Diretor de projetos e desenvolvimento da CBF nega aumento de clubes na Série D, descarta duas vagas para o DF e não aceita pressão

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As últimas horas que antecedem a divulgação da tabela da Série D do Campeonato Brasileiro, hoje ou, no mais tardar, amanhã, são de pressão sobre o diretor de desenvolvimento e projetos da CBF e presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), André Pitta. Designado pelo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, para gerenciar a Série D, André Pitta está com o radar ligado às negociações políticas nos bastidores em busca de mais vagas para unidades os 26 estados da federação e o DF. A capital do país tem direito, de acordo com o regulamento da entidade máxima do futebol, a só uma vaga no torneio com base no ranking elaborado pela entidade máxima do futebol brasileiro. Campeão candango, o Gama é o solitário representante candango.

Tentativas de obter uma segunda vaga não faltam. Uma comitiva do DF formada pelo diretor executivo do Brasília, José Carlos Brunoro, o presidente do Gama, Tonhão, e o mandatário da Federação Brasiliense de Futebol, Jozafá Dantas, estiveram na semana passada na CBF em uma visita ao presidente Marco Polo Del Nero. Sugeriram o aumento do número de vagas em benefício de estados que se esforçaram na construção de arenas para a Copa do Mundo e até mesmo o número de ímpar de participantes (cinco) em cada um dos oito grupos como necessidade de aumento de 40 para 48 clubes. “Assim, a última rodada não teria um clube de folga. Com seis times em cada um dos oito clubes a rodada seria cheia e não privilegiaria ninguém”, diz ao blog uma fonte próxima de Marco Polo Del Nero.

Do presidente da CBF, a caravana do DF teria ouvido que não há possibilidade alguma de aumento do número de clubes de 40 para 48 na quarta divisão. No bate-papo a seguir com blog, André Pitta faz coro com Del Nero e diz que está atento, até mesmo, à possibilidade de compra de vaga no Brasil inteiro – artifício que já foi usado no passado por outros clubes em diferentes séries do futebol nacional. E descarta mudanças no número de participantes. 

  MPL –  Há alguma possibilidade de o DF ter dois clubes na Série D? André Pitta – A princípio não vejo nenhuma.   MPL – Há indícios sobre uma possível desistência do CRAC. Procede? André Pitta – Não temos nada de oficial. E caso desista a vaga permanece em Goiás.   MPL – Alguma chance de o número de participantes aumentar de 40 para 48 clubes? André Pitta – Nenhuma possibilidade de mudança na quantidade de clubes para 2015.   MPL – Qual seria a única hipótese de o DF ter dois clubes na Série D? André Pitta – Como falei, não vejo nenhuma.   MPL – Caso nenhum clube goiano fique com a hipotética vaga de desistência do CRAC, qual estado herdaria a vaga? Inviabilidade financeira, por exemplo… André Pitta – As vagas de Goiás estão definidas: Aparecidense, Goianésia e CRAC. Caso o CRAC não participe o provável substituto deve ser o Trindade.

MPL – Mas a vaga do CRAC seria da CBF e não da Federação Goiana de Futebol. Neste caso, não estaria aberto um precedente para que um time de outra federação ocupe a vaga?André Pitta – Vamos aguardar, não gosto de falar sobre hipótese.

MPL – Mas há pressão para que a vaga seja de outro estado… André Pitta – Se há não chegou até mim.   MPL – Como responsável pela Série D, o senhor toleraria compra de vaga? André Pitta – Absurdo. Estamos atentos. Vamos sempre lutar pela lisura no futebol. Estamos atentos e prezamos pela seriedade. A tabela e o regulamento devem sair hoje (terça-feira) ou amanhã (quarta-feira). A única vaga do Distrito Federal é do Gama, campeão candango.