Como brincar com o pet em pequenos espaços

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Quem tem pet em casa sabe a dificuldade de conseguir manter o animal ativo com atividades físicas, principalmente quando o espaço é reduzido, como em kitnets e apartamentos, onde ele não tem a possibilidade de explorar o local como em um ambiente aberto. De acordo com a CEO da franquia especializada em cuidado animal EcoCão Espaço Pet, Patrícia Sprada, os tutores encontram obstáculos na hora de promover tarefas ligadas ao lazer e diversão do pet nestes locais. “

Crédito: Freepik

Além da falta de espaço para o animal correr ou se movimentar, os tutores também precisam encarar a rotina diária de cada família, que nem sempre favorece esses momentos de entretenimento e cuidado com o amigo que fica em casa”, afirma.

Pensando nesse cenário, a especialista compartilhou seis dicas de como inovar nas atividades para garantir a movimentação dos pets em espaços reduzidos, confira:

1 – Utilize brinquedos pequenos

Os pets, como cachorros e gatos, são apaixonados por brinquedos pequenos, como as bolinhas. Por isso, invista neste tipo de acessório para trabalhar principalmente sua movimentação. Também é possível montar bolinhas com meias que não são mais utilizadas. Só lembre que é um brinquedo a ser oferecido com supervisão, pois há cães que gostam de mastigar tecidos e acabam engolindo.

2 – Realize atividades que incentivem a memória

Outra forma de levar mais dinâmica e diversão para a vida dos pets é realizar atividades que incentivam a memória do animal. “Essas ‘brincadeiras’ podem ser executadas com itens simples, como alguns copos ou baldes pequenos (quanto mais ‘obstáculos’, maior a dificuldade), com brinquedos que eles gostem e que chamem sua atenção, como a bolinha predileta. Assim, você pode brincar de esconder o brinquedo e incentivar o animal a procurar e localizar onde está”, sugere Patrícia.

3 – Incentive ações que promovam a percepção do pet

Além da memória, é importante também treinar a percepção do animal em relação ao seu faro e aos gostos dos alimentos. Então, promova brincadeiras como ‘caça ração’ ou ‘caça petisco’ pela casa.  Além do pet se mexer bastante buscando a sua recompensa, ele acaba trabalhando áreas importantes no seu desenvolvimento.

4 – Inove com brinquedos recicláveis

“Muitas vezes nos perguntamos se temos os materiais necessários para promover a diversão do animal e esquecemos que coisas simples podem ajudar nessa missão. Por exemplo, uma caixa de papelão para gatos. Os felinos adoram brincar com tudo que seja macio ou que tenha papelão e uma boa alternativa é levar esses objetos para a rotina deles”, recomenda a especialista. Também é possível criar outras atividades utilizando garrafas de plástico, bandejas de ovos, potes descartáveis, entre outros. A criatividade é sem limites na hora de agradar os animais.

5 – Cabo de Guerra

Há quem diga que não é a melhor das brincadeiras, mas com certeza é uma forma de interagir com o pet e promover o entretenimento em casa. Por isso, invista em cordas para a diversão. “Mas tome cuidado apenas para não machucar o pet com a força na hora de puxar a corda para você”, alerta a profissional.

6 – Transforme o aprendizado de comandos em brincadeiras

Outra forma de se divertir com os animais de estimação é ensinando comandos básicos para o seu próprio comportamento. Às vezes, uma simples ‘aula’ de como se comportar na hora em que as visitas chegam em casa pode se tornar em um grande exercício para o pet. Na Internet, é possível encontrar alguns vídeos tutoriais ensinando como realizar estes comandos com os pets.

Além das dicas, a fundadora do EcoCão Espaço Pet reforça a importância do carinho com o animal, principalmente em relação ao tempo que ele passa dentro de casa. “Muitas vezes, o pet acaba ficando o dia inteiro sozinho no apartamento ou em casa, por isso, é essencial que o tutor crie uma rotina de passeios para ajudar a aliviar um possível estresse do companheiro”, ressalta.

Alimentação saudável ajuda na resposta à vacina da raiva

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O primeiro caso de raiva registrado no DF em 44 anos colocou a população em alerta, enfatizando a necessidade de vacinar os animais domésticos anualmentte. A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, facilmente transmissível entre humanos e animais, cuja letalidade é de 100%. Causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, é transmitida, geralmente, pela saliva de animais infectados através de mordidas, lambidas ou arranhões.  

 

Crédito: Reprodução

Para que a imunização seja eficaz, é importante que a resposta imunológica do pet à vacina seja rápida, o que pode ser obtido por uma dieta balanceada, com alimentos ricos em vitaminas e minerais e exercícios físicos, ensina a Bruna Fabro, médica veterinária da Botupharma. A especialista ressalta que existem duas faixas etárias que precisam de mais atenção quando o assunto é imunidade: os filhotes e os idosos.

“Enquanto que nos filhotes o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, nos idosos ele se encontra debilitado, por isso a necessidade de alimentos específicos e até suplementação para essas duas faixas etárias”, ressalta Bruna. Existe uma grande variedade de alimentos ricos em vitaminas que ajudam os pets na hora de reforçar o sistema imunológico.

Entre as opções disponíveis, e que geralmente os cães e os gatos nunca recusam, estão as proteínas. Essenciais para produzir anticorpos, alimentos como ovos e frango são ótimas opções. Ricos em vitaminas do complexo B, esses alimentos são aliados na construção de uma imunidade mais reforçada, além de serem capazes de fornecer energia aos pets. Além da proteína, as “gorduras saudáveis” desempenham um importante papel no reforço imunológico dos pets:

“O óleo de peixe é um ácido graxo, uma espécie de gordura saudável capaz de melhorar a função renal dos pets, reduzir doenças inflamatórias intestinais, prevenir e auxiliar no tratamento do câncer, além de deixar o pelo mais brilhoso, pois possui ômega 3”, pontua. Minerais também são importantes na construção de uma imunidade mais forte, e podem ser encontrados em um alimento bastante popular e acessível: a pipoca. Além de minerais, ela ainda conta com potássio, que é ótimo para os ossos dos animais, além de magnésio e fósforo. É importante ressaltar que a pipoca que será oferecida ao pet não pode ter sal, manteiga ou qualquer tempero. Outro produto fácil de ser encontrado e que pode ser um importante aliado à saúde dos pets é a ervilha. A ervilha natural é rica em vitamina B, fósforo e potássio.

Se o pet for do tipo que não come alimentos mais saudáveis ou então possui alguma restrição alimentar, uma alternativa são os suplementos alimentares, que são ricos em vitaminas, aminoácidos e minerais. Os suplementos podem ser misturados na ração e acabam sendo uma forma de complementar as carências nutricionais dos pets.

“Quando o cão ou o gato tem uma alimentação balanceada ao longo de sua vida, a vacina acaba sendo mais efetiva, por isso é importante sempre ir em um especialista para saber se o animal está bem e qual a dieta mais indicada para seu porte”, finaliza a médica veterinária.

Dieta crua pode estar associada a bactérias resistentes

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Crédito: Reprodução

Dois estudos liderados por uma equipe da Universidade de Bristol descobriram que cães alimentados com uma dieta de carne crua eram mais propensos a excretar bactérias resistentes a antibióticos Escherichia coli ( E. coli ) em suas fezes. Pesquisas anteriores mostraram que existe o potencial de bactérias serem compartilhadas entre cachorros e seus tutores, por meio da interação do dia-a-dia, levando os pesquisadores a sugerir que a alimentação crua não é a escolha alimentar mais segura. Caso escolhida, os tutores devem tomar precauções extras ao manusear carne crua e tenham um cuidado especial depois de limpar as fezes do cão. 

O estudo publicado hoje no Journal of Antimicrobial Chemotherapy investigou cães adultos e encontrou ligações entre aqqueles que comem carne crua e excretam E. coli resistente. A pesquisa apoia um estudo recente da equipe, publicado na revista One Health , que analisou filhotes de 16 semanas. Ambos os estudos, que usaram dados de cães diferentes, demonstraram que os animais podem excretar bactérias resistentes, independentemente da idade ou do tempo em que são alimentados com uma dieta de carne crua.

O ambiente em que um cão vive também desempenhou um papel no potencial de excreção de bactérias resistentes. A alimentação crua foi um forte fator de risco para cães que vivem no campo, enquanto em cães que moram na cidade, os fatores de risco foram muito mais complexos, provavelmente refletindo a variedade de estilos de vida e exposições ambientais. 

Os dois estudos recrutaram um total de 823 cães e seus tutores (223 filhotes para o primeiro estudo e 600 cães adultos no segundo). Os proprietários preencheram questionários sobre seus cães, a dieta e o ambiente, além de fornecerem amostras fecais.

As amostras foram então analisadas quanto à presença de E. coli resistente a antibióticos e análises de fatores de risco realizadas para explorar as associações entre fatores de estilo de vida, ambientes relatados na pesquisa do proprietário e a detecção de E. coli resistente.

Matthew Avison , professor de Bacteriologia Molecular da Escola de Medicina Celular e Molecular , que liderou os aspectos microbiológicos desses estudos, disse:

“As bactérias resistentes aos antibióticos estão por toda parte, mas alguns antibióticos são considerados extremamente importantes para uso em humanos. Mostramos que cães alimentados com carne crua são mais propensos a carregar bactérias resistentes a esses importantes medicamentos. Isso não significa que o animal, ou o dono, ficará doente.  E. coli é uma bactéria disseminada que é encontrada nos intestinos de todos os seres humanos e animais, no entanto, é uma causa comum de muitas doenças, incluindo infecção do trato urinário, e pode causar doenças graves, incluindo sepse, se se espalhar para outras partes do corpo.

“Devemos fazer tudo o que pudermos para reduzir a circulação de E. coli resistente a antibióticos e outras bactérias criticamente importantes”, continua. “Nossa pesquisa contribui para a crescente evidência de que não alimentar cães com carne crua pode ajudar nesse objetivo.”

“Sabemos que humanos e animais compartilham bactérias entre si, então o que encontramos em seu animal de estimação também pode estar em você. Os donos de animais de estimação devem ser encorajados a praticar uma boa higiene e não alimentar o seu cão com alimentos crus pode ser parte disso”, acrescentou Kristen Reyher , professora de Epidemiologia Veterinária e Saúde da População na Bristol Veterinary School e coautora de ambos os artigos. “Todos nós podemos fazer nossa parte para diminuir a resistência aos antibióticos e seus terríveis efeitos na saúde humana e animal.”

Cachorrinho fujão volta para casa condecorado

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SWNS/Divulgação

Muita coisa se passou pela cabeça da família Closier quando o beagle Bonnie, 5 anos, escapou pelo portão aberto da casa no último domingo. Mas eles não poderiam imaginar o final (feliz) da história. O mascote não só reapareceu, como chegou vitorioso, exibindo uma faixa de terceiro lugar num campeonato.

Peter e Paula Cloiser moram em West Sussex, na Inglaterra. Quando perceberam o sumiço de Bonnie, ligaram para política, veterinários e abrigos, enquanto os filhos e vizinhos ajudavam a procurar o mascote pelo bairro. 

Enquanto a família se desesperava, Bonnie caminhava ao lado de uma estrada e foi avistado por John Wilmer. O homem levava dois filhotes para uma exposição de cães no condado vizinho Surrey. Sem tempo a perder, Wilmer colocou o cão dentro do carro e o levou para o evento canino. 

O salvador de Bonnie postou uma foto dele no Facebook, para anunciar que tinha encontrado o cachorro. Paula viu a publicação e ficou acertado que, depois do evento, o fujão voltaria para casa. Wilmer aproveitou e a inscreveu na exposição canina. 

No fim do dia, Bonnie voltou vitorioso, com a faixa no peito. “Bonnie estava absolutamente bem quando voltou. Ele apenas pensou que estava tendo um ótimo dia”, contou Peter à SWNS.

Cães reduzem estresse de crianças

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Crédito: Kanashi, Unsplash/Divulgação

Intervenções assistidas por cães podem reduzir significativamente o estresse em crianças com e sem necessidades especiais, de acordo com um novo estudo publicadona revista  por Kerstin Meints da Universidade de Lincoln, Reino Unido, e colegas.

A exposição prolongada a estressores pode causar efeitos adversos na aprendizagem, no comportamento, na saúde e no bem-estar das crianças ao longo da vida. Várias abordagens para aliviar o estresse foram exploradas nas escolas, incluindo ioga, atenção plena, meditação, atividade física, intervenções de estilo de ensino e intervenções assistidas por animais.

No novo estudo, os pesquisadores rastrearam os níveis do hormônio do estresse cortisol na saliva de 105 crianças de 8 e 9 anos de idade em quatro escolas regulares no Reino Unido, bem como 44 crianças com idade semelhante de sete escolas com necessidades de educação especial. As crianças foram estratificadas aleatoriamente em três grupos: grupo de cães, grupo de relaxamento ou grupo controle. No grupo de cães, os participantes interagiram por 20 minutos com um cão treinado e um adestrador; o grupo de meditação fez uma sessão de relaxamento de 20 minutos. As sessões foram realizadas duas vezes por semana durante quatro semanas.

Nas escolas regulares, as crianças dos grupos de controle e relaxamento tiveram aumentos no cortisol salivar médio ao longo do período escolar. No entanto, as crianças que participaram de sessões em grupo ou individuais com cães não tiveram aumento estatisticamente significativo no cortisol. Além disso, seus níveis do hormônio do estresse foram, em média, mais baixos imediatamente após cada sessão com os animais. Para crianças com necessidades educacionais especiais, padrões semelhantes foram observados, com diminuição do cortisol após intervenções em grupo de cães. Os autores concluem que as intervenções com cães podem atenuar, com sucesso, os níveis de estresse em crianças em idade escolar, mas apontam que são necessárias pesquisas adicionais sobre as quantidades ideais de tempo e contato com cães para um efeito ideal.

“Intervenções assistidas por cães podem levar a níveis mais baixos de estresse em crianças em idade escolar com e sem necessidades educacionais especiais”, concluem os autores.

Veterinários querem mudança no padrão do bulldogue inglês. Entenda o porquê.

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Bulldogs ingleses devem ser reproduzidos com características físicas mais moderadas, pois um novo estudo relata que a raça é significativamente menos saudável do que outras. Caracterizado pelo focinho muito pequeno, esses animais correm maior risco de problemas respiratórios, oculares e de pele devido às suas características físicas extremas. Além do focinho encurtado, pele dobrada e corpo atarracado contribuem para que sofram de diversos males, relata o artigo publicado na revista Canine Medicine and GeneticsOs autores, da Inglaterra, defendem que os padrões da raça Bulldog Inglês devem ser redefinidos para características mais moderadas, como condição para que a criação deste tipo de cão seja proibida no Reino Unido.  

O Bulldog Inglês foi originalmente desenvolvido como um cão musculoso e atlético para touradas, mas ao longo dos anos foi criado para ser uma raça de show e um pet com um crânio curto (braquicefálico), mandíbula saliente, dobras cutâneas e patas curtas e constituição pesada. Esse físico tem sido associado a várias condições de saúde, e países como Holanda e Noruega restringiram a criação de Bulldogs Ingleses nos últimos anos.

Os autores da pesquisa, do Royal Veterinary College (Hertfordshire, Inglaterra), compararam os riscos de distúrbios comuns em Bulldogs Ingleses com outros cães, analisando registros de práticas veterinárias em todo o Reino Unido a partir de 2016, usando o banco de dados VetCompass.

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A raça foi seletivamente criada para desenvolver características exageradas, que comprometem a saúde do cão. Crédito: CH Buck and Sons Evita Peron.jpg – Wikimedia Commons

Dan O’Neill e colegas avaliaram os registros de uma amostra aleatória de 2.662 buldogues ingleses e 22.039 cães de outras raças, e descobriram que os buldogues ingleses tinham duas vezes mais chances de serem diagnosticados com pelo menos um distúrbio do que outros cães. A raça apresentou predisposição para 24 dos 43 (55,8%) distúrbios específicos.

Os buldogues ingleses tiveram um risco 38,12 vezes maior de desenvolver dermatite nas dobras cutâneas do que outros cães. Eles também tinham um risco 26,79 vezes maior de desenvolver uma condição ocular chamada glândula de membrana nictitante prolapsada (também chamada de ‘olho de cereja’), onde a terceira pálpebra do cão se projeta como uma massa vermelha e inchada na parte inferior do olho. Os buldogues ingleses também apresentaram risco 24,32 vezes maior de prognatismo mandibular (onde a mandíbula inferior é muito longa em relação à mandíbula superior) e 19,20 vezes maior risco de síndrome das vias aéreas obstrutivas braquicefálicas (que pode levar a problemas respiratórios graves) em comparação com outros cães.

Em contraste, os Bulldogs Ingleses apresentaram risco reduzido de algumas condições, como doenças dentárias, sopro cardíaco e infestação de pulgas em comparação com outros cães.

Os autores também relatam que apenas 9,7% dos Bulldogs Ingleses neste estudo tinham mais de oito anos de idade em comparação com 25,4% de outras raças de cães. Isso apóia a visão de que uma vida útil mais curta em Bulldogs Ingleses está ligada à sua saúde geral mais pobre, sugerem os autores.

“Essas descobertas sugerem que a saúde geral do Bulldog Inglês é muito mais débil do que a de outros cães. No entanto, o que é mais preocupante é que muitas das condições de saúde que os Bulldogs Ingleses sofrem, como dermatite nas dobras da pele e problemas respiratórios, estão diretamente ligadas à estrutura extrema de seus corpos, para a qual foram criados seletivamente. Dada a popularidade contínua da raça, a forma do corpo do típico Bulldog Inglês de estimação deve ser redefinida para características físicas mais moderadas”, observa o autor do estudo, Dan O’Neill.

O que os cães pensam sobre seus brinquedos

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Apaixonados por

Crédito: Cooper Photo/Divulgação

cães querem saber o que se passa na mente de seus amigos peludos. Agora os cientistas estão finalmente chegando mais perto da resposta. Em um novo estudo publicado na revista Animal Cognition, pesquisadores do Family Dog Project (Universidade Eötvös Loránd University, Budapeste) descobriram que os cães têm uma “imagem mental multimodal” de seus objetos familiares. Isso significa que, ao pensar em um objeto, os cães imaginam as diferentes características sensoriais do objeto. Por exemplo, a aparência ou o cheiro.

O grupo de cientistas assumiu que os sentidos que os cães usam para identificar objetos, como seus brinquedos, refletem a forma como eles são representados em suas mentes. 

“Se pudermos entender quais sentidos os cães usam enquanto procuram um brinquedo, isso pode revelar como eles pensam sobre isso”, explica Shany Dror , um dos principais pesquisadores deste estudo. “Quando os cães usam o olfato ou a visão enquanto procuram um brinquedo, isso indica que eles sabem como é o cheiro ou a aparência desse brinquedo”.

Em estudos anteriores , os pesquisadores descobriram que apenas alguns cães superdotados podem aprender os nomes dos objetos. “Esses cães talentosos aprendizes de palavras nos dão um vislumbre de suas mentes, e podemos descobrir o que eles pensam quando lhes perguntamos – Onde está seu ursinho de pelúcia? –“ explica o Dr. Andrea Sommese , a segunda pesquisadora líder.

No primeiro experimento, eles treinaram 3 cães talentosos aprendizes de palavras e 10 cães típicos de família (ou seja, cães que não sabem o nome dos brinquedos), para buscar um brinquedo associado a uma recompensa. Durante o treinamento, os cães receberam guloseimas e foram elogiados por escolherem esse brinquedo em detrimento de alguns brinquedos distratores.

 

Os pesquisadores observaram então como os cães procuravam o brinquedo visado, sempre colocado entre 4 outros, tanto quando as luzes estavam acesas quanto apagadas. Todos os cães selecionaram com sucesso os brinquedos treinados, tanto no claro quanto no escuro. No entanto, levaram mais tempo para encontrar os brinquedos no escuro. Apenas os cães Superdotados Aprendizes de Palavras participaram do segundo experimento. Aqui, os pesquisadores pretendiam descobrir o que esses cães pensam quando ouvem o nome de seus brinquedos.

“Revelar os sentidos usados ​​pelos cães para procurar os brinquedos nomeados nos deu a possibilidade de inferir o que esses cães imaginam quando ouvem, por exemplo, Teddy Bear explica o Dr. Claudia Fugazza , coautora do estudo.

Os cães Superdotados foram bem sucedidos em selecionar os brinquedos nomeados por seus donos na luz e na escuridão. Isso revela que, ao ouvir o nome de um brinquedo, eles lembram as diferentes características sensoriais desse objeto e podem usar essa “imagem mental multissensorial” para identificá-lo, também no escuro.

“Os cães têm um bom olfato, mas descobrimos que preferiam confiar na visão e usavam o nariz apenas algumas vezes, e quase apenas quando as luzes estavam apagadas”

esclarece o prof . Adam Miklósi , chefe do Departamento de Etologia da Universidade ELTE e coautor do estudo. “Os cães farejavam com mais frequência e por mais tempo no escuro. Eles gastaram 90% mais tempo farejando quando as luzes estavam apagadas, mas isso ainda era apenas 20% do tempo de busca”.

Para concluir, o sucesso dos cães em encontrar os brinquedos e os diferentes sentidos utilizados na busca no claro e no escuro revela que, quando os cães brincam com um brinquedo, mesmo que brevemente, eles prestam atenção às suas diferentes características e registram as informações usando múltiplos sentidos.

Mãe de pet é mãe, sim!

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Domitila com Fubá e Amora: “Cuido, amo, me dedico”    Crédito: Arquivo pessoal

 

Na natureza, não é incomum que animais criem, como seus, filhotes que pertencem a outras espécies. Uma pesquisa da bióloga Susan Lingle, especialista em cooperação animal na Universidade de Winnipeg, no Canadá, constatou que fêmeas respondem rapidamente ao ouvirem o som de choro de espécies diferentes das delas (inclusive de bebês humanos), e correm para o local de onde ele parece vir. Além disso, Lingle publicou um estudo na revista Naturalist descrevendo como cervos defendem uma subespécie geneticamente diversa sem que, aparentemente, leve alguma vantagem nisso. Também já foram relatados vários casos de animais em cativeiro que “adotaram” outros. Koko, uma gorila que viveu até os 46 anos no Zoológico de San Francisco, nos EUA, ficou famosa por criar um gatinho como filho: carregava no colo, alimentava e até tentava amamentar.

Ainda que muita gente ainda torça o nariz para isso, não é apenas no mundo selvagem que animais de outras espécies são adotados. Que o digam as “mães de pets”, para quem é natural criar gatos e cachorros, por exemplo, como se fossem filhos. Mais uma vez, a ciência já investigou o assunto. Um estudo publicado na mais importante revista científica do mundo, a Science, demonstrou que, ao olhar para o animal que cuida, a mulher produz ocitocina, o “hormônio do amor”, relacionado à criação de vínculos sociais. Os cães também têm esse hormônio, e a mesma pesquisa, da Universidade Azabu, no Japão, comprovou que eles, igualmente, aumentam a produção da substância ao trocar olhares com os tutores. Nos Estados Unidos, um estudo do Hospital Geral de Massachusetts mostrou que, ao olhar fotografias de seus pets, mulheres tinham as mesmas regiões cerebrais ativadas comparado a quando viam fotos de seus filhos humanos. Já diante de imagens de crianças e animais aleatórios, essas áreas, associadas às emoções, não eram ativadas.

Mãe de pet também é mãe? “Sim”, diz o médico psiquiatra Diego Marques, em entrevista ao blog. A mente humana, segundo ele, não quer saber se é um filho biológico ou um animal: o que ela identifica são sensações. “A certeza da realidade externa não é julgada pela psique, apenas as sensações. Então, seja um pet, seja um filho biológico, adotivo, um sobrinho de grande afeto… a psique interpreta como o amor, que é onde se liberam as substâncias, sendo que a principal relacionada ao afeto é a ocitocina. Então, quando a gente vê níveis elevados de ocitocina serem liberados em mulheres que se encontram com seus pets, a gente correlaciona o mesmo neurotransmissor do afeto, do amor, que as mães também liberam na maternidade, principalmente no processo de amamentação. Então, sim, pai de pet é pai e mãe de pet também é mãe”, afirma.

A bacharel em direito Domitila Gomes concorda plenamente. Ela enxerga o dachshund Fubá e a lhasa apso Amora como filhos e não abre mão do título de “mãe de pet”. “Me considero mãe de pet porque eu cuido, amo, me dedico. São mais importantes que tudo para mim”, afirma. Sobre pessoas que discordam que mãe de pet é mãe, Domitila é taxativa: “São pessoas que não entendem esse amor, não sei se não tiveram esse vínculo durante a vida, ou só falta compreensão mesmo”.

A médica veterinária Joana Barros lembra, porém, que, para o bem-estar do próprio animal, os tutores precisam respeitar o fato de que eles não são humanos. “Quando afastamos os cães e gatos de sua natureza e de sua família e os colocamos simbolicamente em posições que não lhe pertencem (como a posição de filhos) podemos causar doenças físicas e emocionais”, afirma. “Cães e gatos precisam ter contato com a natureza, são carnívoros e precisam de alimentação adequada para a espécie, precisam de estímulo de caça (nem que seja em brincadeiras). Humanizar e querer que eles sejam como crianças não é amar, afinal, amor é respeito”, destaca.

“Isso não significa que nós não possamos chamar nossos pets de filhos, mas que precisamos respeitar o lugar deles na família e lembrar que eles também têm mãe e pai. Portanto: ame! Reconheça que seu pet é de uma espécie diferente da sua e que também tem uma ancestralidade diversa, apesar de estar inserido na sua família”, diz a médica veterinária.

Diego Marques também ressalta a responsabilidade de criar um animal. “Temos que perceber que cuidar de um pet gera responsabilidade, entender que todo bônus também, muitas vezes, vem de ônus ou renúncia sobre alguns aspectos. Se viajar, precisa se pensar, se passa muito tempo fora de casa, pensar com quem esse pet poderia passar o tempo. Todas essa logística que um filho também necessitaria. Então, deve-se lembrar da responsabilidade de se cuidar de um pet”, diz.

O psiquiata lembra que o bônus de ter um filho pet é grande. “Sabemos que os animais têm se demonstrado positivos para vários adoecimentos emocionais. Um deles é a depressão”, diz. Ele lembra que, na pandemia, o contato com o pet ajudou muita gente a enfrentar melhor esse período sombrio. “Foi uma oportunidade, inclusive, pra muitas pessoas que não se permitiam ao amor, ao cuidado de um pet inicialmente. Aquelas pessoas que se permitiram a esse cuidado vivenciaram um isolamento menos isolado, como eu costumava dizer.”

A todas as mães de pet, um feliz dia das mães!

 

 

 

Fofura dupla

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Dois vídeos de um bebê e um cachorro despertaram ataques de fofura e viralizaram na internet. No primeiro deles, Liam, de 7 meses, está brincando com o Broon, o labradoodle (mistura de labrador e poodle) da família, e não para de gargalhar. O cãozinho, por sua vez, não está menos animado: pula freneticamente em volta da criança. O vídeo foi postado pela mãe do menino, Angela Lally Labat, moradora do estado de Louisiana, nos EUA.
O sucesso do vídeo estimulou um canal de televisão local a fazer uma matéria sobre ele. Numa segunda filmagem, Broon não deixa para menos e volta a brilhar. Desta vez, ao se reconhecer na televisão, começa a pular em frente do aparelho. E, claro, mais uma produção doméstica da família Labat ganhou a rede. Assista aos dois vídeos abaixo:

Raça não define comportamento, diz geneticista

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Crédito: Rawpixel.com

Um novo estudo genético envolvendo mais de 2 mil cães e 200 mil respostas fornecidas pelos tutores revelou que a raça de um cão é um mau preditor de comportamento, por si só. A pesquisa, da
Faculdade de Medicina Chan da Universidade de Massachusetts, deve ser publicado neste mês na prestigiosa revista científica revisada por pares Science .

As principais descobertas vão contra as crenças populares de que a raça desempenha um papel em quão agressivo, obediente ou afetuoso um cão pode ser. Esses estereótipos podem levar a legislações específicas da raça, restrições de planos e seguros de saúde e até proibições de criação de algumas raças de cães, incluindo pit bulls e pastores alemães.

“Apesar dessas suposições amplamente aceitas, há uma grande falta de pesquisas genéticas que ilustrem uma ligação entre raça e comportamento”, escrevem os autores do estudo.

Os autores usaram estudos de associação de todo o genoma para procurar variações genéticas comuns que poderiam prever características comportamentais específicas em 2.155 cães de raça pura e mestiços. Eles combinaram esses dados com 18.385 pesquisas feitas com tutores de cachorros do Darwin’s Ark, um banco de dados de código aberto de características e comportamentos caninos relatados pelos proprietários.

Os resultados desses testes, que incluíram dados de 78 raças, identificaram 11 locais do genoma fortemente associados ao comportamento. No entanto, nenhum deles era específico de uma raça. De acordo com a pesquisa, a raça explica apenas 9% da variação comportamental em cães individuais, enquanto a idade ou o sexo do cão foram os melhores preditores de comportamento.

“A maioria dos comportamentos que consideramos como características de raças específicas de cães modernos provavelmente surgiram de milhares de anos de evolução, de lobo a canino selvagem a cão domesticado e, finalmente, a raças modernas”, disse a autora, Elinor Karlsson em entrevista ao jornal USA Today. “Essas características hereditárias são anteriores ao nosso conceito de raças modernas de cães em milhares de anos”.