Presença de 3 clubes da Venezuela nos grupos da Libertadores mostra evolução no país que não desiste do sonho da Copa do Mundo

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Alguma coisa acontece no futebol venezuelano. A passos de tartaruga, mas acontece. Pela primeira vez, desde 2004, o patinho feio da América do Sul tem três clubes classificados para a fase de grupos da Copa Libertadores. Na Pré-Libertadores, o Deportivo Táchira eliminou de forma histórica o tradicional Cerro Porteño, do Paraguai. Assim, representará o país ao lado do Zamora e do Mineros — um dos adversários do Cruzeiro no Grupo 3. Portanto, é bom o atual bicampeão brasileiro manter o radar ligado e não menosprezar o processo evolutivo do futebol na terra do beisebol.
Único dos 10 países filiados à Conmebol que jamais participou do Mundial da Fifa, a Venezuela foi semifinalista da última edição da Copa América, em 2011. Nas Eliminatórias, esteve próxima de ir à repescagem. Terminou em sexto lugar, à frente do Peru, da Bolívia e do último colocado Paraguai. Até pouco tempo, a lanterna era quase sempre da Venezuela. 
Os feitos recentes da Venezuela chamam a atenção. Venceu o Brasil pela primeira vez na história em 2007, em um amistoso disputado em Boston. Também derrotou a Argentina com Messi e tudo em campo. O Uruguai perdeu quatro vezes do adversário.
A missão dos clubes venezuelanos na Libertadores de 2015 é quase impossível: chegar à final. Nos formatos antigos da competição, a Venezuela avançou duas vezes ao triangular semifinal. Em 1984, o Universidad de los Andes, da cidade de Mérida, se deu mal na chave que tinha Grêmio e Flamengo. Em 1977, a Portuguesa de Acarigua esteve próxima da decisão, mas não foi páreo para Internacional e Cruzeiro. Na era do mata-mata, a Venezuela jamais atingiu as semifinais. Minervén (1994), Estudiantes de Mérida (1999) e Deportivo Táchira (2004) conseguiram no máximo bater o ponto nas quartas de final no principal torneio de clubes do continente.