Tem, mas acabou

Publicado em coluna Brasília-DF

Deputados que vão ao Planalto em busca de cargos de livre provimento nos órgãos federais nos estados têm saído de lá amuados. É que ao longo do governo Dilma, esses cargos foram transferidos para Brasília, levando as regionais a contratarem pessoal via empresas terceirizadas. Não há sequer como promover quem é de carreira com um cargo de direção, porque não há mais essas vagas disponíveis. Até arrumar essa confusão e organizar a bagunça dos contratos, dizem os técnicos, o governo Michel Temer já terá acabado.

Depois de Lula…
Quem conhece o ministro Teori Zavascki garante que as denúncias de Sérgio Machado, sobre a tentativa dos peemedebistas de freiar a Lava Jato, não ficarão na “bacia das almas”. A consequência pode até demorar um pouco, mas não tardará ao ponto de cair no esquecimento.

…e de Palocci
O que está adiantado, mas não nas mãos de Teori Zavaski é o caso do ex-ministro Antonio Palocci e da ex-ministra Erenice Guerra. No STF, vem por aí também a denúncia contra a ex-ministra Gleisi Hoffmann. A Casa Civil durante todo o governo Lula/Dilma parece mesmo ter sido um lugar amaldiçoado.

Questão de foco
Uma das ideias do governo ao lançar agora a reforma do ensino médio foi tentar dar aos congressistas um “assunto do bem”. E nada como uma Medida Provisória para evitar que o Parlamento termine enfurnado na chamada “pauta-bomba”.

Por falar em “pauta-bomba”…
A partir de agora, não tem mais conversa na Câmara: Quem fará a pauta do plenário é o presidente da Casa, Rodrigo Maia. Se houver qualquer “jabuti”, tipo o da anistia ao caixa dois, ele será o responsável.

Juntos chegaremos lá
Em todas as rodas políticas em que se discutem os cenários para 2018, o ministro de Relações Exteriores, José Serra, é visto como o nome do PMDB para concorrer à Presidência da República. Michel Temer, entretanto, tem cortado toda e qualquer conversa sobre a sucessão presidencial. Diz apenas que, unidos, os aliados terão muito mais força.

Escreveu e leu
Apenas o PSD admite fechar questão para votar o teto gastos. Porém, o Planalto considera que todos os partidos do Centrão, signatários do documento de compromisso com o governo, adotarão a mesma postura. São, por baixo, 255 votos.

CURTIDAS

Bolsa de apostas/ Com 40% dos eleitores do Rio de Janeiro admitindo mudar de candidato, quem arrisca um palpite sobre o segundo turno joga suas fichas em Marcelo Crivela (PRB) e Pedro Paulo (PMDB). Falta combinar com o eleitor.

Acusou o golpe/ O candidato Marcelo Crivella tem dito tanto que a Igreja Universal não participará de seu governo, que tem marqueteiro achando que a verdade é o inverso.

Fica, Temer/ O presidente Michel Temer foi aconselhado por amigos a abandonar a agenda de viagens internacionais e centrar foco no sentido de organizar a base e o discurso do governo. Não vai, entretanto, pular a reunião dos Brics, 15 e 16 de outubro, na Índia. Vale tudo para ficar distante na disputa eleitoral que promete colocar muitos aliados dele em campos opostos no segundo turno.

Deixa que eu chuto/ O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, foi aconselhado a deixar de bater boca no Twitter. A ideia é que as provocações sejam ignoradas ou respondidas pelo irmão dele, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).