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Brasília entra na briga para receber Mundial Sub-17 e já articula força-tarefa para convencer CBF e Fifa

Publicado em Esporte

Como antecipou o blog em 23 de fevereiro, Brasília está definitivamente na briga para ser uma das sedes do Mundial Sub-17. O Governo do Distrito Federal (GDF) articula uma comitiva para visitar em breve o presidente eleito da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo. A intenção é manifestar pessoalmente o interesse da capital do país no evento da Fifa. A ida da caravana ao Rio é uma recomendação do governador Ibaneis Rocha à secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, responsável pela administração do Mané Garrincha.

“Nós temos um enorme interesse e estamos preparados para isso. Vamos oferecer as condições necessárias. Em breve, nós faremos uma visita para oficializar esse nosso desejo pessoalmente. Queremos atrair todos os campeonatos. É a nossa prioridade. Isso nos dá visibilidade, atrai turistas e dá acesso aos brasilienses ao que há de melhor no esporte”, confirmou em entrevista ao blog a secretária Vanessa Mendonça.

O discurso para a CBF e a Fifa está ensaiado. “Nosso aeroporto está pronto e tem conectividade com o mundo inteiro. A cidade tem capacidade hoteleira para oferecer condições vantajosas, mas temos de declarar isso. Precisamos entrar nesse circuito. Ficamos fora da Copa América. Isso é lamentável. Não podemos admitir isso. Por isso, estamos combinando as datas, organizado as agendas e trabalhando de forma coesa com todas as secretarias e entidades esportivas envolvidas para receber esse e outros eventos”, reforça. Além de abrir as portas para o Campeonato Brasileiro, com início em abril, o GDF pretende se candidatar a receber a Supercopa do Brasil em 2020. O torneio ressuscitado pela CBF colocará frente a frente os campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil no início da próxima temporada. A partida será disputada em jogo único.

O Mundial Sub-17 seria disputado no Peru. Porém, o país vizinho não cumpriu o caderno de encargos da competição. Na semana passada, a Fifa oficializou a realização do torneio no Brasil, de 4 a 26 de novembro. A entidade pretende usar estádios que não serão ocupados pelo Campeonato Brasileiro. O Mané Garrincha é um deles, principalmente porque o regulamento da Série A não permite a venda de mando de campo nas últimas cinco rodadas. Portanto, a arena estará ociosa durante o penúltimo mês do campeonato nacional.

“Em breve, nós faremos uma visita para oficializar esse nosso desejo pessoalmente. Queremos atrair todos os campeonatos. Precisamos entrar nesse circuito. Ficamos fora da Copa América. Isso é lamentável. Não podemos admitir isso”

Vanessa Mendonça, secretária de Turismo do DF, em entrevista ao blog

A tendência é que a força-tarefa desembarque na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, reforçada pelo secretário de Esportes, Leandro Cruz; pelo presidente da Federação de Futebol do DF, Daniel Vasconcelos; e por influentes presidentes de clubes, como Weber Magalhães, ex-vice-presidente da CBF; Luis Felipe Belmonte, mandatário do Real; e Godofredo Gonçalves, do Capital.

O Mundial Sub-17 estava previsto para ser disputado em oito cidades do Peru: Chiclayo, Ica, Lima, Chimbote, Piura, Tarapoto, Tacna e Trujillo. No Brasil, a Fifa pretende evitar grandes deslocamentos, despesas com viagens, e programar jogos para cidades próximas. Brasília (Mané Garrincha e Bezerrão) e Goiânia (Serra Dourada e Olímpico) estão entre as opções.

Em 2017, a Índia fez um torneio enxuto. O país organizou a competição em apenas seis cidades. No total, são 24 seleções espalhadas pelas sedes. Erguido no padrão Fifa, o Mané coloca Brasília na rota do torneio. Seis seleções estão classificadas: Austrália, Japão, Coreia do Sul, Tajiquistão, Nova Zelândia e o anfitrião Peru — substituído oficialmente pelo Brasil.

 

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