Parece até o Brasileirão! Países anfitriões da Copa se especializam em trocar de técnico antes do Mundial. Rússia é a bola da vez…

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Capello não comandará a Rússia na Copa 2018

A maldição do país sede da Copa do Mundo acaba de fazer mais uma vítima. Depois da Alemanha, da África do Sul e do Brasil, é a vez de a Rússia mudar de técnico durante o ciclo da Copa do Mundo. O técnico italiano Fabio Capello não comanda mais a seleção anfitriã do Mundial de 2018. Uma queda anunciada há muito tempo não só devido aos maus resultados, mas, principalmente, devido ao atraso no pagamento dos salários do badalado professor.

Já vi esse filme, que, aliás, é recorrente na gestão de quem recebe a Copa do Mundo.

A Copa de 2002 teve duas sedes. A Coreia do Sul tinha um banco elétrico. O projeto começou em 1998 com Huh Jung-Moo, depois caiu no colo de Park Hang-Seo  e terminou com o holandês Guus Hiddink, responsável pela melhor campanha da história do país – o quarto lugar. O Japão fez diferente. Apostou do início ao fim no francês Philippe Troussier.

Em 2004, Rudi Völler era o técnico da Alemanha. A seleção foi eliminada precocemente no torneio disputado em Portugal e ele perdeu o emprego. Assumiu Jürgen Klinsmann, técnico dos germânicos dois anos depois, em casa, na Copa do Mundo de 2006. Ele teve dois anos para descobrir um time capaz de representar o país decentemente.

A África do Sul também protagonizou um entra e sai antes da Copa de 2010. Inicialmente, a missão era de Pitso Mosimane. Em 2007, assumiu Carlos Alberto Parreira. No ano seguinte, ele precisou deixar o cargo por causa de um problema de saúde da esposa. Joel Santana assumiu, levou os Bafana Bafana às semifinais da Copa das Confederações de 2009 – vendendo caro a derrota por 1 x 0 para o Brasil – e o prêmio de Papai Joel foi perder o emprego justamente para Carlos Alberto Parreira, que voltou ao cargo e não passou da primeira fase na Copa.

A preparação do Brasil para a Copa de 2014 também teve mudanças de rumo. Começou com Mano Menezes em 2010, após a demissão de Dunga. Mano foi eliminado nas quartas de final da Copa América de 2011, perdeu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e rodou. Luiz Felipe Scolari ganhou a Copa das Confederações de 2013, mas entrou para a história como um dos protagonistas do maior vexame da história centenária da Seleção.

O último técnico campeão do mundo em casa foi Aimé Jacquet. Ele assumiu uma França em crise por não ter se classificado para a Copa de 1994, nos Estados Unidos, sofreu críticas e balançou no cargo até a véspera do início do Mundial de 1998 e conquistou o título inédito ao derrotar o Brasil por 3 x 0 na decisão.