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FOR-CANADIAN-F1-GRAND-PRIX Peter Fox/AFP

Após exclusão de “grid girls”, F1 anuncia presença de crianças no grid em 2018

Publicado em Automobilismo

Depois de confirmar o fim das “grid girls” nas corridas de Fórmula 1 na última semana, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta segunda-feira (05/2) que crianças substituirão as modelos nos minutos antes da largada das corridas. As crianças selecionadas terão a chance de se aproximar e acompanhar a preparação dos pilotos da F1 antes da prova.

As crianças que acompanharão os pilotos, chamadas de “grid kids”, serão selecionadas através das federações por mérito ou sorteio. Além disso, elas precisam já competir em karts ou na categoria junior. Os familiares dos jovens escolhidos receberão ingressos para acompanhar a corrida. A FIA pretende aplicar a ideia nas categorias de F2 e GP3.

O diretor comercial da Fórmula 1, Sean Bratches, ressaltou a importância da escolha por jovens. “Este será um momento extraordinário para esses jovens. Imagine estar ao lado do seu herói, enquanto ele se prepara para correr por alguns preciosos minutos. Será uma experiência inesquecível para eles e para suas famílias”, afirma.

Para o presidente da federação internacional, Jean Todt, o sentimento é de orgulho. “Ficamos orgulhosos por trazer esse sonho um pouco mais para perto desses futuros campeões, dando a oportunidade de ficar perto dos heróis no grid de largada”, avalia.

Grid girls criticam exclusão

O anúncio da exclusão das grid girls das corridas de Fórmula 1 na temporada de 2018 gerou polêmica nas redes sociais. O debate chegou até as modelos que atuam ou já atuaram no grid da F1. Muitas delas se manifestaram contra a decisão pelo Twitter.

Rebecca Cooper já foi grid girl por cinco vezes e criticou a decisão. “É ridículo que as mulheres que dizem estarem “lutando pelos direitos das mulheres”, estão dizendo o que se pode ou não fazer, nos impedindo de realizar um trabalho que amamos e temos orgulho de fazer”, reclamou.

Lucy Stokes, outra modelo que já atuou como grid girl, reclamou do julgamento. “Eu amo meu trabalho. Sou respeitada, bem paga e orgulhosa de representar o time para o qual trabalho. Não é certo que ninguém, incluindo feministas, julgue nosso trabalho quando estão deixando tantas mulheres sem emprego. Onde está a igualdade e o empoderamento nesse caso?” protestou.

O início do próximo campeonato da Fórmula 1 está previsto para começar em 25 de março, com a realização do GP da Austrália.

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