Sanchez 2 Alexis Sánchez (D) deixou Marcelo Salas para trás ao marcar contra a Alemanha. Foto: Divulgação/ANFP

Nova geração de artilheiros pulveriza recorde de gols das seleções; Sánchez supera Salas no Chile

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Imagine a seleção do Chile, bicampeão da Copa América em 2015 e 2016 (edição centenária) com Marcelo Salas ou Ivan Zamorano no papel de centroavante. Infelizmente, não dá mais. Ambos estão aposentados. Carente de um camisa 9 de respeito, a geração mais vitoriosa do país viu Alexis Sánchez assumir o papel de falso 9. Nesta quarta-feira, ele virou o maior artilheiro na história da equipe nacional. Estava empatado com Salas, com 37 gols. Agora, contabiliza 38.

Alexis Sánchez é mais um derrubador de recorde neste século. De 2001 para cá, o futebol está cheio deles quando o assunto é seleção. Eles implodem recordes e continuam na ativa. É o caso de Messi, por exemplo. Ele desbancou Batistuta e virou o maior artilheiro da história da Argentina. O jogador eleito cinco vezes melhor do mundo tem 58 bolas na rede.

Luis Suárez atropelou Diego Forlán. É o maior artilheiro da história da seleção uruguaia com com 47 gols. A briga agora é gol a gol com o parceiro de ataque Cavani, que tem 38. Héctor Scarone, que foi o recordista durante todo o século 20 e início do 21, é o quarto colocado.

Na Copa de 2014, a Alemanha viu Miroslav Klose desbancar o lendário Gerd Müller e assumir o statua de maior artilheiro da Alemanha, com 71 gols. O recordista de Portugal foi Eusébio durante um tempão. Aí, Pauleta entrou na jogada e assumiu o recorde até Cristiano Ronaldo desandar a fazer gol e ultrapassá-lo. CR7 tem 74 gols com a camisa lusitana.

A Espanha teve Raúl González como recordista de gols por um bom tempo, até David Villa chegar aos 59 gols e assumir a fama de principal artilheiro da Fúria em todos os tempos. Recentemente, foi a vez de Wayne Rooney fazer história. Superou Bobby Charlton e virou o maior goleador da seleção da Inglaterra. A Suécia viu Ibrahimovic deixar Sven Rydell e Gunnar Nordahl na saudade. São 62 gols com a camisa sueca.

Nas Eliminatórias para a Copa da Rússia, Chicharito Hernández bateu o recorde de Jared Borghetti e assumiu o posto de maior goleador da história da seleção do México. Presente na Copa das Confederações, tem 48 bolas na rede, contra 46 do vice-líder. Radamel Falcao disturiu a marca de Arnoldo Iguarán na Colômbia. A marca vinha desde 1993. Falcao tem 26 gols. Iguarán ficou para trás com seus 25. Camisa 9 do Flamengo, Guerrero chegou recentemente aos 31 gols, ultrapassou os 26 gols de Teófilo Cubillas e é o recordista de bolas na rede com o uniforme da seleção do Peru.

Os maiores artilheiros da França e da Holanda deixaram suas seleções, mas estabeleceram seus recordes recentemente. Michel Platini foi máximo goleador até 2007, quando Thierry Henry o superou e abriu vantagem. Aposentado, o centroavante tem 51 gols, contra 41 do compatriota. Quem poderia ameaçá-lo está banido da seleção: Karim Benzema.

Na Holanda, o recorde de gols (40) foi de Kluivert até a aposentadoria, em 2004. De lá para cá, dois jogadores derrubaram sua marca. Huntelaar tem 42. Maior artilheiro da história da Laranja Mecânia, van Persie contabiliza 50 bolas na rede. Deixou a seleção em 2015.

Em ao menos duas seleções, o recorde permanece intacto. Luigi Riva é o maior artilheiro da seleção da Itália desde que pendurou as chuteiras, em 1974. Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, também. Mas o Rei também  pode perder a majestade. Aos 25 anos, Neymar tem 52 gols, contra 77 do maior jogador de todos os tempos.