CBPFOT281020173892 27/10/2017 Crédito: Ana Carneiro/Esp. CB/D.A Press.

Conheça as delícias servidas no restaurante Mandaka, em Taguatinga

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Mandacaru é um cacto típico de região de clima semiárido, como o Nordeste, e “quando flora na seca é sinal de que a chuva chega no sertão…” diz o verso de Zé Dantas na melodia de Luiz Gonzaga, imortalizados no Xote das meninas. A canção serviu de inspiração ao casal Rui e Cléa Lucena que, na década de 1980, abriu restaurante de nome Mandacaru, primeiro na 408 Sul depois na QI 9 do Lago Sul.

Nas duas casas cresceram os quatro filhos de Rui e Cléa — Hudson, Anderson, Hugo e Thiago — sendo o caçula “o mais irrequieto e conversador”, lembra a mãe. Ainda menino, Thiago ganhou na escola o apelido tirado do nome do restaurante — Mandaca. Quando decidiu enveredar no ramo abraçado pela família (o tio Rubinho é dono do Xique Xique), Thiago não pensou outra coisa a não ser identificar a casa com o próprio apelido. Assim nasceu o Mandaka, no Pistão Sul em Taguatinga.

Padrão steak

Aberto há quase cinco anos, o Mandaka ocupa um espaço nobre, onde cabem até 400 pessoas. Fiel à origem nordestina, a casa começou servindo carne de sol no estilo tradicional. “Percebi que os clientes não gostavam muito do corte em fatias, esfriava muito depressa enquanto bebericavam um chope durante refeição relaxante”, relembra Thiago. Em 2016, o restaurateur viajou para Miami e Orlando e visitou diversas steak houses americanas. Lá, viu que a carne oferecida em peça por gramatura “poderia ter mais sucesso”.

Na volta, Thiago contratou um especialista em carnes e passaram a testar outro procedimento para obter carne de sol, que dura sete dias e tem início com desidratação, limpeza, maturação e, por último, o corte do coxão mole em pedaços de 350g a 400g. Feita na parrilla, deu muito certo, festeja o restaurateur. “Se antes eu vendia 100 quilos de carne por semana, passei a vender mil, ou seja, uma tonelada”, revela eufórico.

Nada igual

O cardápio é extenso com muitas opções, sendo destaque o Mandaka em Família, que serve de três a quatro pessoas com guarnição completa: arroz de leite nordestino, feijão-verde com nata e cubos de queijo coalho do Seridó, macaxeira frita, paçoca, manteiga do sertão e cheiro-verde, além da carne de sol no estilo Caicó de 700g. Sai por R$ 139.

“Você começa pelo queijo manteiga assado na chapa, que vem com a crosta queimadinha e derretido por dentro, acompanhado de melaço e geleia”, sugere o gerente executivo Otavio Basso (ex-Paradiso), para quem o estabelecimento “era uma casa diferente que servia comida semelhante a de outras; agora, porém, é uma casa diferente, cuja comida também se diferencia”, sentencia ele.

Já a carne de sol tradicional no mesmo padrão steak vem com arroz branco, feijão-de-corda, macaxeira cozida, paçoca, manteiga do sertão (na garrafa) e cheiro-verde.

Tributo à família

Créditos: Henrique Ferreira/Divulgação. Sobremesa Kaiokikique, no restaurante Madaka.
Créditos: Henrique Ferreira/Divulgação. Sobremesa Kaiokikique, no restaurante Mandaka.

Praticamente toda a família foi homenageada no menu. Desde o pai Rui Lucena (falecido há um ano), que nomeia torradas de pão artesanal cobertas com carne suína assada e desfiada, com toque de molho barbecue e gratinadas com queijo coalho, até a mãe, Cléa, nos dadinhos fritos de tapioca com queijo coalho. Passa pelos dois filhos Thomas e Caio Henrique — o primeiro, num prato kids com ovo frito e, o segundo, numa combinação de sorvete com brigadeiro e morangos chamada Kaiokikique, como o menino se apresentava. É uma ótima sugestão nesse Dia das Crianças.

A mulher, Letícia, emprestou seu talento ao cardápio, que batizou cocada da Lelê, o doce de coco quente com queijo coalho servido com sorvete de creme e finalizado com geleia de maracujá. Não dá para não experimentar nem que seja um bocado. O Mandaka funciona todos os dias: de segunda a quinta, das 16h à 0h; sexta e sábado, 11h30 à 1h, e domingo, das 11h30 às 23h. Telefone: 3967-6060.