Pelo sim, pelo não

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Queda de pelo é natural na primavera, quando cães e gatos passam pela troca de pelagem. Apesar do calor da estação, especialista explica que a tosa não pode ser muito curta, sob risco de remover a proteção térmica dos animais

Crédito: Reprodução
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Nesta época do ano, é mais comum encontrar muitos pelos no chão e nos móveis da casa, quando cães e gatos estão passando pela fase da troca de pelagem. Para lidar com o problema, o ideal é escovar os pets com maior frequência e encaminhá-los para o banho em período menos espaçado, entre 7 e 15 dias, no máximo. A dica é do gerente de estética da Petz, William Galharde, um dos groomers mais premiados do país.

“É importante escovar os bichinhos para retirar o pelo morto que está solto no corpo, reduzindo o risco de bactérias e fungos. Além de ajuda a circulação sanguínea, a escovação faz com que os pelos fiquem na rasqueadeira e não se espalhem pela casa”, orienta William. No caso dos gatos, essa medida também é essencial, já que os bichanos têm o hábito de se lamber e acabam engolindo todo esse pelo, formando bolas no estômago do pet.

William explica que a primavera também é uma boa oportunidade para renovar o visual dos bichinhos, mas alerta para evitar tosas muito curtas. “Às vezes, os tutores pedem para deixar o pelo bem curto por causa do calor. Mas pode acontecer o contrário, porque o pelo funciona como isolante térmico, tanto para o frio como para o calor”, explica o gerente de estética.

O especialista lembra, ainda, que, caso a queda de pelo não ocorra de forma uniforme em todas as partes do corpo, isso pode ser um sinal de alguma doença. “O adequado é entender o porquê da queda excessiva , procurar um veterinário e aliar saúde à estética para o bem-estar do pet”, avalia William. Pulgas, carrapatos, fungos e até estresse podem resultar na queda e até em alopecia (perda total de pelos).
Dicas para manter o look em dia
1 – Pets de pelos longos e lisos requerem aquelas escovas com bolinhas protetoras nas pontas para evitar arranhões ou a quebra dos fios, enquanto outros bichinhos podem ser escovados com as rasqueadeiras, de cerdas mais duras.
2 – Como o pelo embaraça na raiz, é importante levantar as camadas, aplicar um produto para desembaraçar e fazer a escovação mecha por mecha. Dessa forma, o fio inteiro fica desembaraçado, evita formação de nós e preserva a pelagem.
3 – Até aqueles com pelagem curta devem ser escovados diariamente. É um pouco mais simples, pois não é preciso se preocupar com os nós. O fio costuma se renovar em cerca de dois meses, com a queda e nascimento de um novo pelo; enquanto o ciclo da pelagem longa pode levar até 4 anos.
4 – Tosa muito curta para cães com subpelo em excesso, como chow chow, akita e spitz, deve ser evitada, pois pode acontecer de o pelo não nascer de novo, a chamada alopecia pós-tosa.
5 – Para cães como poodle, shihtzu, maltês, schnauzer e cocker spaniel, a tosa pode ser feita a cada 45 a 60 dias, em média.
6 – O banho semanal é indicado para pet que vive dentro de casa, tem acesso livre à cama e ao sofá . Para os que vivem no quintal, o banho pode ser realizado a cada 10 a 15 dias. O mais importante é levar em conta o estilo de vida do bichinho, quantas vezes sai para passear etc.
7 – Sempre utilizar produtos específicos para os pets, com fórmulas desenvolvidas para eles, pois os sabonetes e xampus de humanos podem agredir a pele e a pelagem dos bichinhos. Para a higiene do dia a dia, o banho a seco pode ser feito com toalhas específicas (parecidas com lenços umedecidos), porém mais resistentes e com ativos de limpeza que retiram o odor.
8 – Indicadas para os cães e gatos, as máscaras de hidratação têm ação protetora. A de argan, por exemplo, tem colágeno (que ajuda na elasticidade dos fios) e óleo de coco, com efeito emoliente que facilita a incorporação do colágeno. Outro tratamento é a escova tropical, que também proporciona brilho e hidratação, além de deixar o pet com cheiro de frutas.