Marcelinho Lucas e o pai Marcelinho Carioca: Foto: Reprodução/Danilo Sardinha/GE

O que Marcelinho Carioca tem a dizer sobre o filho Lucas, que defenderá o Gama no Candangão 2018?

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Romarinho, o filho de Romário, conquistou o Campeonato Candango pelo Brasiliense em 2013. Fez até um dos gols do título no Mané Garrincha. Thiago Coimbra, herdeiro de Zico, passou pelo Gama no campeonato deste ano. A edição de 2018 do Candangão contará com mais um filho de craque nos gramados do Distrito Federal. Lucas Surcin, um dos herdeiros do ídolo do Corinthians Marcelinho Carioca, treina no Gama para a próxima temporada. O pai-coruja bateu um papo por telefone com o blog sobre o novo desafio do pupilo e promete jogar junto com Lucas em um amistoso do Gama ou na pelada beneficente APAE é 11 que o amigo Romário promoverá no próximo dia 30, no Estádio Bezerrão, para ajudar as Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Distrito Federal. “Seria inédito. Eu e o Lucas nunca jogamos juntos”, diz. Marcelinho Carioca foi campeão candango pelo Brasiliense em 2005. Lucas repetirá o feito do pai 13 anos depois com a camisa do Gama? A conferir no ano que vem…

 

O Campeonato Candango teve recentemente o Romarinho, filho do Romário; Thiago, herdeiro do Zico; e agora o Lucas Surcin. Como surgiu essa possibilidade de ele vir para o Gama e — não para o Brasiliense, que foi seu clube aqui no Distrito Federal?

Não tive influência nenhuma. Eu até conheço o presidente Weber Magalhães, sou amigo dele, mas a ideia partiu de um diretor lá do Gama (Vilson de Sá). Ele entrou em contato com o Lucas e o meu filho disse: “Pai, surgiu uma proposta assim, assim, assim”. Eu dei o meu apoio da mesma forma que foi em todos os outros clubes por onde ele passou.

 

Você é o agente do Lucas?

Sim, tenho uma empresa, a MC7 Soccer, que dá suporte a vários jogadores. Quando ele perguntou o que eu achava do projeto de jogar no Gama, eu respondi que era sensacional e conversei sobre tudo com ele.

 

O Lucas lembra o pai em quê?

Na batida da bola. Não é porque é meu filho, não, mas ele é fatal nas cobranças de escanteio, de falta, vocês poderão conferir aí.

 

Você foi o professor.

A gente brincava muito em casa, no Corinthians… Ele ia comigo aos treinos, aos jogos. Ensinei a bater de chapa, meter rosca na bola. Ele viu o pai fazer de tudo um pouco.

 

O Gama e o Candangão darão visibilidade ao Lucas?

Hoje, nós temos uma plataforma multimídia que te leva o que o profissional faz para o mundo inteiro. Disse a ele que Brasília não é só política, é futebol também. O Brasil está cheio de jogadores que nasceram e cresceram aí. O Kaká foi melhor do mundo (2007), o Lúcio foi capitão da Seleção. Quando eu joguei no Brasiliense, por exemplo, levei o Jéferson, que era um grande talento do Brasiliense, para jogar no Vasco. Tem muita gente aí com potencial.

 

o futebol daqui retrocedeu em relação à época em que você foi campeão candango em 2005. O Brasiliense estava na Série A e o Gama na B. Hoje, o DF só tem  representantes na D…

Torço muito para que o futebol de Brasília volte ao patamar que já esteve, que volte para a Série A. Mas isso não depende apenas da federação, dos clubes, depende também do governos, dos políticos, do apoio aos projetos de inserção social. Nós precisamos dar oportunidade de jogar futebol e, em contrapartida, exigir a criança matriculada na escolha, acompanhar o aprendizado. Eu sempre cobro isso do Lucas.

Ele vai estudar aqui em Brasília?

Disse a ele: você vai jogar no Gama, mas procura uma faculdade pra se matricular. Tem que jogar bola, mas estudar. Eu fiz isso quando joguei aí no Brasiliense (iniciou o curso de Comunicação Social na Universidade Católica de Brasília). Era difícil conciliar, mas consegui.

 

Está concluindo o curso aí em São Paulo…

Sim, sou o primeiro ex-jogador de futebol diplomado em Comunicação Social. Sou seu amigo de profissão (risos).

 

Alguma chance de \Marcelinho Carioca e Lucas jogarem juntos nas peladas do fim de ano?

Ele está com essa ideia, reclama que nunca jogamos juntos. Vamos ver se fazemos isso na semana que vem, aí em Brasília, dia 29, num amistoso do Gama. No dia 30, participo também do evento beneficente APAE É 11, no Bezerrão, a convite do senador Romário. Estarei lá.