Santos Everson defende a cobrança de Rossi, do Vasco. Foto: Ivan Storti/Santos FC Everson defende a cobrança de Rossi.

Especialista, momento ou rodízio? Passou da hora de Luxemburgo oficializar o batedor de pênalti do Vasco

Publicado em Esporte

Vanderlei Luxemburgo assumiu a responsabilidade pela escolha de Rossi para cobrar o pênalti desperdiçado na derrota por 1 x 0 para o Santos neste sábado, em São Januário. Não basta. O experiente treinador recordista de títulos brasileiros (1993, 1994, 1998, 2003 e 2004) precisa decidir de uma vez por todas quem é o batedor do time cruz-maltino. Principalmente para dar confiança ao escolhido.

Foi a 19ª partida do Vasco sob a batuta de Vanderlei Luxemburgo. Ele teve oito pênaltis a favor. Quatro convertidos e quatro desperdiçados. As cobranças foram feitas por quatro jogadores diferentes: Yako Pikachu, Bruno César, Danilo Barcelos e Rossi. O único que não errou foi Danilo Barcelos — que chegou a assumir a responsabilidade contra o Santos. “Como eu sempre faço (peço para bater), treinamos todos juntos e bem. Veio a decisão do professor e respeitamos. infelizmente não entrou”, disse Danilo ao globoesporte. com.

O treinador alegou que Rossi estava com moral depois da virada sobre o Atlético-MG na quarta-feira. Havia acertado pênalti no Independência. Aparentemente, deu a entender que o momento do jogador determinará o responsável pela cobrança. “Poderia ser o Danilo, Pikachu e faz parte do futebol. Não vamos crucificar o Rossi”, pediu.

 

“A responsabilidade do pênalti é minha. Rossi estava com a moral elevada e eu determinei. Poderia ser o Danilo, Pikachu e faz parte do futebol. Não vamos crucificar o Rossi”
Vanderlei Luxemburgo

 

Luxemburgo cogitou rodízio de batedores depois que Yago Pikachu errou cobrança contra o Cruzeiro no mês passado. Um amigo costuma dizer que os únicos rodízios que funcionam são os de churrasco e de pizza. Portanto, o treinador vascaíno precisa descer do mundo. O aproveitamento nas cobranças é de 50% sob as ordens dele. Baixíssimo. Pior> compromete o trabalho razoável à frente do Gigante da Colina.

Explico o razoável. O melhor trabalho recente foi de Zé Ricardo. Ele subiu o sarrafo. Tinha um pouquinho superior ao atual — Martín Silva; Madson, Anderson Martins, Paulão e Gilberto; Wellington e Evander; Yago Pikachu, Nenê e Paulinho; Andrés Ríos — e o classificou para a Libertadores no Brasileirão de 2017. Um baita feito à época.

Luxemburgo não pode pensar apenas em manter-se longe da zona da confusão. Pode e dever ir além da mediocridade. Inserir o chip da Pré-Libertadores. É o mínimo.

 

 

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