Mane Garrincha Gramado do Mané Garrincha está sem manutenção há um mês Gramado do Mané Garrincha está sem manutenção há um mês

Por Supercopa do Brasil, Brasília encaminha quitação da dívida com firma responsável pelo gramado do Mané Garrincha e conversa com a cúpula da CBF

Publicado em Esporte

A pouco mais de dois meses da Supercopa do Brasil, torneio ressuscitado pela Fifa que colocará frente a frente os campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil, em 22 de janeiro, numa partida única que abrirá a temporada nacional, Brasília resolveu quitar a dívida com a empresa responsável pela manutenção do gramado do Mané Garrincha e enviou até comitiva à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para conquistar o direito de receber o evento. Como vem publicando o blog desde fevereiro, o estádio mais caro da Copa de 2014 é barbada para abrigar o provável duelo entre os rubro-negros Flamengo e Athletico-PR.

O blog apurou que o dinheiro para o pagamento da dívida do GDF com a Greenleaf, firma responsável pela manutenção do gramado do Mané, cairá na conta nos próximos dias e o contrato será prorrogado até janeiro justamente para que o piso esteja em perfeito estado para a Supercopa do Brasil. Parceira do governo desde 2013, a empresa com sede no Rio cruzou os braços em 14 de outubro. Motivo: dívida de cerca de R$ 300 mil.

O GDF renovou o contrato com a Greenleaf em 28 de maio deste ano. O termo aditivo previa investimento de R$ 775.101,48 durante 12 meses. Com a privatização da arena, o governo chegou a avisar que não tinha mais dinheiro para pagar à prestadora do serviço. Porém, a derrota na candidatura a sede da final da Sul-Americana em 2020 e o fracasso na tentativa de ser plano B para a decisão da Libertadores entre Flamengo e River Plate mudaram o discurso.

Flamenguista, o governador Ibaneis Rocha deseja abrir o ano em que Brasília vai virar sessentona com a Supercopa do Brasil. A aprovação depende do estado do gramado. Com a corrida contra o tempo para se livrar da dívida com a Greenleaf, a empresa deve recolocar o time em campo até 28 de novembro. A Supercopa marcará a despedida da administração do estádio pelo GDF. A arena passará às mãos da iniciativa privada a partir de 28 de janeiro.

Além do esforço para deixar o gramado do Mané Garrincha um tapete, o blog apurou que presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos, liderou uma caravana até a sede da CBF para tratar dos detalhes da realização da Supercopa na capital. O grupo se reuniu nesta segunda com o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, e com o diretor de Competições da entidade, Manoel Flores. Faltam poucos detalhes para a oficialização.

Preterido pela Fifa para o Mundial Sub-17, o Mané Garrincha não recebe jogo oficial desde a vitória do Fluminense sobre o Corinthians por 1 x 0, em 15 de setembro. A entidade abriu mão sob alegação de que prefere estádios menores. O histórico do torneio disputado desde 1985 mostra o contrário. A decisão de 2011 entre o anfitrião México e o Uruguai teve 98.943 torcedores no lendário Estádio Azteca, na Cidade do México. A final da edição passada, na Índia, arrastou 66.684 pagantes à arena em Kolkata.

Como o Brasileirão está entrando na reta final, é pouco provável que o Mané Garrincha receba mais jogos. O Regulamento Geral das Competições da CBF veta a venda do mando de campo nas últimas cinco rodadas da Série A, ou seja, da 34ª em diante. A próxima será a 33ª. Logo, a Supercopa do Brasil tem tudo para ser o próximo evento na deficitária arena candanga.

 

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