Os cachorros caem na água

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da Revista do Correio

Aulas de natação ou mesmo mergulhos no lago são programas aprovados para os pets, mas é preciso cuidado para garantir a segurança e a saúde dos cãezinhos 

foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

Assim como os humanos, os pets sentem os desconfortos das altas temperaturas do verão e se refrescam como podem. Atividades na água são aliadas na diversão e saúde do animal. Ao contrário do que muitos pensam, o cão não nasce sabendo nadar. O hábito é adquirido com o tempo, de forma natural, a partir do movimento que ele faz com as patas. Para aprender, o ideal é que o bicho não seja muito jovem e tenha a mobilidade músculo-esquelética preparada. O uso de boias ou coletes pode incrementar a segurança dos bichinhos.

E que tal uma aula de natação para o seu pet? Além de ser saudável e divertida, a atividade na água é ideal para os cães da terceira idade. “A natação para o cão é como uma hidroginástica, excelente para animais idosos. Tem baixo impacto e faz o corpo entrar em atividade”, explica o médico- veterinário Claudio Roehsig.

A natação e outras atividades dentro aquáticas são benéficas para o bicho e podem tratar problemas nos ossos. “Cachorros que têm artrose, por exemplo, podem fazer hidroesteira”, afirma o especialista. Além do tratamento ósseo, a água favorece o fortalecimento muscular e o sistema respiratório, alivia as dores na coluna e contribui para a perda de peso. Nesses casos, é preciso acompanhamento de veterinário ou especialista.

Na aula de natação, os cães são monitorados por, no mínimo, cinco recreadores, que se revezam durante a atividade. A água também deve conter uma quantidade mínima de cloro. Bichinhos pequenos passam, em média, 25 minutos na piscina, enquanto os cães adultos podem ficar até 40. “Primeiramente, eles são submetidos a uma avaliação veterinária para sabermos se estão aptos para a natação. A atividade ajuda no emagrecimento e deixa os cães mais relaxados”, explica Bruna Borges, proprietária de uma academia que oferece essas aulas. Ainda de acordo com a ela, os cães usam um colete durante a atividade.

foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

Em janeiro, a estudante Juliana Barros, 20 anos, começou a levar Barney, um yorkshire de 8 anos, para nadar. “Eu vi alguns cachorros brincando com os donos no lago e fiquei curiosa para saber como ele reagiria e se realmente conseguiria nadar”, conta.

Apesar de ter feito diversos passeios no Paranoá, o pet ainda não se adaptou à atividade e não gosta da água — principalmente a hora do banho. Juliana, no entanto, tem “planos aquáticos” para o cãozinho. “Por enquanto, só levei o Barney no fim do Lago Norte, pois lá não há restrições para a entrada de cães, mas pretendo levá-lo a outros lugares, talvez até fazer stand up paddle com ele.”

Entre os cuidados que adota para garantir a segurança da mascote, a estudante afirma estar sempre próxima ao animal e dar banhos após a atividade. “Tenho que ficar perto dele para que não se canse muito, até porque ele ainda é inexperiente”, explica.

A fotógrafa Rayssa Sereno, 26 anos, começou a levar a cadela Vida (uma mistura de dog alemão com vira-lata) há dois meses. Segundo ela, a cachorrinha amou a experiência. “Já fomos cinco vezes. Eu sou atleta e queria a companhia dela. Apesar de Vida ser grande, saio muito com ela. Em um dia de sol no lago, a levei para tomar banho e socializar com outros cachorros”, conta.

Rayssa conta que sempre coloca um colete na cadela e, depois das atividades, costuma dar banho na mascote. “Ela tem que associar aquele momento como uma coisa boa, sem traumas. Assim como nós humanos”, explica.

Os especialistas alertam que é importante não levar o pet para nadar em locais fundos, assim como ter o controle da situação. O cão, por natureza, tem o próprio senso do limite, mas é necessário não bobear. Na piscina, é necessário estar atento à quantidade de cloro para evitar intoxicação no animal. “A baixa concentração não costuma causar alterações na pele e nos pelos, mas é importante relatar que animais com pele sensível podem apresentar irritações cutâneas, desencadeando problemas mais sérios”, explica o veterinário Raphael Rocha, especializado em dermatologia veterinária.

De acordo com Rocha, é fundamental ter cuidado com comportamentos inadequados (como urinar ou defecar) que alguns bichos podem apresentar nos banhos. “As doenças zoonóticas, aquelas que podem ser transmitidas ao homem, são a maior preocupação. Assim, é fundamental manter a higiene adequada de piscina e estar certo de que o animal esteja bem de saúde e com as vacinas em dia”, afirma.

Cães de pelo longo e claro merecem atenção especial, pois podem facilitar a proliferação de fungos e bactérias. O cuidado com os ouvidos dos pets é fundamental durante a atividade. “É importante utilizar algodão hidrofóbico para prevenir otites (infecções). O algodão evitará que entre água e que o cloro da piscina dilua a cera de ouvido do cão, que funciona como protetor natural dos canais auditivos”, explica Talita Borges, dermatóloga veterinária. Após a brincadeira na água, sempre é bom verificar se o cão apresenta coceiras na região e, caso isso ocorra, é preciso levá-lo ao veterinário.

Forçar a entrada do bichinho na água está fora de cogitação, assim como empurrá-lo. Alguns cachorros ficam em pânico e correm o risco de morreram afogados. Diante de dificuldades, a adestradora Sofia Bethlem explica a melhor forma de proceder. “Faça com que ele se esqueça da água. Brinque com bolinha ou cabo de guerra até que ele se não lembre mais e, quando isso acontecer, continue a brincadeira, sempre aproximando ele da água”, detalha.

De acordo com a adestradora, esse momento é propício para fazer carinho no animalzinho (assim ele vai apreciar a experiência) e depois retomar o jogo. Quando ele estiver empolgado, aproveite para jogar os brinquedos dentro da água. “Esse exercício gradativo pode ser feito com cães que têm medo ou que estão aprendendo a entrar na água. Caso seja necessário, inicie com uma bacia”, afirma Sofia.

Fique atento

O pet deve estar com a vacinação e a vermifugação em dia para poder nadar

Verifique se a legislação local permite a presença do animal e tenha cuidado na ingestão de materiais inadequados, como pedras, madeira e areia.

Não obrigue o bichinho a entrar na água

Contraindicações

É preciso evitar os mergulhos caso o cão:

Apresente feridas no corpo;

Tenha doenças infecciosas ou demopatias;

Esteja debilitados fisicamente ou

Tenha cardiopatias graves

Para ler

Cachorros submarinos (Intrínseca, 144 páginas). O livro fotográfico, de Seth Casteel, capturou imagens divertidas de cães debaixo d’água. O trabalho se tornou sensação no mundo inteiro, com uma série de sessões com mais de 250 cachorros de diferentes raças, como yorkshire, golden retriever e buldogue.

O gato caiu!

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da Revista do Correio

Em busca de admirar a paisagem, os felinos adoram ficar em lugares altos, o que pode causar acidentes. Saiba como protegê-los e agir em caso de queda Os gatos podem não ter sete vidas, como diz a lenda. Apesar da capacidade de eles sobreviverem a quedas de grandes alturas, os donos precisam tomar alguns cuidados para evitar o acidente porque a situação é mais comum do que parece.

Barriguinha Mole, o gato do estudante Marcus Vieira que caiu do sexto andar.

foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

Foi o que aconteceu com Barriguinha Mole, o gato do estudante Marcus Vieira, 23 anos, que caiu do sexto andar do prédio onde vive há cerca de 10 meses. O susto foi grande, mas ele sobreviveu. O estudante conta que, desde que o bichinho chegou, ele era muito agitado e sempre gostou de ficar na janela. “No começo, eu ficava apreensivo, com medo de ele cair. Depois, vi que ele sempre ficava lá e não tinha problema”, conta. Até o dia em que Marcus estava mexendo no computador e ouviu um barulho na janela. Quando olhou para o térreo, viu Barriguinha Mole no prédio. O estudante correu para resgatar o gato e conta que o bichinho miava de dor e não conseguia se levantar e andar. “A minha primeira preocupação era se ele tinha quebrado algum osso. Estava com medo de mexer e machucá-lo mais, mas ele mesmo se levantou e foi para debaixo de um banco”, conta. A irmã de Marcus levou o gato ao veterinário e, apesar da queda de seis andares, Barriguinha não tinha fratura externa, mas havia sofrido uma fissura no fêmur e uma outra no osso esterno, perto das costelas. O especialista garantiu que não seria preciso imobilização, mas explicou que o gatinho teria de ficar em repouso. Depois do acidente, Marcus conta que o bichano mudou: “Ele ficou muito mais quieto, passava o dia deitado ao lado da comida e me preocupei se nunca mais seria o mesmo”. Depois de dois meses, o gato voltou a andar mancando e, um tempo depois, se recuperou por completo. O jovem conta que, hoje, a gatinha corre como antigamente e até voltou a passear pela janela. Murilo Diniz, 22 anos, estudante de economia, passou por uma situação parecida. Ele mora no sexto andar de um prédio na Asa Sul e tem uma gata vira-lata chamada Pity. Há cerca de quatro anos, quando o apartamento ainda não tinha grades de proteção, ele deu falta da gatinha e suspeitou de que ela havia caído da janela. Depois de procurar pelo bloco, a encontrou debaixo da escada que fica do lado de fora do prédio. Ela miava muito, estava suja e com uma fratura exposta. A mascote havia quebrado a pata traseira e rompido alvéolos no pulmão e precisou usar tala por três meses. “Hoje, ela está zerada e já tem 7 anos”, conta o estudante, aliviado. Depois do trauma, Murilo providenciou a instalação de redes para que o episódio não se repita. Paraquedista A veterinária especializada em felinos Leila Sena diz que os gatos não se jogam da janela, mas escorregam. A médica conta que esse tipo de acidente pode acontecer com frequência porque muitos felinos gostam de observar a paisagem e, por isso, passam muito tempo próximo a janelas. A gravidade das consequências de um acidente depende da forma como o animal cai. A síndrome do gato paraquedista — situação em que, diante da queda iminente, o animal relaxa a musculatura para reduzir o impacto — diz que, quanto maior a altura, menor o dano. A veterinária explica que o sistema nervoso dos gatos é muito rápido, logo, bastam alguns metros para que consigam se virar. O que vai mudar são o impacto e o tipo de dano causados. “Quanto menor a distância, aumentam as chances de eles lesionarem os membros, pois caem em pé. Na queda de locais mais altos, eles tendem a cair de patas abertas e podem sofrer ruptura interna, como no tórax, o que pode levar a hemorragias e a problemas mais graves.” O tipo de superfície também pode terminar a gravidade do acidente. No asfalto, os riscos são maiores. O impacto é reduzido caso a queda seja amortecida por uma árvore ou uma lona. A veterinária conta que a gata dela caiu do apartamento duas vezes, mas, como um arbusto reduziu o impacto, não sofreu nenhuma lesão. A principal recomendação da especialista é que os donos evitem deixar os gatos em locais muito altos e sem proteção e, principalmente, utilizem grades ou telas para evitar acidentes. Leila adverte que também é preciso tomar cuidado para os felinos não fugirem depois de sofrerem uma queda. “Quando o gato machuca e tem condição de escapar, ele escapa. Por isso, muitas vezes, os acidentes são fatais, porque eles correm e ninguém consegue segurar”, explica. Na hora do resgate, a primeira atitude deve ser levar o animal a algum hospital veterinário ou a clínicas que atendam emergências. Além disso, é preciso tomar cuidado com mordidas e com a posição durante o transporte, pois eles podem ter sofrido fraturas.

Onde os pets são bem-vindos

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da Revista do Correio

Para quem é grudado no pet, não há motivos para não sair de casa. Brasília oferece vários lugares em que os donos podem aproveitar para levar seus filhotes sem se preocupar.

Brasília é bonita demais nesta época do ano. Melhor ainda é poder curtir a cidade ao lado do melhor amigo. Não deixe seu cãozinho em casa, pois existem vários endereços pet friendly na capital — tanto ao ar livre quanto em ambientes fechados (com bom senso).

Loki e o adestrador de animais Renato Buani.foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

Sempre uma boa opção para passeios, as superquadras continuam com áreas verdes generosas. Nas comerciais, alguns bares permitem a presença de mascotes, desde que elas não causem incômodo aos clientes. Por isso, os donos geralmente se sentam em uma mesa mais afastada. Já em dias de calor, locais abertos e próximos ao Lago Paranoá são sucesso garantido.

Loki, o filhote de border collie do adestrador de animais Renato Buani, 26 anos, é um companheiro para toda hora. “Ando com ele em qualquer lugar e nunca tive problema”, conta. Amante de animais, Renato também trabalha com comportamento canino e explica que a solidão pode deixar os bichos muito tristes e gerar problemas, como depressão. “Por isso, gosto de levar os meus para passear sempre, para que eles tenham um estilo de vida diferenciado.”

O adestrador também dá algumas dicas para enfrentar o calorão. “É bom procurar locais perto do lago para que eles possam mergulhar e que tenham sombra”, recomenda. “E não esquecer de dar água”, complementa. Além disso, é importante que o dono procure passear com o pet em horários de sol moderado e não o deixe andar no asfalto, pois isso machuca as patinhas.

Endereços pet-friendly:

Parque da Cidade

Aos fins de semana, o Parque da Cidade é o destino de muitos brasilienses. Adultos, crianças e idosos, com ou sem bichos de estimação, usufruem das opções de lazer e esporte ali oferecidas. São 420 hectares de área, ou seja, não falta espaço para os bichos. A única restrição é o Parque Ana Lídia, aquele do Foguete, onde a entrada de animais é proibida.Com o objetivo de ampliar as opções de lazer animal, surgiu o Parcão. O espaço, localizado perto do Estacionamento 6, é dedicado exclusivamente a cachorros. Os donos podem soltar seus cães, mas devem tomar cuidado para que eles não avancem em ninguém. Existem regras de conduta, como não levar cadelas no cio.

Deck Norte

Conhecido também como calçadão da Asa Norte, é um ótimo lugar para passear com o pet. Os bichinhos podem nadar no lago e tomar água de coco para recuperar o fôlego.

Pontão do Lago Sul

O Pontão é uma ótima opção de lazer. É permitida a entrada  de animais de pequeno porte, mas é aconselhado que eles andem de guia. Cães de grande porte só podem entrar com focinheira e, obrigatoriamente, de guia. Os animais podem passear livremente nas áreas verdes, sendo proibido o acesso a bares e restaurantes.

Ermida Dom Bosco

Além de cartão-postal da cidade, a Ermida é outro point dos fins de semana. A barragem do parque Dom Bosco atrai candangos que levam seus cães para correr, brincar e mergulhar no lago.

Iguatemi Brasília

O passeio com o pet no shopping, debaixo do ar-condicionado, virou uma alternativa para fugir do calor. O centro comercial do Lago Norte permite a entrada de animais, com restrições. De segunda a sexta-feira, cães de pequeno porte podem circular de coleira. Nos fins de semana e nos feriados, os pets só podem entrar no colo dos donos ou em algum transporte apropriado. É proibida a entrada de animais de médio e grande portes. Cães-guias não têm restrições.

Casa Park

O Casa Park, que abriga diversas lojas de decoração, oferece um diferencial para quem quer passear com os animais de estimação. São os Carrinhos Pets, que comportam cães e gatos de pequeno porte, até 35cm. Com o carrinho, o dono pode passear com os filhotes pelo shopping, exceto na área de alimentação, nos banheiros e no cinema. O serviço é gratuito. Cães-guias têm acesso a todas as áreas.

Boulevard Shopping

No centro de compras, no fim da Asa Norte, é permitida a entrada de animais de estimação de pequeno porte. Eles têm acesso às dependências no colo do dono, mas não podem ir à praça de alimentação. Animais maiores não são permitidos, a não ser cães-guias.

Animais em vitrines e gaiolas tem venda e exposição proibidas por lei

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Começou a vigorar em todo o território nacional uma lei que estabelece a proibição da venda e exploração de animais em vitrines e gaiolas. As resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União. De acordo com a legislação, as lojas especializadas nos cuidados e na venda de animais de estimação terão que adequar os animais em um ambiente livre de exposição a barulhos, com acesso restrito para as pessoas, locais mais luminosos e também cada animal deverá ser adequado ao seu habitat natural.

“É o mínimo. É uma vida, não uma mercadoria. As leis poderiam ser até mais rígidas, exigindo que os animais disponibilizados nesses estabelecimentos sejam adquiridos de criadores idôneos, não de exploradores de matrizes”, disse a ativista da causa animal, Carol Zerbato. A norma nacional foi criada para todas as lojas especializadas, e também para os profissionais e veterinários. Caso não atendam essas regras, es estarão sujeitos a pagar uma multa e também punições administrativas.

fonte G1

Você está com calor? Imagine seu cachorro

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Por Gláucia Chaves

Arquivo/CB

Em tempos de altas temperaturas, cães e gatos sofrem mais que humanos. Segundo a veterinária Ana Paula Damião, do Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau, existem algumas alternativas para aliviar a agonia dos bichinhos:

– Evite passeios longos (especialmente se seu cão é de pequeno porte);

– Prefira caminhar em horários com temperaturas mais amenas, ou seja: até às 10h e/ou após às 17h;

– Evite expor o animal ao ar condicionado. Ainda que refresque, o aparelho pode causar gripe, bronquite e alergia. O mais indicado é deixar as janelas abertas, para o ar circular;

– Dê bastante água para o animal. Para dias extremamente quentes, vale oferecer até água de coco;

– Algumas frutas, como melancia e melão, são boas opções para dias de calor por terem muita água em sua composição, além de não representarem ameaça a saúde do pet;

– Evite secar o animal com secador, para não elevar a temperatura corporal. Cães de raças braquicefálicas (com o focinho “amassado”, como Buldogue Francês, Pug e Boxer) podem, inclusive, desenvolver sérios problemas respiratórios se em contato direto com o aparelho;

– Tose o pelo do animal. Os bichos sofrem com o calor e pelos longos não ajudam. Além de ser extremamente incômoda para o cão, a combinação clima quente e pelos longos pode favorecer o surgimento de dermatites;

– No calor, muitos animais comem menos durante o dia. Normalmente, porém, eles compensam durante a noite, em que as temperaturas estão mais agradáveis;

– Faça a troca da água com frequência e observe a quantidade de água ingerida pelo bichinho. A quantidade ideal varia de acordo com o peso: 50ml por quilo;

– Para estimular seu bichinho a se hidratar, acrescente algumas pedras de gelo ao pote de água. Para gatos, prefira os bebedouros estilo fonte;

– Ventilador, só de teto ou voltado para a parede, nunca para o animal. O aparelho pode ressecar a córnea do pet e, futuramente, transformar-se em uma úlcera;

– Muito calor pode causar hipertermia: condição em que a temperatura corporal do bicho aumenta excessivamente. Algumas consequências são convulsões, hemorragia interna, prostração, parada cardíaca e morte.

Já se perguntou como encontrar um par perfeito para a sua mascote? Aplicativos e sites na internet podem ajudar

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“Match” dos pets

Com opções limitadas na “natureza”, os animais domésticos precisam da ajuda dos donos para encontrar pretendentes e se acasalar. Foi pensando nisso que surgiram alternativas criativas, além do tradicional cartaz na parede do petshop — são sites e aplicativos de classificados amorosos, muito parecidos com os equivalentes humanos. Basicamente, essas ferramentas reúnem informações do físico do animal e as divulgam. O aplicativo DogDate, por exemplo, funciona como um Tinder para cães. O dono se inscreve e pode cadastrar seus cachorros, adicionando informações como raça, cor, tamanho e sexo do animal. Além do mais, o aplicativo mostra no mapa os usuários que estão próximos, e o dono pode interagir e mandar mensagens para marcar um encontro.

Mario Gomes da Silva, postou fotos do seu cachorro Ted, em um site de acasalamento.

Foto Zuleika de Souza /CB/DA Press

O autônomo Ricardo Melo Luz, 32 anos, teve a ideia de criar o DogDate quando buscava uma parceira para o Homer, seu buldogue campeiro. Como a raça é bastante rara, a tarefa não era fácil. “Originalmente, (o aplicativo) era para a cruza, mas também coloquei a opção ‘adotar’ — para ajudar cachorros abandonados”, conta. O criador do app pretende expandir as funções. “Vamos colocar informações pertinentes para quem já tem pet, como petshops próximos, lugares para passear etc. O objetivo é que o aplicativo não seja só uma rede social, mas que preste um serviço”, explica Ricardo Luz. Hoje, o app está disponível apenas na Apple Store e conta com mais de 5 mil usuários no Brasil. No momento, Ricardo e o sócio estão desenvolvendo uma versão para Android. O gerente de projetos Mário Gomes de Souza, 51 anos, tem dois cachorros da raça poodle, Costela e Ted. Ele conta que um dia leu na internet um texto sobre o aplicativo DogDate e resolveu inscrever suas mascotes — elas estão cadastradas há 4 meses e, até agora, nada. Na opinião do gerente, o que falta é publicidade. “Quando vi, achei a ideia muito boa, mas como é muito mal divulgado, o aplicativo tem poucos usuários”, comenta. Além de aplicativos para celular, existem os sites de relacionamento na web, com o objetivo de ajudar os donos a encontrarem parceiros para os pets. O umparpromeupet.com.br, por exemplo, surgiu há um ano e já conta com 1.500 usuários por mês, segundo os criadores. O empresário Luis Antonio Cliento, 44 anos, conta que o site surgiu da dificuldade encontrada para cruzar seu pet. “Por ser uma raça bem específica, a west highland white terrier, era difícil encontrar um cachorro de boa procedência”, explica. “Então resolvi fazer um site para que as pessoas pudessem cadastrar seu animal e achar outro de boa raça e porte.” O site funciona de maneira simples: o dono cadastra seu animal com todas as características e, assim que outro animal com as mesmas características entrar, ele vai para uma lista para que possam se comunicar. O serviço é grátis. O site, hoje, só funciona com o objetivo de arranjar parceiros para cruza, porém, Luis conta que já uniu casais de humanos, apaixonados por cachorros. O veterinário Márcio Tormin Mollo, 30 anos, diz que outra alternativa para os donos é fazer anúncios em grandes sites de venda, como o Mercado Livre e OLX. Além disso, existem grupos no Facebook divididos pelas raças, onde os donos procuram parceiros. A recomendação do veterinário é que o dono procure um animal da mesma raça que o seu e, se for possível, do mesmo tamanho. “O problema de cruzar cães da tamanhos diferente é a hora do parto. A cadela não vai conseguir fazer o parto natural, vai precisar de cesárea”, adverte. Márcio também comenta que a idade fértil dos pets pode variar. Cães de pequeno porte tendem a ser sexualmente ativos por mais tempo do que os grandões. Por fim, para quem tem menos afinidade com a tecnologia, ainda existe o jeito tradicional de encontrar um parceiro para o pet: muitos petshops da cidade fazem anúncios amorosos de animais e donos interessados numa linda ninhada.

Se o objetivo for adoção

* O BarkBuddy é um aplicativo para celular ainda mais semelhante ao Tinder: os animais aparecem como em um catálogo, com nome e foto, e os usuários podem curtir (dar like) ou descartar, e ir para o próximo cadastro. No entanto, o objetivo é diferente. O BarkBuddy ajuda cães abandonados a encontrar um dono. O usuário, a partir das fotos e do perfil do animal, pode escolher um filhote para levar pra casa. Por enquanto, o aplicativo só funciona nos Estados Unidos e no Canadá, mas a empresa tem página no Facebook e perfil no Instagram, que reúnem apaixonados por pets de todo o mundo. Agradecimentos: DogDate, Umparpromeupet e 4 patas Pet Shop

Eles não querem ficar sozinhos

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da Revista do Correio,

Por vezes, os cães sentem tanta falta do dono que desenvolvem a síndrome da ansiedade de separação

                      Paula adotou um cão maltratado que tem medo de ficar só.                                   (Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press)

Deixar o pet sozinho em casa sempre dá um aperto no coração. É normal os bichos sentirem falta do dono, mas, às vezes, a carência extrapola e vira a chamada síndrome da ansiedade de separação. O transtorno ocorre quando a mascote se encontra em situação de isolamento e encara isso de forma negativa. Podemos dizer que é uma forma de pânico, cujas manifestações são variadas. Por isso, fique atento se o totó mudar de temperamento e destruir objetos, defecar em locais inadequados ou se automutilar. De um modo geral, a síndrome é reflexo da dependência extrema dos pets, que ficam desesperados quando se veem sem companhia. Em alguns casos, eles tentam até romper portas e janelas, o que é perigoso. “Por isso, são mais comuns ataques de cães perto desses locais, que são chamados de ‘rotas de fuga’”, explica a veterinária Joana Barros. Quando o nível de estresse é alto, eles também latem muito, como se fosse um pedido de socorro. Não se trata apenas de pirraça ou vingança do animal. “O dono tende a acreditar que é birra, mas não é. Os pets com a síndrome ficam ansiosos, depressivos e deixam de ter hábitos saudáveis. A depressão vem acompanhada da falta de atividade física”, afirma a veterinária. Um dos prováveis motivos para o animal desenvolver a doença é o excesso de mimos por parte dos donos. “Mimar demais atrapalha. O animal que acompanha por todos os lados da casa, por exemplo, se apega demais e sofre com a partida depois”, diz Joana Barros. “O cachorro é um bicho muito social. Ele tem uma dependência familiar acima da média dos outros animais”, explica o comportamentalista canino Renato Buani. De acordo com o especialista, deve-se evitar chamar a atenção do cachorro nas ocasiões de saída ou de chegada. “Nada de fazer uma apreciação maior do que deveria. Assim, o cachorro superestima aquele momento”, afirma. Para o adestrador, o correto é esperar o cão se acalmar e, só depois, cumprimentá-lo, sem muita festinha. Não existe raça com pré-disposição para a doença, porém, os cães pequenos, que costumam ficar dentro de casa e sempre na companhia de alguém, estão mais vulneráveis. Bichos que são resgatados da rua também podem ter muita dependência dos novos tutores. Esses cães criam um vínculo muito forte com a nova família e sentem medo de serem abandonados novamente. Esse é o caso de Doug, um cãozinho sem raça definida de 4 anos. Há 4 meses, ele chegou à casa da professora Paula Americano, 49 anos. Muito machucado e doente, o vira-lata se afeiçoou muito ao novo lar. “Ele apareceu na varanda daqui de casa mais morto do que vivo. Muito magro, cheio de bichos, quase sem pelos. Eu achei que ele estava morrendo e o resgatei. Dei banho, levei para o veterinário e cuidei dele. Durante esse tempo, a gente se apegou muito”, conta a professora. De uns tempos para cá, Doug tem apresentado os sintomas da síndrome. “Mesmo passeando com ele diariamente, Doug sofre quando eu saio e fica muito estressado”, afirma a professora. Em breve, o pet entrará em tratamento para superar a doença. O tratamento consistirá em sessões de contracondicionamento e exercícios para que o cão fique mais independente (por exemplo, simulações de chegadas e despedidas). Na casa, moram outros dois cachorros, que não desenvolveram sintomas da síndrome.

Atitudes de prevenção Prevenção é sempre o melhor remédio. O cão, ainda filhote, deve ser inserido em uma rotina. Deve-se proporcionar o “enriquecimento ambiental”, ou seja, um local interativo, com muitos brinquedos, ossos e petiscos. “Esses elementos são usados para deixar o ambiente estimulante. O cachorro deve encarar a solidão como algo positivo. Devemos fazer com que ele aprenda a tolerar a solidão quando ainda é novinho”, explica a adestradora Paula Emmert. Ainda de acordo com Emmert, são três pontos básicos para prevenir o animal: adestramento, enriquecimento ambiental e atividade física. Não há evidências que a síndrome em si possa levar o animal à morte. Mas, as consequências da doença podem ser graves. O cachorro pode ficar estressado a ponto de derrubar objetos e tentar atravessar janelas. A dica é procurar um treinador com uma metodologia positiva. Atitude preventiva é sempre louvável. Portanto, se perceber algo estranho no comportamento do melhor amigo, procure ajuda de um profissional.

Dois é melhor que um. Será?

Cães são animais puramente sociais. Realmente, a interação com outro cachorro pode ser benéfica e entreter ambos os bichos. Ao perceber a tristeza e a dependência do cachorro, muitos apostam em comprar outro para fazer companhia. Nem sempre, porém, é uma boa solução. “A síndrome de ansiedade está ligada à falta de interação com humanos. Desse modo, ao comprar outro cachorro, estamos correndo o risco de termos dois cães ansiosos. É o pânico que gera a ansiedade e a depressão”, explica a adestradora Paula Emmert, que também é bióloga. Paula indica que os cães precisam fazer uma associação positiva com os instantes de solidão. “Devemos estimular o cão a criar esse link. Pode deixá-lo sozinho, mas sempre com algum brinquedo, algum ossinho. Isso tudo para o bicho gostar daquele momento”, afirma. É importante ressaltar, também, que a síndrome da ansiedade de separação não pode ser confundida com o tédio, que não é uma condição patológica. Possibilidades de tratamento O pet deve ser observado longamente antes de se fechar um diagnóstico de síndrome da ansiedade de separação. Quando o cão, de fato, tem a doença, o primeiro passo é procurar a ajuda de um adestrador. O profissional deve usar a técnica do contracondionamento para reeducar o animal. O tratamento deve ser em conjunto com o dono para um resultado positivo. É importante ressaltar que tudo deve ser feito sem punições. É um processo moroso. O cãozinho deve se readaptar à rotina. Se, ainda sim, não houver evolução, costuma-se tentar uma abordagem medicamentosa, sob orientação de um veterinário. Além disso, a mascote precisará de adestramento, ajuda, protocolo de treinamento, dessensibilização, enriquecimento ambiental e atividade física.