Dono de Vasco x São Paulo no Mané, Roni diz que a crise econômica do país obrigará clubes a cobrar menos na venda do mando de jogo

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Roni: ex-jogador do Flu comprou Vasco x São Paulo 

 A empresa Roni7, do ex-atacante Roni, tomou do Mané Garrincha a partida entre Cruzeiro e Corinthians na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Cheio de bala na agulha, o ex-jogador do Fluminense, Flamengo, São Paulo e Seleção Brasileira tirou R$ 1 milhão do bolso e ofereceu voo fretado para convencer a diretoria da Raposa a tirar o jogo de Brasília. O retorno financeiro não foi o esperado. No bate-papo a seguir com o blog, o representante de jovens jogadores e promotor de eventos conta que está difícil até mesmo recuperar o valor investido na compra de mandos de campo. Roni admite que o preço do ingresso está elevado, mas culpa a grave crise econômica do país, o olho grande dos clubes – que pedem cotas altas – e a falta de ídolos pelo desinteresse do torcedor. Até o início da tarde de segunda-feira, por exemplo, Roni tinha informação de que apenas 4 mil ingressos haviam sido vendidos por antecipação para Vasco x São Paulo, nesta quarta-feira (8/7), no Mané Garrincha. Uma preocupação a mais para quem teve prejuízo em Cruzeiro x Corinthians, Vasco x Flamengo e Ponte Preta x Palmeiras, todos na Arena Pantanal. Nos tempos de jogador, você teve sucesso aqui no Mané Garrincha. Fez dois gols com a camisa da Seleção Olímpica do Luxemburgo, em 1999, e também balançou a rede em um Fla-Flu se eu não me engano  Quais são as lembranças desses jogos?Muitas, mesmo. Eu lembro que fiz dois gols no velho estádio em um amistoso da Seleção Olímpica contra os Estados Unidos. Foi um dia especial na minha carreira. Eu recordo ainda de um Fla-Flu aqui em Brasília. Eu era do Fluminense e fiz um gol, é um estádio que dá sorte. Você pendurou a chuteira e virou empresário. Como foi essa virada para a carreira de promotor de eventos?Há uns três, quatro anos, eu criei uma empresa para agenciar jovens jogadores, novos talentos. Eu comecei a trabalhar com jogos neste ano e fiz apenas uma adaptação. É um caminho novo. Eu espero ter o mesmo sucesso dos tempos de jogador. Como surgiu a oportunidade de promover Vasco x São Paulo?Eu tenho uma boa relação com o Vasco e principalmente no São Paulo. Eles aceitaram a ideia e aí fiz a compra da partida. O Vasco vai receber uma cota que não posso revelar por questões contratuais, mas é um bom negócio para o clube. Vasco x São Paulo é a sua quarta partida como promotor. O jogo se paga ou você tem prejuízo?É um investimento de risco. Eu fiz Cruzeiro x Corinthians, Flamengo x Vasco, e ontem Ponte Preta x Palmeiras. Vou ser sincero. Está difícil. Há uma forte crise econômica no Brasil, é grave. O público não está respondendo prontamente na compra do ingresso. Os clubes  têm culpa nisso?Alguns, sim. Eu creio que, em breve, eles terão de fazer uma readequação no que pedem. Eu reconheço que, em alguns casos, é complicado abrir mão de jogar em casa, às vezes, até, trocando uma torcida a favor por uma que será contra. A falta de ídolos também atrapalha?Com certeza. Hoje, por exemplo, o São Paulo tem nomes fortes, o Vasco ainda está procurando, no momento é carente de um ídolo. A gente sabe que o torcedor gosta de comprar ingresso para ficar perto do ídolo, isso conta muito para o evento. Está satisfeito com a venda de ingressos para Vasco x São Paulo?Eu esperava mais, ainda está fraco. A gente sabe a força da torcida do Vasco e do São Paulo aqui em Brasília, mas também tem informação de que o torcedor da cidade tem uma cultura de comprar ingresso em cima da hora. Isso vai melhorar…

O ingresso não está caro demais diante do perrengue pelo qual passa o país?Está alto, mas é uma cadeia. Se os clubes cobram uma cota alta, o ingresso automaticamente precisa se alto. Mas, diante da crise do país, sinto que isso vai mudar. Teme um prejuízo?Fala isso não… Vai dar certo (risos). Ao menos a taxa de utilização do estádio baixou de 15% para 10%…Sim, isso deve abrir portas para mais jogos no Mané Garrincha. Entrei em contato com o GDF para ver a possibilidade de mandar esse jogo aqui, eles autorizaram e é uma nova oportunidade aberta. O Magno Alves, teu parceiro nos tempos de Fluminense, ainda joga. E o Roni, pode bater uma bolinha na quarta-feira se o Vasco ou o São Paulo precisarem?Pelo jeito que estão as coisas, não. Tenho que parar de comer um pouquinho para dar conta (risos).