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Rio vence 1º jogo da final e se aproxima do 13º título da Superliga

Publicado em Vôlei

O Rio de Janeiro deu um passo importante para perpetuar a hegemonia que conquistou na Superliga feminina e se mantém há cinco anos. Mesmo diante das muitas lesões que o elenco sofreu na temporada, o time comandado por Bernardinho venceu o primeiro jogo da final contra o Praia Clube por 3 sets a 1 (26/24, 25/19, 22/25 e 25/17), neste domingo (15/4), na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro.

No caminho para conquistar o 13º título, o time carioca terá o segundo e último jogo da final contra o Praia Clube, que busca consolidar a ascensão da equipe de maior investimento da competição com o título inédito da Superliga. Para isso, o técnico Paulo Coco terá de ajustar o sistema de defesa do time mineiro. O campeão será decidido no próximo domingo (22/4), às 9h10, desta vez, em Uberlândia. Em caso de vitória do time mineiro, o desempate será no super set, que será disputado logo após o jogo.

Gabi foi uma das atletas do Rio que teve de se recuperar de lesão / Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV
Gabi foi uma das atletas do Rio que teve que se recuperar de lesão | Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV

O local onde começou a final já conta com um clima todo especial, afinal foi o palco dos jogos de basquete e rugby em cadeira de rodas nas Olimpíadas e Paralimpíadas disputadas no Brasil, em 2016. Neste domingo, o local voltou a viver dia de gala. A campeã olímpica Tandara, atleta do Osasco, marcou presença nas arquibancadas, assim como o técnico Anderson Rodrigues e tantos outros personagens do vôlei brasileiro, que estavam espalhados pela arena para assistir à partida.

O jogo começou com o Praia Clube mostrando por que foi o melhor time da primeira fase do torneio nacional. O Rio, por sua vez, se superou como durante toda a competição, em que teve de lidar com varias jogadoras lesionadas. Sobrou até para o técnico Bernardinho, que comandou o time com uma tipoia no braço direito e aparentou estar mais calmo do que de costume na beira da quadra. A equipe carioca correu atrás do placar e, ainda no primeiro set, fechou na frente por disputados 26 x 24.

Com o apoio da torcida, que lotou as arquibancadas, o Rio seguiu o embalo na parcial seguinte em que o time de Uberlândia se perdeu em quadra. O saque forçado da norte-americana Nicole Fawcett, oposta do Praia, não entrou. O placar chegou a marcar oito pontos de diferença. Aos poucos, o técnico Paulo Coco acalmou o elenco mineiro, que deu emoção no fim da parcial. Embora a recuperação não tenha sido suficiente para impedir o clube carioca de ampliar a vantagem — desta vez ganhou o set por 25 x 19 —, o Praia Clube se ajustou no fim do set.

Na terceira parcial, o time mineiro começou na frente e a equipe de Bernardinho, novamente, correu atrás do prejuízo. O jogo voltou a ser disputado ponto a ponto, como no primeiro set. O Rio chegou a virar em 18 x 17. Carla entrou no lugar da Amanda, no Praia, e as equipes se revezaram na frente do placar até as mineiras levarem a melhor e fecharem em 25 x 22.

O resultado colocou o Praia de volta no jogo. O equilíbrio em quadra fez as torcidas entrarem em ação. Do lado carioca, os torcedores gritavam de forma sincronizada para sacar na Carla, uma forma de pegar no pé da ponteira do Praia Clube. Do outro lado, os fãs mineiro responderam pedindo para que o saque fosse em cima de Drussyla, eleita a melhor da partida. A bicampeã olímpica Fabiana, então, fez um ace, após saque que tocou na rede antes de pingar na quadra do Rio e colocou fim às implicâncias em coro de uma torcida com a outra.

Quando o Rio parecia sentir a reação do Praia, Bernardinho pediu tempo e acalmou o elenco, que disparou no placar até fechar em 25 x 17. Nem os pedidos de tempo de Paulo Coco conseguiram reorganizar o Praia, que terá de vencer o segundo jogo da final, em Uberlândia, no próximo domingo, para obrigar a decisão no set de desempate.

Drussyla (dir) foi eleita a melhor do jogo / Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV
Drussyla (direita) foi eleita a melhor do jogo | Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV

Avaliações dos treinadores sobre a primeira final

Bernardinho, técnico do Rio de Janeiro: “É o primeiro jogo e é importante que a gente não comemore mais do que o devido, que mantenha o foco. Gostei de ver a Gabi jogar em alto nível, ela que sofreu a temporada inteira, a Roberta muito bem, o time todo jogou muito bem”.

Paulo Coco, treinador do Praia Clube: “O Rio deu um passo muito importante, a primeira vitória é muito significativa, mas temos a oportunidade de jogar em casa buscar o campeonato que ainda está aberto. Ficou mais difícil, mas vamos buscar. Sabemos que o time deles tem um grande volume de jogo e precisamos igualar para nosso ataque e bloqueio poder levar vantagem”.

One thought on “Rio vence 1º jogo da final e se aproxima do 13º título da Superliga

  1. Teoricamente, o time do Bernardo é melhor. Na prática, no primeiro jogo, isso se confirmou. Gabizinha jogou em altíssimo nível, virando a imensa maioria das bolas que recebeu. As centrais também tiveram ótima atuação, com destaque para Mayhara no bloqueio. Roberta também atuou em nível excelente, assim como a oposto Michele. Foi uma exibição difícil de ser repetida. Em Uberlândia, vamos torcer para que Fê Garay tenha um dia iluminado. Domingo passado vimos uma das piores atuações da excelente ponteira. O Praia acabou inibindo-se com a sucessão de erros de seu time e, quando atacava, o fazia timidamente, proporcionando defesas tranquilas. O saque não entrou. Sacaram muito na Fabi, o que equivale a proporcionar ataques fulminantes, já que o passe da líbero carioca é ainda um dos melhores do mundo, sem falar em suas defesas quase sempre na mão da levantadora. Em resumo, se o Praia não melhorar muitíssimo o seu jogo (saque e passe, principalmente) corre o risco de perder no “primeiro turno”.

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