1,5 mil vagas para castração gratuita

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Ibram vai oferecer 1,5 mil para castração gratuita de cães e gatos. Inscrições serão feitas hoje, a partir das 10h, pelo site. Exames complementares e anestesia inalatória serão pagos pelo tutor

Veterinários no programa de castração do Ibram. Crédito: Rodrigo Ramthum/Ibram/Divulgação
Veterinários no programa de castração do Ibram. Crédito: Rodrigo Ramthum/Ibram/Divulgação

 

**** ATUALIZAÇÃO EM 16/05: O IBRAM INFORMOU QUE AS VAGAS ACABARAM EM MENOS DE UMA HORA. CONTUDO, QUEM É PROTETOR DE ANIMAIS E, POR ISSO, TEM UM NÚMERO DE CÃES E GATOS ACIMA DE 10 (DEZ) PARA CASTRAR PODE CONSEGUIR ATENDIMENTO, PREENCHENDO UMA PROPOSTA NO SITE DO INSTITUTO, QUE FARÁ A ANÁLISE DO PEDIDO. NO CASO DE APROVAÇÃO, OS ANIMAIS SERÃO CASTRADOS, INDEPENDENTEMENTE DAS 1,5 MIL VAGAS JÁ TEREM ESGOTADO ****

 

A partir das 10h, tutores podem entrar no site do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para cadastrar cães e gatos no Programa de Controle de Populacional de Cães e Gatos. São 1,5 mil vagas para castração gratuita, distribuídas em quatro grupos de regiões administrativas. “O controle populacional é importante para a saúde do animal, por evitar doenças e aumentar sua longevidade”, explica o analista de Atividades do Meio Ambiente do Ibram, o biólogo Almir Picanço de Figueiredo.

A definição das regiões de cada grupo levou em conta o percentual de área verde do lugar e a renda média per capita. Segundo o Ibram, objetivo foi considerar a questão financeira como indicador social relacionado ao aumento do risco de abandono dos bichos. Assim, o grupo 1 representa regiões com alta porcentagem de área verde e baixa renda per capita. Já o grupo 4 diz respeito a baixa porcentagem de área verde e alta renda per capita. Por fim, também se levou em consideração o tamanho da população de cada uma dessas cidades.

Em abril, o Ibram anunciou a retomada das castrações gratuitas, mas só seriam atendidos tutores cadastrados anteriormente no extinto CastraMóvel. Dos 923 animais da lista, 798 foram encaminhados para o agendamento. Os demais casos foram cancelados em razão de morte ou porque o procedimento foi feito em instituições particulares. Até o momento, houve 351 marcações de cirurgia, 239 das quais já feitas.

Regras

—  Cada responsável poderá cadastrar até dez animais para cirurgia. Logo após o procedimento inicial, o instituto visitará a casa dos inscritos para checar a quantidade de cães e gatos no endereço informado. Assim que terminar o cadastramento, os donos receberão um e-mail informando como retirar o termo de encaminhamento para a clínica credenciada.

— Os encaminhamentos se darão por conjuntos, na quantidade e frequência demandada pela clínica. Em cada orientação, será respeitada a proporcionalidade de vagas para cada grupo de regiões administrativas.

— Durante essa etapa, é responsabilidade do tutor entrar em contato com a clínica para agendar a cirurgia. Se, por algum motivo, for preciso remarcar o procedimento, o responsável deverá tratar diretamente com o consultório. Não haverá segunda chance em caso de falta.

— Informações falsas e falta ao procedimento agendado causam o descredenciamento e ainda impedem novo cadastro pelas duas campanhas seguintes

— A anestesia é a injetável. Uma vez necessários exames complementares ou anestesia inalatória, nos casos de raças braquicefálicas — de focinho curto, como os cães boxer, chow chow e pequinês, e o gato persa, entre outros —, os custos devem ser arcados pelos proprietários do animal.

 

 

Distribuição de vagas por grupo de regiões

tabela grupos castração

Mãe é quem cria

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No mundo animal, é comum uma espécie adotar filhotes de outra. Já aconteceu até de gorila adotar gato

 

Credito: Carla Teixeira/Divulgação. Animais de Carla Teixeira para a pauta sobre instinto materno ente espécies diferentes.
A cadelinha Frida adotou Branquinha (à esquerda) e Flora: coração de mãe sempre tem espaço para mais um  Crédito: Arquivo pessoal 

 

Da Revista do Correio

Assim como as mulheres cuidam de filhos que não foram gerados no próprio ventre, os bichos adotam filhotes que não são seus, inclusive de espécies distintas. Algo que ocorre com frequência é a adoção interespecífica — definição criada pela biologia — entre cadelas e gatos, como é o caso da chin japonês Frida e das gatas Flora e Branquinha. Há três anos, a cachorra se tornou a mais nova integrante da família, constituída pela estudante de direito Carla Teixeira, a mãe, Vanessa Mota, e o padrasto, Natan Marques. Em 2015, uma ida a uma feira de adoção integrou a gata Flora ao grupo. “Fomos sem compromisso algum e vimos uma gata que nos deixou muito sensibilizados, pois já era adulta e tinha um problema na pata. Aí, resolvemos adotá-la”, conta Clara.

O que no início causou estranhamento em Frida logo se transformou em uma forte conexão com a nova companheira. “Ela lambe a Flora como se estivesse dando banho nela. Ficam sempre perto uma da outra e dormem juntas”, explica Carla. No ano passado, a família recebeu outra integrante: a filhote Branquinha. “Uma amiga da minha mãe a encontrou na rua, mas não tinha como abrigá-la. Oferecemos lar enquanto ela não era adotada, mas gostamos tanto dela que resolvemos ficar.”

A chin japonês mais uma vez viu seu espaço ser invadido. “Quando a Branquinha se aproximava da Flora, a Frida achava ruim e a protegia. Além de não deixá-la chegar perto das coisas e nem da comida da outra gata”, relembra a estudante. Com o tempo, porém, o coração da cadelinha encontrou espaço para mais um filhote adotivo e passou a cuidar de ambas as gatinhas.

Sempre cabe mais um 

A fox paulistinha Tina convivia apenas com os cachorros Zidane e Titã, quando o tutor, Luiz Matos, levou um filhote de gato para casa. Como a cadela havia parido recentemente, ela passou a amamentar o novo integrante da família. “Ela estava cuidando muito bem do gatinho, provavelmente achando que era filhote dela. Ela rosnava quando a gente chegava perto e também não deixava os outros cachorros se aproximarem”, conta Maria Aparecida, esposa de Luiz.

A neurobióloga e jornalista científica Svetlana Yastrebova conta que uma hipótese é que as fêmeas amamentadoras, teoricamente, estão mais propensas a aceitar um número maior de crias. “Outro motivo possível é que as fêmeas que recentemente viraram mães possuem um nível alto de ocitocina, uma substância que aumenta a suscetibilidade ao afeto”, explica. Ou seja, durante esse período elas não têm uma real preferência quanto a espécie a ser alimentada.

A adoção interespecífica pode ocorrer entre diversas espécies. “A probabilidade é mais alta se, na natureza, os pais adotivos não se alimentam de animais cujos filhotes eles cuidam”, argumenta a neurobióloga. Alguns exemplos de casos que foram documentados são entre uma gorila e um gato; baleia com golfinho; cadelas com esquilos e cordeiros e corujas. “Outro fator provável é o comportamento social. Se os representantes de uma espécie costumam formar grupos de fêmeas que cuidam de filhotes juntas, é mais provável que elas recebam um filhote de outra espécie, como acontece com os cachorros e os macacos”, completa a pesquisadora

Agenda pet

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O fim de semana é para curtir com seu pet e, quem sabe, levar um novo amigo para casa. Veja os eventos do sábado e as opções de passeio do domingo

Cloé no Parque das Garças: "Lá ela tem liberdade pra brincar e se divertir na água, coisa que ela adora fazer", diz  Thayná Barbosa Dias Pereira.
Cloé curtindo o Parque das Garças 

 

Sábado

  • 9h às 17h: Bazar da Atevi no na 214 norte, bloco F (pilotis). A renda é destinada aos animais assistidos pela ONG
  • 9h às 15h: feira de adoção da Atevi na quadra 101 do Sudoeste, pet shop Amor de Bicho
  • A partir das 10h: feira de adoção independente na 306 sul, atrás da petshop Bicho Chique
  • Das 10h às 16h: feira de adoção da Sociedade Humanitária de Brasília na Petz (SIA trecho 2). A ONG atende 230 animais que consomem, mensalmente, 1.500 kg de ração. Para continuar o trabalho, os protetores pedem doação de ração, em qualquer quantidade. Também estarão recebendo doações de roupas, calçados, bijuterias, objetos de casa etc, para o bazar
  • 11h às 16h: Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora, na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.

Domingo

Aproveite para passear ao ar livre com o amigão:

Parque da Asa Delta, também conhecido como Morrote, no Lago Sul: o espaço entre a QL 12 e a QL 14 atrai praticantes de esportes, que aproveitam para fazer SUP e canoagem. Os cães também participam da farra. Para os não AUtletas, tem área verde de sobra para correr e, claro, o lago para nadar

  • Parque das Garças, no Lago Norte: na QL 15, é menor que o Morrote, mas também atrai praticantes de esportes aquáticos e seus pets
  • Parque Urbano Bosque do Sudoeste: principalmente aos domingos pela manhã, quando tem roda de chorinho debaixo da árvore, muita gente tem levado os pets para um passeio no bosque
  • Calçadão do Lago Norte, na Asa Norte – L4 Norte, altura da 16. Lá, os cães podem passear e nadar no lago. Anda um pouco abandonado, mas ainda é uma opção de caminhada no por do sol
  • Parcão: Estacionamento 6 do Parque da Cidade. A área cercada já foi mais conservada, mais ainda atrai muita gente que quer socializar os cães, sem medo de fuga
  • Parcão do Cruzeiro: Epia, 3663 (próximo ao Ginásio de Esportes). A área de 2,8 mil metros quadrados também é cercada, e os cães podem brincar livremente. Nos dias de calor, porém, é um sufoco, pois não há árvore para fazer sombra. Também está um pouco abandonada
  • Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano: Além de um agradável passeio, o local rende boas fotos dos peludos
  • Pontão, Lago Sul: Na QL 10, é um bom lugar para passear com os cães em dias ensolarados. Mas, atenção: eles não podem entrar na água. O restaurante Mormaii aceita os pets na área externa

Experiência pet friendly 

Que tal tomar um sorvete com o melhor amigo? Mais um espaço pet friendly está fazendo sucesso em Brasília. Localizado no bloco B da comercial da 103 do Sudoeste, o Oni Uno Ateliê De Gelato incorporou muito bem esse conceito. Além de aceitar animais no local, a sorveteria desenvolveu uma linha de picolés para eles. Tudo é feito com ingredientes frescos. Os sorvetes para humanos são deliciosos e há várias opções veganas. Há potinhos de água para os clientes de quatro patas, que são muito mimados pelos funcionários. Bento comeu o dele (o “palito” é feito de petisco) e tentou roubar o do amigo, Luke:

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Será que o Bento aprova? Veredito:

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Foto dos leitores

Olha só que linda família, formada por Atmosfera, Oslo, Lux, Antonella, Yoda e Isla. Bento manda lambeijos para os aumigos! Quer ver seu pet no blog? Manda um email para a gente!

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Hospital Veterinário Público não saiu do papel

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Protetores organizam protesto contra inoperância do Hospital Veterinário Público do DF. A previsão era inaugurá-lo em 2014, mas, até hoje, prédio está vazio

Protetores exigem o funcionamento do Hospital Veterinário Público do DF. Crédito: Reprodução
Protetores exigem a inauguração, em frente do prédio onde deveria funcionar o Hospital Veterinário Público Crédito: Reprodução

 

Ele foi anunciado com pompa. Teve direito a cerimônia de lançamento da pedra fundamental em dezembro de 2013, acompanhada de vacinação gratuita para cães e gatos. Previsto para começar a funcionar em julho de 2014, porém, o primeiro Hospital Veterinário Público do DF jamais abriu as portas. Enquanto isso, um número estimado de 100 mil cachorros e 200 mil gatos vivem nas ruas do Distrito Federal, sobrando para a sociedade civil a conta do abandono.

Para protestar contra uma obra inoperante e dispendiosa, um grupo de protetores independentes vai promover uma manifestação na quadra do secretário de Meio Ambiente do DF. Amanhã, a partir das 14h, eles organizam um piquenique na 713 Norte, bloco F, onde mora André Lima. Os protetores pedem que todos levem seus cães, além de faixas e cartazes.

Quando o hospital foi anunciado, a promessa era que de 80 a 100 animais recebessem atendimento diariamente. Além do controle populacional, que é lei federal e distrital (Lei 5321/14, o Código Sanitário do DF), o estabelecimento, composto por seis módulos, ofereceria consultas gerais, medicações, internações, radiologia digital, ultrassonografias, cirurgias gerais, ortopédicas e oncológicas. Além disso, contaria com um corpo clínico nas especialidades de ortopedia, cardiologia, clínica médica, medicina de felinos, oncologia, dermatologia, endocrinologia, odontologia veterinária, patologia clínica, anestesiologia e cirurgia de tecidos moles.

Crédito: Dênio Simões/GDF. Governador Agnelo Queiroz em cerimônia no Parque do Cortado, em Taguatinga.
O então governador Agnelo Queiroz, inaugurando a pedra fundamental do hospital que nunca funcionou. Crédito: Dênio Simões/GDF

Na época, Luiz Maranhão, então subsecretário de saúde ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), um dos idealizadores do hospital, discursou: “O que nós estamos fazendo é uma retribuição à relação histórica entre os animais domésticos e à humanidade. Trata-se de dar oportunidade de tratamento digno para àqueles cães e gatos de famílias com renda mais baixa”, disse.

Essa dívida histórica, porém, continua crescendo e saindo do bolso de organizações não governamentais (ONGs), protetores independentes e da população em geral, que se comove com a situação de animais abandonados e se mobiliza, especialmente nas redes sociais, para arrecadar fundos destinados ao atendimento de cães e gatos resgatados de maus-tratos e violência. “A gente tira dinheiro do próprio bolso. Eu tenho um banho e tosa, e uso o dinheiro da loja para cuidar dos animais que resgato”, conta Rita Lomba, protetora que abriga, atualmente, 50 animais em sua casa. Todos os resgatados são castrados e passam por tratamento médico intensivo, pois a maioria chega a ela extremamente debilitada. “Sai tudo do bolso da gente. Eu aluguei um terreno de 3,5 mil metros para fazer um santuário para esses animais, mas é um gasto enorme, não tem ajuda nenhuma do governo”, observa.

A verba do Hospital Veterinário Público do DF foi garantida por uma ação de compensação ambiental da construtora Direcional Engenharia. Esse mecanismo permite que pessoas físicas ou jurídicas que provocaram algum dano ao meio ambiente compense os impactos, pagando por obras ecológicas. Inicialmente, a SEMA estimou o custo da obra em R$ 3,5 milhões. Por fim, chegou ao valor de R$ 2,3 milhões e terminou com R$ 620.677, financiados pela empresa.

“Não era dinheiro que estaria saindo da saúde, não era dinheiro que estaria saindo dos hospitais humanos. Era um dinheiro de compensação ambiental. Pegaram cinco módulos que já existiam (em Taguatinga) e construíram um novo. Os outros sequer têm reboco”, denuncia Carolina Mourão, presidente da Federação de Defesa Animal do DF e uma das organizadoras do ato de sábado. “É um colapso financeiro, sanitário e ambiental”, afirma.

O blog Mais Bichos solicitou ao Instituto Brasília Ambiental, órgão vinculado à secretaria e responsável pela execução das políticas ambientais do DF, informações sobre a situação atual do Hospital Veterinário Público. Veja a resposta na íntegra:

“O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) informa que a obra foi concluída ao custo de R$ 620.677. A segurança e a conservação do edifício têm custo mensal de R$ 24.180. Todos os valores estão sendo custeados pela empresa Hospital Veterinário Público do DF, por meio de compensação ambiental. Com relação ao funcionamento do hospital, o Instituto informa que está sendo viabilizado o projeto de urbanização do local, cuja execução ficará também a cargo da empresa. Paralelamente a isso, o órgão lançará, no próximo dia 31, dentro das comemorações pelos 10 anos do Instituto, o edital do termo de colaboração com entidade sem fins lucrativos que será responsável pelo funcionamento do hospital veterinário. Importante ressaltar que a implantação do hospital faz parte do acordo de gestão deste ano, e o órgão não tem medidos esforços para que isso seja concretizado o quanto antes.”

O blog também entrou em contato com a assessoria de imprensa da construtora Direcional Engenharia. A empresa informou que o Hospital Veterinário foi entregue ao Ibram com todas as obrigações previstas no contrato. Também foi informado que a segurança do local é feita por uma empresa terceirizada, seguindo as determinações estabelecidas pelo instituto. Veja a nota:

“A construtora esclarece que o Hospital Veterinário Público foi entregue ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) em maio de 2015, tendo sido cumpridas todas as obrigações previstas no projeto. A segurança do local é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, contratada pela construtora. O contrato segue as determinações estabelecidas pelo Ibram.”

No mês passado, o Ibram anunciou a retomada das castrações que, por um curto período, foram realizadas pela unidade móvel Castramóvel. Os protetores, porém, consideram insuficiente. Há apenas uma clínica autorizada pelo GDF a fazer os atendimentos, no Gama.  “Infelizmente, não adianta fazer cadastro, as pessoas ficam nessa lista ad infinito”, afirma. “Cadê a política pública? O que temos no DF é uma política de extermínio de animais saudáveis ou com doenças tratáveis. O secretário (André Lima) não nos atende nunca, então vamos apelar a ele como cidadão. Ele vai nos ajudar fazendo rifa para conseguir tratar um animal? Vai ajudar castrando um animal a preço de mercado? Vai dar lar temporário a um animal resgatado?”, provoca Carolina Mourão.

Em seu site, o Ibram informou que, na segunda-feira 15, terá início a campanha do Programa de Controle Populacional de Cães e Gatos. A partir das 10h, o site oferecerá 1,5 mil vagas para castração de animais, distribuídas em quatro grupos de regiões administrativas.  “O controle populacional é importante para a saúde do animal, por evitar doenças e aumentar sua longevidade”, explicou o analista de Atividades do Meio Ambiente do Ibram, o biólogo Almir Picanço de Figueiredo.

A definição das regiões de cada grupo levou em conta o porcentual de área verde no lugar, com base em dados do zoneamento ecológico-econômico do DF (ZEE-DF) a serem publicadosOutro fator determinante foi a renda média per capita, informou o Ibram. O objetivo, foi considerar a questão financeira como indicador social relacionado ao aumento do risco de abandono dos bichos. Dessa maneira, o grupo 1 representa regiões com alta porcentagem de área verde e baixa renda per capita. Já o grupo 4 diz respeito a baixa porcentagem de área verde e alta renda per capita.

Segundo o Ibram, o último chamamento para castrações ocorreu em fevereiro do ano passado, e foi retomado em abril, quando faltavam 923 animais. Desses, 798 foram encaminhados para o agendamento.

Os demais casos foram cancelados em razão de morte ou porque o procedimento foi feito em instituições particulares. Até o momento, diz o site, houve 351 marcações de cirurgia, 239 das quais já feitas.

Distribuição de vagas por grupo de regiões
Grupo Vagas
1 — Fercal, Santa Maria, Itapoã, São Sebastião, Brazlândia, Estrutural/SCIA, Varjão, Paranoá e Recanto das Emas 550
2 — Gama, Riacho Fundo, Ceilândia e Sobradinho II 450
3 — Planaltina, Candangolândia, Sobradinho, Taguatinga e Samambaia 350
4 — Riacho Fundo II, SIA, Jardim Botânico, Brasília, Park Way, Lago Norte, Vicente Pires, Guará, Lago Sul, Águas Claras, Núcleo Bandeirante, Sudoeste/Octogonal e Cruzeiro 150

Cada responsável poderá cadastrar até dez animais para cirurgia. Logo após o procedimento inicial, o instituto visitará a casa dos inscritos para checar a quantidade de cães e gatos no endereço informado. Assim que terminar o cadastramento, os donos receberão um e-mail informando como retirar o termo de encaminhamento para a clínica credenciada. Os encaminhamentos se darão por conjuntos, na quantidade e frequência demandada pela clínica. Em cada orientação será respeitada a proporcionalidade de vagas para cada grupo de regiões administrativas.

 

O programa, porém, só oferece anestesia injetável. A inalatória, mais segura, tem de ser paga pelo tutor. No caso de raças braquicefálicas (focinho curto, como shitszu, boxer e chow chow), esse tipo de anestesia é obrigatória — o custo é do tutor.  

 

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A Agenda Pet será publicada amanhã, excepcionalmente 

 

 

 

 

Como cuidar do cãozinho na velhice

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O melhor amigo também chega à terceira idade, quando sofre diversas alterações. Saiba como lidar com a velhice do cão, que, antes de tudo, precisa de muito amor nesse  momento

Nina, no meio dos irmãos Marley e Mel: saúde de ferro, mas problema nos olhinhos
Nina, no meio dos irmãos Marley e Mel: a saúde de ferro, mas um problema de ressecamento dos olhinhos prejudicou a visão. Crédito: arquivo pessoal 

É inevitável. Uma hora, os pelinhos começam a ficar branquinhos, o cão já não tem mais a energia de antes, dorme mais e pode começar a perder alguns dentes. Assim como  humanos, os cães também ficam “vovôs”.

A terceira idade chega em momentos diferentes, dependendo do porte. “A de cão de grande pode começar aos oito ou nove anos, dependendo muito da condição do animal. Já os vira-latas podem ultrapassar os 15 anos”, explica a veterinária Laís Alarça. Cada raça tem sua peculiaridade e isso interfere muito nos sinais de envelhecimento. Alguns tipos de cachorros têm problemas nas articulações, o que pode comprometer a locomoção mais cedo que os demais. Outros têm propensão aos problemas respiratórios, renais, e por aí vai.

“Quando um animal apresenta dores nas articulações, e esse é um dos principais sintomas da velhice, é necessário fazer com que o esforço seja menor, ou seja, reduzir o tempo do passeio sem esquecer a importância do exercício físico na vida do pet. O equilíbrio é sempre a melhor saída”, explica a veterinária.

A questão da dentição também pede atenção, pois muitos animais perdem os dentes ao longo da vida. “O veterinário vai indicar a melhor forma de administrar a ração para cada caso. Muitas vezes, e isso também faz parte da velhice, os pets devem comer os alimentos mais líquidos. A boa notícia é que o mercado está preparado para todas essas situações e oferece produtos de qualidade para cada raça e idade”, revela.

Quando ficam velhinhos, os animais perdem parte da curiosidade pelo movimento ao redor, ficam mais quietos e também dormem mais do que os cães mais jovens. “A atividade diária do cão diminui consideravelmente na medida em que os anos passam. Isso é natural e pode vir acompanhado de alguns comportamentos como ansiedade e vocalização”, completa Laís Alarça.

Adotada aos 5 anos, a lhasa apso Nina está prestes a completar 13. Ela tem uma saúde de ferro: os dentinhos, inclusive, estão intactos. Aos 10, porém, desenvolveu ceratoconjuntivite seca, um ressecamento da córnea, que prejudica a visão. As visitas ao oftalmologista são frequentes, assim como os cuidados dispensados pela tutora, Wanessa Bougleux. Quando a situação está mais grave, a cachorrinha usa colírio com corticoide, lubrificante, pomada e cápsula de óleo de semente de linhaça. Ao melhorar, o corticoide fica suspenso.

Wanessa conta que, quando a lubrificação dos olhinhos está muito baixa, Nina esbarra em objetos em casa. Outra mudança foram os passeios: “Evito, porque ela fica com a visão embaçada e quando tem cachorro que ela não conhece, ela estranha”, conta. Quando a lhasa sai para dar suas voltinhas, a tutora tem de ter desacelerar o ritmo. “Ela ficou mais lenta para fazer as coisas, então tem de ter mais calma para passear com ela agora”, conta.

 

 

Amor é o remédio

Josefina Maria, que viveu 13 anos.
Josefina Maria, irmãzinha do blogueiro Bento: sempre cercada de amor, recebeu ainda mais carinho e cuidados na velhice 

O ideal é não mudar a rotina do cão de forma repentina e compreender que o amor é a melhor saída para que o animal fique tranquilo e seguro. “O veterinário é o profissional capacitado para analisar essas mudanças e pode indicar o melhor tratamento. Jamais medique o pet por conta própria e esteja sempre atento aos sinais que o pet dá”, acrescenta.

Respiração acelerada, tosse brusca e cansaço exagerado são alguns sintomas de doenças cardíacas, por exemplo. Cães como o Labrador e o Rottweiler costumam ter problemas nas articulações. O São Bernardo pode ser acometido pela dilatação gástrica, o que além de causar dor, também pode ocasionar problemas sérios nos órgãos do sistema digestivo.

O Pug é um cachorrinho com focinho curto, ou seja, pode sofrer com problemas respiratórios. “Cães braquicefálicos (focinho achatado) possuem maior dificuldade em regular a temperatura corporal que os outros cães. É preciso ter cuidado com o excesso de exercícios, principalmente nos dias quentes e muita atenção com o envelhecimento dessa raça”, alerta.

Outro pet de tamanho pequeno que requer cuidados é o Lulu, campeão em deslocamento de patela. Também é comum a degeneração progressiva da retina nos cães de forma geral, o que pode levar à cegueira com o passar dos anos.

Seja qual for a raça do seu companheiro, fique atento aos primeiros sinais de envelhecimento e consulte um médico veterinário para garantir que o cão mantenha a qualidade de vida. “Junto de uma avaliação médica periódica, alimentação balanceada, amor e carinho são os principais “remédios” para que o pet envelheça como um grande amigo merece: completamente saudável e feliz”, conclui Laís Alarça.

Fonte:  Hercosul Alimentos

Banho sem estresse

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Hora do banho costuma gerar estresse para os animais. Pet shops investem em alternativas, como fim das gaiolas e higenização self-service, em que o próprio tutor faz a limpeza do amigão, usando os equipamentos da loja

Ana Carla com Amélie: agora, banho sem medo. Crédito: Raimundo Sampaio/
Ana Carla com Amélie: agora, banho sem medo. Crédito: Raimundo Sampaio

Da Revista Encontro Brasília

A hora do banho não costuma ser uma das favoritas do melhor amigo. Por diversos motivos, como medo do barulho do secador, da água descendo pelo encanamento, ou devido a algum trauma sofrido na hora da higiene semanal, muitos fincam as patinhas no chão e se tremem ao verem que estão chegando à pet shop. Desde o fim do ano passado, uma lei distrital obriga esses estabelecimentos a instalarem câmeras na área do banho e tosa, o que garante tranquilidade aos tutores. Porém, para os cachorros, o fato de serem filmados não muda em nada o descontentamento com a experiência.

Para tornar esse momento mais agradável e menos estressante, pet shops do DF estão investindo em práticas inovadoras que, além de reduzirem o nível de estresse dos animais, ajudam a fortalecer o vínculo do tutor com seus amigões. Na Pet Sudoeste, por exemplo, não há gaiolas. Ao chegarem para o banho, os cachorros ficam soltos, brincando com os frequentadores do day care – a loja também funciona como creche.

Depois da higiene, de lacinho ou gravatinha, eles voltam para a área de convivência, onde aguardam, livres, a chegada dos tutores. “Também disponibilizamos login e senha para quem quiser acompanhar o banho em tempo real. É só baixar um aplicativo e colocar essas informações para visualizar as imagens em alta resolução geradas pela câmera”, conta a proprietária, Fabiana Lima.

Por causa do ambiente sem grades, Amélie, de 2 anos, só toma banho na pet shop de Fabiana, que também é um day care canino. “O fato de não ter grade foi o principal atrativo para mim, tanto para a creche quanto para o banho”, diz a jornalista Ana Carla Mourão, de 34 anos, tutora da cachorrinha sem raça definida (SRD), adotada em um abrigo aos 7 meses. “Quando deixei a Amélie para tomar banho pela primeira vez, em uma pet shop perto da minha casa, avisei que ela não estava acostumada porque é resgatada e nunca tinha tomado banho em loja. Ela ficava com medo, acuada.”

A experiência, segundo ela, não foi das melhores para Amélie: “Ela ficou com um machucadinho da tosa e não falaram comigo. Não gostei. Eu disse a eles que ela tentaria sair. Eu não queria deixá-la na grade, além do estresse, porque ela ficou muito tempo em gaiola quando era do abrigo e eu não queria que ela se lembrasse disso”, conta Ana Clara. Para o desgosto da tutora de Amélie, embora tivesse agendado o horário do banho, a cachorrinha ficou duas horas presa na gaiolinha antes de tomar banho: “A gaiola piora o estresse. Oitenta por cento dos animais não parecem fãs de banho, e ainda têm de ficar horas dentro de uma grade? Imagina você ficar trancada duas horas numa gaiola, sem poder se mexer?”

Depois da experiência, a jornalista descobriu que existia uma loja onde Amélie poderia ficar solta. “Achei maravilhoso, até porque eles interagem. Acho que a experiência do banho deixa de ser aquela coisa terrível para o cão. A Amélie não vê mais o banho como uma coisa ruim. Ela sabe que vai brincar antes e, depois do banho, vai voltar para os amiguinhos para brincar”, comemora.

Algumas pessoas preferem dar o banho, elas mesmas, nos cãezinhos, mas não têm estrutura física em casa para isso. Pensando nessa clientela, a AuAu Petshop, no Lago Norte, criou um serviço self-service, no qual o cliente utiliza todos os equipamentos e produtos, mas pode, ele mesmo, lavar o animal. “A ideia surgiu ao percebermos que atualmente muitas pessoas gostam de dar o banho no seu pet, por vários motivos, como economia, para passar mais tempo com o animal, por segurança, entre outros”, diz o empresário Ivan do Espírito Santo.

Alessandra Diniz aprovou o sistema self-service
Alessandra Diniz aprovou o sistema self-service. Crédito: Raimundo Sampaio 

Ele explica que sempre há um profissional da área por perto para auxiliar o tutor, o que garante que o serviço saia perfeito. A autônoma Alessandra de Castro Diniz, de 38 anos, aprovou a novidade. Tutora de Maguila, um SRD de 2 anos, ela diz que, como mora em apartamento, acha que o banho em casa pode acabar em bagunça: “Tem de colocar no box, entope o ralo e ainda sai molhando o sofá.” Mas, ao mesmo tempo, ela acha que a hora da higiene do cãozinho é um bom momento para interação: “Ele adora quando sou eu que dou o banho, fica muito tranquilo. Como tenho um horário de trabalho mais flexível, fica bom ir à pet shop e dar o banho nele.”

Alessandra conta que, ao chegar, as funcionárias da loja já preparam o xampu na quantidade certa e separam a toalha limpinha. E ainda ficam do lado dela, no caso de a autônoma precisar de alguma orientação. “Com essa crise hídrica, acho que vale mais a pena ainda. Em casa, a gente acaba gastando mais água do que deve”, afirma Alessandra.

 

 

Dicas para quem quer deixar o amigão limpinho

  – Durante o banho, o cão sempre tem de usar guia de contenção

  – Muito cuidado com secador nos olhos, pois há risco de queimá-los

  – Não utilize algodão nas orelhinhas, pois eles não protegem de otite. O algodão molhado é que pode prejudicar o ouvido. O ideal é tampar o ouvido do animal na hora de lavar a região. Se insistir no uso de algodão, dê preferência ao hidrófobo, que é impermeável

  – Mesmo os perfumes apropriados para pets podem desencadear alergias. Cuidado com os respingos nos olhinhos

  – Utilize sempre produtos destinados às pets, que são formulados com todos os critérios exigidos para a maior segurança deles

Proteja o amigão do frio

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Principalmente à noite, os termômetros começam a baixar. Saiba como proteger os pets do frio e prevenir doenças comuns nessa época do ano

Sushi, modelando com um moletom quentinho. Crédito: Arquivo pessoal
Sushi, modelando com um moletom quentinho. Crédito: Arquivo pessoal

Os termômetros começam a baixar nas noites de Brasília. Assim como os humanos, no outono e no inverno, os pets ficam mais vulneráveis e propensos a adquirirem algumas doenças. Problemas respiratórios são os mais comuns, mas os os amigos mais idosos com problemas de hérnia de disco ou artrose também sofrem com dores nessas épocas de baixa temperatura.

A veterinária Marina Bueno dá algumas dicas sobre como cuidar dos animais de estimação nessa época do ano, e salienta que é importante procurar imediatamente ajuda de um profissional ao perceber quaisquer alterações na saúde dos cães e gatos. “Temos um aumento na incidência de algumas doenças como a traqueobronquite canina, rinotraqueíte viral felina e problemas osteoarticulares, principalmente nos animais idosos. Devemos prevenir e ficar atentos às mudanças de comportamento do animal”, ressalta a profissional, que lista mais algumas dicas:

  • É importante manter a vacinação do pet em dia e, se possível, garantir também a vacina contra gripe;
  • Os banhos devem ser feitos logo pela manhã e é importante aguardar, pelo menos, uma hora antes de sair com ele para evitar o choque térmico;
  • Roupinhas são bem-vindas, principalmente em animais de pelo curto. Já para os que possuem pelos longos, é importante escová-los diariamente para evitar os nós;
  • Não deixe de passear com os pets, mas dê preferência em dias mais quentes e não chuvosos;
  • Fisioterapia e acupuntura são ótimas opções para o controle de dor;
  • Ofereça abrigo coberto e quente para os animais que ficam na parte externa da residência e abuse de caminhas, tapetes e mantas também para os que convivem na parte interna;
  • Nos meses frios, é comum que os pets comam menos e durmam mais, mas é bom ficar atento se o animal está se alimentando bem, principalmente os filhotes e idosos.

Fonte: Animal Place

Socorro, meu cachorro come cocô!

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Hábito de comer cocô, chamado de coprofagia, pode ter várias causas. A mais comum é comportamental: o cão associa o cocô às broncas do tutor e come para escondê-lo

Nany, 9 meses: leva cocô até para a caminha. Crédito: Arquivo pessoal
Nany, 9 meses, leva o cocô até para a caminha. Crédito: Arquivo pessoal

 

A carinha de fofa de Nany, 9 meses, esconde um hábito bastante desagradável e comum. Desde filhotinha, ela come o próprio cocô. A dentista Nayany Priscilla Feitosa Ramos já não sabe mais o que fazer. “Logo quando ela chegou lá em casa, o veterinário falou que poderia ser porque a mãe deles limpava o ambiente, comia o cocô dela e o deles, e eles aprendiam. Mas o outro irmãozinho dela, o Thor, parou de comer quando começou a comer ração”, diz.

Priscilla conta que Nany sempre comeu muito rápido e, assim que fazia cocô, já virava e se deliciava. “Tentei várias coisas, o veterinário falou para colocar um remédio que deixa o gosto ruim no cocô, mas não adiantou. Parece até que ela está comendo mais”, lamenta. A dentista conta que, atualmente, Nany não devora o cocô logo depois das necessidades; por isso, ela tem tempo de retirar a sujeira antes que vire o “lanchinho” da cadela. “Mas se deixar e ela vir, ela pega, brinca, espalha pela sala e, quando vejo, já está mastigando. Não sei o que é”, diz. No começo, Priscilla dava bronca, mas já até desistiu porque a cachorrinha não se impressiona mais e come mesmo assim.

A veterinária Erika Almeida, da Pookie Pet, explica que vários fatores podem explicar a coprofagia. “Quando o cachorro é bem filhotinho, a mãe tem esse hábito de limpar todos os excrementos dele, aí pode vir por imitação. Em outros casos, pode ser relacionado à absorção de nutriente, e eles acabam tendo o hábito por desordem alimentar. Outra coisa que acontece bastante, e vejo muito no consultório, é o hábito de imitar o dono quando ele vai recolher o cocô”, conta.

Segundo a veterinária, muitos tutores brigam com o filhote quando ele faz cocô no lugar errado. “Ele não entende que o motivo é esse, e acha que a culpa é do cocô.  Então, toda vez, para não tomar bronca, ele come o cocô, para esconder”, diz. Também pode acontecer de o animal comer mesmo sem bronca, só para imitar o tutor, porque o vê recolhendo as fezes.

 

“A primeira coisa que o proprietário deve fazer é levar o cachorro no veterinário para descartar deficiência nutricional. Se isso for descartado, tem a parte do adestramento e alguns medicamentos, que deixam o cocô com gosto ruim, para ele assimilar que o cocô é algo ruim. O adestramento também ajuda bastante”, explica.

Segundo Erika Almeida, também é muito importante saber que a coprofagia pode acontecer em cachorros de qualquer raça e em SRD. Além disso, o cão pode acabar comendo cocô de outros animais, inclusive de outras espécies. “Tinha uma cliente que a cachorrinha dela comeu até de cavalo”, relata. “Tem muito cachorro que não tem o hábito de comer as próprias fezes e as de outros cães, mas tem interesse no cocô do gato. Isso acontece porque a alimentação do gato é diferente, tem um palatabilizante melhor, por isso ele fica atraído pelo cocô. O mesmo pode acontecer em relação às fezes humanas”, afirma a veterinária.

 

 

Agenda pet

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Oba! O fim de semana está perto! Aproveite as dicas da agenda pet e leve seu aumigo para passear

 

Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

Sábado

Gatos no Cobogó – das 10h às 20h, no Cobogó Mercado de Objetos (704/705 Norte, bloco E, lojas 51/56). O dia vai ser de muita diversão no evento do Clube do Gato  Durante todo o dia, haverá venda de produtos super diferentes, feira de plantas, café com comidinhas deliciosas, foodtruck, banca de orgânicos, cerveja artesanal e parquinho para as crianças. O evento é para ajudar os animais resgatados pela ONG, que também auxilia pessoas que não têm condições de castrar os bichanos.

Feirinha de adoção independente – a partir das 10h na 306 sul,  atrás da petshop Bicho Chique

Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora – das 11h às 16h: , na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.

Feira de adoção de cães e gatos do Projeto Adoção São Francisco – a partir das 10h30 na Petz – SIA. A ONG precisa de ração.

Domingo

Encontro de buldogues – das 9h às 12h, no Residencial Interlagos (Jardim Botânico), a manhã é dos buldogues. Haverá encontro do grupo Bulldogada Candanga, com muitas atividades para os pets, sorteio de brindes, café da manhã coletivo (levar lanche), venda de camisetas e foto oficial do grupo. Para conhecer as regras e pegar o mapa de localização, entre na página do evento no Facebook 

Feira de saúde – a partir das 10h, no Parque Ecológico de Águas Claras. Os pets também têm espaço na primeira edição da Feira de Saúde, que levará nove horas de serviço gratuito para a população. Para os humanos, voluntários vão dar orientações sobre estilo de vida saudável e fazer avaliação sobre a idade biológica, por meio de aferição de pressão arterial, exame de glicemia capilar e índice de gordura corporal por bioimpedância. No caso dos animais domésticos, os organizadores da Feira oferecerão sugestões de hábitos saudáveis, além de consultas gratuitas, exames clínicos e laboratoriais, e vacinação anti-rábica, entre outras.

Conhece algum lugar pet friendly? Conta pra gente! 

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Olha, que coisa mais linda!

Essa aqui é a Corujinha, leitora do blog! Ela é muito miúda e bastante charmosa! Bento mandou um grande lambeijo para a aumiguinha!

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Por uma gestação sem riscos

Publicado em 2 Comentáriossaúde pet

Animais também precisam de acompanhamento durante a gestação. O que parece ser luxo é, na verdade, uma necessidade para garantir a saúde da mãe e dos filhotes antes, durante e após o parto, período que dura de 58 a 63 dias

Mel, divando na gestação. Crédito: arquivo pessoal
Mel, “divando” aos 45 dias de gestação: acompanhamento garantiu saúde da pug e dos filhote.  Crédito: arquivo pessoal

 

A gestação da pug Mel, 2 anos e meio, não foi planejada. Mas um descuido da família, que pensou que o cio já tinha acabado, resultou na gestação de cinco bebês. Até as duas últimas semanas, tudo correu bem. Mas, como ela já tinha sobrepeso, o quadro evoluiu para obesidade gestacional no fim da gravidez. Mel estava pesando 14kg. “Junto a isso, vem uma série de problemas, como a falta de ar”, conta a tutora da pug, Milena Gomes Borges. “Uma semana antes, a Mel já não aguentava mais. Passei noites e noites acordada abanando ela, pelo fato de ela ter fobia de ar condicionado e de não gostar de ventilador”, relata.

Os filhotes nasceram dois dias antes do previsto e chegaram de cesária, no dia do aniversário da pug. Todos lindos e saudáveis. “A minha dificuldade maior foi que a Mel não aceitou seus filhotes. Cuidei deles por 40 dias. Nos 15 primeiros, fiz cabana, comprei luz amarela (por esquentar mais), tentando simular o papel dela de Mãe. Ouvi da veterinária: ‘Você pode por 10 cobertores em cima deles, mas nada vai esquentar, tem ser a mãe deles pra aquecer o nariz.’ A primeira semana foi um medo danado de eles não resistirem. Mas deu tudo certo e hoje estão lindos”, comemora Milena.

Assim como humanas, as cadelinhas prenhe também precisam de cuidados na gestação. O acompanhamento da gravidez, do parto e do pós-parto vão garantir a saúde da mamãe e dos filhotes, mesmo quando há imprevistos, como foi no caso de Mel, que fez todo o pré-natal, com três ultrassonografias, além de hemograma completo antes e depois do parto.

“O exame mais precoce para detecção de prenhes é a ultrassonografia abdominal, que pode ser realizada a partir do 21º dia de gestação. Para avaliação da viabilidade fetal, recomenda-se repetição do exame em torno do 45º dia”, explica a a médica veterinária do Hospital Veterinário da Anhanguera de São Paulo, Ana Paula Lopes de Moraes Oliveira. “O exame ultrassonográfico, em qualquer fase gestacional, é útil para determinação da idade gestacional aproximada e, portanto, estimativa da data provável do parto. Essa determinação é feita por meio de medidas fetais e aparecimento de alguns órgãos, como os rins e alças intestinais”, ensina.

Planejamento da gestação
Segundo a médica veterinária da Anhanguera, a partir do terceiro cio a cadela, já estará apta a ficar prenha. “Não se recomenda cruzar cadelas com idade avançada, a partir de 6 anos ou que tenham qualquer alteração em glândula mamária”, recomenda.

Sintomas
Durante a gestação, as cadelas apresentam sintomas como aumento de volume abdominal, aumento das mamas e cansaço.

Cuidados
De acordo com Ana Paula, a cadela deve seguir com a rotina mais próxima do normal possível, para que não haja interferência no momento do parto e ela se sinta segura e confortável. “A alimentação deve ser substituída por uma ração para filhotes ou super premium, a vermifugação da cadela e dos filhotes tem indicação de ser feita, sob orientação do medico veterinário. Deve se evitar que ela suba em lugares altos, como em cima da cama ou de sofás. Além disso, não é necessário suplementação de cálcio”, orienta.

Exames adicionais
Para contagem do número de fetos, recomenda-se o exame radiográfico abdominal, que pode ser realizado a partir do 45º dia. “Mas a recomendação é que seja feito mais perto da data do parto (em torno do 55º dia) para melhor avaliação do tamanho fetal”, diz.

O exame ultrassonográfico próximo a data do parto, pode verificar a presença de órgãos que são formados em fase final de gestação, como os rins e o movimento de alças intestinais. “Além disso, o número de batimentos cardíacos do feto é um importante dado para reconhecer um possível sofrimento fetal e então indicar que os filhotes devem nascer dentro das próximas horas”, comenta.

Parto
“A cadela, em torno de 24 horas do momento do parto, irá expelir uma secreção esverdeada pela vulva e também terá redução de sua temperatura corpórea em até um grau. Irá procurar um local que ela julgue seguro para iniciar o trabalho de parto, o hábito de fazer ninho”, explica.

Para a médica veterinária, qualquer intervenção que deva ser realizada durante o parto, só pode ser feita por um médico veterinário. “Não é preciso tracionar o filhote e nem mexer na cadela enquanto ela está em trabalho de parto. Na maioria das vezes, a cadela não precisa de auxílio e é capaz de realizar tudo sozinha, porém em caso de necessidade de intervenção, recomenda-se solicitar acompanhamento de médico veterinário, ou então levá-la ao hospital veterinário”, orienta.

Pós-parto
Após o parto, a especialista recomenda ficar atento se todos os filhotes estão conseguindo mamar e se a cadela está se alimentando. “Evita-se mexer nos filhotes, e não se deve dar banho na cadela após o parto, evitando, assim, que os filhotes percam o reconhecimento materno”, finaliza.

 

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Bronca do leitor

Os animais de estimação fazem parte da família, e os empresários de todos os ramos, inclusive da gastronomia, não ignoram mais essa realidade. Em Brasília, pouco a pouco vão surgindo estabelecimentos pet friendly, destacados todas as semanas pelo blog. Para fazer a avaliação, o nosso blogueiro Bento vai aos locais e observamos como ele é tratado, e se há elementos como potes de água e petiscos para agradá-los.

Um dos estabelecimentos que adotou a postura pet friendly é o tradicional Belini Pães e Gastronomia, na 113 Sul. Contudo, um grupo de leitoras foi lá no domingo e se decepcionou. A nutricionista Liliana Martins Affonso de Mello foi ao restaurante com as amigas, todas elas com os cães. Ficaram na área reservada para os animais. “Acho que, por esse motivo (estar com cachorros), não nos atendiam, nem iam até a mesa perguntar o que queríamos! Um absurdo! Será que por que estávamos com nossos cães!? Considerei discriminação e descaso total. Tive que ir chamar as garçonetes por três vezes seguidas lá dentro do ambiente, pois estávamos na área externa”, relatou. “Além de ter que ir chamar, parecia que tínhamos que implorar para sermos atendidas, faltamos ajoelhar, parecia até um favor, e por esse motivo não queremos nunca mais ir nesse local!”, continuou.

O blog entrou em contato com a Belini, que enviou a seguinte resposta, assinada por Luiz Guilherme Carvalho, diretor-executivo do estabelecimento:

” Agradecemos à cliente Liliana Affonso e ao blog Mais Bichos pela oportunidade de manifestarmos nossas desculpas pelo dia infortúnio que tivemos no atendimento da nossa área externa. A Belini sempre buscou pioneirismo em suas ações de maneira genuína e temos um carinho pelos pets. Como membros da família precisam e devem estar inseridos dentro da sociedade, assim como qualquer cliente. Nosso espaço pet fica no jardim com uma área livre, o que permite deixá-los soltos ou presos em um aparato de aço inox, com uma vasilha de água à disposição. Ainda pretendemos desenvolver algumas opções a mais e estamos abertos às sugestões da comunidade pet friendly. Reforçamos a simpatia da cliente Liliana, que tão bem atendeu a ligação do responsável pela empresa, Luiz Guilherme Carvalho, e pela compreensão da situação. A casa já está organizando junto com a cliente, suas amigas e seus “filhos de 4 patas” uma nova visita para refazerem a experiência.”