Weverton Weverton se apresenta no hotel da Seleção: chance de ir além de Sônia Roque. Foto: Divulgação/CBF

De Sônia Roque a Weverton: 20 anos depois, Acre está de volta à Seleção Olímpica

Publicado em Esporte

Convocado para o lugar do goleiro Fernando Prass, Weverton, do Atlético-PR, que desembarcou na manhã desta segunda-feira no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, se apresentou ao técnico Rogério Micale e deu entrevista coletiva na concentração, não é o primeiro jogador nascido no Acre a disputar os Jogos Olímpicos com a camisa da Seleção Brasileira. Há exatos 20 anos, o estado da Região Norte do País teve uma zagueira/lateral titular na equipe feminina derrotada por 2 x 0 pela Noruega na decisão da medalha de bronze.

Sônia Maria Roque da Costa, a Sônia Roque, era a camisa 16 da Seleção Brasileira comandada pelo técnico José Duarte em Atlanta-1996.  Na primeira fase, empatou por 2 x 2 com a Noruega, venceu o Japão por 2 x 0 e empatou com a Alemanha por 1 x 1. Nas semifinais, o Brasil, de Sônia Roque, perdeu para a China por 3 x 2 e teve de disputar o bronze.

“Esse paradigma vem de achar que só Rio e São Paulo têm grandes jogadores. Isso prova que do Sul já vinham Alisson, Marcelo Grohe, é importante ter sempre alguém fora desse eixo para motivar os demais, saberem que a Seleção não é quem está em clubes melhores, mas, sim, em momentos melhores. A oportunidade será dada a todos, quem agarrar vai se dar bem”, disse na entrevista coletiva desta manhã na concentração da Seleção em Brasília.

Assim como Sônia Roque, Weverton realiza faz história. “Não pagamos para sonhar, o sonho é livre. Eu sempre sonhei, mas nunca imaginei que poderia estar aqui hoje (na Seleção). O futebol é muito distante da nossa realidade hoje, eu olho para trás e me sinto orgulhoso de estar aqui. Tenho muita coisa para conquistar e viver, sinto orgulho, a mão de Deus na minha vida. Não é fácil sair de onde eu saí e estar na seleção, só agradeço”.

Considerado um dos maiores craques da história do futebol do Acre, Dadão chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira de Novos em 1972 para um torneio na França, mas o Fluminense não o liberou. O então supervisor tricolor Almir de Almeida avisou que o clube das Laranjeiras pretendia assinar contrato como profissional, mas não houve acordo financeiro e o jogador nem viajou com a Seleção nem assinou contrato com o Flu.