Onde os pets são bem-vindos

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da Revista do Correio

Para quem é grudado no pet, não há motivos para não sair de casa. Brasília oferece vários lugares em que os donos podem aproveitar para levar seus filhotes sem se preocupar.

Brasília é bonita demais nesta época do ano. Melhor ainda é poder curtir a cidade ao lado do melhor amigo. Não deixe seu cãozinho em casa, pois existem vários endereços pet friendly na capital — tanto ao ar livre quanto em ambientes fechados (com bom senso).

Loki e o adestrador de animais Renato Buani.foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

Sempre uma boa opção para passeios, as superquadras continuam com áreas verdes generosas. Nas comerciais, alguns bares permitem a presença de mascotes, desde que elas não causem incômodo aos clientes. Por isso, os donos geralmente se sentam em uma mesa mais afastada. Já em dias de calor, locais abertos e próximos ao Lago Paranoá são sucesso garantido.

Loki, o filhote de border collie do adestrador de animais Renato Buani, 26 anos, é um companheiro para toda hora. “Ando com ele em qualquer lugar e nunca tive problema”, conta. Amante de animais, Renato também trabalha com comportamento canino e explica que a solidão pode deixar os bichos muito tristes e gerar problemas, como depressão. “Por isso, gosto de levar os meus para passear sempre, para que eles tenham um estilo de vida diferenciado.”

O adestrador também dá algumas dicas para enfrentar o calorão. “É bom procurar locais perto do lago para que eles possam mergulhar e que tenham sombra”, recomenda. “E não esquecer de dar água”, complementa. Além disso, é importante que o dono procure passear com o pet em horários de sol moderado e não o deixe andar no asfalto, pois isso machuca as patinhas.

Endereços pet-friendly:

Parque da Cidade

Aos fins de semana, o Parque da Cidade é o destino de muitos brasilienses. Adultos, crianças e idosos, com ou sem bichos de estimação, usufruem das opções de lazer e esporte ali oferecidas. São 420 hectares de área, ou seja, não falta espaço para os bichos. A única restrição é o Parque Ana Lídia, aquele do Foguete, onde a entrada de animais é proibida.Com o objetivo de ampliar as opções de lazer animal, surgiu o Parcão. O espaço, localizado perto do Estacionamento 6, é dedicado exclusivamente a cachorros. Os donos podem soltar seus cães, mas devem tomar cuidado para que eles não avancem em ninguém. Existem regras de conduta, como não levar cadelas no cio.

Deck Norte

Conhecido também como calçadão da Asa Norte, é um ótimo lugar para passear com o pet. Os bichinhos podem nadar no lago e tomar água de coco para recuperar o fôlego.

Pontão do Lago Sul

O Pontão é uma ótima opção de lazer. É permitida a entrada  de animais de pequeno porte, mas é aconselhado que eles andem de guia. Cães de grande porte só podem entrar com focinheira e, obrigatoriamente, de guia. Os animais podem passear livremente nas áreas verdes, sendo proibido o acesso a bares e restaurantes.

Ermida Dom Bosco

Além de cartão-postal da cidade, a Ermida é outro point dos fins de semana. A barragem do parque Dom Bosco atrai candangos que levam seus cães para correr, brincar e mergulhar no lago.

Iguatemi Brasília

O passeio com o pet no shopping, debaixo do ar-condicionado, virou uma alternativa para fugir do calor. O centro comercial do Lago Norte permite a entrada de animais, com restrições. De segunda a sexta-feira, cães de pequeno porte podem circular de coleira. Nos fins de semana e nos feriados, os pets só podem entrar no colo dos donos ou em algum transporte apropriado. É proibida a entrada de animais de médio e grande portes. Cães-guias não têm restrições.

Casa Park

O Casa Park, que abriga diversas lojas de decoração, oferece um diferencial para quem quer passear com os animais de estimação. São os Carrinhos Pets, que comportam cães e gatos de pequeno porte, até 35cm. Com o carrinho, o dono pode passear com os filhotes pelo shopping, exceto na área de alimentação, nos banheiros e no cinema. O serviço é gratuito. Cães-guias têm acesso a todas as áreas.

Boulevard Shopping

No centro de compras, no fim da Asa Norte, é permitida a entrada de animais de estimação de pequeno porte. Eles têm acesso às dependências no colo do dono, mas não podem ir à praça de alimentação. Animais maiores não são permitidos, a não ser cães-guias.

Animais em vitrines e gaiolas tem venda e exposição proibidas por lei

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Começou a vigorar em todo o território nacional uma lei que estabelece a proibição da venda e exploração de animais em vitrines e gaiolas. As resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União. De acordo com a legislação, as lojas especializadas nos cuidados e na venda de animais de estimação terão que adequar os animais em um ambiente livre de exposição a barulhos, com acesso restrito para as pessoas, locais mais luminosos e também cada animal deverá ser adequado ao seu habitat natural.

“É o mínimo. É uma vida, não uma mercadoria. As leis poderiam ser até mais rígidas, exigindo que os animais disponibilizados nesses estabelecimentos sejam adquiridos de criadores idôneos, não de exploradores de matrizes”, disse a ativista da causa animal, Carol Zerbato. A norma nacional foi criada para todas as lojas especializadas, e também para os profissionais e veterinários. Caso não atendam essas regras, es estarão sujeitos a pagar uma multa e também punições administrativas.

fonte G1

Você está com calor? Imagine seu cachorro

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Por Gláucia Chaves

Arquivo/CB

Em tempos de altas temperaturas, cães e gatos sofrem mais que humanos. Segundo a veterinária Ana Paula Damião, do Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau, existem algumas alternativas para aliviar a agonia dos bichinhos:

– Evite passeios longos (especialmente se seu cão é de pequeno porte);

– Prefira caminhar em horários com temperaturas mais amenas, ou seja: até às 10h e/ou após às 17h;

– Evite expor o animal ao ar condicionado. Ainda que refresque, o aparelho pode causar gripe, bronquite e alergia. O mais indicado é deixar as janelas abertas, para o ar circular;

– Dê bastante água para o animal. Para dias extremamente quentes, vale oferecer até água de coco;

– Algumas frutas, como melancia e melão, são boas opções para dias de calor por terem muita água em sua composição, além de não representarem ameaça a saúde do pet;

– Evite secar o animal com secador, para não elevar a temperatura corporal. Cães de raças braquicefálicas (com o focinho “amassado”, como Buldogue Francês, Pug e Boxer) podem, inclusive, desenvolver sérios problemas respiratórios se em contato direto com o aparelho;

– Tose o pelo do animal. Os bichos sofrem com o calor e pelos longos não ajudam. Além de ser extremamente incômoda para o cão, a combinação clima quente e pelos longos pode favorecer o surgimento de dermatites;

– No calor, muitos animais comem menos durante o dia. Normalmente, porém, eles compensam durante a noite, em que as temperaturas estão mais agradáveis;

– Faça a troca da água com frequência e observe a quantidade de água ingerida pelo bichinho. A quantidade ideal varia de acordo com o peso: 50ml por quilo;

– Para estimular seu bichinho a se hidratar, acrescente algumas pedras de gelo ao pote de água. Para gatos, prefira os bebedouros estilo fonte;

– Ventilador, só de teto ou voltado para a parede, nunca para o animal. O aparelho pode ressecar a córnea do pet e, futuramente, transformar-se em uma úlcera;

– Muito calor pode causar hipertermia: condição em que a temperatura corporal do bicho aumenta excessivamente. Algumas consequências são convulsões, hemorragia interna, prostração, parada cardíaca e morte.

Já se perguntou como encontrar um par perfeito para a sua mascote? Aplicativos e sites na internet podem ajudar

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“Match” dos pets

Com opções limitadas na “natureza”, os animais domésticos precisam da ajuda dos donos para encontrar pretendentes e se acasalar. Foi pensando nisso que surgiram alternativas criativas, além do tradicional cartaz na parede do petshop — são sites e aplicativos de classificados amorosos, muito parecidos com os equivalentes humanos. Basicamente, essas ferramentas reúnem informações do físico do animal e as divulgam. O aplicativo DogDate, por exemplo, funciona como um Tinder para cães. O dono se inscreve e pode cadastrar seus cachorros, adicionando informações como raça, cor, tamanho e sexo do animal. Além do mais, o aplicativo mostra no mapa os usuários que estão próximos, e o dono pode interagir e mandar mensagens para marcar um encontro.

Mario Gomes da Silva, postou fotos do seu cachorro Ted, em um site de acasalamento.

Foto Zuleika de Souza /CB/DA Press

O autônomo Ricardo Melo Luz, 32 anos, teve a ideia de criar o DogDate quando buscava uma parceira para o Homer, seu buldogue campeiro. Como a raça é bastante rara, a tarefa não era fácil. “Originalmente, (o aplicativo) era para a cruza, mas também coloquei a opção ‘adotar’ — para ajudar cachorros abandonados”, conta. O criador do app pretende expandir as funções. “Vamos colocar informações pertinentes para quem já tem pet, como petshops próximos, lugares para passear etc. O objetivo é que o aplicativo não seja só uma rede social, mas que preste um serviço”, explica Ricardo Luz. Hoje, o app está disponível apenas na Apple Store e conta com mais de 5 mil usuários no Brasil. No momento, Ricardo e o sócio estão desenvolvendo uma versão para Android. O gerente de projetos Mário Gomes de Souza, 51 anos, tem dois cachorros da raça poodle, Costela e Ted. Ele conta que um dia leu na internet um texto sobre o aplicativo DogDate e resolveu inscrever suas mascotes — elas estão cadastradas há 4 meses e, até agora, nada. Na opinião do gerente, o que falta é publicidade. “Quando vi, achei a ideia muito boa, mas como é muito mal divulgado, o aplicativo tem poucos usuários”, comenta. Além de aplicativos para celular, existem os sites de relacionamento na web, com o objetivo de ajudar os donos a encontrarem parceiros para os pets. O umparpromeupet.com.br, por exemplo, surgiu há um ano e já conta com 1.500 usuários por mês, segundo os criadores. O empresário Luis Antonio Cliento, 44 anos, conta que o site surgiu da dificuldade encontrada para cruzar seu pet. “Por ser uma raça bem específica, a west highland white terrier, era difícil encontrar um cachorro de boa procedência”, explica. “Então resolvi fazer um site para que as pessoas pudessem cadastrar seu animal e achar outro de boa raça e porte.” O site funciona de maneira simples: o dono cadastra seu animal com todas as características e, assim que outro animal com as mesmas características entrar, ele vai para uma lista para que possam se comunicar. O serviço é grátis. O site, hoje, só funciona com o objetivo de arranjar parceiros para cruza, porém, Luis conta que já uniu casais de humanos, apaixonados por cachorros. O veterinário Márcio Tormin Mollo, 30 anos, diz que outra alternativa para os donos é fazer anúncios em grandes sites de venda, como o Mercado Livre e OLX. Além disso, existem grupos no Facebook divididos pelas raças, onde os donos procuram parceiros. A recomendação do veterinário é que o dono procure um animal da mesma raça que o seu e, se for possível, do mesmo tamanho. “O problema de cruzar cães da tamanhos diferente é a hora do parto. A cadela não vai conseguir fazer o parto natural, vai precisar de cesárea”, adverte. Márcio também comenta que a idade fértil dos pets pode variar. Cães de pequeno porte tendem a ser sexualmente ativos por mais tempo do que os grandões. Por fim, para quem tem menos afinidade com a tecnologia, ainda existe o jeito tradicional de encontrar um parceiro para o pet: muitos petshops da cidade fazem anúncios amorosos de animais e donos interessados numa linda ninhada.

Se o objetivo for adoção

* O BarkBuddy é um aplicativo para celular ainda mais semelhante ao Tinder: os animais aparecem como em um catálogo, com nome e foto, e os usuários podem curtir (dar like) ou descartar, e ir para o próximo cadastro. No entanto, o objetivo é diferente. O BarkBuddy ajuda cães abandonados a encontrar um dono. O usuário, a partir das fotos e do perfil do animal, pode escolher um filhote para levar pra casa. Por enquanto, o aplicativo só funciona nos Estados Unidos e no Canadá, mas a empresa tem página no Facebook e perfil no Instagram, que reúnem apaixonados por pets de todo o mundo. Agradecimentos: DogDate, Umparpromeupet e 4 patas Pet Shop

Eles não querem ficar sozinhos

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da Revista do Correio,

Por vezes, os cães sentem tanta falta do dono que desenvolvem a síndrome da ansiedade de separação

                      Paula adotou um cão maltratado que tem medo de ficar só.                                   (Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press)

Deixar o pet sozinho em casa sempre dá um aperto no coração. É normal os bichos sentirem falta do dono, mas, às vezes, a carência extrapola e vira a chamada síndrome da ansiedade de separação. O transtorno ocorre quando a mascote se encontra em situação de isolamento e encara isso de forma negativa. Podemos dizer que é uma forma de pânico, cujas manifestações são variadas. Por isso, fique atento se o totó mudar de temperamento e destruir objetos, defecar em locais inadequados ou se automutilar. De um modo geral, a síndrome é reflexo da dependência extrema dos pets, que ficam desesperados quando se veem sem companhia. Em alguns casos, eles tentam até romper portas e janelas, o que é perigoso. “Por isso, são mais comuns ataques de cães perto desses locais, que são chamados de ‘rotas de fuga’”, explica a veterinária Joana Barros. Quando o nível de estresse é alto, eles também latem muito, como se fosse um pedido de socorro. Não se trata apenas de pirraça ou vingança do animal. “O dono tende a acreditar que é birra, mas não é. Os pets com a síndrome ficam ansiosos, depressivos e deixam de ter hábitos saudáveis. A depressão vem acompanhada da falta de atividade física”, afirma a veterinária. Um dos prováveis motivos para o animal desenvolver a doença é o excesso de mimos por parte dos donos. “Mimar demais atrapalha. O animal que acompanha por todos os lados da casa, por exemplo, se apega demais e sofre com a partida depois”, diz Joana Barros. “O cachorro é um bicho muito social. Ele tem uma dependência familiar acima da média dos outros animais”, explica o comportamentalista canino Renato Buani. De acordo com o especialista, deve-se evitar chamar a atenção do cachorro nas ocasiões de saída ou de chegada. “Nada de fazer uma apreciação maior do que deveria. Assim, o cachorro superestima aquele momento”, afirma. Para o adestrador, o correto é esperar o cão se acalmar e, só depois, cumprimentá-lo, sem muita festinha. Não existe raça com pré-disposição para a doença, porém, os cães pequenos, que costumam ficar dentro de casa e sempre na companhia de alguém, estão mais vulneráveis. Bichos que são resgatados da rua também podem ter muita dependência dos novos tutores. Esses cães criam um vínculo muito forte com a nova família e sentem medo de serem abandonados novamente. Esse é o caso de Doug, um cãozinho sem raça definida de 4 anos. Há 4 meses, ele chegou à casa da professora Paula Americano, 49 anos. Muito machucado e doente, o vira-lata se afeiçoou muito ao novo lar. “Ele apareceu na varanda daqui de casa mais morto do que vivo. Muito magro, cheio de bichos, quase sem pelos. Eu achei que ele estava morrendo e o resgatei. Dei banho, levei para o veterinário e cuidei dele. Durante esse tempo, a gente se apegou muito”, conta a professora. De uns tempos para cá, Doug tem apresentado os sintomas da síndrome. “Mesmo passeando com ele diariamente, Doug sofre quando eu saio e fica muito estressado”, afirma a professora. Em breve, o pet entrará em tratamento para superar a doença. O tratamento consistirá em sessões de contracondicionamento e exercícios para que o cão fique mais independente (por exemplo, simulações de chegadas e despedidas). Na casa, moram outros dois cachorros, que não desenvolveram sintomas da síndrome.

Atitudes de prevenção Prevenção é sempre o melhor remédio. O cão, ainda filhote, deve ser inserido em uma rotina. Deve-se proporcionar o “enriquecimento ambiental”, ou seja, um local interativo, com muitos brinquedos, ossos e petiscos. “Esses elementos são usados para deixar o ambiente estimulante. O cachorro deve encarar a solidão como algo positivo. Devemos fazer com que ele aprenda a tolerar a solidão quando ainda é novinho”, explica a adestradora Paula Emmert. Ainda de acordo com Emmert, são três pontos básicos para prevenir o animal: adestramento, enriquecimento ambiental e atividade física. Não há evidências que a síndrome em si possa levar o animal à morte. Mas, as consequências da doença podem ser graves. O cachorro pode ficar estressado a ponto de derrubar objetos e tentar atravessar janelas. A dica é procurar um treinador com uma metodologia positiva. Atitude preventiva é sempre louvável. Portanto, se perceber algo estranho no comportamento do melhor amigo, procure ajuda de um profissional.

Dois é melhor que um. Será?

Cães são animais puramente sociais. Realmente, a interação com outro cachorro pode ser benéfica e entreter ambos os bichos. Ao perceber a tristeza e a dependência do cachorro, muitos apostam em comprar outro para fazer companhia. Nem sempre, porém, é uma boa solução. “A síndrome de ansiedade está ligada à falta de interação com humanos. Desse modo, ao comprar outro cachorro, estamos correndo o risco de termos dois cães ansiosos. É o pânico que gera a ansiedade e a depressão”, explica a adestradora Paula Emmert, que também é bióloga. Paula indica que os cães precisam fazer uma associação positiva com os instantes de solidão. “Devemos estimular o cão a criar esse link. Pode deixá-lo sozinho, mas sempre com algum brinquedo, algum ossinho. Isso tudo para o bicho gostar daquele momento”, afirma. É importante ressaltar, também, que a síndrome da ansiedade de separação não pode ser confundida com o tédio, que não é uma condição patológica. Possibilidades de tratamento O pet deve ser observado longamente antes de se fechar um diagnóstico de síndrome da ansiedade de separação. Quando o cão, de fato, tem a doença, o primeiro passo é procurar a ajuda de um adestrador. O profissional deve usar a técnica do contracondionamento para reeducar o animal. O tratamento deve ser em conjunto com o dono para um resultado positivo. É importante ressaltar que tudo deve ser feito sem punições. É um processo moroso. O cãozinho deve se readaptar à rotina. Se, ainda sim, não houver evolução, costuma-se tentar uma abordagem medicamentosa, sob orientação de um veterinário. Além disso, a mascote precisará de adestramento, ajuda, protocolo de treinamento, dessensibilização, enriquecimento ambiental e atividade física.

Resgate animal

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da Revista do Correio

Viu um pet abandonado e quer ajudar? Saiba como agir para garantir a sua segurança e a da mascote.

Quais os cuidados que devemos ter na hora de resgatar animais na rua? É melhor agir ou esperar socorro? O que fazer depois de resgatar o animal? Alguns cuidados são necessários, mas não existem muitos segredos

Mariana Letti e Tiago resgataram dois cães em Sobradinho.

foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

Quando vemos um animal abandonado na rua, a intenção de muitos é resgatar. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados antes de agir. Muitos bichos que estão nessa situação já passaram por algum trauma — foram abandonados ou estão há muitos dias sem água e comida ou ainda podem ter sofrido um acidente. Por isso, é necessário cautela. Qualquer um, porém, pode fazer o resgate, desde que fique atento a alguns detalhes, como o uso de luvas e equipamentos de proteção para não se machucar nem o animal que está sendo ajudado.

Logo depois, é preciso levar o pet a um veterinário para realizar exames. Mesmo que pareça ileso, ele pode estar com hemorragias ou outros problemas que só serão descobertos em uma consulta médica. A taxidermista Eliane Zanetti, dona de um abrigo de animais há oito anos, explica que pets encurralados podem machucar as pessoas. “Eles vão tentar se defender e, por isso, é preciso ter equipamento para o resgate.” Eliane recomenda o uso de luvas para evitar mordidas de cachorros e arranhões de gatos.

De acordo com a administradora Daniela Nardelli, 42 anos, o essencial na hora de resgatar é ter atitude. Afinal, a decisão de ajudar o animal vai ser a diferença entre a vida e a morte dele. Ela ressalta que qualquer pessoa pode resgatar, o importante é não esperar muito. “Nós, que somos protetores de animais, temos também uma vida comum. Temos família, trabalho, mas disponibilizamos um pouco do nosso tempo para fazer o mundo um pouco melhor.”

Daniela e um grupo de amigas fazem parte de uma ONG que resgata animais na rua, cuida e os prepara para adoção. Os bichos resgatados passam por um período de observação de 21 dias, depois são vacinados e castrados para participarem da feira de adoção. Mas a chácara que recebe os animais não funciona como um abrigo. Daniela explica que o principal problema é a superlotação.

A professora Mariana Letti, 32 anos, tem, em casa, dois cães, que foram resgatados, além de um gato, que adotou em uma feira, e uma cadela schipperke, que ganhou de presente. O primeiro animal, ela teve que comprar para salvá-lo, pois ele estava muito doente e à venda em uma feira. O segundo, ela encontrou na rua e também pegou para cuidar. No segundo caso, Mariana conta que fez campanha nas redes sociais e colou cartazes na cidade, pois achava que o animal tinha um dono. No entanto, depois de seis meses, ela ficou com a mascote. “Eu não tinha a intenção de ficar com eles no início, mas, depois de cuidar e me apegar, não consegui doar mais.” A professora conta que, nas duas ocasiões, não tinha conhecimento de como resgatar animais e fez tudo com a intuição.

O funcionário da Embaixada da Bélgica Marcelo Cataldi, 31 anos, está com um gato em casa para adoção. Ele e a mulher resgataram o animal depois de vê-lo chorando do lado de fora de um supermercado na Asa Norte. Ele levou o bichano para o veterinário, arcou com os custos e, agora, está à procura de alguém para adotá-lo. “Já tenho dois gatos em casa, por isso não posso ficar com ele”, explica. Marcelo fez campanha na internet, mas ainda não encontrou um lar para o felino.

Nesses casos, Daniela Nardelli recomenda que as pessoas mobilizem os grupos de amigos e os familiares para que eles façam doações e paguem custos de tratamento, além de arranjar um lar provisório para o animal. “As redes sociais também ajudam muito”, destaca.

Em casos de resgate de filhotes, a atenção deve ser redobrada. Eliane Zanatti comenta que as mães se tornam mais perigosas porque querem defender suas crias. “Elas não entendem que estão sendo resgatadas”, explica. Por isso, é recomendado usar uma caixa para colocar os filhotes e deixar que a mãe chegue para amamentá-los.

“Nós que somos protetores de animais temos também uma vida comum. Temos família, trabalho, mas disponibilizamos um pouco do nosso tempo para fazer o mundo um pouco melhor.”

Daniela Nardelli, administradora

Seu bichinho perde muito pelo?

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da Revista Encontro Brasília

Entenda a diferença entre as raças, e os cuidados que se deve ter ao dar banho em cães e gatos, para evitar problemas de pele

A queda de pelos é algo natural em animais domésticos e a intensidade pode variar de acordo com fatores ambientais, como temperatura, e a raça do pet. É a forma que o organismo do animal encontrou de eliminar os pelos danificados e deixar que novos cresçam no lugar. É necessário, porém, que o dono fique atento à queda intensa e possíveis alterações na pele do bichinho, sinais de que há algo errado com a saúde física ou emocional dele.   “A perda anormal de pelos em cães e gatos pode ser ocasionada por vários fatores, como algum processo alérgico, infecção por bactérias ou fungos, presença de parasitas [pulgas e carrapatos], sarna, estresse, má alimentação, doenças endócrinas ou imunológicas e o uso de alguns medicamentos. Por isso, é importante a investigação por um especialista”, explica a médica veterinária Érica Tamagusku. Ela ainda lembra que fêmeas no pós-parto também podem apresentar queda excessiva de pelos, pois as energias são concentradas para a amamentação de seus filhotes, fazendo com que sua pelagem fique fraca.

Já a irritação da pele do animal, incluindo vermelhidão e coceiras, inchaços, manchas, descamação, feridas, tufos de pelos que saem facilmente e falhas na pelagem são alguns dos principais sinais de que a queda de pelos precisa ser investigada. Mas também é possível prevenir o problema tomando algumas medidas simples para manter a saúde da pele do animal.

“Banhos e tosas frequentes com produtos de qualidade, escovação diária, banho moderado de sol e alimentação balanceada com todos os nutrientes que o organismo do animal necessita, são algumas das medidas para manter saudável a pele do pet e, consequentemente, evitar a queda anormal de pelos”, adverte a especialista.

Confira abaixo algumas dicas para o banho de seu cão ou gato: – Normalmente os gatos são mais limpos, fazem a higiene do pelo todos os dias, e um banho por mês pode ser suficiente, mas a retirada dos pelos mortos deve ser feita com escovação diária. Já os cães podem tomar banhos semanalmente ou a cada 15 dias. Depende de quanto se sujam ou do tipo de pelagem. Cães com problemas de pele como seborreia ou piodermites podem até tomar dois banhos por semana de acordo com a orientação do médico veterinário

– Para o banho, recomenda-se água morna e o animal deve ser seco com um secador ou uma toalha. Antes de iniciar o banho, deve-se colocar algodão nos ouvidos do bichinho, para evitar entrada de água, mas com o cuidado, para ficar difícil de se retirar depois. Lave o animal da cabeça para a cauda, tomando cuidado especial com os olhos e ouvidos

– Em animais sem problemas de pele, uso xampu neutro de uso veterinário, ou então um sabonete neutro. Já cães e gatos com seborreia, piodermite, sarna, o xampu deve ser prescrito pelo especialista, assim como a frequência dos banhos

– Inicie a secagem com uma toalha, enxugando bem a cabeça e orelhas, retirando então o algodão dos ouvidos e, depois, seque o corpo. O uso ou não do secador vai depender do tipo de pelagem e da temperatura ambiente. Animais de pelo longo ou denso exigem o uso do aparelho. Em dias mais quentes, evite o uso de secadores, ou use no modo ventilação

– Os olhos devem ser limpos com algodão e água, passando levemente sobre as pálpebras, do fucinho em direção às laterais dos olhos. Os ouvidos devem ser limpos com algodão seco, enrolado no dedo, e limpando somente até onde se alcança. O uso de cotonetes deve ser evitado. Caso os ouvidos tenham muita cera, sensibilidade exagerada, desconforto, coceira ou odor estranho, é preciso levar o animal ao veterinário

– Filhotes saudáveis podem começar a tomar banho a partir de 40 dias de vida

Fonte: Blog Petcare