Cães e tutores fitness

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Quem tem cachorro em casa caminha quase o dobro que o restante da população. Mas é preciso ter cuidado para não sobrecarregar a saúde do amigão nos exercícios, que podem lesionar ossos e articulações permanentemente

Caminhar e correr com o melhor amigo: além de prazeroso, faz bem à saúde. Crédito: Reprodução
Caminhar e correr com o melhor amigo: além de prazeroso, faz bem à saúde. Crédito: Reprodução

 

Cachorros são mesmo tudo de bom. Além da companhia fiel, eles ajudam as pessoas sedentárias a se movimentar. Diversos estudos mostram que sair para passear com o animal é a única atividade física de muita gente, principalmente de idosos. Uma pesquisa da Universidade de Victoria, no Canadá, constatou que tutores de cães andam, em média, 300 minutos a mais por semana do que quem não tem cachorro em casa, cujo tempo semanal de caminhada é de apenas 168 minutos.

Os passeios com o tutor são momentos de cumplicidade entre os dois, muito apreciados pelo animal. Mas, para garantir a saúde do melhor amigo, é bom observar cuidados e limitações. E, não se esqueça do checkup do cãozinho, para garantir passeios sempre seguros e saudáveis:

  • Durante os exercícios, ofereça água ao cachorro, mas é importante que a quantidade durante a prática não seja alta, apenas o suficiente para hidratá-lo. Caso contrário, o cão pode sofrer desconforto no sistema digestivo;
  • O cachorro nunca pode se exercitar após a alimentação, pois pode ocorrer uma torção gástrica. Espere de uma a duas horas para praticar a atividade;
  • Cães de patas curtas, como o popular salsichinha, não precisam de andar tanto quanto os maiores
  • Não faça jogging nem corrida com cães filhotes, que ainda estão em crescimento. Isso pode favorecer problemas de ligamento, artrite e displasia no quadril. Cães adultos de ossatura larga podem sofrer os mesmos problemas, quando forçados a correr;
  •  Se seu cão é daqueles que corre à sua frente, coloque ao seu lado. Não se esqueça que puxá-lo pela coleira constantemente pode provocar danos na garganta;
  • Nos exercícios aquáticos, cuidado para que ele não engula muita água! O animal pode até morrer pelo excesso. Se ele demonstrar medo, não o force para a água. E não deixe de secar bem as orelhinhas depois da brincadeira;
  • Não passeie com o cão quando estiver muito quente, pois a alta temperatura pode prejudicar a respiração, além de machucar os cochins (almofadinhas das patas);
  • Para quem gosta de vestir os animais: roupas de plástico não são apropriadas durante os exercícios, pois podem aumentar a temperatura corporal e deixar a locomoção desconfortável.

Fontes: The ASPCA Virtual Pet Behaviorist/Médico veterinário Marcello Machado, gerente técnico nacional da Total Alimentos