Romance sobre mundo corporativo faz retrato da classe média brasileira

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Normalmente, o escritor Marcelo Ferroni é um pessimista cético. Mas houve um momento, entre 2013 e 2014, em que foi ingênuo e acreditou em, digamos, um futuro digno para o Brasil. Era véspera de Copa e Olimpíadas e o Rio de Janeiro parecia caminhar para um estado de mudança positivo. Durou pouco. O desencanto voltou e ele tem um reflexo imediato em O fogo na floresta, terceiro romance do autor, um desses livros que é difícil largar uma vez iniciado. E ele trata justamente do vazio instalado na classe média brasileira, de sua decadência e voracidade, da vontade de obter mais a qualquer custo.