Rodrigo No Dia Internacional da Síndrome de Down, Rodrigo Martínez, 12, conheceu Lúcio. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Auxiliar pontual de Dunga, Lúcio jamais perdeu do Uruguai, mas passou perrengues contra o Paraguai

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Aposentado da Seleção Brasileira, mas não do futebol, o zagueiro brasiliense Lúcio está na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Em excelente forma física, parece até um dos convocados. Só que não. Lúcio é o auxiliar pontual da vez escolhido pelo técnico Dunga para as próximas duas partidas oficias contra Uruguai e o Paraguai pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia-2018. Aos 37 anos, o pentacampeão mantém a forma sozinho nas duas residências alternativas — São Paulo e Brasília — à espera de um novo clube depois da passagem pelo Goa, da Índia, comandado por Arthur Antunes Coimbra, o Zico. “Estou sem clube, mas ainda vou correr um pouco”, disse Lúcio em uma conversa informal com o blog.

Capitão da Seleção na primeira era Dunga, de 2006 a 2010, Lúcio tem muita história para contar aos convocados sobre os próximos dois adversários nas Eliminatórias. Em 105 jogos com a amarelinha — 68 vitórias, 26 empates, 11 derrotas e quatro gols marcados —, o zagueiro jamais perdeu do Uruguai.

Em 19 de novembro de 2003, estava em campo sob o comando de Carlos Alberto Parreira no empate por 3 x 3, em Curitiba, nas Eliminatórias para a Copa da Alemanha-2006. No dia 30 de março de 2005, ajudou a Seleção a suportar a pressão da Celeste no empate por 1 x 1 no lendário Estádio Centenário, em Montevidéu. A última exibição diante do arquirrival é a mais inesquecível da carreira de Lúcio. O Brasil goleou o Uruguai por 4 x 0 em 6 de junho de 2009 dentro da casa do adversário e carimbou a classificação antecipada para o Mundial de 2010 na África do Sul. Portanto, boas lembranças do Uruguai não faltam para Lúcio motivar o grupo a vencer a trupe de Cavani e Suárez nesta sexta-feira, na Arena Pernambuco.

O mesmo não se pode dizer do Paraguai. O Brasil joga no Estádio Defensores del Chaco na próxima terça-feira (29). Lúcio sabe muito bem o que é jogar lá. Jamais venceu em Assunção. Em 31 de março de 2004, era titular no empate por 0 x 0 pelas Eliminatórias para a Copa de 2006. Em 15 de junho de 2008, viu a equipe de Cabañas derrotar o Brasil por 2 x 0. Houve jogo duro também na Copa América de 2011. Na fase de grupos, empate por 2 x 2 em Córdoba. Nas quartas de final, 0 x 0 em La Plata e triunfo do Paraguai nas cobranças de pênalti. Mas Lúcio também pode falar de coisa boa. Em 5 de junho de 2005, ele estava em campo na goleada verde-amarela por 4 x 1 sobre o Paraguai, em Porto Alegre. Também derrotou o adversário por 2 x 1 no Recife, em 10 de junho de 2009.

As melhores imagens de Lúcio com a camisa da Seleção Brasileira são três. A falha diante da Inglaterra nas quartas de final da Copa de 2002 seguida de uma impressionante volta por cima na mesma partida; as lágrimas de emoção e a oração de joelhos no gramado do Estádio Internacional de Yokohama depois da conquista do penta na vitória por 2 x 0 sobre a Alemanha; e a única taça que ergueu como capitão da Seleção, em 2009, na Copa das Confederações da África do Sul. O gol do título foi justamente de Lúcio. Por sinal, o último dele com a camisa da Seleção. Lúcio fez quatro gols com a amarelinha. Hong Kong (1), Emirados Árabes (1) e Estados Unidos (2) foram as vítimas do auxiliar pontual de Dunga.