Flamengo A lei do ex funcionou em Itaquera: decisivo, Arão jogou no Corinthians. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo A lei do ex funcionou em Itaquera: decisivo, Arão jogou no Corinthians.

Pílulas do dia seguinte: pinceladas sobre a primeira noite das oitavas de final da Copa do Brasil

Publicado em Esporte

A melhor notícia para a torcida do Flamengo é que o time considerado titular não sofre gol há dois jogos consecutivos na temporada — empate por 0 x 0 com o Peñarol e a vitória desta quarta sobre o Corinthians. Isso só havia acontecido nas finais do Carioca contra o Vasco. Há dois responsáveis diretos pela “façanha” da segunda era Abel Braga: Cuéllar e Rodrigo Caio. Acho até que o zagueiro merece ser chamado por Tite na convocação desta sexta-feira para a Copa América. Está na briga com Dedé e Éder Militão. Com a contusão de Thiago Silva e a possível ausência do “Monstro” na lista, dois deles devem fazer companhia aos intocáveis Marquinhos e Miranda.

Outra boa notícia para a torcida do Flamengo é a volta da posse de bola. Chegou a 68% na casa do adversário. O time perdeu o medo de Itaquera. Saiu de lá vitorioso pelo segundo duelo consecutivo. Triunfou por 3 x 0 no ano passado com show de Lucas Paquetá sob a batuta de Dorival Júnior.

A pior notícia para a torcida do Corinthians é que Fábio Carille segue buscando solução para o ataque. Não funcionou com Boselli e Vágner Love. Melhorou com a troca do centroavante argentino por Jadson, porém, insuficiente para balançar a rede rubro-negra. No entanto, o duelo com o Flamengo não está decidido. O Timão teve até algumas chances para vencer o confronto.

A melhor notícia para a torcida do Fluminense é o gol salvador de João Pedro no Maracanã. A pior, a convocação do centroavante Pedro para a Seleção Brasileira Sub-23 liderada pelo técnico André Jardine, que começará os preparativos para o Pré-Olímpico de janeiro, na Colômbia. O elenco de Fernando Diniz é carente e ficará um bom tempo sem a maior promessa.

Pior do que deixar escapar a vitória no último lance, no Rio, é a sensação de que a invencibilidade do Cruzeiro era enganosa. A turma de Mano Menezes havia atuado mal contra o Flamengo no Maracanã e voltou a ser insossa no estádio no empate com o Fluminense. O elenco celeste é muito mais sortido que o tricolor. O Cruzeiro tem sofrido nos jogos contra os grandes. Perdeu para o Internacional. Pragmatismo tem limite, Mano.

Por falar em limite, o Atlético-MG cansou de jogar no limite. está de volta à realidade. Encolhe contra adversários organizados como Palmeiras e Santos. Nem o fator Independência ajuda mais. Os adversários se sentem confortáveis no Horto. Badalado, Jorge Sampaoli viu o Santos passar em branco pela segunda vez em três jogos. Também havia empatado por 0 x 0 com o CSA, em Maceió. Sinal de alerta.

Para fechar, um dado curioso aos defensores da volta do mata-mata no Campeonato Brasileiro. O publico pagante dos três jogos envolvendo clubes gigantes do futebol nacional na largada das oitavas de final da Copa do Brasil — 58.346 — não lotaria, por exemplo, o elefante branco Mané Garrincha. A exagerada arena de Brasília erguida para a Copa 2014 tem capacidade para 70 mil. Itaquera recebeu 30.364 pagantes. O Maracanã teve 16.806. E 11.176 compraram ingresso para ir ao Independência. Média de 19.448 por jogo. Frustrante.

 

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