente porque ele chega à Casa Branca para substituir um dos líderes mais carismáticos de todos os tempos: Barack Obama, que assumiu o cargo mais alto dos EUA com 79% de popularidade. Por isso, o #NQV decidiu listar algumas diferenças entre a posse de Trump e a chegada de Obama à Presidência, em 2009.

Confira:

1) O público
Não há um número oficial, mas as autoridades locais consideram a cerimônia de posse de Obama como um dos eventos que atraiu o maior número de pessoas na história de Washington D.C.. A de Trump, por outro lado, foi… bem… eu já estive em festas de família mais cheias.

 

2009: Posse de Obama
2009: Posse de Obama

 

2017: Posse de Trump
2017: Posse de Trump

 

2) Os artistas
Representatividade importa. Talvez por isso, as festas de posse do primeiro presidente negro da história dos EUA tenham reunido um timaço de artistas negros, como Beyoncé, Stevie Wonder e Denzel Washington. Também se apresentaram o norte-americano Bruce Springsteen e os irlandeses do U2. Já a equipe que ficou responsável por organizar a posse de Trump sofreu para conseguir montar o line-up, uma vez que vários artistas recusaram o convite. No fim, a programação da festa contou, entre outros, com as bandas 3 Doors Down, The Piano Guys e o astro da música country Toby Keith.


3) A temperatura
O público que compareceu à posse de Obama enfrentou um frio de -4ºC. Na cerimônia de Trump, também realizada durante o inverno norte-americano, fazia 8ºC. Seria obra das mudanças climáticas o aumento de 12ºC em oito anos? Vale lembrar que o novo presidente dos EUA não acredita no conceito do aquecimento global, que, para ele, “foi criado pelos e para os chineses a fim de tornar a indústria dos EUA não competitiva”.


4) A alegria de Michelle Obama
É natural que a primeira-dama esteja pouco satisfeita em deixar a Casa Branca, ainda mais ao ver seu marido ser sucedido por um homem com uma visão política praticamente oposta à sua. Acontece que Michelle Obama parece não ter feito nenhuma questão de disfarçar o constrangimento ao participar da posse de Trump. A cara dela, inclusive, reflete como muitas pessoas do mundo estão, diante da imprevisibilidade do governo do magnata. Bem diferente do que aconteceu oito anos atrás.

 


5) A presença de Latino
Aqui vem o primeiro ponto para Donald Trump (?). Sua cerimônia de posse foi acompanhada in loco pelo cantor brasileiro Latino. Obama, por outro lado, não teve esse “privilégio”. A ironia mora no fato de que o magnata chegou à Casa Branca com um discurso contrário à presença de latinos nos EUA, sugerindo, inclusive, a construção de um muro na fronteira com o México. Se Obama teve os latinos ao seu lado, Trump terá o Latino.