Parasitas? Fuja deles!

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Pulgas, carrapatos e insetos transmissores de doenças adoram calor e se reproduzem com facilidade nesta época do ano. Além das medidas preventivas, fique atento aos sintomas: falta de apetite e febre são alguns deles

Crédito: Reprodução
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Além dos cuidados com a temperatura, que já falamos aqui, o verão também exige atenção redobrada quanto a infestação por parasitas, que se proliferam nessa época. Segundo a veterinária Fernanda de Mattos, analista técnica na área pet da Ourofino, o calor favorece o aparecimento de insetos, pulgas e carrapatos. Quando não evitados, esses serzinhos minúsculos podem ser altamente prejudiciais para a saúde dos animais, causando lesões físicas, por meio das picadas, e facilitando a transmissão de doenças como a erliquiose (conhecida como doença do carrapato) e a babesiose. Então, atenção: as hemoparasitoses causadas por microrganismos transmitidos durante a picada do carrapato apresentam sintomas inespecíficos, mas entre eles estão febre, anemia e perda de apetite.

Outro problema comum aos animais infestados por pulgas e carrapatos são as dermatites alérgicas, também conhecidas como DAPE, causadas pela hipersensibilidade às substâncias presentes na saliva dos parasitas em contato com o sangue dos animais alérgicos durante a picada. A DAPE apresenta como sinais clínicos: irritação da pele, coceira intensa e queda de pelos, principalmente na região lombar, próxima à cauda. Animais portadores das dermatites alérgicas devem ter cuidados redobrados, como manutenção de uma pele saudável e hidratada e reforços relacionados à prevenção e ao combate das infestações por pulgas e carrapatos. Uma única picada desses parasitas é o suficiente para desencadear o quadro alérgico, por isso, nesses animais, o uso adequado de produtos com atividade tópica é o ideal.

 “Para o sucesso no controle das infestações por ectoparasitas, ainda é preciso um acompanhamento rígido da frequência e sequência de aplicações de produtos tópicos nos cães e gatos. Além disso, é fundamental a adoção do controle integrado, que visa não somente atuar na infestação que está nos animais (que corresponde a apenas 5% do problema), mas também na contaminação do ambiente, onde estão as formas imaturas desses parasitas e que correspondem a 95% das infestações a serem controladas”, diz Fernanda de Mattos. “Aqui, vale o alerta: caso já tenha encontrado algum desses parasitas no seu pet, não compre qualquer produto antes de buscar a orientação de um veterinário”, complementa o médico veterinário da René Rodrigues Junior, da Magnus.

No verão, os pets também sofrem com as picadas de insetos, que, além de provocar incômodo, podem transmitir doenças como leishmaniose e dirofilariose. A leishmaniose visceral é um problema de saúde pública. Atualmente, existem estudos e dados suficientes para sustentar que o uso de coleiras impregnadas de substâncias com atividade contra o mosquito-palha é método imprescindível para a saúde dos cães, e um dos mais eficazes no combate à enfermidade.

 Para o controle ambiental da proliferação de insetos, como o mosquito causador da leishmaniose, são recomendados: limpeza de quintais, com a remoção da matéria orgânica que se acumula pela decomposição de folhas e frutos que caem das árvores, tratamento adequado para o lixo doméstico, entre outras medidas.