Pets também ficam em luto

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Saiba como proceder quando um animalzinho perde seu melhor amigo e fica em luto. Ele precisa de muita atenção e cuidados: alguns podem até ficar doentes

A cena de Cosmo no velório de Kid Vinil foi comovente. Crédito: Reprodução
A cena de Cosmo no velório de Kid Vinil foi comovente. Crédito: Reprodução

A cena de Cosmo, o golden retriever do músico Kid Vinil, no velório do tutor, deixou muita gente emocionada e levantou a questão do luto no mundo dos pets. Assim como os humanos, os bichinhos também sofrem com a perda em caso de morte. “Os pets têm sentimentos, podem sentir a falta de alguma pessoa ou de um outro bichinho que deixou de conviver com eles”, explica a veterinária Karina Mussolino, gerente técnica de clínicas da Petz.

Por isso, é importante dar atenção e apoio a eles nessa situação, orienta “Evite, num primeiro momento, deixá-los sozinhos; pois eles precisam de companhia para não ficarem estagnados. Procure levar para passear e brincar, oferecer brinquedos e petiscos, para entreter e animar seu ambiente”, comenta a veterinária.

A dica é deixar os brinquedos em local acessível para que ele possa se distrair. Além das bolinhas e pelúcias, existem modelos onde é possível esconder a ração ou petiscos, entretendo o pet até que ele descubra uma forma de conseguir a comida escondida. A caminhada também ajuda a reduzir a ansiedade e a distrair, ao mesmo tempo em que o exercício ajuda a manter a saúde.

Kariana alerta que alguns sinais também devem ser observados durante este período, como a falta de apetite e apatia. Caso o pet deixe de comer ou beber, o ideal é levá-lo ao veterinário para evitar que ocorram problemas de saúde.

A veterinária acha importante o pet passar pelo ritual da despedida, como foi o caso de Cosmo, o golden retriever de Kid Vinil – e conta que, quando seu pai faleceu, o cachorro da família também foi levado ao velório. “Eles eram melhores amigos e, depois disso, acabou ficando mais próximo de minha mãe. Um ajudou a consolar o outro”, diz.

 

Aposta na homeopatia

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Método usado muitas vezes com sucesso pelos humanos, a homeopatia é uma saída natural e menos agressiva para tratar ou prevenir patologias dos pets

18/05/2017. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Tratamento homeopatico para caes. Raquel Moura, com sua cadelinha Kiara.
Raquel Moura, com a cadelinha Kiara: homeopatia conseguiu evitar cirurgia. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press

Por Marília Padovan*

Ter um pet em casa nem sempre é só alegria. Os bichinhos muitas vezes adoecem e precisam de cuidados. E quando os métodos tradicionais já não são a melhor saída? Uma opção para tratar patologias desenvolvidas por animais de estimação é a homeopatia.

Criada há cerca de 260 anos, a homeopatia tem sido introduzida aos poucos na vida dos animais. A médica veterinária especialista em terapias holísticas Camila Mesquita Garcia explica que o método trabalha não só os sintomas e a doença, mas o pet como um todo — corpo, mente e energia. A terapia funciona por meio da similaridade dos sintomas, ou seja, o veterinário analisa os sintomas que o bicho apresenta e escolhe os medicamentos naturais que mais se encaixam no caso para atacar a doença. “Trabalhamos o campo energético das células e, consequentemente, a imunidade”, comenta.

A família de Kiara foi pega de surpresa após a castração da cadelinha. Por causa de uma complicação não identificada, Kiara desenvolveu um problema na bexiga que a impedia de fazer xixi. A bancária Raquel Moura logo optou pelo tratamento natural, por ser livre de conservantes. “O resultado foi ótimo. Se ela não tivesse feito direitinho, talvez tivesse que passar por medicação alopática e até mesmo cirurgia, o que eu queria evitar”, comemora a tutora. Além da homeopatia, usada regularmente, a cadelinha passou pelo reiki — outro tipo de terapia holística que funciona tanto para pets, quanto para humanos.

Após cinco sessões, Kiara voltou a urinar. A homeopatia ainda continuou presente por algum tempo para ter certeza de que o problema e as dores não voltariam, mas, hoje, a mascote vive normalmente. “É legal as pessoas terem noção de que os tratamentos chamados alternativos funcionam tanto quanto os tradicionais”, acredita Raquel. Para ela, essa é a melhor opção, já que, muitas vezes, quando se trata um problema com medicação normal, outros problemas começam a surgir devido às consequências e às contraindicações.

A homeopatia pode tratar tanto doenças crônicas, como ansiedade, estresse e depressão, quanto patologias físicas. O mais interessante é que o método não precisa ser introduzido na vida do pet somente se ele estiver passando por algum problema ou doença — pode ser usado também por prevenção. “A homeopatia serve para dar equilíbrio ao organismo”, explica a veterinária Camila. Para evitar qualquer tipo de efeito colateral, o ideal é entender a vida do pet desde o início até o momento que começou a se manifestar o problema. Como eles não conseguem falar, é importante ter esse cuidado para descobrir a melhor forma de tratá-los.

Bons resultados

A servidora pública Maria Cesarina Santinelli tem em casa o cãozinho Oliver e o gatinho Ariel. Há pouco tempo, Ariel sofreu um acidente grave — despencou do quinto andar e sofreu múltiplas fraturas. Foi necessário passar por uma cirurgia para corrigir os ossos e colocar pinos. Além disso, o gatinho ficou um bom tempo internado e sofrendo com as dores. “Para que melhorasse logo, a veterinária indicou alguns tratamentos naturais, e a homeopatia foi um deles. Não sabia que a técnica também servia para animais e foi uma surpresa que deu supercerto.”

Todo dia, o gatinho tomava mais de uma dose de homeopatia e, com o passar do tempo, as dores foram passando. Um mês depois, com a ajuda do reiki, Ariel estava totalmente recuperado e livre dos traumas. “Antes, eu estava muito desanimada, porque ele sofria demais. Hoje, ele é praticamente outro bichinho”, comenta Maria Cesarina.

O caso de Oliver é um pouco mais simples, mas não menos sofrido. O cão sofre de problemas no intestino e sempre passava por reações alérgicas. A consequência eram as constantes crises de vômitos e diarreia que pareciam não ter solução. “Eu o levava sempre ao pronto-socorro, pagava por exames caríssimos e nada de ele melhorar.” Quando Oliver começou o tratamento com homeopatia, a melhora foi enorme, pois o cãozinho quase não sofre mais crises — algo que antes era praticamente impossível. Hoje, os dois pets de Maria Cesarina vivem de forma mais tranquila, devido ao uso da terapia holística.

A homeopatia existe em duas formas — líquida ou em glóbulos. As duas são eficientes e se encaixam em diferentes casos. Também não há restrições. Qualquer bichinho pode passar pelo tratamento com homeopatia e praticamente em todas as patologias há resultado positivo com o método. A médica veterinária especialista em homeopatia Tatiana Padilha Garrido explica que os benefícios são inúmeros: “Em muitos casos, conseguimos melhorar consideravelmente a qualidade de vida do animal, coisa que o medicamento alopático nem sempre consegue fazer tão bem.” Isso acontece uma vez que os rins e o fígado são facilmente afetados por medicamentos fortes, como os ingeridos normalmente.

As melhorias que a homeopatia proporciona tendem a ser mais duradouras e com menos chances de efeitos colaterais. “Hoje em dia, a gente vê resultado principalmente em animais atópicos, de difícil solução. Os problemas de pele costumam ser persistentes e sempre voltam, mas a homeopatia mostra que pode ser diferente”, comenta Tatiana.

Outros tratamentos holísticos

Reiki: suave e não invasivo, o método não requer contato físico. Por meio das mãos, ele faz uso de energia canalizada para curar ou diminuir os sintomas de algum problema crônico ou físico. A energia é manipulada por todo o corpo por meio dos centros e das vias de energia de cada um.

Florais: são essências de flores específicas usados como uma forma de tratamento para diversos problemas emocionais, baseado sobretudo na busca pelo equilíbrio e neutralização da energia. Eles ajudam pessoas e animais a liberarem traumas que passaram em suas vidas e, assim, reduzirem as ações e os pensamentos negativas que ocorrem na vida de cada um. O foco é na personalidade do paciente, e não na doença em si.

Cromoterapia: basicamente, o método faz uso da energia das cores para a harmonização e o equilíbrio do indivíduo. Ela restaura e regenera o equilíbrio bioenergético dos campos eletromagnéticos por meio do uso das cores do espectro solar. As cores geram impulsos elétricos e correntes magnéticas ou campos de energia, principais responsáveis pela ativação dos processos bioquímicos e hormonais no corpo que equilibram todo o sistema e seus órgãos.

* Estagiária da Revista do Correio,  sob supervisão de Sibele Negromonte

 

Amor à segunda vista

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Nem sempre eles são a primeira opção de pet. Muitas vezes, sofrem preconceito e recebem a alcunha de pouco amorosos. Os gatos, porém, têm conquistado seu espaço no coração dos humanos e ganhado uma legião de catlovers

22/05/2017. Credito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Materia gatos de raca, Natalia Ribeiro Pereira com o gato Maluco.
Natália Ribeiro Pereira com o gato Maluco: paixão à primeira vista.  Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press

 

Por Ailim Cabral

A história dos felinos remonta a milênios. Os primeiros relatos de gatos domésticos vêm do Antigo Egito. Lá, os animais eram usados para proteger as casas e os depósitos de grãos dos ratos. Com o tempo e a convivência, criou-se afeto e carinho entre tutores e mascotes. Hoje, são muitos os que se autointitulam catlovers — amantes de gatos, em tradução livre — ou gateiros e defendem o fim do preconceito contra os bichanos, até então, descritos por muitos como animais frios e pouco apegados ao dono.

Um dos motivos que têm ajudado a reduzir a visão negativa sobre os gatos são as particularidades das raças com personalidade semelhantes aos cães. Os maine coons e os sphynx, por exemplo, têm as vantagens características dos gatos, como independência, mas trazem também traços mais comuns aos cachorros, como carinho excessivo pelo dono, possessividade e disposição para brincar a qualquer momento.

De acordo com a veterinária e especialista em medicina felina Vanice Allemand, existem mais de 200 raças de gatos descritas, mas apenas 100 delas são reconhecidas pela World Cat Federation, entidade internacional de regulação das raças felinas. Entre elas, há as mais famosas e desejadas pelos catlovers.

No Brasil, onde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 22 milhões de gatos domésticos, as raças que têm chamado mais atenção são maine coon, persa, sphynx, ragdoll, british short hair e british long hair, exótico e bengal. Os siameses viveram um boom há alguns anos e hoje não são os mais famosos, mas continuam adorados pelos amantes dos felinos.

Segundo Vanice, a maioria dos gatos atendidos em consultórios ainda são os que não têm raça definida, mas um aumento na quantidade de felinos com pedigree é percebido. Para apresentar aos que ainda não se renderam aos encantos felinos algumas das raças que estão se tornando famosas no Brasil, trazemos alguns gatos especiais para as páginas da Revista.
O gato esfinge

18/05/2017. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Raças de gato. Paulo Henrique Amorim Verissimo, com seu gato da raça Sphynx.
Paulo Henrique Amorim Verissimo, com seu gato da raça Sphynx. Crédito: Arthur Menescal

Uma das raças considerada injustiçada pelos criadores é o sphynx. O gato não tem pelos, possui corpo alongado e apresenta rugas que conferem expressão severa ao rosto. As orelhas grandes e pontudas e o focinho comprido dão uma impressão ainda mais austera aos que não conhecem o sphynx a fundo. Para os amantes da raça, as características revelam um gato elegante e esbelto, chamado também de gato esfinge. As rugas, que alguns criticam, indicam pureza: quanto mais enrugado quando adulto, mais legítima é a linhagem do gato.

O aspecto físico do sphynx, muitas vezes, causa reações negativas — enquanto uns o adjetivam como feio ou estranho, outros atribuem ao pet um temperamento hostil. Mas isso não reflete a realidade. Em estudo publicado em 2012, o Journal of Veterinary Behaviour apontou a raça como a mais afetuoso entre os bichanos. A pesquisa analisou 129 gatos, de 14 raças diferentes, que viviam em Paris, na França, e apontou a sphynx como a mais amorosa.

A criadora de sphynx Elizângela Tonial afirma que os gatos esfinge são tão carinhosos e apegados ao dono que têm o comportamento comparado ao dos cães. “Ele tem essa carinha que muitos acham feia, mas é um dos gatos mais doces. São muito ligados aos donos, ficam seguindo e pedem colo. Os mais tranquilos chegam até a pular no colo das visitas, o que é incomum em gatos”, ressalta.

Paulo Henrique Amorim Veríssimo, 28 anos, constata as características descritas por Elizângela todos os dias. Dono do sphynx Nudes, 1 ano, quando chega em casa, o empresário é recebido na porta com miados e choros todos os dias. “Ele não para de miar enquanto não o pego no colo, aí são carinhos, lambidas e chamego”, garante.

O carinho de Nudes com Paulo beira a possessividade. Apesar de se dar bem com a namorada do rapaz, o gato não aceita ser cumprimentado depois da humana. “Eles se dão bem, ele é muito sociável e gosta de todos. Mas eu não posso dar um beijo nela antes de falar com ele”, diverte-se.

Além do apego semelhante ao dos cães, Nudes é extremamente brincalhão. Apesar de ter completado 1 ano, o gato continua tão ativo e brincalhão como quando era filhote. “Essa é outra característica da raça. Mesmo depois que deixam de ser filhotes, eles continuam adorando os brinquedinhos e precisando dessa distração para gastar energia”, afirma Elizângela. Os brinquedos preferidos de Nudes são o laser e as varetinhas com penduricalhos coloridos na ponta.

Além de ter ótimas relações com os humanos, o sphynx tem facilidade para conviver com outros animais, tanto gatos quanto cachorros. O tempo de adaptação a outro pet depende, no entanto, da vivência de cada animal. Nudes mora sozinho com Paulo, mas convive com o persa da mãe do empresário. “Na primeira vez que o levei para a casa da minha mãe, tive um pouco de receio. Depois de um estranhamento inicial, os dois começaram a se aproximar e, no fim do dia, estavam se lambendo”, lembra Paulo.

O empresário é um grande defensor da raça e afirma que Nudes foi o animal com quem criou um laço mais forte. “Eu não gostava de gatos, achava que eram frios e tinha todos aqueles preconceitos até, finalmente, conviver com um e mudar tudo que eu pensei que sabia”, lembra. Paulo teve o primeiro gato há quatro anos, quando morava com a ex-namorada. O casal queria ter um pet, mas não pretendia criar cachorros em um apartamento. O gato foi a solução.

Apesar de não se envolver tão profundamente com o primeiro gato, Paulo foi mudando de opinião e se tornou um apaixonado por felinos. Ao se separar e morar sozinho, viu a oportunidade de ter o sphynx que desejava há tanto tempo. “Nossa ligação emocional é muito forte. O Nudes é muito especial na minha vida.”

Encantado pela raça, Paulo afirma que depois de conviver com Nudes só pretende ter sphynx. “Eu sou muito a favor da adoção, mas a ausência de pelos e o carinho característicos dele me conquistaram completamente. Morando em apartamento, o fato de não ter um animal que solta pelos é fundamental. No futuro, pretendo comprar uma fêmea para fazer companhia ao Nudes.”

A curiosa raça surgiu em 1966, no Canadá, a partir de uma mutação genética e, recentemente, tem crescido no Brasil. Elizângela cria sphynx há sete anos e percebe um aumento na procura pelo pet. “Acredito que o aspecto exótico dele chama a atenção. Eles se assemelham aos gatos que eram endeusados no Antigo Egito.”

 

Bolinhas de pelo

22/05/2017. Credito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Materia gatos de raca, Jade Goulart com a gata Marie.
Jade Goulart com a gata Marie: bolinha de pelo

De aparência quase oposta aos sphynx, os persas têm o focinho achatado e o corpo coberto por pelos compridos e sedosos, que conferem um aspecto mais arredondado que os primos esguios e uma imagem de raça “fofa”. Apesar da diferença física, sphynx e persa compartilham a personalidade carinhosa e amorosa.

É com esses adjetivos que a estudante Jade Goulart, 24 anos, refere-se à sua persa, Marie, de 9 anos. Ela afirma que a gata, com seu jeito gracioso e temperamento carinhoso, é quem costuma acalmar toda a família. “Ela é tão amorosa que deita na minha barriga quando eu estou com cólica e sempre vem me consolar quando não estou bem”, derrete-se.

Amante de gatos desde criança, Jade afirma não ter preferência por raças, mas percebe diferenças claras entre a persa e Valentina, a gata sem raça definida da família. Marie é mais tranquila, sai de casa sem problemas e está sempre perto de alguém da família. Já Valentina é mais na dela. De vez em quando, prefere ficar sozinha e gosta bem menos de colo do que a companheira.

Jade conta que Marie chegou à sua vida por acaso. A família tinha perdido a primeira gata havia um ano quando uma amiga disse que ia doar a persa. “Ela vivia em uma fazenda e estava apanhando dos cachorros. Não era seguro para ela continuar lá e nós a pegamos. Ela tinha 3 anos”, lembra.

A estudante explica que o excesso de pelos, às vezes, pode ser um inconveniente, mas não o bastante para diminuir as qualidades da raça. Os cuidados com Marie são mais intensos que com Valentina. A mais velha precisa ir ao pet shop quinzenalmente para tosas higiênicas e requer limpezas mais constantes nos olhos, no nariz e nas orelhas.

A criadora de persas Raquel Farias explica que os gatos da raça têm nariz achatado, curto e largo, situado bem próximo aos olhos. Por isso, costumam ficar com o focinho constipado, causando incômodo e exigindo uma limpeza mais cuidadosa. “A secreção lacrimal é muito desconfortável para o persa e o pH ácido das secreções as tornam meio de propagação de bactérias e fungos. Os olhos e focinho devem ser limpos com algodão ou pano umedecido com soro fisiológico”, afirma. A especialista ressalta ainda os cuidados com os pelos da raça e recomenda escovações diárias para evitar a formação de nós e tufos.

Os persas estão entre as raças mais antigas de gatos, com uma história secular. A criadora ressalta que o primeiro registro científico foi feito em 1707, por George Louis Leclerc Bufon, em seu livro de história natural. Como o próprio nome sugere, a linhagem veio da antiga Pérsia, atual Irã.

Nos registros encontrados sobre a raça, a sua propagação começou no século 17. Um viajante italiano estava na Pérsia e, quando voltou para casa, levou espécimes da raça, popularizando os persas na Itália. Quando levados para a Inglaterra, os gatos foram cruzados com a raça angorá, dando origem ao gato persa que conhecemos hoje e se tornando conhecidos por toda a Europa. Raquel ressalta ainda que, depois de tantos cruzamentos, a quantidade de cores da raça chega a mais de 100.

O gigante gentil

Conhecidos como gatos gigantes, os maine coons têm se tornado cada vez mais buscados como animais de estimação. A principal característica da raça é o tamanho avantajado dos animais — eles podem chegar a um metro de comprimento e são considerados a maior raça de gatos domésticos do mundo.

Esse foi o primeiro motivo pelo qual a veterinária Natássia Miranda, 28, apaixonou-se pela raça. Antes de ter o primeiro maine coon, ela descobriu um norueguês da floresta disponível em um gatil e não resistiu à possibilidade de ter um gato gigante.

Pouco tempo depois, pesquisando sobre os maine coons, Natássia não esperou mais e comprou seu gato gigante. Mesmo com o casal adulto Vishnu e Una, a veterinária queria mais. Comprou mais uma fêmea, Mistika, hoje com 8 meses, e começou a se arriscar como criadora. “Eu quis ter diversos gatos da raça porque me encantei por eles. Tive a primeira ninhada agora e meu objetivo é difundir a raça. Não existe gatil em Brasília e muitas pessoas deixam de comprar o maine por causa do transporte”, explica.

Dona de 20 gatos, sendo cinco de raça, incluindo norueguês e persa, e 15 sem raça definida, Natássia afirma que o maine coon está entre as raças com temperamento semelhante ao de cão. “Além de ser enorme, ele aceita andar de coleira, é brincalhão e companheiro.”

Segundo o criador de maine coons Marcelo Ravagnani, os gatos surgiram como uma raça de trabalho, tendo grande resistência física e suportando climas rigorosos. “São musculosos e têm pernas fortes e com tufos de pelos nas patas, que se parecem com pantufas e servem para andar na neve”, explica. A pelagem também é adaptado ao frio, sendo bastante espessa e parcialmente impermeável, apesar de lisa e suave ao toque.

Eles são a raça de gato nativa mais antiga dos Estados Unidos e ficaram famosos no estado do Maine. A origem da raça é incerta, mas muitos acreditam que surgiu da cruza entre os gatos de pelo curto nativos e os europeus de pelo longo, provavelmente angorás. O gato tem um ar selvagem, salientado pelos olhos grandes, ovais e expressivos e pelas orelhas com tufos de pelos na ponta, semelhantes aos linces.

Apesar da aparência, o temperamento do maine coon é uma grande surpresa para os que se deixam levar pela aparência robusta. Ele é conhecido como o “gigante gentil” e tem temperamento dócil e amável, gosta de seguir o dono, dormir junto e passar horas no colo. Curiosos e ativos, são vistos como ótimas companhias para crianças por serem brincalhões e amadurecer tardiamente, só alcançado a maturidade aos 4 anos.

Marcelo, no entanto, faz uma ressalva quanto ao cuidado com o maine coon. “Quem não puder telar as janelas precisa ficar atento. Ele é um gato muito ativo, que gosta de explorar e caçar. Se vir uma borboleta entrando pela janela, por exemplo, vai à caça até apanhá-la. Em uma casa sem telas, pode cair e não se salvar.”

Vira-latinhas e mestiços

Apesar das inúmeras raças de gatos, existem aqueles que preferem os famosos vira-latinhas. Os motivos vão desde ser contra a compra de animais até um amor instantâneo por algum bichano de rua encontrado no meio de um caminho.

A veterinária especialista em felinos Christine Souza Martins afirma que os gatos sem raça definida costumam ser mais saudáveis, com uma resistência maior às doenças, e ter uma expectativa de vida maior. “Algumas vezes, os gatos que carregam certas características da raça não são muito numerosos e isso pode facilitar problemas genéticos. Os gatos sem raça definida têm uma variedade genética maior, sendo, em geral, mais saudáveis”, explica.

A expectativa de vida dos gatos sem raça definida pode ultrapassar 20 anos, a depender dos cuidados a ele dispensados e das condições de saúde dos pais. A veterinária afirma ainda que, dentro da variedade de gatos disponíveis para adoção, não é difícil encontrar espécimes com características físicas semelhantes às raças procuradas pelos humanos. “Os vira-latas são muito diferentes, é fácil encontrá-los grandes, pequenos e com todas as cores, atendendo a muitas expectativas estéticas.”

Com relação ao temperamento, Christine afirma que os traços do pai ou da mãe podem ser encontrados no filhote, no entanto, as características dos gatos sem raça definida são muito particulares e felinos de uma mesma ninhada podem apresentar personalidades completamente diferentes. “A forma de agir de um gato pode ser muito específica. Eles têm essa coisa de características individuais, como as pessoas. A forma como ele é criado também é superimportante na formação dessa personalidade”, completa a especialista.

A assessora Natália Ribeiro Pereira, 29 anos, vive essa situação em casa. Ela tem dois gatos sem raça definida e com personalidades diferentes. Maluco, um gato branco e peludo, foi a primeira adoção da família. “Ele me escolheu. A gata de uma amiga deu ninhada e eu fui escolher. Toda vez que pegava um filhote e colocava no colo, o Maluco expulsava o irmão e deitava. Tive que levá-lo”, lembra.

Poucas semanas depois de se apaixonar pelo primeiro gato que tinha na vida, Natália disse ao marido que Maluco estava solitário. Não demorou muito para que o casal encontrasse um irmão para o primogênito. Assim, Tom passou a fazer parte da família. Enquanto Maluco é carinhoso e não dispensa um colo, Tom é retraído. E não é para menos. Ele passou por um histórico de abandono e Natália acredita que isso afeta a forma como se relaciona com humanos.

Apesar da diferença de personalidade, Natália afirma que os dois gatos são igualmente amorosos e gratos. “Acho que essa é a característica mais forte dos gatos adotados, eles são muito gratos e demonstram isso até com o olhar. Mas, no fundo, sou eu que tenho que agradecer. Eles me transformaram em uma pessoa melhor, mais humana”, declara.

 

Outras raças

Ragdoll

Principais características: gato de porte maior que o comum, pelo semilongo e olhos azuis.

Temperamento: sociável, ele e se dá bem com crianças e outros pets. Quando carregado, fica completamente relaxado, o que dá origem ao nome ragdoll — boneca de pano.

Siamês

Principais características: gato alongado, com corpo tubular, pés longos, cabeça triangular longa e orelhas grandes. Pelo curto e brilhante.

Temperamento: graciosos, falantes e muito inteligentes, são brincalhões e sociáveis.

British shorthair ou inglês de pelo curto

Principais características: gato de pelagem cinza, curta e densa. Os olhos são grandes, redondos bem abertos e amarelo vibrante.

Temperamento: inteligente, tímido e afetuoso.

British longhair

Principais características: gato de pelagem longa e densa. Os olhos são grandes, redondos bem abertos e amarelo vibrante. São uma variação do british short hair.

Temperamento: inteligente, tímido, afetuoso.

Bengal

Principais características: gato de tamanho médio a grande, musculoso e robusto, com corpo alongado. Os olhos são grandes e ovalados e tem pelagem com pintas semelhantes a onças.

Temperamento: carinhoso e brincalhão, tem um ar de ferocidade e independência, mas se mantém companheiro

 

Agenda pet

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A agenda do fim de semana começa hoje mesmo, com a maior feira de adoção de cães e gatos do DF. No domingo, a cachorrada vai trocar as patinhas: tem evento pra eles em uma cervejaria!

Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

 

Sexta-feira

9h30 às 15h – Feira Adote um Bichinho, com cerca de 100 cachorros e gatos para adoção. O evento acontece no campus  do UniCEUB Asa Norte (707/907 Norte). Praça em frente ao Bloco 3;
A entrada é franca, e a adoção não tem custos.

Sábado

8h às 16h – Festa de Aniversário do Armazém Rural, com petiscos pra cachorrada e descontos nos produtos. Endereço: 205 norte, bloco D, loja 10

11h às 16h –  Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora, na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.

14 às 17h – Lançamento do livro Toninho e Seu Fiel Amigo Bolota, escrito por Marco Antônio A. Roman, de 11 anos, com a mãe dele, Adriana Araújo Pereira. Será na  Visconde Livraria e Café (405 Sul, Bl C, Loja 38), com feira de adoção de animais no local. O cãozinho Bolota acompanha os autores no lançamento.

Domingo

14h às 20h – O Santuário é uma cervejaria pet friendly e, agora, vai oferecer dog beer no cardápio. A “cerveja” é feita à base de água, malte e carne, mas não tem álcool nem é gaseificada. No evento, haverá um bate papo com André Such, criador do Cão Experts – Comportamento e Educação Canina, portal com dicas práticas e muito conteúdo para quem deseja ter uma relação feliz com o pet. Além disso, para os tutores, a casa oferece 12 torneiras com uma seleção de chopes, promoção no chope Guinness e petiscos especiais. Na página do evento, está rolando sorteio de produtos e serviços para pets e tutores. A cervejaria fica na 214 norte, bloco C, loja 27. 

 

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Conhece algum lugar pet friendly? Contra pra gente!

 

Partiu, Adoção

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Universidade organiza a segunda edição da Adote um Bichinho, maior feira de adoção de animais do DF. Cerca de 100 cães e gatos estarão disponíveis para adoção na sexta-feira

"Leva eu?" Mais de 100 bichinhos aguardam um novo lar Crédito: Divulgação/UniCEUB
“Leva eu?” Mais de 100 bichinhos aguardam um novo lar Crédito: Divulgação/UniCEUB

 

O UniCEUB organiza mais uma edição da “Adote Um Bichinho”, maior feira de adoção de animais do Distrito Federal. Realizado anualmente, o evento ocorre na sexta-feira, 26 de maio, entre 9h e 15h, no campus da Asa Norte. A entrada do público é gratuita.

Oportunidade para mudar a vida de cães e gatos abandonados e ganhar um amigo inseparável. Cerca de 100 animais que estavam em situação de rua foram vacinados e vermifugados por abrigos e estarão disponíveis para a adoção. Para adotar, basta levar um documento de identidade com foto.

Se alguém tem dúvidas sobre qual bicho levar para casa, a feira montou uma estrutura especial de aconselhamento. Instrutores vão perguntar ao interessado sobre tamanho da casa, do quintal, telas de proteção e quantas horas por dia pode dedicar ao animal de estimação. Tudo para indicar a melhor raça de acordo com o estilo de vida de cada pessoa.
A “Adote um Bichinho” começou em 2007 como atividade de uma disciplina do curso de Publicidade e Propaganda do UniCEUB. A proposta cresceu e sete edições depois se tornou o maior evento em Brasília para quem deseja levar um bicho de estimação para casa. Neste semestre, mais de 40 alunos liderados pela professora Andréa Cordeiro estão à frente da ação.
A feira também vai abrigar stands com venda de produtos de petshops. O evento ocorre em parceria com ONGs de Brasília que trabalham com acolhimento e proteção de animais.
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem mais de 30 milhões de animais abandonados: cerca de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Optar pela adoção em vez da compra pode fazer a diferença para diminuir a superpopulação de animais sem dono.
Quem não puder adotar um bichinho pode ajudar doando sacos de ração para as ONGs apoiadoras do projeto. Todas as informações estão disponíveis na página do evento no Facebook.
Adote Um bichinho – Feira de adoção de cães e gatos

Facebook.com/projetoadoteumbichinho

Quando: Sexta-feira, 26 de maio
Onde: Campus UniCEUB Asa Norte (707/907 Norte); Praça em frente ao Bloco 3
Horário: 9h30 às 15h
*A entrada é franca, e a adoção não tem custos

Cachorrinho fitness viraliza

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Um, dois, um, dois… Com um professor desse, fazer abdominal fica muito divertido! Conheça Riptide, o cãozinho que viralizou, se exercitando com um time feminino de remo

Com um incentivador desses, quem vai ter coragem de ficar parado? O golden retriever Riptide é melhor que qualquer chefe de torcida. Ele foi gravado, todo feliz, ajudando a equipe feminina de remo de Stanford, durante uma sessão de aquecimento em Redwook City, na Califórnia. O vídeo viralizou rapidamente nas redes sociais. Ao ver Riptide fazendo abdominais tão satisfeito, o temido exercício até parece divertido.

 

O cãozinho tem um perfil no Instagram, @RiptidetheRetriever, onde são postadas fotos de sua rotina na belíssima cidade californiana. Ele também aparece passeando de lancha, sendo mimado pela equipe de remo, andando de skate e, claro, dormindo, porque ninguém é de ferro!

Obesidade também atinge pets

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Obesidade em cães e gatos está se tornando um problema comum. Tutores devem acompanhar o peso dos pets, principalmente no caso de raças já propensas, para evitar o desenvolvimento de doenças associadas ao excesso de peso

garlfield

Eles estão cada vez mais rechonchudos. Assim como humanos, nas últimas décadas, os pets vêm ganhando centímetros na cinturinha, um problema que pode acarretar diversas doenças. O blog conversou com o veterinário Rangel Barcelos, da DrogaVET Brasília, que esclarece dúvidas a respeito da obesidade em cães e gatos.

Por que estamos vendo tantos cães e gatos obesos hoje em dia?

Ultimamente, a obesidade em animais de companhia, como cães e gatos, tem sido um dos problemas mais comuns nos consultórios veterinários e em decorrência da obesidade vários outros problemas podem acontecer. Os motivos para o desenvolvimento deste quadro são vários, como, por exemplo, a predisposição genética de algumas raças; dieta errada; redução do metabolismo; o uso de medicações que podem contribuir com o ganho de peso; assim como algumas doenças como a hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing), que afeta o sistema endócrino dos cães e contribui para o aumento de peso; e a longevidade dos animais que aumentou mas que devido à idade avançada a prática atividade física diminui.

Quais as raças mais propensas?

Existem algumas raças que possuem mais propensão ao ganho de peso em detrimento de outras.  Labradores, Daschshunds, beagle, basset e pug são algumas destas raças que tem maior propensão ao ganho de peso naturalmente.

Com a idade, eles tendem a engordar?

Com a idade fatalmente existe a tendência a engordar. Seja pelo sedentarismo devido a algum problema de saúde que impeça o animal de se movimentar como antes – problemas nas articulações, por exemplo –, seja pelas necessidades energéticas que diminuem e a ingestão de calorias não acompanha este decréscimo.  Uma consulta com veterinário pode indicar a melhor maneira de lidar com isto, adequando ração e a quantidade que deve ser ingerida de acordo com a idade e doenças de cada pet.

A castração também favorece o ganho de peso?

Com a castração isto pode acontecer, sim. Uma vez que a diminuição da concentração dos hormônios sexuais, o metabolismo desacelerado e a redução de atividade física podem acarretar na obesidade. Mas como falamos acima, com o acompanhamento de um bom veterinário é possível identificar o problema, assim o proprietário pode obter o tratamento correto para o seu pet. Seja sugerindo a melhor ração, mexendo na quantidade e até também sugerindo mais exercícios físicos.

Quais as principais doenças que podem surgir com a obesidade?

As principais doenças são: diabetes, que pode levar a problemas de catarata e de trato urinário; a Síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo), que pode acarretar em problemas de pele, em redução de massa muscular e na hipertensão; doenças nas articulações que dificultam a movimentação do animal também agravam o quadro de obesidade. Algumas neoplasias (tumores) e até patologias cardiorrespiratórias podem ser diagnosticadas nestes animais.

Como evitar e como tratar os animais obesos?

Começando com uma alimentação de qualidade e nas quantidades proporcionais as necessidades de cada animal, indicada por um médico veterinário, é a melhor forma de evitar e começar a tratar a obesidade. As consultas regulares e check ups, principalmente em raças predispostas a obesidade e outras doenças, ajudam a obter um diagnóstico a tempo de curar essas patologias. Evitar o sedentarismo, mesmo nos dias corridos de hoje, caminhando com o pet e estimulando-o a fazer atividades físicas. Impedir que animal fique estressado ou muito sozinho, pois  em alguns casos esses fatores podem servir de gatilho para o desenvolvimento da obesidade.

 

Aproveite e assista as dicas do DogTuber, da DrogaVET, sobre esse tema:

 

Cão ajuda morador de rua a abandonar o crack

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A história comoveu os seguidores do SP Invisível, movimento que conta histórias de moradores de rua de São Paulo. Graças a Capitão, o jardineiro Faula abandonou o crack

Faula e Capitão: o amor entre os dois salvou o ex-jardineiro do vício. Crédito: SP Invisível
Faula e Capitão: o amor entre os dois salvou o ex-jardineiro do vício. Crédito: SP Invisível

Ainda há quem duvide que os animais são capazes de salvar os humanos, com seu infinito amor. O relato de um jardineiro que foi parar nas ruas e se tornou dependente de crack já foi visto por 41 mil pessoas, e compartilhado por mais de 14 mil na página do SP Invisível. Ele poderia ter se afundado nas drogas. Mas foi salvo por Capitão. Leia o depoimento:

“Eu achei ele dentro de uma caixinha de sapato embaixo de um condomínio, ele era pequenininho. Eu fui dormir, peguei a caixinha e ele tava lá. Ele mudou bastante coisa na minha vida. Eu usava crack e agora eu tô só na cocaína. Parei o crack por causa dele. Meu nome é Faula,
Eu era jardineiro. Tinha uma firma de paisagismo. Daí, eu saí de casa, fui morar no centro. Uma coisa foi puxando a outra, até chegar nessa situação. Quando o Capitão chegou na minha vida eu tava bem mal. Tava procurando uma guarita para me esconder da chuva. Na hora ele deitou em cima do meu braço e até hoje ele deita desse jeito. Ele significa paz, carinho. Ele me entende. Significa esperança também.
Quando eu penso em usar droga eu vou, chamo ele, mas ele fica sentado. Parece que sente. Um dia bateu abstinência, eu chamei ele e ele não veio. Foi uma cena, não tem como explicar… Parece que ele já sabia. Tava querendo que eu não fosse. Eu não ia sem ele. Eu não largo ele. Dói…
Um dia eu vou levantar, ter minha firma de novo. Eu e meu cachorro, o Capitão.” 

Brincadeira produtiva

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Para livrar os pets do tédio, há brincadeiras criativas que, além de diverti-los, domam o comportamento e estimulam os instintos animais

11/05/2017. Crédito: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF.  Enriquecimento ambiental. Lizie Pereira Buss, mudou a casa inteira, com brinquedos funcionais e prateleiras,  para estimular seus caes e gatos.
Os pets precisam brincar para se livrar do tédio   Crédito das fotos: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A. Press.

Gláucia Chaves – Da Revista do Correio

Imagine que você está trancado em casa, sem nada para fazer: nenhum livro, sem televisão e muito menos internet para se distrair. A situação não parece animadora, certo? Para muitos animais, essa é uma realidade corriqueira. Para amenizar o tédio dos bichinhos, há diversas alternativas. Além dos chamados brinquedos funcionais, ou inteligentes, o enriquecimento ambiental — ou seja, oferecer coisas para que o pet tenha o que fazer — são maneiras de trabalhar o corpo e a mente de cães e gatos enquanto o tutor não está em casa. De quebra, os comportamentos nocivos, como móveis destruídos e agressividade, diminuem consideravelmente.

Karen Neves, diretora da Zen Animal e especialista em bem-estar animal, explica que os brinquedos funcionais são aqueles que ajudam o pet a solucionar algum “problema”. “Podem ser usados apenas para entretê-los em dias tediosos, mas ajudam, principalmente, a estimular os sentidos, a educar, a adestrar e a corrigir comportamentos indesejados”, enumera.

Geralmente feitos de material resistente, certos modelos permitem que os donos coloquem ração e/ou petiscos dentro. Na hora de escolher, a especialista indica levar em conta a idade e o temperamento do animal, além da qualidade e da procedência dos acessórios. “Filhotes na fase de dentição podem ser beneficiados com versões que possam ser congeladas e que ajudam a minimizar o desconforto da gengiva”, ensina. “Cães idosos não conseguem morder objetos tão duros, então, é melhor investir em versões mais macias.”

A vantagem dos brinquedos, segundo Dalton Ishikawa, veterinário da Pet Games, é que os animais conseguem pôr em prática o instinto de caça e de procura por alimentos. “A gente resgata alguns comportamentos inatos, justamente para permitir que eles expressem seus comportamentos naturais”, detalha. Todo animal, de acordo com Ishikawa, tem quatro instintos básicos: o sexual, o materno, o de caça e o de fuga. Quando ele está acordado, o instinto que mais consome o tempo dele é o da busca por comida, por isso, faz bem associar essa necessidade à diversão.

Alternativas divertidas

O bem-estar mental do pet, segundo o profissional, é uma preocupação nova, mas que é tão importante quanto a saúde física dele. “Sem o mínimo de saúde mental, começam a explodir distúrbios de comportamento, como automutilação, comer fezes e movimentos repetitivos. Isso é estresse crônico.”

O passeio “burocrático”, geralmente feito uma vez ao dia, não é suficiente para garantir a qualidade de vida de cães e gatos. “Hoje em dia, todo mundo quer terum pet, mas não percebe que eles vivem em sociedade, mas que estão sendo colocados em uma solitária de luxo”, avalia Dalton Ishikawa.

Daniela Maciel, veterinária especializada em medicina felina da Clínica Veterinária Mundo dos Gatos, explica que os bichanos também precisam de incentivos. Além do estímulo à caça, uma forma de manter os gatos entretidos é investir em objetos altos, como prateleiras e nichos de parede. “Gatos também gostam de se esconder, então, caixas e túneis viram um ótimo entretenimento”, completa.

Ela acrescenta que o brinquedo deve ser escolhido baseado na atividade que o tutor deseja proporcionar ao animal, de acordo com o estilo de vida e o temperamento dele. “Um brinquedo funcional comum a cães e gatos é aquele que estimula o instinto de caça, porém, em alguns casos, pode ser contraindicados. Um bom exemplo disso são os lasers para gatos”, alerta. “Alguns acabam ficando mais ansiosos e frustrados por nunca conseguirem pegar a ‘presa’ de laser.”

Para Rudinho Bombassaro, especialista em comportamento canino da Pet Society, além de estimular os sentidos, esses objetos podem melhorar a saúde bucal dos animais. “Existem outros brinquedos que também são importantes porque fortalecem a dentição. São mais indicados para cães jovens, levando em consideração a troca dos dentes”, explica.

Outra questão importante, segundo o especialista, é de sempre assumir o lugar de líder da “matilha”. Em outras palavras: o tutor deve sempre começar a brincadeira. “Isso coloca o cão na posição de seguidor, e, assim, aumentam as chances de sucesso entre ele e seu dono.” Um tutor jamais deve estimular uma disputa, uma vez que pode desencadear o senso de luta no animal. “Ele vai entender que, nessa condição, pode ganhar, gerando problemas comportamentais.”

11/05/2017. Crédito: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF.  Enriquecimento ambiental. Lizie Pereira Buss, mudou a casa inteira, com brinquedos funcionais e prateleiras,  para estimular seus caes e gatos.
Lizie mudou a casa inteira, com brinquedos funcionais

Tutora de sete cães e três gatos, a veterinária Liziè Pereira Buss, 35 anos, adaptou toda a estrutura de casa para melhorar o enriquecimento ambiental dos pets. Ela conta que procurou informações em livros e na internet para descobrir a melhor forma de colocar os ensinamentos em prática. “No caso dos cães, o que mais faço é revezar a forma de oferecer a ração”, detalha. “Misturamos com fígado, coração e, às vezes, eles comem em garrafas pet com buracos. Também costumo jogar os grãos no chão, como fazemos com as galinhas.” Brinquedos com ração e petiscos dentro, além de ossos escondidos pelo quintal, completam a proposta de “caça” ao alimento. Diariamente, Liziè passeia com os cachorros e, uma vez por semana, os leva para praticar agility.

Para os gatos, Liziè adaptou alguns pontos da casa, incluindo prateleiras, passarelas, nichos nas paredes e arranhadores gigantes. O projeto, segundo ela, está 70% pronto. “Até a alimentação deles fica no alto. A única coisa que fica no chão são as caixas de areia.” Os brinquedos também são revezados: cada um fica até três dias com os gatos. “Trocamos sempre para que eles não percam o interesse”, justifica.

Há seis anos, Liziè trabalha com bem-estar animal. Desde que implementou as mudanças, ela conta que o comportamento e a felicidade dos companheiros melhoraram consideravelmente. “O cachorro deveria ter uma vida social tão rica quanto a de uma pessoa, conhecer outros cães, sair de casa todos os dias. Os animais não podem ser prisioneiros domiciliares.”

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Vantagens do enriquecimento ambiental

– Diminuição dos comportamentos destrutivos, como morder móveis, ansiedade por separação, automutilação e cropofagia (comer fezes);

– Melhora da qualidade de vida do pet;

– Resgate de comportamentos naturais, como a caça, essenciais para a manutenção da saúde mental do bicho;

– Estímulo de exercícios físicos e mentais.

Fonte: Dalton Ishikawa, médico veterinário; Karen Neves, especialista em bem-estar animal.

 

Como usar os brinquedos funcionais:

– No caso de acessórios que liberam alimentos, como as petballs, o ideal é colocar a quantidade diária recomendada de comida para cada cão. É possível, também, dividi-la em duas partes, oferecendo uma porção no brinquedo, e a outra no comedouro. Ofereça essa opção sempre que o pet for ficar sozinho em casa. Assim, ele terá alimento disponível para o dia inteiro;

– Nas primeiras vezes em que for oferecer o brinquedo ao animal, esteja presente para observar como o bicho reage e para evitar acidentes;

– Se tiver mais de um pet, o ideal é ter um brinquedo para cada um para evitar disputas. Acompanhe as primeiras vezes para separar eventuais brigas;

– Para cachorros maiores e com muita energia, uma opção são os comedouros suspensos. Uma ideia é pendurar uma garrafa pet com ração dentro para que eles pulem para comerem.

– O ideal é buscar o brinquedo certo para cada animal, considerando o porte dele (pequeno/médio/grande) e o tipo de atividade que se deseja estimular;

– O brinquedo sempre deve ser específico para animais. Aqueles indicados para crianças ou menos resistentes podem ser destruídos e engolidos, causando sérias complicações.

Fonte: Veterinários Dalton Ishikawa e Daniela Maciel.

Agenda pet

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Dois eventos diferentes para curtir o fim de semana com o pet: tem lançamento de livro e balada, com direito a DJ

 

Sábado

Arquivo Pessoal/Divulgação.  Marco Antônio Ramon, autor do livro Toninho e Seu Fiel Amigo Bolota.
Arquivo Pessoal

9h às 12h – Lançamento do livro Toninho e Seu Fiel Amigo Bolota, escrito por Marco Antônio A. Roman (foto), de 11 anos, com a mãe dele, Adriana Araújo Pereira. Os dois são moradores de Águas Claras e escreveram a obra para incentivar a leitura na vida das crianças e futuros adultos, além da interação entre pais e filhos. “Além disso, o tema do livro enfatiza a conscientização, responsabilidades e cuidados que se deve ter quando se opta por um pet”, explica Adriana. Será na  Livraria Leitura do Colégio La Salle de Águas Claras. Haverá feira de adoção de animais no local.

11h às 16h –  Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora, na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.

Domingo 

17h às 22h – Balada pet na terceira edição do 5uincão. O evento é gratuito e acontece no 5quinto Bar, na SCLN 102, bloco A. Vai ter adestrador, sorteio de brindes, feira de adoção e DJs tocando em som ambiente, para não ferir os ouvidos sensíveis da cãobada. Link do evento no facebook: https://www.facebook.com/events/104902533424385/