Os gritos de olé na eliminação colorada são a síntese perfeita de um futebol brasileiro que não para de colecionar vexames internacionais

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Valdivia não conseguiu ser agressivo diante do Tigres

Imagem: Alexandre Lops/Divulgação/Inter

Quarto colocado em casa na Copa com direito a 7 x 1 na semifinal e 3 x 0 na decisão do terceiro lugar. Eliminado duas vezes consecutivas pelo Paraguai nas quartas de final da Copa América. Fora da decisão da Copa Libertadores da América por dois anos seguidos pela primeira vez em 24 anos. A última vez que isso havia acontecido foi no período de vacas magras de 1985 a 1991. O futebol brasileiro deu nesta quarta-feira mais uma prova de que vive uma das piores fases de sua história.

A eliminação do Internacional diante do Tigres, do México, não é o fracasso de um clube, mas de um país que não cansa de apanhar calado da própria prepotência. Não há nada mais simbólico disso do que os gritos de “olé” da torcida mexicana na contagem regressiva para o fim do jogo. O Inter era um “touro” dominado pelo “toureiro”.

Dos 10 elencos mais caros da Libertadores deste ano, cinco são brasileiros. Quatro deles dominavam o ranking — Cruzeiro, São Paulo, Atlético-MG e Corinthians. Sétimo na lista, o Internacional era uma espécie de última cartada do “milionário” ex-país do futebol. Venceu a partida de ida por 2 x 1 no Beira-Rio, mas ontem não suportou a pressão de uma torcida apaixonada, o calor infernal na cidade de Monterrey, o futebol sufocante, em certos momentos até envolvente do Tigres, e uma trapalhada bizarra que jamais será esquecida do lateral-esquerdo Geferson, com G, mesmo, no gol contra colorado — o segundo do Tigres.

Indeciso na escalação do time, o técnico uruguaio Diego Aguirre tem, sim, a sua parcela de culpa no vexame. Em tempos de discussão sobre a contratação de um técnico estrangeiro para assumir a Seleção Brasileira, ele será mais um exemplo na ponta da língua de quem discorda da revolução e certamente será demitido nesta quinta-feira. É sempre assim, não é mesmo?

Mas o problema está longe de ser o Diego Aguirre. Antes fosse…

O problema é o futebol brasileiro.

Que cada vez mais pede socorro!

As Eliminatórias para a Copa de 2018 chegando.

A coleção de vexames internacionais só aumenta.

Prepare o seu coração. Só falta o Brasil ficar fora do Mundial da Rússia.