Licença mAUternidade

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Cervejaria britânica dá uma semana de folga para quem acaba de levar para casa um novo amigo. Objetivo é facilitar a adaptação de tutores e cães

Brewdog: o bar e cervejaria é 100% petfriendly. Crédito: Divulgação
Brewdog: o bar e cervejaria é 100% petfriendly. Crédito: Divulgação

A cervejaria BrewDog, na Escócia, é famosa por ser 100% pet friendly — o nome da marca já diz tudo. Agora, ela se torna a primeira do mundo a conceder licença a quem adotar um cãozinho. São sete dias de folga para facilitar a interação e a adaptação de tutores e animais. Além da unidade britânica, a fábrica oferecerá a vantagem para os funcionários da unidade norte-americana, instalada em Ohio, e que será inaugurada em breve. Lá, os funcionários também poderão levar seus pets para o trabalho.

A empresa foi fundada em 2007, “por dois homens e um cão”, definem os cofundadores, no site da cervejaria. Hoje, eles cuidam dos cachorros Simcoe e Dr. Gonzo, que frequentemente são vistos passeando pela fábrica. Os donos da BrewDog são tão apaixonados por animais que também têm um programa, o Ano Sabático do Cachorro, pelo qual, depois de cinco anos de trabalho, o funcionário pode tirar quatro semanas inteiras para tirar férias com seu cão.

“Não é fácil tentar tentar conciliar trabalho e cuidar de um novo cão na sua vida, e muitos membros da nossa equipe têm amigos de quatro patas em casa”, disse James Watt, cofundador da empresa, sobre a licença pAUternidade/mAUternidade. “Sempre queremos oferecer aos nossos colaboradores os melhores benefícios possíveis. Na BrewDog, somos preocupados com pessoas e cerveja, e também gostamos muito de cães.”

Veja o vídeo em inglês:

 


		
			

A ciência do melhor amigo

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Livro de pesquisadoras brasileiras investiga a cognição e o comportamento dos cachorros. Os estudos evidenciam, cada vez mais, que eles são inteligentes, emotivos e criam rápidos vínculos

A pesquisadora Natalia com Poly: fonte de inspiração
A pesquisadora Natalia de Souza Albuquerque com a cachorrinha Poly: fonte de inspiração. Crédito: Arquivo pessoal

Essa história de amor tem pelo menos 14 mil anos. Tanto tempo de cumplicidade e companheirismo fizeram do homem e do cachorro unha e carne. Não existe, na natureza, nenhum outro caso de duas espécies distintas que desenvolveram tamanha relação afetiva, cooperativa e comunicativa. E, apesar de milênios de convivência, há muito pouco se começou a compreender o comportamento do melhor amigo. Foi apenas no fim da década de 1990 que a ciência voltou os olhos para os cães. A riqueza e a complexidade do animal conquistaram os pesquisadores e, hoje, a produção de trabalhos é numerosa. Uma rápida pesquisa no Google Acadêmico encontra mais de 1,4 milhão de artigos com a palavra “dog” nos últimos 17 anos.

Atentas às investigações e descobertas mais recentes, as cientistas brasileiras Carine Savalli e Natalia de Souza Albuquerque — elas mesmas prolíferas pesquisadoras do tema — organizaram o primeiro livro nacional dedicado à cognição e ao comportamento de cães, sob o viés científico. Lançado há uma semana, Cognição e comportamento de cães — a ciência do nosso  melhor amigo (Editora Edicon) desvenda alguns dos mais curiosos aspectos de um animal que, segundo Natalia, ainda tem muito a ensinar. “Os cães são seres de direito e de valor próprio, muito interessantes e complexos. Estamos longe de saber tudo sobre eles”, define a bióloga, que é mestre em psicologia e, atualmente, faz doutorado em psicologia experimental/comportamento animal na Universidade de São Paulo (USP) e em comportamento e bem-estar animal na Universidade de Lincoln, no Reino Unido.

Pesquisadora de emoções e cães, um tema que envolve percepção e reconhecimento emocional, além de empatia, a bióloga explica que, até os anos 2000, os cachorros como objeto de estudo eram negligenciados tanto pela biologia quanto pela psicologia. Se, por um lado, o interesse maior estava em animais não-domesticados (e que, portanto, fornecem importantes conhecimentos da vida selvagem), por outro, os cães ainda eram vistos apenas como coisas fofinhas que respondiam a condicionamentos, como pegar a bola em troca de um afago ou um petisco. No Brasil, isso mudou com o psicólogo e pesquisador da USP César Ades, um dos pioneiros nos estudos da etologia (ciência do comportamento animal) que, ao morrer, em 2012, aos 69 anos, deixou uma vasta produção nessa área e a inspiração para dezenas de pesquisadores brasileiros que seguiram seus passos.

Entre os muitos objetos de estudo de Ades, esteve a cachorrinha Sofia, uma SRD que se tornou famosa para o público leigo por ter sido a primeira companheira na televisão do zootecnista Alexandre Rossi, hoje popularmente conhecido como “Dr. Pet”. O etólogo coordenava as pesquisas com Sofia no Instituto de Psicologia da USP, das quais também participou Carine Savalli. Um dos capítulos do livro, escrito por Carine, que é orientadora da pós-graduação em Psicologia Experimental/Comportamento Animal da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e pela veterinária Daniela Ramos, é justamente um estudo de caso sobre comunicação canina, protagonizado por Sofia.

 

Sofia, cachorrinha treinada na UPS. Crédito: Reprodução
“A Sofia foi muito estimulada, de uma forma única, e desde pequenininha”, conta Carine Savalli. “Ela aprendeu a aprender muito rápido, era muito especial”, diz, sobre a cachorrinha, que morreu de câncer em 2014 e ainda deixa muitas saudades na professora da USP. Sofia aprendeu a usar um teclado para se comunicar com humanos. Por meio de símbolos representados no objeto, mostrava o que queria: água, comida, casinha, passear, brinquedo, carinho, xixi… Além disso, respondia a pedidos verbais compostos de dois termos (busca bola ou aponta garrafa, por exemplo) e, mesmo quando as palavras eram invertidas (bola busca, garrafa aponta), ela compreendia.

A cadelinha foi filmada muitas vezes sozinha. Nesses casos, não usava o teclado, um claro indicativo de que ela sabia que aquele era um instrumento para se comunicar com humanos. Para ela, os testes eram pura diversão. “Muitas vezes, eu ia buscá-la em casa para levar para a USP. Quando ela ouvia a palavra ‘USP’, ficava louca de alegria”, relata Carine. Outro caso que ela descreve no livro é o do border collie Rico, estudado por pesquisadores alemães, que publicaram um artigo sobre ele na revista Science. O cão conhecia mais de 200 palavras (na maioria, brinquedos) e, quando alguém perguntava por eles, corria para levá-los.

Da mesma raça, a cadela Chaser é conhecida na internet como “a mais inteligente do mundo”. Ela conhece mais de mil palavras e tem compreende o nome de um objeto em três níveis (sabe o que é garfo, entende que garfo é um utensílio e, ainda, que ele é um talher). Segundo Carine Savalli, esses casos mostram que, com treinamento precoce e adequado, os cães podem desenvolver habilidades cognitivas verbais que, há até pouco tempo, eram inimagináveis. “Há variações individuais, mas acredito que o meio e a estimulação fazem toda a diferença. Outros animais que passassem por isso provavelmente teriam essas habilidades”, diz.

Emoções

Quando a bióloga Natalia de Souza tinha 2 anos, divertia a família dizendo que, quando crescesse, queria ser psicóloga de bicho. Aos 4, afirmou que ganharia um Nobel ao provar que os animais são tão inteligentes quanto os homens. Hoje, aos 29, é doutoranda em “psicologia de bicho” e, quem sabe, ainda poderá comprovar sua hipótese. De uma coisa, a coautora do livro Cognição e comportamento de cães — a ciência do nosso melhor amigo já tem certeza: os cães percebem as emoções humanas e mostram-se sensíveis a elas.

Uma fonte de inspiração para Natalia é Poly, daschund que viveu nove anos, período em que se tornou a melhor amiga e confidente da bióloga. “Eu nunca a treinei e ela tinha uma comunicação maravilhosa. Quando queria alguma coisa, apontava, me chamava. Nosso laço afetivo era impressionante. Eu queria entender se era assim mesmo ou eu que estava imaginando”, conta a cientista.

Hoje, o foco do trabalho da bióloga, tanto na USP quanto na Universidade de Lincoln, no Reino Unido, são as emoções. “Pesquiso como é a relação afetiva entre humanos e cães e de que forma eles conseguem entender nossas emoções”, explica. No capítulo dedicado ao assunto, ela fala de diversos experimentos recentes que investigaram a resposta emocional dos animais. Em alguns deles, fica evidente não só que os cachorros são capazes de reconhecer e distinguir diferentes emoções, como há fortes indicativos de que são empáticos com outros da espécie e com os homens.

Carine e Natalia também destacam, no livro, as descobertas científicas sobre o apego de cães e tutores, algo que, de acordo com elas, se assemelha, em muitos aspectos, com o apego entre criança e figura materna. As pesquisadoras citam, inclusive, a primeira evidência arqueológica dessa relação de afeto, que data de 12 mil anos atrás. “Trata-se de um esqueleto humano com a mão sobre o esqueleto de um filhote de cão que, provavelmente, não servia de comida, pois estava inteiro”, escreveram no capítulo sobre o tema, também assinado pela psicóloga e mestre em medicina veterinária Alice de Carvalho Frank. Um dos experimentos mais indicativos dessa relação foi o que mediu, em cães e mulheres, os níveis de ocitocina após a interação entre eles. Essa substância, também conhecida como “hormônio do amor”, por ser produzida na hora do parto para estimular o vínculo de mães e filhos, aumentou tanto nos cachorros quanto nas voluntárias do estudo.

Segundo as autoras do livro, um dos objetivos do trabalho é fazer com que, conhecendo melhor, as pessoas possam respeitar mais os animais. “Cães são animais fantásticos e incríveis. Muitos sofrem maus-tratos, negligência e abandono. Algumas pessoas não sabem que eles percebem emoções, sofrem e criam vínculos. Se soubessem, acho que não os abandonariam”, afirma Natalia de Souza. “Uma das coisas mais incríveis sobre os cachorros é que eles foram programados para amar os seres humanos”, conclui Carine Savalli.

 

Entrevista // ANGÉLICA DA SILVA VASCONCELLOS, bióloga, doutora em psicologia e professora da pós-graduação da Universidade Católica de Minas Gerais

Nos últimos anos, temos visto uma produção científica na área de cognição e comportamento canino cada vez maior. A que se deve esse aumento no interesse?

A facilidade de reprodução e manutenção da espécie certamente desempenha um grande papel nisso. O processo de domesticação do cão, direta ou indiretamente, selecionou características que facilitam sua interação com o ser humano. Na verdade, nós somos o ambiente social da espécie e isso possibilita a manutenção de indivíduos para pesquisa em boas condições de bem-estar — quando isso não é possível, os resultados dos estudos podem ficar comprometidos. Essa facilidade de manutenção, em contrapartida, possibilitou o grande número de estudos sobre a espécie, o que também melhora a qualidade no cuidado com eles. Além disso, o estudo do cão traz uma possibilidade que é incomum em outras espécies: podem-se estudar processos evolutivos por meio da comparação de duas versões da mesma espécie! O fato de o ancestral silvestre do cão — o lobo — estar presente na cena atual traz essa possibilidade incomum.

O artigo que a senhora escreveu toca um tema central, do bem-estar dos cães. A senhora acredita que nós sabemos atender e respeitar as necessidades deles?

Essa é uma questão que merece reflexão por parte daqueles que têm um cão em casa. Embora muito do comportamento dos lobos já não apareça mais no repertório comportamental do cão, eles também não são mini-humanos. Aqui mora uma das principais contribuição de nosso trabalho para o público em geral — a compreensão sobre algumas características, potencialidades e necessidades do cão — que não são as mesmas de qualquer outra espécie. No livro como um todo, são discutidos trabalhos que levantaram o que é e o que não é verdade a respeito do cão. O que já se comprovou como característica dele, o que ainda está sob investigação e — principalmente — o que se provou falso após investigação cuidadosa. Nossa tendência ao antropocentrismo leva o ser humano, muitas vezes, a assumir como do cão necessidades que são exclusivamente humanas — e isso pode levar a impor aos animais padrões e estilos de vida que absolutamente não atendem a suas reais necessidades.

De que forma os artigos do livro podem ajudar tutores a lidar com seus melhores amigos?

Sabendo das reais potencialidades, características e necessidades do cão, eles poderão melhor adequar o cuidado com eles. E também — e não menos importante — é adequar suas expectativas para com seus cães, sabendo que há muitas coisas que eles realizam, sim. Mas há outras coisas que seria injusto esperar deles. A criação de uma expectativa mais realista com relação ao melhor amigo do homem contribuirá para diminuir as chances de desapontamento — de ambas as partes — e para a construção de um relacionamento duradouro e recompensador, também para ambos.

 

Veja como a cachorrinha Chaser é esperta!

Cão corre 3km para funeral de tutora

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Prepare o lencinho: Bobby dá lição de lealdade e acompanha a melhor amiga até o cemitério

Crédito:Leong Khai Wai. Bobby acompanhou o funeral da tutora
Crédito:Leong Khai Wai.  Bobby acompanhou o funeral da tutora e se recusou a sair de perto da cova

 

Os cães não se cansam de mostrar o quanto são fiéis. Que o diga Bobby, cachorrinho sem raça definida, que acompanhou, correndo, o cortejo fúnebre de sua tutora, uma idosa moradora de uma vila da Malásia.

Enquanto os familiares se dirigiam, de carro, para o cemitério, a 3km da casa dela, o bisneto da senhora, Leong Khai Wai, notou algo de cortar o coração. No acostamento da estrada, Boddy corria, tentando alcançar o veículo. “Acho que ninguém notou que ele estava nos seguindo”, contou o rapaz ao site The Dodo.

Ao chegar, Bobby se deitou ao lado da cova e, de lá, não saiu.

A atitude do cãozinho comoveu os presentes. “Eles disseram que foi a primeira vez que viram um ato de lealdade tão extremo”, recordou Leong. O rapaz também esclareceu que, agora, o avô e um tio-avô tomam conta do fiel amigo.

 

 

Veja o vídeo:

 

 

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Humor animal  – Gatinho malvado!

Esse gatinho de Pasadena, na Flórida, resolveu matar o amigo de susto. Será que o outro gostou da brincadeira? ;D

Não te troco por ninguém

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Pesquisa mostra que muita gente é mais tolerante e prefere se relacionar com pets do que com outra pessoa

Por Ailim Cabral

Quem já se chateou com o parceiro gritando, mas acha os latidos do cão adoráveis? Ou já brigou com o colega de quarto por colocar os pés no sofá, mas não se incomoda com os rasgos deixados no estofado pelas unhas afiadas do gato? Segundo uma pesquisa realizada por uma empresa americana de produtos pet, o número de pessoas que tem mais paciência com seus pets do que com os parceiros ou com amigos é alto. A BarkBox entrevistou mais de mil americanos, e 87% afirmaram aceitar melhor os comportamentos irritantes de seus animais do que de seus iguais.

O foco da pesquisa eram os donos de cães, mas os cuidadores de gatos costumam apresentar comportamentos semelhantes. Cerca de 52% dos entrevistados revelaram preferir ouvir os roncos de seu cachorro do que os de seu parceiro; 48% se irritam mais com uma pessoa que come muitos petiscos durante o dia do que com um cão que está sempre mastigando, e 47% preferem lidar com a bagunça feita pelo pet do que com aquela deixada pela pessoa com quem convivem.

 

 

Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press Karem, Arthur e Olaf: família feliz
Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press Karem, Arthur e Olaf: família feliz

Esse é o caso do casal Karem de Oliveira, 23 anos, e Arthur Eber, 25. A bancária e o militar acabaram de comprar o primeiro cachorro e se divertem ao perceber como são mais tolerantes com o filhote Olaf, de quatro meses, do que um com o outro. “Ele é o nosso filho e acabamos sendo muito pacientes com as coisas erradas que ele faz”, afirma Karem.

Ela conta que, ao contrário, fica brava quando o marido deixa bagunça pelo chão. “Se eu chego em casa e tem muita coisa dele espalhada, já fico nervosa. Principalmente quando são coisas que o Olaf pode engolir”, confessa. No entanto, a moça não parece se incomodar com a infinidade de brinquedos caninos que lotam o chão da casa. “Ele ainda é um bebê”, argumenta rindo.

Karem afirma veementemente: “Olaf é nosso filho”. Arthur, no entanto, foi quem mais surpreendeu na relação com o pet. Karem conta que, no início, ele não queria ter um animal. “Quando finalmente consegui comprar, ele dizia que o ‘meu cachorro’ ia ficar fora de casa. Hoje, ele coloca o Olaf em cima da cama”, revela a bancária.

Arthur confessa que não conseguiu deixar o filhote fora de casa e que, com poucas semanas de convivência, se apaixonou. Os dois dormem juntos no sofá e o militar também assume ter mais paciência com o cão do que com a mulher. “Quando ela some com alguma coisa minha, já acho ruim, mas se é o Olaf que pega algum objeto e esconde, acho graça”, confessa.

 

O casal também se encaixa no aspecto da pesquisa que mostra que a maioria dos donos de cachorro enxerga o pet como filho. O casal encara crianças como um plano de longo prazo, mas não descarta a ideia de ter outro “filhote canino” para fazer companhia a Olaf.

A psicóloga Dulcinea Cassi acredita que o tipo de comportamento identificado na pesquisa pode refletir dificuldades de relacionamento dos entrevistados. “Mas isso, em casos mais extremos,

porque vemos dentro da observação clínica que mesmo pessoas com vidas sociais saudáveis se dedicam aos animais como filhos”, esclarece.

Nos casos em que os comportamentos referentes ao pet ressaltam as dificuldades de relacionamento com os humanos, Dulcinea acredita que a situação pode ser encarada mais como positiva do que prejudicial. “Os pacientes com dificuldades de relacionamento demonstram mais facilidade em se relacionar com os animais e isso pode se tornar um elo. Quando ela aprende a criar laços com o pet, pode levar isso adiante com os humanos”. Ou seja, o animal surge como um alento para um problema preexistente da pessoa e não é o responsável pelo afastamento dos humanos, como alguns podem pensar.

Para a psicóloga, as pessoas se sentem mais à vontade nos relacionamentos com os animais porque existe uma previsibilidade maior. Diferentemente das uniões entre humanos, com o bicho, quanto mais amor se dá, mais amor se recebe. “Os cães e gatos respondem afetivamente e, em alguns casos, de forma mais satisfatória do que os parceiros humanos”, acrescenta Dulcinea. A maior tolerância com os comportamentos irritantes dos animais também tem explicação. “Provavelmente é porque o animal é visto como um ser indefeso, como uma criança que não entende as consequências de seus atos”, afirma a psicóloga.

Amor em números

49% dos donos de cachorros afirmaram dividir a cama com os pets. Entres esses, 36% disseram dormir em posição desconfortável para manter o cachorro mais próximo durante a noite.

28%preferem dividir a cama com o animal do que com o parceiro.

33%mantêm contato íntimo com seus parceiros enquanto os cães estão no mesmo cômodo.

43%dos que se autointitulam “pais” de cachorro permitem que os animais os sigam enquanto usam o banheiro.

26%dos donos de pet levam seus cães quando saem para encontrar amigos e 19% admitem ter levado o animal escondido para lugares onde a entrada deles não é permitida.

34%revelaram ter levado seus bichos a encontros românticos com seus parceiros ou mesmo em primeiros encontros com desconhecidos.

19%já desejaram poder levar seu pet como convidado em um casamento.

45%dos entrevistados admitiram vestir roupas e fantasias em seus cães

22%revelaram fazer festas de aniversário para seus animais de estimação.

28%contaram segredos aos seus pets e não os compartilharam com mais ninguém.

97%disseram que fariam sacrifícios pessoais para poder deixar seus pets mais felizes e 38% se mudaram para uma casa com um quintal maior para que o cachorro tivesse mais espaço para brincar.

93%dos entrevistados garantem que seus cães fizeram deles pessoas melhores em pelo menos um aspecto.

71%reconhecem que seus animais os fizeram mais felizes e que é mais fácil acordar pela manhã tendo seus cães por perto.

51%das pessoas se tornaram mais pacientes, 52% mais responsáveis e 47% mais carinhosas depois de conviver com seus cães.

83%afirmaram se tornar mais ativos e 72% disseram que os animais interferem em suas decisões sobre exercícios físicos.

85%dos americanos entrevistados consideram que seus cães são os melhores terapeutas e os ajudaram a superar momentos difíceis.

83%enxergam seus animais como seus melhores amigos.

87%reconhecem amar seus animais mais do que imaginaram ser possível e 56% manifestaram o desejo de que seu cão pudesse entender a intensidade desse sentimento.

Mas que safadinhos!

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Pesquisa constata o que já sabemos: cães nos manipulam em benefício próprio. E achamos isso muito fofo! 🙂

Cachorros são fofinhos, fiéis e obedientes. Na maior parte das vezes, sim. Mas, quando eles querem, também podem ser extremamente manipuladores. A pesquisadora de cognição animal Marianne Heberlein, da Universidade de Zurique, abre a porta da sala todas as noites para que seus cães façam xixi no quintal. Quando eles voltam, ganham uma recompensa como estímulo ao comportamento. Só que, um dia, ela notou que os danados levantavam a patinha e só fingiam se aliviar… Eles queriam era ganhar o petisco.

Isso aguçou a curiosidade de Heberlein, que decidiu investigar se os cães, de fato, são capazes de nos enganar propositalmente. Para tanto, ela conduziu um experimento com 27 cães, apresentados a dois humanos. Um permitia que os pets comessem o que quisessem. O outro fazia a linha dura e não liberava a recompensa tão fácil.

Depois que os cães se familiarizaram com os humanos, eles tinham a chance de guiá-los a uma de três caixas: a primeira continha uma salsicha, a outra um petisco menos a apetitoso, e a última, vazia.

No primeiro dia, os cães conduziram os humanos “gente boa” para a caixa de salsichas muito mais vezes do que faziam com o “linha dura”. No dia seguinte, esse padrão ficou ainda mais forte. Segundo Heberlein, ao levar o pesquisador que não dava petiscos à caixa vazia ou à que continha uma comida que não o interessada, ele aumentava as chances de guardar a salsicha para devorar depois, quando o experimento era repetido com o cientista mão aberta que, claro, liberaria o petisco. Para a especialista, não há dúvida de que isso é manipulação.

Essa habilidade, segundo os pesquisadores, foi aprendida muito rapidamente, comparando-se a estudos que envolvem primatas. O resultado não chegou a surpreender Heberlein. “Cães realmente têm a capacidade cognitiva de usar essa estratégia em benefício próprio”, disse Heberlein.

Para quem se apaixonou pelo cãozinho da foto, esse é o Marley, um salsichinha que consegue o que quer fazendo essa carinha de coitado. Veja mais na galeria de fotos

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Fantasia de bicho

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Há quem não abra mão de se divertir ao lado do pet. Mas antes de ir para a folia com seu cão, saiba os cuidados que devem ser tomados para evitar estresse e acidentes

Pode-se dizer que a vida canina no Brasil é “boa pra cachorro”. Muitos estão sempre em festas com os donos. No carnaval, há quem não queira ir para a folia sozinho. Levam o pet, vestem a fantasia no bichinho e se jogam juntos nos blocos. A combinação folia e cachorro pode dar certo e resultar em muita diversão. Mas, sem os cuidados corretos, o cão pode sofrer. É que a festa, em um primeiro momento, pode parecer inofensiva, mas esconde algumas periculosidades para os animais.

A administradora Renata Rezende, 27, por exemplo, levou, pela primeira vez, as duas cachorrinhas para a festa. Mas não vão para qualquer bloco. “Fui apenas ao Carnapet, por ser um evento pensado para elas. Tenho medo de ir a outros e alguém maltratá-las ou de elas fugirem”, comenta a administradora. E ela tem razão. Esses são, realmente, alguns dos perigos, mas não os únicos.

Segundo a médica veterinária Katiane Rocha, da Clínica Petit Animale, os riscos de acidentes, como fuga e atropelamento, são altos, por conta do barulho excessivo, que gera grande estresse aos bichos. Para evitar esse tipo de transtorno, é preciso observar o perfil do animal antes de decidir participar de algum desses encontros. Aqueles muito medrosos e que não estão acostumados com muvuca devem ser poupados. Outro aspecto importante é atentar se o cachorro tem predisposição a ataques cardíacos, ou se é braquicefálico, como pugs e buldogues. Por causa do focinho encurtado, esses últimos têm dificuldade de respirar, e, somado aos sintomas de estresse, podem hiperventilar.

Além disso, jamais saia sem guia e identificação do animal. A guia é importante para evitar fugas e confusões com outros cachorros. No caso de, por algum motivo, seu cachorro se perder, é importante que ele esteja identificado, com o nome, endereço e telefone do dono. O médico veterinário Samuel Ciminelli, da Clínica Veterinária Pet Glamour, ainda aconselha o uso de microchips, que facilitam a busca caso o bicho suma em meio a tante gente.

Agora, se seu cachorro é guloso e coloca tudo o que encontra na boca, é melhor mantê-lo longe da concentração de pessoas. Bitucas de cigarro, restos de serpentinas, espuma, balões, enfeites, tudo isso pode acabar no estômago dele e causar algum tipo de intoxicação e outros problemas mais severos, como necessidade de cirurgia para a retirada do objeto estranho.

Ainda na concentração

Evite ir para os blocos nos horários entre 10h e 16h. O sol está mais quente e, além de causar desidratação nos cachorros, pode queimar as patinhas deles com o calor do asfalto.Proteja-os com sapatinhos, ande sempre com uma garrafa d’água para hidratá-los e mantenha-os na sombra. O uso de protetor solar é obrigatório na ponta das orelhas, no focinho e na barriga.

Posso pintar meu cachorro? O ideal, segundo o veterinário Samuel Ciminelli, é procurar centros estéticos especializados nesse tipo de serviço. Certifique-se de que a tinta usada é própria para animais. Glitter e purpurina devem ser mantidos bem longe. O animal pode respirar as partículas, o que pode resultar em um choque anafilático.

As fantasias estão liberadas, mas não deixe para experimentá-las só no dia do bloco. É importante acostumar o animal antes e garantir que ele não sinta nenhum desconforto. O melhor é escolher a roupinha mais ventilada possível.

Não vou para a folia

Mesmo que você não leve seu cachorro para a festa, ele pode ficar exposto ao barulho excessivo que vem das ruas, o que pode estressar o bichinho. Uma boa solução é procurar previamente a orientação de um veterinário para tentar acalmá-los com florais ou tranquilizantes.

Bailinho para eles

Uma maneira de manter seu pet seguro é procurar festas organizadas só para eles. Em 25 de fevereiro, acontece no Taguatinga Shopping o CãoCurso de Fantasias. “A gente sempre teve em mente fazer um encontro no qual os cachorros pudessem ser o centro das atenções. Cada vez mais, as pessoas os tratam como membro da família”, explica Rodson Sukiyama, um dos organizadores. Além do concurso de fantasias, o CãoCurso vai ter um Playpet, com direito a piscina de bolinhas, escorregador, brinquedos, apresentação de cães adestrados e bailinho com banda ao vivo.

Serviço

Quando: 25 de fevereiro

Horário: das 15h às 19h

Local: Taguatinga Shopping,

Estacionamento A, entrada B, Piso 1

Inscrições: de 13 a 23 de fevereiro, na loja Pet Glamour. Necessária a doação de 1kg de ração

Programação

15h: Abertura com adestramento ao vivo com Canil Dom Deliu’s

16h: Concurso de fantasias

Das 17h às 19h: Bailinho

Viajar com pet: Em boa companhia

Viajar com pet ; imagem mostra cães em um carro usando cinto de segurança
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Viajar com Pet: Antes de sair de férias com os animais de estimação, saiba como garantir o conforto deles durante a viagem. Se eles não podem ir, escolha um hotel específico e seguro

 

Quem tem um animal de estimação em casa sabe que o bichinho se torna um importante membro da família. Todos os momentos são especiais com ele e, por isso, vale a pena pensar em tudo o que forem fazer juntos, inclusive uma longa viagem: seja de ônibus, seja de avião ou até mesmo uma viagem de carro na companhia deles. Mas surge a dúvida: quais os cuidados devemos ter ao viajar com os pets?

Primeiro passo, procure um veterinário. O profissional, além de fazer as orientações necessárias, verificará se as vacinas e os vermífugos estão em dia. Segundo a veterinária Lorena Andrade Nichel, ele ainda indicará métodos e remédios para evitar enjoos e vômitos. Isso porque os pets que não têm costume de passear de carro poderão apresentar esses sintomas. “Indicamos até mesmo calmantes para evitar estresses e inquietações durante a viagem. Nunca faça isso por conta própria, pois algumas medicações podem causar efeitos reversos”, alerta, Lorena.

Os animais precisam estar confortáveis e seguros em relação às temperaturas elevadas, principalmente para os bichos braquicefálicos, como pugs, bulldogs, pequinês, shih-tzu, ou qualquer outro com a “cara amassada”, que tendem a passar mal em ambientes de muito calor.

 

“A decisão do destino também é muito importante. Algumas raças de cães e gatos têm particularidades com relação à respiração e podem ter hipertermia (incapacidade de reduzir e manter a temperatura interna do corpo) nas épocas mais quentes”, ressalta.

Outra dica é fazer algumas pausas durante o percurso. “Essas paradas servem para pequenos passeios, por alguns minutos. Isso evita o estresse de passar horas dentro do carro”, orienta a profissional.

 

Dicas

Pet friendly são estabelecimentos como restaurantes, hotéis, pousadas
e lojas que aceitam a presença dos bichos. Antes da viagem, porém,
é bom pesquisar quais são esses locais que permitem
passear com os animais.

 

Se eles ficarem

Nem sempre é possível levar os animais nas viagens. Outra opção é deixá-los em hotéis especializados. Alguns cuidados devem ser tomados antes de hospedá-los, como procurar os que tenham veterinários de plantão. Assim, o dono do animal terá segurança se houver qualquer contratempo.

São muitas as exigências dos hotéis, porém. “As vacinas precisam estar em dia e devem ser comprovadas em carteira de vacinação carimbada e assinada por um veterinário. Eles precisam ter sido vermifugados há, no máximo, três meses e passarem por consulta veterinária e comportamental para saberem se estão bem de saúde, se não apresentam doenças evidentes e, principalmente, se estão livres de pulgas e carrapatos. Além disso, é preciso certificar-se de que são adaptáveis ao local da hospedagem”, detalha a veterinária Lorena

 

Desafios do percurso

Viajar com um pet exige disposição para fazer adaptações. Eles precisam estar presos e seguros durante o passeio para não atrapalhar quem está dirigindo e, também, para que não se firam em possíveis acidentes. Para isso, é recomendável o uso de uma coleira peitoral com adaptadores para fixar ao cinto de segurança do carro ou, se preferir, uma caixa própria para animais de acordo com o tamanho dos bichos. Se optar pelas caixas, observe se o pet consegue se levantar e dar uma volta em torno de si. Isso garante o conforto durante a trajetória.

A jornalista Bruna Lauermann, 23 anos, tem um fiel amigo de apenas 8 meses, o vira-lata Tobias. Ele sempre está ao lado da jovem durante as viagens. A Bruna é gaúcha, mas mora em Brasília e vai regularmente ao Rio Grande do Sul para visitar a família. Assim, desde quando ela o adotou, viaja em companhia do seu amigo.

O Tobias é acostumado a viajar de avião. Na primeira vez, a tutora seguiu todas as orientações para não causar desconforto ao cão. “A veterinária orientou dar um comprimido para evitar vômitos e enjoos”, relata. Porém, o remédio por si só não adiantou muito. O Tobias ficou exausto e a Bruna resolveu tentar outro método. “O que adiantou mesmo foi eu sair para correr e brincar bastante com ele no dia anterior à viagem. Isso fez com que ele ficasse quieto”, explica.

Pensando no bem-estar do pet, Bruna, inclusive, mudou seus planos quando decidiu passar as festividades de fim de ano com a família no Sul. Como Tobias já não é tão pequenino, resolveu pegar a estrada com o companheiro. “Ele já está grande e, para evitar que ele fosse despachado, eu e meu marido decidimos ir de carro”, conta.

A viagem na estrada rumo a Porto Alegre, normalmente, dura 20 horas. Porém, o casal fez o trajeto em dois dias porque precisou parar no caminho várias vezes para Tobias se aliviar. “Tínhamos que adivinhar quando ele queria fazer xixi e cocô. Observávamos o momento em que ele estava mais agitado, andando de um canto para o outro, e descíamos do carro. Às vezes, era alarme falso”, conta Bruna.

A maior dificuldade, porém, foi encontrar estabelecimentos pet friendly pela estrada, em que pudesse ter a companhia do animal. “O mais complicado foi nos restaurantes. Meu esposo comia e eu ficava com o Tobias no carro. Depois, era a minha vez”, relembra. Tobias, em compensação, desfrutou as refeições calmamente. No cardápio, aquilo que já estava acostumado: ração, petisco e água natural. Apesar do cuidado, no fim da viagem, ele já estava muito cansado e não queria comer. Até que chegaram ao destino.

 

(da Revista do Correio)

Pet: quem não tem… quer ter

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(por Cristine Gentil, do Blog Mais Bichos)

 

O Brasil têm, atualmente, 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos. Dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% contam com pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato, de acordo com dados do IBGE. Feita em parceria com o Centro de Pesquisa WALTHAM® – a principal autoridade científica em bem-estar e nutrição de pets – e o Professor Doutor Ricardo Dias, docente da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), a pesquisa do Ibope Inteligência pretendia estudar dois cenários: o perfil dos brasileiros que possuem animal de estimação (cães e gatos) e entender quais as barreiras para quem quer ter um.

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Um dos resultados surpreendentes da pesquisa do Ibope mostra a incrível conexão do brasileiro com os bichinhos: todos os entrevistados que não possem um pet, na verdade, querem um – 90% desejam um cão e 20% um gato. O estudo mostrou que 47% dos entrevistados que não possuem pets são casados, têm, em média, 37 anos, 25% moram com filhos de até 9 anos, 57% moram em apartamento e 94% deles já tiveram um animal de estimação antes.

 

 

 

E por que eles não têm? Veja as barreiras mencionadas:

  • 30% dizem que quando estão trabalhando, não tem ninguém em casa para cuidar dele
  • 27% dizem que não tem as condições adequadas para cuidar do cão/gato como gostaria
  • 18% dizem que é muito difícil achar alguém que cuide dele quando não podem
  • 16% dizem que são muito caros para se manter (Médico-Veterinário, alimento…)
  • 9% dizem que pets representam um compromisso total por muitos anos

Outros dados da pesquisa:

  • 42% dizem que gostariam de encontrar serviços veterinários mais acessíveis
  • 31% dizem que gostariam que fosse fácil levar pets em viagens
  • 26% dizem que gostariam de encontrar um bom cuidador de animais
  • 19% dizem que gostariam de ter acesso a bons hoteizinhos para os pets
  • 16% dizem que gostariam que mais estabelecimentos aceitassem os pets

 

Como foi feita a pesquisa

A pesquisa foi dividida em duas etapas, sendo que a qualitativa foi feita com 13 grupos de discussão em São Paulo, Recife e Porto Alegre. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos, divididos em três grupos: donos de cães, donos de gatos e não possuidores – com intenção de ter um pet nos meses de janeiro e fevereiro de 2015.

 

A etapa quantitativa tem uma base de 900 entrevistados, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores – com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal entre os dias 25 de junho a 17 de julho de 2015. A margem de erro da pesquisa é de 6 pontos percentuais por segmento e de 3 pontos percentuais no total da amostra.

Por 100 mil dólares você pode clonar seu pet

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(Texto e fotos da AFP)

 

A 100.000 dólares por cabeça, os cães vendidos em uma localidade no oeste da capital sul-coreana, Seul, não são exatamente baratos, mas são exatamente pelo que seus donos pagaram: uma cópia idêntica, por dentro e por fora, do pet que um dia perderam.

O local pertence à Sooam Biotech Research Foundation, líder mundial do próspero negócio da clonagem de animais de estimação, que há uma década oferece aos donos abastados de cachorros um pet que poderá acompanhá-los para sempre.

Desde 2006, a 'Sooam Biotech Research Foundation' clonou cerca de 800 cachorros.
Desde 2006, a ‘Sooam Biotech Research Foundation’ clonou cerca de 800 cachorros.

Com uma lista de clientes que inclui príncipes, famosos e milionários, a fundação oferece aos donos garantia contra perdas e danos, com um serviço de clonagem que promete a substituição perfeita do animal amado.

Desde 2006, a companhia clonou cerca de 800 cachorros, a pedido de particulares ou de agências estatais que buscam réplicas dos seus melhores cães farejadores para auxiliarem em operações anti-drogas ou de resgate. “São pessoas que têm laços muito fortes com seus bichinhos de estimação, e cloná-los lhes dá uma alternativa psicológica ao método tradicional de deixar o animal ir embora e guardá-lo na memória”, explica Wang Jae-Woong, pesquisador e porta-voz de Sooam.

“Com uma clonagem, tem-se a possibilidade de trazer de volta o animal de estimação” perdido, afirma o porta-voz na ‘sala de cuidados’ da fundação, onde cada cachorro clonado é guardado em uma jaula com paredes de vidro e temperatura controlada enquanto os pesquisadores monitoram sua saúde.
Desde o nascimento da ovelha Dolly em 1996, a pré-história para o mundo da clonagem, os acertos e erros desta técnica entraram em um polêmico debate, e a Sooam Biotech sempre foi vista com receio, principalmente por causa do seu fundador, Hwang Woo-Suk. Em dois artigos publicados na revista Science em 2004 e 2005, Hwang afirmou ter extraído células-tronco de embriões humanos clonados.

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Herói fraudulento
O fundador foi elevado ao pedestal de herói nacional na Coreia do Sul, antes de sair à luz que sua pesquisa era uma fraude e que estava manchada de lapsos éticos. Em 2009, Hwang foi condenado a dois anos de prisão por malversação e violações bioéticas, mas a pena foi suspensa.

A Sooam Biotech clona muitos tipos de animais, incluindo gado e porcos para pesquisas médicas, mas é mais conhecida pelo seu serviço comercial de venda de cães. Apesar da tarifa de 100.000 dólares, os pedidos para este serviço se multiplicam e provém do mundo todo, principalmente da América do Norte.

As paredes do edifício da fundação estão decoradas com dezenas de fotos de cães clonados ao lado dos seus donos sorridentes, e incluem bandeiras nacionais de países como Estados Unidos, México, Dubai, Rússia, Japão, China e Alemanha.

Na maioria dos casos, porém, os clientes e patrocinadores da fundação preferem permanecer no anonimato.

Uma das clonagens mais publicitadas foi a de Trakr, um cão da polícia americana conhecido por ter encontrado o último sobrevivente após o ataque de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas, em Nova York.

 

Modelos de ‘doença’
Depois de que o Estado sul-coreano negou várias vezes os pedidos da Sooam Biotech para fazer pesquisas com células-tronco humanas, o centro desistiu deste projeto. A fundação trata, porém, de desenvolver outras iniciativas ambiciosas, como suas tentativas recentes de clonar o extinto mamute.

Para fins de pesquisa médica, também produziu animais geneticamente motorizados ou “modelos de doença” – bichos com predisposição para desenvolver Alzheimer, diabetes ou certos tipos de câncer.

Durante a visita da reportagem à clínica, o próprio Hwang estava dirigindo um processo para injetar o embrião de um Beagle em uma barriga de aluguel. “Quando nascer, este cachorro poderá se converter em um modelo de doença para tumores cerebrais humanos”, afirmou o fundador da Sooam.

A clínica também colabora com uma empresa chinesa de biotecnologia, Boyalife, para criar a maior fábrica de clonagem do mundo na cidade portuária de Tianjin, no nordeste da China.

Mas o líder dos pesquisadores da Sooam, Jeong Yeon-Woo, revela que a clonagem de cachorros continua sendo seu serviço favorito, devido à reação que a recuperação de um animal de estimação provoca nas pessoas. “É como se encontrassem seu filho perdido”, afirma Jeong.

Novos habitantes no Zoo de Brasília

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(por Walder Galvão, da editoria de cidades) (Fotos Marcelo Ferreira/@cbfotografia)

 

Até o momento, apenas a macaco-aranha Sarah ganhou nome.

Os demais serão batizados por meio de campanhas nas redes sociais, como foi o caso da macaquinha.

De todos esses animais, no entanto, apenas Sarah e a anta fêmea estão prontos para serem conhecidos pelo público. Os outros passam por fase de adaptação e por procedimentos veterinários obrigatórios.

Cada novo animal tem uma história para contar. A filhote de anta era tratada como um bicho de estimação na Bahia. Vivia com cachorros em uma casa e comia a mesma ração, o que causou problemas na flora intestinal dela. Ela foi encontrada pela Polícia Ambiental e encaminhada para o Zoológico de Brasília. Durante a reportagem, o tratador Edmar dos Santos Mendonça se aproximou da pequena, que agiu como se fosse um cão. Cheirou, pediu carinho e, ao receber, deitou no chão com a barriga para cima.

O diretor do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB), Rodrigo Rabello, alerta que os animais silvestres não podem ter contato humano como o que aconteceu com a anta fêmea. “É importante que não haja tentativa de domesticar esses animais. Eles precisam viver na natureza. Caso isso ocorra, eles não conseguirão voltar ao seu habitat”, explica.

Em muitos casos, é o Hospital Veterinário que recebe animais encaminhados pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental. Após várias avaliações, são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou para o Zoológico. No caso do filhote de anta macho, ele foi encontrado em Unaí, Minas Gerais, sem a mãe e sem condições de sobreviver sozinho. Chegou à Universidade Federal de Goiás e, de lá, seguiu direto para a UnB.

O casal de tamanduás-mirins foram encaminhados pelo Ibama para o zoo. O tamanduá-bandeira e as três corujas foram encontrados pela Polícia Ambiental e, agora, estão em processo de observação no local para que logo possam estar disponíveis à visitação.

Já a pequena brasiliense Sarah, filhote dos macacos-aranhas Doli e Pretinho, nasceu no Zoológico de Brasília. Ela chegou em 18 de março. Por meio de votação, frequentadores do local e internautas escolheram o nome da primata. A mesma campanha será realizada para batizar os novos moradores. A primeira a ganhar um apelido será a anta fêmea, como mobilização prevista para começar nesta semana.

 

Programe-se:

*Valor da entrada

R$ 10 (inteira)

-R$ 5 (meia)

De terça a quinta-feira (exceto feriados), adultos e crianças acima de 12 anos de idade pagam meia

 

*Horário de funcionamento

-Área de visitação

-Dias normais e: de terça a domingo, das 9 às 17h

-Feriados: funcionamento normal, de 9 às 17h.

 

*Borboletário:

-De quinta a domingo – 09:00 às 17:00hs.

 

Mais informações:

http://www.zoo.df.gov.br.