A escolha do Atlético-MG pelo técnico Diego Aguirre resgata uma tradição do clube de apostar em treinadores uruguaios. A última vez que o Galo teve um treinador estrangeiro foi em 1999. E era justamente um compatriota de Diego Aguirre. Dario Pereyra comandou o time mineiro na conquista do Estadual daquele ano. No entanto, ele não durou uma temporada no cargo.E
Em 1985, o Atlético-MG teve como comandante Walter Oliveira. O uruguaio também conquistou um Campeonato Mineiro. Ricardo Diez teve quatro passagens pelo cargo. Na primeira delas, em conquistou o famoso título de Campeão do Gelo, citado no hino do hino do clube. (…) Nós somos campeões do Gelo (…). O Galo jogou 10 partidas entre 1º de novembro e 7 de dezembro na Alemanha, Áustria, Bélgica, Luxemburgo e França. Venceu seis, perdeu dois e empatou outros dois, marcando 24 gols e sofrendo 18. Na segunda, de 1954 a 1956, Ricardo Diez foi tricampeão mineiro. Curiosamente, o último deles foi dividido com o Cruzeiro. O uruguaio também esteve no cargo em 1958 e 1959, e depois, em 1960. No entanto, sem o mesmo sucesso.
Famoso por ser o maquinista do Expresso da Vitória, como ficou conhecido o fantástico Vasco do fim dos anos 1940 e início de 1950, Ondino Viera faturou apenas um Torneio Início em 1954. Felix Magno foi o primeiro uruguaio que passou pelo cargo, de 1946 a 1948.
Técnico estrangeiro não é novidade na história do Atlético-MG. O húngaro Eugênio Medgyessy passou pelo cargo. Além dele, o argentino Gregório Suárez, o peruano Darío Letona e o paraguaio Fleitas Solich tiveram a honra de comandar o Galo.
Na minha opinião, faltou paciência com Diego Aguirre no Internacional. O presidente Daniel Nepomuceno acertou ao trazer o treinador vice-campeão da Libertadores em 2011 — derrotado pelo Santos. A dica é que dê tempo ao uruguaio para trabalhar. Afinal, ningúem leva o Peñarol a uma final continental e o Internacional a uma semi por acaso.