Lucas Silva é o 23° jogador brasileiro na história do Real Madrid. É possível até montar dois times sem goleiro; confira na prancheta

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Dois times sem goleiro com os 23 brasileiros da história do Real

A apresentação de Lucas Silva nesta segunda-feira ao Real Madrid é emblemática para o futebol brasileiro. Ex-Cruzeiro, o volante é o 23º jogador nascido em solo verde-amarelo contratado pelo clube mais rico do mundo.  A lista do blog inclui Pepe. Embora tenha se naturalizado português e defenda a seleção lusitana, o zagueiro é alagoano da gema. A aquisição de Lucas Silva é mais uma prova de que, apesar dos 7 x 1 da vida, o time da capital espanhola continua valorizando quem tem o mínimo de talento para vestir a camisa branca. 

Lucas Silva na chegada ao Real Madrid

Crédito da imagem: www.realmadrid.com

Ao longo da história, o Real Madrid só não contratou goleiros nascidos no Brasil. Nas demais posições, sempre houve ao menos um pouquinho de Brasil em casa posição. Não faltam laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes na lista de 23 nomes. A relação história entre o Real e o Brasil começa na temporada de 1935/1936, com a chegada de Fernando Rubens Pasi Giucelli. Fernando esteve na Copa do Mundo de 1930, no Uruguai, com a Seleção Brasileira, e disputou apenas uma partida do Campeonato Espanhol.

No fim dos anos 1950, chegaram ao clube Canário e Didi. Ambos conquistaram a Copa dos Campeões – atual Liga dos Campeões da Europa. Canário ficou bastante tempo no clube, mas Didi teve uma breve passagem por lá. Uma das justificativas seria o fato de ele não ter caído nas graças de Di Stéfano – o Cristiano Ronaldo do time à época. Mais tarde foi apresentado um vira-casaca. O atacante Evaristo de Macedo trocou o Barcelona pelo arquirrival Real.

Depois de um longo intervalo, o Real Madrid voltou a contratar jogadores brasileiros nos anos 1990. O zagueiro Ricardo Rocha reabriu as portas do clube ao país. Em 1996/19970, chegou por lá Roberto Carlos, que ficou 11 temporadas no time merengue e tornou-se o estrangeiro recordista de partidas (557). Na sequência, foram contratados Zé Roberto, Sávio, Júlio César, Flávio Conceição e o fenômeno Ronaldo depois da Copa do Mundo de 2002. Você deve ter lembrado, ainda, de César Prates (1996/1997) e de Rofrigo Fabri (1998/1999), mas o primeiro só vestiu a camisa do Real Madrid B — chamado de castilla —, e o segundo jamais debutou na esquadra principal.

Mesmo durante a era de galáticos como Zidane, Beckham, Figo, Owen, Raúl, Roberto Carlos e Ronaldo pintou espaço para brasileiros menos badalados como Júlio Baptista, Robinho e Cicinho, Emerson e Marcelo. A última aquisição de impacto foi Kaká. O meia chegou ao clube com a fama de ter sido o melhor jogador do mundo em 2007.

Depois da era Kaká, o Real Madrid tentou até o último minutos convencer Neymar a vestir a camisa branca, mas não conseguiu. Em vez disso, surpreendeu ao adquirir jogadores medianos como Fabinho, solicitado por José Mourinho, volante Casemiro e o atacante Willian José.

A partir desta segunda-feira, Lucas Silva assume a missão de se dar bem numa posição em que os brasileiros anteriores não conseguiram se firmar com a camisa do Real Madrid. Foi assim com Flávio Conceição, Júlio Baptista, Emerson, Zé Roberto e Casemiro. Boa sorte, garoto!