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Rafaela Silva Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Onde estão as medalhistas olímpicas da Rio-2016?

Publicado em Olimpíadas

Há um ano, o Brasil era a casa do maior evento esportivo do mundo. A meta do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de ficar em 10º lugar no ranking geral de medalhas não foi alcançada, mas o resultado merece ser celebrado. O país alcançou, em casa, a melhor campanha em Olimpíadas: 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. Apenas cinco delas pertencem às mulheres. Após um ano, o blog fez um levantamento para ver por onde andam as mulheres que subiram no pódio em solo brasileiro na Rio-2016.

Rafaela Silva – ouro no judô (-67kg)

O primeiro ouro do Brasil nos Jogos do Rio pertence a uma mulher. A conquista de Rafaela Silva na categoria até 57kg no judô foi marcada pela emoção no final da luta. Atualmente, Rafaela ocupa o segundo lugar do ranking mundial, atrás apenas da adversária que derrotou na final olímpica, Sumiya Dorjsuren, da Mongólia. Em março deste ano, Rafaela conquistou o resultado mais expressivo desde a Rio-2016. A lutadora foi prata no Grand Prix de Tbilisi, na Geórgia. O Campeonato Mundial de Judô, principal disputa da temporada, acontece no fim deste mês, em Budapeste.

Pelo Facebook, Rafaela publicou um texto relembrando o dia da conquista no Rio de Janeiro. A carioca lembrou que antes do ouro olímpico passou por momentos difíceis de racismo após a Olimpíada de 2012, em Londres. “Fiquei três meses sem praticar o esporte que amo e cheguei a pensar em largá-lo”, relembra. No texto, Rafaela agradece o apoio e conta que por trás de uma medalha há a ajuda de muitas pessoas. “Sou muito grata a cada segundo que dedicaram do trabalho e da vida de vocês para fazer esse sonho se tornar realidade”, completa.

Mayra Aguiar – bronze no judô (-78kg)

Outra medalhista brasileira na Rio-2016 também é judoca. Mayra Aguiar garantiu o terceiro lugar no pódio na categoria até 78 quilos quando superou a cubana Yalennis Castillo. Mayra repetiu o resultado de Londres-2012. Sem competir desde o fim dos Jogos Olímpicos no Rio, a judoca conquistou o ouro no Grand Prix de Cancun, em junho. Mayra disputa o Mundial no fim deste mês, em Budapeste.

Poliana Okimoto – bronze na maratona aquática

Na terceira olimpíada da carreira, Poliana finalmente conquistou a medalha esperada na Rio-2016. Com o bronze na maratona aquática nos Jogos do Rio, ela se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de natação. Após ficar de fora do Mundial deste ano, em Budapeste, a nadadora trocou o mar pela piscina. Poliana compete esta semana no Troféu José Finkel e já conquistou o ouro nos 1500 m livres e a prata nos 400 m livre na quarta-feira (09/8). A paulista ainda nada a prova de 800m livre. Em maio, no troféu Maria Lenk, Poliana subiu no pódio das mesmas provas.

Ágatha e Bárbara – prata no vôlei de praia

A dupla que garantiu uma prata no vôlei de praia chegou ao fim logo depois dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Depois do fim da parceria, Bárbara se juntou a Fernanda Berti e Ágatha se uniu a Carol Solberg provisoriamente, já que em 2017 formaria dupla com Duda. Enquanto Bárbara e Fernanda foram campeãs do Circuito Mundial em Xiamen, na China, Ágatha venceu ao lado de Duda a etapa do Rio de Janeiro e também conquistou o bronze na etapa russa, em Moscou.

No Mundial da modalidade em Viena, na Áustria, ambas as duplas não conseguiram subir no pódio. No ranking mundial, a dupla de Ágatha está em quarto, enquanto Bárbara e Fernanda estão no sexto lugar.

Martine Grael e Kahena Kunze – ouro na vela (classe 49erFX)

O outro ouro feminino do Brasil veio com uma modalidade que o país tem tradição de ganhar medalhas: a vela. Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram o primeiro lugar na classe 49erFX. Após um ano, a maré de conquistas continua cheia. As brasileiras foram campeãs em todas as regatas disputadas este ano. Em abril, as meninas alcançaram o título da mesma classe na Copa do Mundo de Hyères, na França.

O próximo passo é se preparar para o Mundial de 49erFX, em Portugal, que começa no fim deste mês. A filha do medalhista olímpico Torben Grael, Martine, também vai encarar um novo desafio na carreira. Será a primeira mulher brasileira a disputar a Volvo Ocean Race, regata de vela oceânica de volta ao mundo. A campeã olímpica vai integrar a equipe holandesa AkzoNobel. A parceria com Kahena será mantida.

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