BGP Filipe Luís admira os caras do jogo: Pedro, Bruno e Gabriel. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo Pedro, Bruno Henrique e Gabigol lideraram a virada sobre o Resende.

E o ataque BGP do Flamengo: Bruno Henrique, Gabriel Barbosa e Pedro podem jogar juntos?

Publicado em Esporte

A brincadeira partiu do porteiro do condomínio em que moro. Passo pela guarita e ouço aquela voz empolgada do fanático torcedor rubro-negro freando os meus passos: “Seu Marcos, agora o Flamengo tem um ataque de exército”. Paro, penso com aquele olhar de quem não está entendendo nada, e ele logo explica… “Não tem o BGP, o Batalhão da Guarda Presidencial? Agora, o Flamengo também tem um BGP. Bruno (Henrique), Gabigol e Pedro”, riu, enquanto ouvia pelo rádio a vitória de virada por 3 x 1 sobre o Resende liderada pelo trio.

Bela sacada. Achei tão divertido que a invenção de moda inspira meu post. Dá para o ataque BGP emplacar em 2020? Talvez, sim, mas alguém tem que ceder. Por exemplo: Everton Ribeiro toparia sentar-se no banco de reservas para Gabriel Barbosa ocupar o lado direito do ataque do Flamengo? Vou além: isso seria bom para o sistema tático de Jorge Jesus?

Everton Ribeiro é o menos badalado do quarteto mágico do Flamengo na temporada de gala do ano passado. Enquanto Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol decidiam jogos, Everton Ribeiro carregava o piano. Foi quem menos marcou gol entre eles. Em compensação, desdobrava-se na marcação pelo bem dos três colegas mais ofensivos.

Uma alternativa para o ataque BGP atuar junto é a saída do capitão Everton Ribeiro do time. Gabriel Barbosa ocuparia o setor formando par com Rafinha. O enigma tático é: o camisa 9 toparia a missão de dobrar a marcação sem a bola, ou seja, acompanhar o lateral adversário para que o sistema defensivo não fique mais sobrecarregado do que é?

Com a bola, o ataque teria Gabigol aberto pela direita, Pedro centralizado no papel de centroavante e Bruno Henrique na esquerda acompanhado por Arrascaeta e Filipe Luís. Óbvio que a movimentação seria o segredo do ataque BGP. Pedro é centroavante, mas sabe tocar a bola fora da área. Tem bom passe, movimenta-se bem, dá assistências, abre espaço, tem repertório e pode tranquilamente se deslocar para Bruno Henrique e/ou Gabigol balançarem a rede.

Uma outra alternativa, entre várias, é tirar Arrascaeta, trazer Everton Ribeiro para o meio e apostar nos três atacantes. Se quiser ser ainda mais ousado, Jorge Jesus pode convencer Everton Ribeiro a assumir, por exemplo, o papel de Gerson, elevar a qualidade na saída de bola e escalar todos juntos. Willian Arão, Everton Ribeiro, Gabigol, Pedro e Bruno Henrique. Duvido muito, mas não deixa de ser uma possibilidade se pensarmos que Diego fez esse papel algumas vezes no fim do ano passado, inclusive na conquista do bi da Libertadores.

O fato é que o Flamengo tem fartas opções nesta temporada. Falei do trio BGP, mas o banco ainda tem o bom Thiago Maia, o ótimo Michael, o excelente Pedro Rocha; além dos remanescentes Vitinho e Lincoln, por exemplo. É muito talento reunido. Por enquanto, deixa o porteiro do condomínio celebrar o trio BGP. Afinal, sonhar (ainda) não custa nada.

 

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