Cinco motivos para o vexame da Holanda nas Eliminatórias para a Eurocopa-2016

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Zaga Sub-23 contra a República Tcheca: um dos motivos

1. Falsa impressão A campanha no Mundial de 2014 iludiu. A Holanda começou goleando a Espanha por 5 x 1 e só caiu nos pênaltis diante da Argentina, nas semifinais. Na decisão do terceiro lugar, goleou um Brasil deprimido por 3 x 0. Apesar da boa campanha, a torcida holandesa não aprovava o esquema 5-3-2 adotado pelo técnico Louis van Gaal. O sistema com cinco defensores, três meias e dois atacantes era considerado um atentado ao perfil revolucionário da Laranja Mecânica. No fim das contas, a campanha foi superdimensionada e as Eliminatórias da Eurocopa trataram de provar isso na prática.   2. Sucessão desastrosa Louis van Gaal anunciou durante a Copa do Mundo que deixaria a Holanda ao término do torneio no Brasil para assumir o Manchester United. A escolha do sucessor foi um desastre. O perfil mais indicado no país era o de Ronald Koeman, que realizava um excelente trabalho à frente do Feyernoord, mas a federação preferiu dar passos atrás e optou pelo veterano Guus Hiddink. O prêmio a Koeman foi outro, ou seja, comandar o Southampton, da Inglaterra, onde faz sucesso. Guus Hiddink não emplacou, renunciou ao cargo e viu o auxiliar, Danny Blind, levar a Holanda ao fracasso.   3. Chinelinho Herdeiro da prancheta de Guus Hiddink, o auxiliar efetivado Danny Blind sofreu com uma coleção de contusões nas partidas diante do Cazaquistão e da República Tcheca. Os titulares Indi, Van der Wiel, Klaasen, Janmaat, Vlaar, De Vrij, Strootman e Robben, que se machucou na partida contra a Islândia, deixaram o time na mão. O atacante havia sido o craque da Holanda na Copa do Mundo.   4. Choque de gerações Danny Blind teve de mandar a campo uma legião de promessas sem experiência com a camisa da Holanda e muito menos em competições internacionais como as Eliminatórias para a Eurocpa. Na despedida da seletiva na derrota por 3 x 2 para a República Tcheca, por exemplo, a defesa formada por Tete (20), Bruma (23), Van Dijk (24) e Riedewald (19) tinha média de 22 anos. A média de idade da última convocação era de 24,6 anos. A nova geração da Laranja Mecânica se misturou a veteranos como Sneijder, Robben, Kuyt, Van der Vaart, Van Persin e de Jong.   5. Areia demais para o caminhão A Holanda terminou as Eliminatórias para a Eurocopa sob o comando do inexperiente Danny Blind e dos seus auxiliares Van Basten e Van Nistelrooy. Há opções melhores para o início das Eliminatórias da Copa de 2018. Ronald Koeman, por exemplo, faz um excelente trabalho no Southampton. Frank Rijkaard é outro nome que deveria ser lembrado, assim como Frank de Boer, do Ajax, e Philip Cocu, do PSV Eindhoven. Acima de tudo, a Holanda precisa resgatar o seu estilo, retomar o futebol total. O excelente atacante Memphis Depay, do Manchester United, tem tudo para ser a referência da Holanda nas próximas competições.